quinta-feira, novembro 02, 2006

Opinião

A FALÁCIA DA ESQUERDA
por Sebastião Paixão Jr
O inerente espírito crítico da condição humana procura fazer da síntese o resultado proveitoso do entrechoque da tese e com a antítese. Todavia, o confronto de idéias somente produz frutos profícuos se precedido de premissas verídicas e coerentes. O argumento falso gera uma conclusão ficta, enquanto a incoerência é a arma da pulhice intelectual. A falência do discurso político brasileiro é conseqüência direta da insubsistência das idéias “que” e de “quem” representa. A falta de sinceridade e o desapego aos predicados da ética conduzem a política nacional para um arenoso terreno de contradições, mentiras, farsas e escândalos. Seria hipocrisia acusar este ou aquele partido pelos descaminhos da vida pública. O que se vê é um somatório de nulidades com expoentes negativos e positivos em ambos os lados confrontantes.Entretanto, se quisermos evoluir politicamente, teremos que acabar com a falácia do discurso da esquerda, que se pauta em dois argumentos centrais: a) uma crítica violenta à iniciativa privada e b) a bravata da igualdade dos sistemas socialistas. Quando lança sua agressividade ao setor empresarial e à propriedade privada, a esquerda parece ignorar que a única forma de gerar emprego e inclusão social é o desenvolvimento econômico. Sem uma plataforma de apoio à micro e pequena empresa, aliada a uma matriz tributária equilibrada e de leis que desburocratizem a abertura de novos negócios, o Brasil continuará com um crescimento pífio, condenando milhares de cidadãos à pobreza e à marginalidade. E, ao invés de investir em infra-estrutura, o governo continuará gastando milhões com um assistencialismo desmedido, sem resolver o problema do desemprego e da exclusão social.Por sua vez, é na tal igualdade dos regimes socialistas que o jóquei cai do cavalo. Pergunto se, na tão festejada Cuba, os irmãos Castro e seus companheiros vivem nas mesmas condições precárias de seu povo? Pergunto se Stálin e seus camaradas viviam com as mesmas restrições impostas ao povo soviético? E o “democrata” Chávez vive de igual para igual com os venezuelanos mais humildes? Será que a alta casta do poder, sempre com um charuto em punho e com um scotch 12 anos a tiracolo, era e é igual aos mortais da classe trabalhadora? Vivem com os mesmos luxos e direitos? Então, que igualdade é esta? O fato é que o encantador discurso da esquerda socialista esconde uma brutal desigualdade intrínseca. Essa é a realidade: defende-se a rasteira planificação social para luxúria dos poucos donos do poder. A soberania do povo é escravizada para satisfazer os interesses da alta burocracia estatal. E o mais irônico é que aqueles que criticavam os “donos de capital” passam a ser justamente o que condenavam. Aliás, se transformam em algo muito pior, pois, além do domínio econômico, iniciam a degola das liberdades individuais.
Publicado em 24/10/2006

fonte:blog do diego

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