Recém-bafejado por 58 milhões de votos, Lula vai fazendo barba, cabelo e bigode no Congresso. Pelas contas do ministro Tarso Genro (Relações Institucionais), sete partidos devem compor a “coalizão” governista. De duas uma: ou o ministro errou nas contas ou já pôs o pé na porta.
Pela soma do signatário do blog, Lula II terá do seu lado nove partidos. Vejamos: o PT (1) é de Lula; PSB (2) e PC do B (3) são aliados de primeira hora. PMDB (4), agora cindido entre os governistas de Renan e Sarney e os neogovernistas de Temer, vai se acertando. PTB (5) aderiu nesta quinta. De resto, fazem fila na porta do Planalto PDT (6), PV (7), PP (8) e PL (9).
Como se fosse pouco, Brasília assistiu nesta quinta a um beija-mão que juntou em torno de Lula 18 dos 27 Estados. Lá estavam 16 governadores e dois vice-governadores. Reuniram-se previamente para elaborar uma pauta de pedidos. Mas não chegaram a um consenso. Ou seja, Lula ganhou a foto que ansiava sem o incômodo de um documento reivindicatório.
Na véspera, Marcelo Deda, o governador petista de Sergipe, dissera que seria entregue a Lula um documento com “propostas ousadas.” Resignado, afirmou que a discussão ficou para depois. O peemedebista Paulo Hartung, do Espírito Santo, ecoou o colega: "Vamos buscar a união dos 27 governadores, estabelecer uma interlocução com o presidente e depois disso construir uma agenda de interesse dos 27 Estados."
Animado, Lula aconselhou aos desafetos do seu governo que adiem para 2010 os planos de fazer oposição. "A próxima reunião será com a presença de todos os governadores”, disse o presidente. “Se alguém quiser fazer oposição que faça em 2010, quando não terei mais mandato. Até lá, a nossa função é governar este país da melhor forma."
Os governadores Blairo Maggi (MT) e Ivo Cassol (RO), filiados ao oposicionista PPS, agora rebatizado de MD, parecem convencidos de que não é mesmo hora de fazer birra. Ambos engrossaram o beija-mão presidencial. Cassol foi de um pragmatismo atroz. Disse que não seria "burro" de se contrapor a Lula II nesse instante. É mais um que Roberto Freire (MD-PE) terá de expulsar.
Lula falou como se mesmo os tucanos José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas) já estivessem no seu embornal. Disse que mantém com ambos uma "relação de amizade" de arrastados "30 anos". Ao discorrer sobre a montagem de sua equipe, o presidente declarou que “aprendeu uma lição" nos últimos quatro anos: um presidente não deve cercar-se de amigos. "Montar um governo significa 50% de sucesso do governo. Convidar alguém é muito fácil, agora tirar alguém é muito difícil. Nesta hora, não tem relação de amigo, tem que ter relação de chefe de Estado. Tem que indicar as pessoas mais qualificadas ao invés de procurar amigos."
Não se sabe se Lula desistiu dos amigos porque os que tinha encontram-se enrolados em escândalos ou se, de fato, aprendeu a lição. Só depois de anunciado o novo ministério o país saberá se o presidente está mesmo escolado como diz. Recomenda-se aos expectadores que prestem muita atenção à algaravia que se formou nos arredores do Palácio do Planalto. Os freqüentadores da barbearia declaram-se interessados apenas em “servir ao país”. É o mesmo trololó que se ouve a cada alvorecer de um “novo” governo. Desnecessário lembrar que, no final, é você quem paga a conta da lavanda.
* A foto acima foi extraída de estudo sobre os negros livres e escravos do Brasil da segunda metade do século 19. Era uma época em que os cativos buscavam a distinção proporcionada por ofícios como o de barbeiro. Esses mesmos profissionais executavam o ofício de cirurgiões dentistas e prestavam primeiros-socorros. Aplicavam, por exemplo, sangrias e sanguessugas. Torce-se para que os escravos do Legislativo se dediquem a outros afazeres.
Pela soma do signatário do blog, Lula II terá do seu lado nove partidos. Vejamos: o PT (1) é de Lula; PSB (2) e PC do B (3) são aliados de primeira hora. PMDB (4), agora cindido entre os governistas de Renan e Sarney e os neogovernistas de Temer, vai se acertando. PTB (5) aderiu nesta quinta. De resto, fazem fila na porta do Planalto PDT (6), PV (7), PP (8) e PL (9).
Como se fosse pouco, Brasília assistiu nesta quinta a um beija-mão que juntou em torno de Lula 18 dos 27 Estados. Lá estavam 16 governadores e dois vice-governadores. Reuniram-se previamente para elaborar uma pauta de pedidos. Mas não chegaram a um consenso. Ou seja, Lula ganhou a foto que ansiava sem o incômodo de um documento reivindicatório.
Na véspera, Marcelo Deda, o governador petista de Sergipe, dissera que seria entregue a Lula um documento com “propostas ousadas.” Resignado, afirmou que a discussão ficou para depois. O peemedebista Paulo Hartung, do Espírito Santo, ecoou o colega: "Vamos buscar a união dos 27 governadores, estabelecer uma interlocução com o presidente e depois disso construir uma agenda de interesse dos 27 Estados."
Animado, Lula aconselhou aos desafetos do seu governo que adiem para 2010 os planos de fazer oposição. "A próxima reunião será com a presença de todos os governadores”, disse o presidente. “Se alguém quiser fazer oposição que faça em 2010, quando não terei mais mandato. Até lá, a nossa função é governar este país da melhor forma."
Os governadores Blairo Maggi (MT) e Ivo Cassol (RO), filiados ao oposicionista PPS, agora rebatizado de MD, parecem convencidos de que não é mesmo hora de fazer birra. Ambos engrossaram o beija-mão presidencial. Cassol foi de um pragmatismo atroz. Disse que não seria "burro" de se contrapor a Lula II nesse instante. É mais um que Roberto Freire (MD-PE) terá de expulsar.
Lula falou como se mesmo os tucanos José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas) já estivessem no seu embornal. Disse que mantém com ambos uma "relação de amizade" de arrastados "30 anos". Ao discorrer sobre a montagem de sua equipe, o presidente declarou que “aprendeu uma lição" nos últimos quatro anos: um presidente não deve cercar-se de amigos. "Montar um governo significa 50% de sucesso do governo. Convidar alguém é muito fácil, agora tirar alguém é muito difícil. Nesta hora, não tem relação de amigo, tem que ter relação de chefe de Estado. Tem que indicar as pessoas mais qualificadas ao invés de procurar amigos."
Não se sabe se Lula desistiu dos amigos porque os que tinha encontram-se enrolados em escândalos ou se, de fato, aprendeu a lição. Só depois de anunciado o novo ministério o país saberá se o presidente está mesmo escolado como diz. Recomenda-se aos expectadores que prestem muita atenção à algaravia que se formou nos arredores do Palácio do Planalto. Os freqüentadores da barbearia declaram-se interessados apenas em “servir ao país”. É o mesmo trololó que se ouve a cada alvorecer de um “novo” governo. Desnecessário lembrar que, no final, é você quem paga a conta da lavanda.
* A foto acima foi extraída de estudo sobre os negros livres e escravos do Brasil da segunda metade do século 19. Era uma época em que os cativos buscavam a distinção proporcionada por ofícios como o de barbeiro. Esses mesmos profissionais executavam o ofício de cirurgiões dentistas e prestavam primeiros-socorros. Aplicavam, por exemplo, sangrias e sanguessugas. Torce-se para que os escravos do Legislativo se dediquem a outros afazeres.
Fonte: blog josias de souza
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