segunda-feira, março 09, 2009

Protógenes diz que respeitou a lei e a Constituição


Protógenes Queiroz divulgou no blog que leva o seu nome um texto sobre as últimas suspeições que se acercaram dele.
O texto é precário e errático. Espremendo-o, pode-se extrair, de essencial, as seguintes manifestações de Protógenes:
1. A notícia de que montou um aparato cladestino de espionagem baseia-se em “informações mentirosas”;
2. Embora esteja sob investigação da PF, jamais foi “ouvido”. Tampouco teve acesso a “documentos e materiais apreendidos” nos locais que lhe servem de residência;
3. Na batida feita pela PF em sua casa do Rio não foi recolhido “nenhum documento ou material”. Nada de computador;
4. Nac casa de Brasília e no hotel de São Paulo, a PF apreendeu “documentos pessoais, poucos documentos e materiais”. Coisas da Satiagraha;
5. “Todos os documentos encontrados foram coletados no estrito cumprimento da lei e da Constituição da República”;
6. “Em nenhum momento” bisbilhotou a vida de: Dilma, José Dirceu, Gilberto Carvalho, Heráclito Fortes, ACM Jr. e Roberto Mangabeira Unger.
Queixa-se, de resto, da divulgação de nomes de agentes da Abin que trabalharam na Satiagraha. Gente que prestou depoimento à PF.
A propósito, o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, esteve no Senado na manhã desta segunda (9).
Os repórteres espremeram Corrêa. Pediram-lhe que comentasse o noticiário sobre os supostos desvios de conduta de Protógenes.
O mandachuva da PF saiu de banda. Disse que não partiu da PF o vazamento dos dados cuja existência Protógenes contesta.
“Não posso afirmar [com certeza], mas me parece que o juiz tinha tomado a decisão de levantar o sigilo [do inquérito que apura os desvios da Satiagraha]...”
“...Até porque os autos estão na Justiça há vários dias e teria encaminhado cópias também à CPI...” Para a PF, disse Corrêa, tudo permanece “sob sigilo”.
De resto, o advogado de Protógenes, Luiz Fernando Gallo, disse algo que contrasta com a manifestação de seu cliente.
Embora o delegado diga que nada de estranho foi recolhido pela PF em suas residências, o advogado dele cobra uma investigação sobre o vazamento dos dados.
Diz o doutor Gallo: "Tem uma pergunta que precisa ser feita: se o meu cliente foi indiciado pelo vazamento de uma operação policial, eu quero saber quem vai apurar o vazamento do vazamento".

Fonte: Blog do Josias de Souza (Folha online)

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