quinta-feira, novembro 30, 2006
Rolos da Igreja Renascer 01
30/11/2006
Ministério Público pede prisão de fundadores da Igreja Renascer
da Folha Online
O Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva dos fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo: Estevam Hernandes Filho e sua mulher, Sônia Haddad Moraes Hernandes. O pedido foi feito porque o casal não compareceu à audiência do processo em que os dois são denunciados por lavagem de dinheiro, estelionato e falsidade ideológica.
O pedido de prisão foi enviado para a Justiça no último dia 17. O juiz da 1ª Vara de Justiça Criminal, Paulo Antônio Rossi, ainda não analisou o pedido do Ministério Público.
O processo tramita em segredo na 1ª Vara Criminal, que já determinou quebra do sigilo bancário e bloqueio de bens do casal Hernandes.
A assessoria da Renascer informou que Estevam não compareceu à audiência porque estava com um problema nos olhos. Também informou que o atestado médico já foi enviado para o Ministério Público, que deve juntar o documento ao processo.
Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo do dia 25 de outubro informava que um ex-funcionário da Renascer, que se identificou como "J", disse que o dinheiro arrecadado entre os fiéis era usado para pagar funcionários de empresas dos Hernandes. Assim, sobravam mais recursos para que as empresas do grupo comprassem bens.
Numa outra denúncia, o Ministério Público de São Paulo acusou os Hernandes e o bispo primaz Jorge Luiz Bruno de falsidade ideológica. Eles teriam montado uma igreja "laranja", chamada Internacional Renovação Evangélica, para livrar a Renascer de processos.
Segundo a denúncia, a igreja Internacional Renovação Evangélica, criada em 2004 por Jorge Luiz Bruno, não existe fisicamente. No endereço indicado na ata de fundação --rua Maria Carlota, 879, na zona leste de São Paulo-- funciona um templo da Renascer.
Os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado) Arthur Lemos, Eder Segura, Roberto Porto e José Reinaldo Carneiro --que fizeram o pedido de prisão preventiva-- não quiseram se manifestar, pois o processo está sob segredo de Justiça.
Ministério Público pede prisão de fundadores da Igreja Renascer
da Folha Online
O Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva dos fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo: Estevam Hernandes Filho e sua mulher, Sônia Haddad Moraes Hernandes. O pedido foi feito porque o casal não compareceu à audiência do processo em que os dois são denunciados por lavagem de dinheiro, estelionato e falsidade ideológica.
O pedido de prisão foi enviado para a Justiça no último dia 17. O juiz da 1ª Vara de Justiça Criminal, Paulo Antônio Rossi, ainda não analisou o pedido do Ministério Público.
O processo tramita em segredo na 1ª Vara Criminal, que já determinou quebra do sigilo bancário e bloqueio de bens do casal Hernandes.
A assessoria da Renascer informou que Estevam não compareceu à audiência porque estava com um problema nos olhos. Também informou que o atestado médico já foi enviado para o Ministério Público, que deve juntar o documento ao processo.
Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo do dia 25 de outubro informava que um ex-funcionário da Renascer, que se identificou como "J", disse que o dinheiro arrecadado entre os fiéis era usado para pagar funcionários de empresas dos Hernandes. Assim, sobravam mais recursos para que as empresas do grupo comprassem bens.
Numa outra denúncia, o Ministério Público de São Paulo acusou os Hernandes e o bispo primaz Jorge Luiz Bruno de falsidade ideológica. Eles teriam montado uma igreja "laranja", chamada Internacional Renovação Evangélica, para livrar a Renascer de processos.
Segundo a denúncia, a igreja Internacional Renovação Evangélica, criada em 2004 por Jorge Luiz Bruno, não existe fisicamente. No endereço indicado na ata de fundação --rua Maria Carlota, 879, na zona leste de São Paulo-- funciona um templo da Renascer.
Os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado) Arthur Lemos, Eder Segura, Roberto Porto e José Reinaldo Carneiro --que fizeram o pedido de prisão preventiva-- não quiseram se manifestar, pois o processo está sob segredo de Justiça.
Telejornais
30/11/2006
Confira as manchetes dos telejornais do dia 30 de novembro
da Folha Online
Jornal Nacional (Rede Globo)
A economia brasileira cresce apenas 0,5% no terceiro trimestre e fica ainda mais difícil passar dos 3% no ano.
O PMDB formaliza o apoio ao governo Lula.
Espírito de conciliação na Turquia: o papa Bento 16 reza com muçulmanos e ortodoxos.
O flagrante de uma covardia: procura-se a acompanhante que maltratava uma senhora de 84 anos.
Tempestades levam mortes a Minas Gerais e prejuízos a São Paulo.
Os craques revelados pelo Brasileirão 2006.
No iatismo, o novo desafio do super campeão Robert Scheidt.
O governo anuncia que bens de traficantes serão leiloados pela internet.
Gravações autorizadas pela Justiça levam a polícia a uma nova droga sintética: um produto derivado de um anestésico para animais.
Jornal da Record (Rede Record)
Chuvas matam três pessoas no Rio de Janeiro e Belo Horizonte.Temporal, enchentes, engarrafamento gigante: as imagens de uma quinta-feira no novembro mais chuvoso, em quase 30 anos, em São Paulo.
PMDB aprova adesão do partido ao governo Lula.
A economia brasileira cresce apenas 0,5% no terceiro trimestre.
Uma tradição de 70 anos abre as festas de fim de ano nos Estados Unidos.
A força da fé, uma nova série de reportagens especiais.
Histórias de quem sentiu a morte chegar e só tem uma explicação para estar vivo: milagre.
Jornal da Band (Rede Bandeirantes)
Economia cresce apenas 0,5% no terceiro trimestre e Lula reage dizendo que não pensa mais em 2006.
Perícia com super microscópio da Polícia Federal nega que documentos da ditadura tenham sido queimados em base aérea na Bahia.
As águas de novembro: três pessoas morrem por causa da chuva no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Em São Paulo, o número de alagamentos dobra. O trânsito não sai do lugar e enchentes atemorizam população.
Mais uma quadrilha de classe média envolvida no tráfico de drogas sintéticas é desmantelada no Rio. Um dos presos é um veterinário que transformava anestésico para cavalos em alucinógeno.
Nova reportagem na selva amazônica mostra que o consumo de bebidas alcoólicas está levando ao suicídio.
Sem-terras ocupam e paralisam o Porto de Maceió.Baleia ataca treinador em parque aquático nos Estados Unidos.
A Defesa Civil alerta: seis Estados ainda podem ser atingidos por temporais.
Conselho Monetário Nacional eleva tetos de microcrédito bancário: R$ 1 mil para pessoas físicas, R$ 3 mil para micro empresas.
Confira as manchetes dos telejornais do dia 30 de novembro
da Folha Online
Jornal Nacional (Rede Globo)
A economia brasileira cresce apenas 0,5% no terceiro trimestre e fica ainda mais difícil passar dos 3% no ano.
O PMDB formaliza o apoio ao governo Lula.
Espírito de conciliação na Turquia: o papa Bento 16 reza com muçulmanos e ortodoxos.
O flagrante de uma covardia: procura-se a acompanhante que maltratava uma senhora de 84 anos.
Tempestades levam mortes a Minas Gerais e prejuízos a São Paulo.
Os craques revelados pelo Brasileirão 2006.
No iatismo, o novo desafio do super campeão Robert Scheidt.
O governo anuncia que bens de traficantes serão leiloados pela internet.
Gravações autorizadas pela Justiça levam a polícia a uma nova droga sintética: um produto derivado de um anestésico para animais.
Jornal da Record (Rede Record)
Chuvas matam três pessoas no Rio de Janeiro e Belo Horizonte.Temporal, enchentes, engarrafamento gigante: as imagens de uma quinta-feira no novembro mais chuvoso, em quase 30 anos, em São Paulo.
PMDB aprova adesão do partido ao governo Lula.
A economia brasileira cresce apenas 0,5% no terceiro trimestre.
Uma tradição de 70 anos abre as festas de fim de ano nos Estados Unidos.
A força da fé, uma nova série de reportagens especiais.
Histórias de quem sentiu a morte chegar e só tem uma explicação para estar vivo: milagre.
Jornal da Band (Rede Bandeirantes)
Economia cresce apenas 0,5% no terceiro trimestre e Lula reage dizendo que não pensa mais em 2006.
Perícia com super microscópio da Polícia Federal nega que documentos da ditadura tenham sido queimados em base aérea na Bahia.
As águas de novembro: três pessoas morrem por causa da chuva no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Em São Paulo, o número de alagamentos dobra. O trânsito não sai do lugar e enchentes atemorizam população.
Mais uma quadrilha de classe média envolvida no tráfico de drogas sintéticas é desmantelada no Rio. Um dos presos é um veterinário que transformava anestésico para cavalos em alucinógeno.
Nova reportagem na selva amazônica mostra que o consumo de bebidas alcoólicas está levando ao suicídio.
Sem-terras ocupam e paralisam o Porto de Maceió.Baleia ataca treinador em parque aquático nos Estados Unidos.
A Defesa Civil alerta: seis Estados ainda podem ser atingidos por temporais.
Conselho Monetário Nacional eleva tetos de microcrédito bancário: R$ 1 mil para pessoas físicas, R$ 3 mil para micro empresas.
domingo, novembro 26, 2006
Frases - Política
“Lula continua a perguntar para onde foi o dinheiro das privatizações. é incrível que, após quatro anos n governo, ele não tenha descoberto. Parece que saber de onde vem e para onde vai o dinheiro não é o forte dele”
Eduardo Graef, secretário-Geral da presidência no governo FHC, n o painel da folha de São Paulo
“Esse é um governo conduzido por idiotas de esquerda, apoiados por idiotas de direita”
Reinaldo Azevedo, jornalista em entrevista ao jornal Tribuna da Imprensa.
“O blolsa Família é uma vergonha para qualquer governo. O povo não quer esmola, quer trabalho, casa para viver, escova de dentes. Não apenas arroz e feijão.”
Jackson Inácio da Silva, um dos irmãos de Lula e eleitor de Alckmin.
“Se a gente pudesse esmagar o PT com o dedo, a gente esmagava. Não vamos deixar eles se criarem aqui.”
Ronei Cecconello, secretario de administração de Ipiranga do Sul (RS), cidade que, devido à política agrícola do governo Lula, votou maciçamente (82,8%) no candidato tucana à Presidência.
“Eu só vim aprender o caminho da escola. Queria saber se venho com uma bolsa Louis Vuitton ou com uma sacolinha das Casas da Banha”
Clodovil, deputado federal eleito (PTC-SP), em visita ao Congresso Nacional, prometendo ser o deputado do “amor e do afeto”.
“Clodovil é uma pessoa muito educada, elegante, fina.”
Aldo Rebelo, presidente da Câmara dos Deputados, encantado com o futuro parlamentar
“Eu sou feito um cachorro, é só passar a mão que abano o rabo”.
Clodovil, sobre os elogios de Aldo.
“Lula abaraçou todas as práticas condenáveis de Fernando Henrique e acrescentou, de maneira deslavada e gigantesca, a corrupção”
Anthony Garotinho, ex-governado do Rio de janeiro.
Fonte: Revista Veja
Eduardo Graef, secretário-Geral da presidência no governo FHC, n o painel da folha de São Paulo
“Esse é um governo conduzido por idiotas de esquerda, apoiados por idiotas de direita”
Reinaldo Azevedo, jornalista em entrevista ao jornal Tribuna da Imprensa.
“O blolsa Família é uma vergonha para qualquer governo. O povo não quer esmola, quer trabalho, casa para viver, escova de dentes. Não apenas arroz e feijão.”
Jackson Inácio da Silva, um dos irmãos de Lula e eleitor de Alckmin.
“Se a gente pudesse esmagar o PT com o dedo, a gente esmagava. Não vamos deixar eles se criarem aqui.”
Ronei Cecconello, secretario de administração de Ipiranga do Sul (RS), cidade que, devido à política agrícola do governo Lula, votou maciçamente (82,8%) no candidato tucana à Presidência.
“Eu só vim aprender o caminho da escola. Queria saber se venho com uma bolsa Louis Vuitton ou com uma sacolinha das Casas da Banha”
Clodovil, deputado federal eleito (PTC-SP), em visita ao Congresso Nacional, prometendo ser o deputado do “amor e do afeto”.
“Clodovil é uma pessoa muito educada, elegante, fina.”
Aldo Rebelo, presidente da Câmara dos Deputados, encantado com o futuro parlamentar
“Eu sou feito um cachorro, é só passar a mão que abano o rabo”.
Clodovil, sobre os elogios de Aldo.
“Lula abaraçou todas as práticas condenáveis de Fernando Henrique e acrescentou, de maneira deslavada e gigantesca, a corrupção”
Anthony Garotinho, ex-governado do Rio de janeiro.
Fonte: Revista Veja
Kennedy Alencar
26/11/2006
Desafio de Lula é modernização capitalista
KENNEDY ALENCARColunista da Folha Online
Quando disse que ainda não tinha a fórmula, mas que a obteria até o final do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que o país não está pronto para crescer 5%. Por isso, ele pressiona a equipe econômica a apresentar um plano que faça o PIB (Produto Interno Bruto) crescer anualmente em torno dessa taxa.Essa discussão é muito boa para o país. Acaba com o falso conflito entre "monetaristas" e "desenvolvimentistas". A agenda passa a ser a discussão sobre um suposto entrave ambiental, gargalos na infra-estrutura, dosagem das políticas monetária e fiscal. Enfim, desfulaniza-se o debate. Detalha-se a discussão.Lula é o político brasileiro com mais condições de realizar uma modernização capitalista para valer do país. Líder carismática, tem cacife político para dizer a setores de sua base social que é preciso reformar a Previdência mais uma vez, reformular parte da legislação trabalhista e cortar gastos em todas as áreas, inclusive na social.Depois de ter feito um primeiro mandato no qual agradou ao mercado, Lula tem credibilidade para dizer que buscará um crescimento sem irresponsabilidade, sem mágica. E cobrar uma fatura da elite. Essa credibilidade, porém, precisa ser cultivada. Um lance meramente demagógico poderia miná-la. Logo, o presidente deve tomar cuidado com o plano econômico que elabora.Seria conveniente que Lula abraçasse uma agenda "liberal", de ingresso mesmo do país no capitalismo. Para isso, a discussão sobre "fim da era Palocci" perde sentido. Talvez a saída seja radicalizar o paloccismo. Lula está disposto a fazê-lo? O presidente tem até o final do ano para encontrar a resposta. Ele já possui as condições políticas e a oportunidade histórica para colocar o dedo na ferida.
Despiste?Auxiliares avaliam que Lula não esticará uma eventual reforma do ministério, deixando para trocar algumas peças apenas em fevereiro. Crêem que foi sinal para diminuir cobranças sobre alterações no primeiro escalão.
TesteO presidente está testando seu ministro da Fazenda ao pedir que apresente propostas de crescimento econômico. Em conversa reservada recentemente, Lula disse: "Acho que vou deixar o Guido [Mantega] na Fazenda". Esse "acho" ainda alimenta a dúvida de alguns membros do governo sobre a confirmação em definitiva de Mantega em seu posto.
Fonte: folha online
Desafio de Lula é modernização capitalista
KENNEDY ALENCARColunista da Folha Online
Quando disse que ainda não tinha a fórmula, mas que a obteria até o final do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que o país não está pronto para crescer 5%. Por isso, ele pressiona a equipe econômica a apresentar um plano que faça o PIB (Produto Interno Bruto) crescer anualmente em torno dessa taxa.Essa discussão é muito boa para o país. Acaba com o falso conflito entre "monetaristas" e "desenvolvimentistas". A agenda passa a ser a discussão sobre um suposto entrave ambiental, gargalos na infra-estrutura, dosagem das políticas monetária e fiscal. Enfim, desfulaniza-se o debate. Detalha-se a discussão.Lula é o político brasileiro com mais condições de realizar uma modernização capitalista para valer do país. Líder carismática, tem cacife político para dizer a setores de sua base social que é preciso reformar a Previdência mais uma vez, reformular parte da legislação trabalhista e cortar gastos em todas as áreas, inclusive na social.Depois de ter feito um primeiro mandato no qual agradou ao mercado, Lula tem credibilidade para dizer que buscará um crescimento sem irresponsabilidade, sem mágica. E cobrar uma fatura da elite. Essa credibilidade, porém, precisa ser cultivada. Um lance meramente demagógico poderia miná-la. Logo, o presidente deve tomar cuidado com o plano econômico que elabora.Seria conveniente que Lula abraçasse uma agenda "liberal", de ingresso mesmo do país no capitalismo. Para isso, a discussão sobre "fim da era Palocci" perde sentido. Talvez a saída seja radicalizar o paloccismo. Lula está disposto a fazê-lo? O presidente tem até o final do ano para encontrar a resposta. Ele já possui as condições políticas e a oportunidade histórica para colocar o dedo na ferida.
Despiste?Auxiliares avaliam que Lula não esticará uma eventual reforma do ministério, deixando para trocar algumas peças apenas em fevereiro. Crêem que foi sinal para diminuir cobranças sobre alterações no primeiro escalão.
TesteO presidente está testando seu ministro da Fazenda ao pedir que apresente propostas de crescimento econômico. Em conversa reservada recentemente, Lula disse: "Acho que vou deixar o Guido [Mantega] na Fazenda". Esse "acho" ainda alimenta a dúvida de alguns membros do governo sobre a confirmação em definitiva de Mantega em seu posto.
Fonte: folha online
Josias de Souza
O fim do pessimismo
Há um período do ano em que o brasileiro se sente repleto de sinos, reco-recos, pandeiros, cuícas e surdos. Dá-se entre o Natal e o Carnaval, com o Ano Novo de permeio. Com tanto barulho a lhe invadir a alma, o patrício não tem ouvidos para o pessimismo. Deixa-se levar pelos festejos.
Quando a virada do ano coincide com o início de um novo governo, aí mesmo é que os maus presságios se dissipam. Ainda que o governo seja, em verdade, um velho reciclado, a reeleição funciona como senha para um reinício triunfal. Apagam-se todas as máculas.
O ar fica como que impregnado de uma gosma de lagarta quando se livra do casulo. A platéia vai ao êxtase com a metamorfose dos discursos. Todos os ventos parecem favorecer o vôo da borboleta.
Se o lepidóptero tem as cores de 58 milhões de votos, passa a exercer um poder de atração próprio de um imã. Ouve-se à sua volta, além dos sons típicos da época, um tilintar de verbas e cargos.
Ao cheiro de peru assado e ao odor de suor, se junta o doce aroma do tinteiro cheio sobre a mesa do re-presidente. Em períodos assim, é mais fácil encontrar um mico-leão-dourado do que um oposicionista genuíno. Quanto ao governismo, adquire uma forma difusa, volatilizada, atmosférica. É-se governista sem questionar, sem pestanejar, sem raciocinar, apenas respirando os novos ares.
O diabo é que, passada a ceia natalina, os fogos da virada de ano e os dias de samba, virá a Quarta-feira de Cinzas. Ela sempre vem, infalível como o Sol. E costuma fazer-se acompanhar de uma caída em si.
À medida que a folhinha vai entrando em dias, em semanas, em meses, a voz da contradita, momentaneamente abafada, volta a cavar o seu espaço ao pé do ouvido da nação. Governistas e neogovernistas preteridos pela caneta presidencial costumam engrossar o coro. A unanimidade esboroa-se.
Lula, a borboleta dos dias que correm, farfalha suas asas em direção a um 2007 de sonhos. Um ano de pujança econômica, geladeira cheia e bolso fornido. Munido de um pé-de-cabra metafórico, o presidente anuncia que, antes mesmo do Natal, vai “destravar” o Brasil.
Imprudente, Lula acomoda no futuro uma armadilha para si mesmo: “Vamos crescer 5%.” É lorota maior do que o aceno dos "10 milhões de empregos", feito antes do Natal de 2002. Mas quem se importa? Logo Papai Noel cai chegar. Depois, os fogos de Copacabana. Em seguida, as Escolas na Sapucaí. Se você reparar direitinho, verá que não há mesmo razão para pessimismo.
A política anda destrambelhada. Oportunidade única para que os políticos a reformem. A Previdência é um queijo suíço. Está no ponto para que se lhe tapem os buracos. O orçamento público foge ao controle. Chance para que a tesoura companheira mostre do que é capaz. A infra-estrutura desestruturou-se. Possibilidade ideal para que se promovam novos investimentos. Como se vê, o Brasil da Quarta de Cinzas é um país pronto para o renascimento.
Fonte: blog do josias de souza
Há um período do ano em que o brasileiro se sente repleto de sinos, reco-recos, pandeiros, cuícas e surdos. Dá-se entre o Natal e o Carnaval, com o Ano Novo de permeio. Com tanto barulho a lhe invadir a alma, o patrício não tem ouvidos para o pessimismo. Deixa-se levar pelos festejos.
Quando a virada do ano coincide com o início de um novo governo, aí mesmo é que os maus presságios se dissipam. Ainda que o governo seja, em verdade, um velho reciclado, a reeleição funciona como senha para um reinício triunfal. Apagam-se todas as máculas.
O ar fica como que impregnado de uma gosma de lagarta quando se livra do casulo. A platéia vai ao êxtase com a metamorfose dos discursos. Todos os ventos parecem favorecer o vôo da borboleta.
Se o lepidóptero tem as cores de 58 milhões de votos, passa a exercer um poder de atração próprio de um imã. Ouve-se à sua volta, além dos sons típicos da época, um tilintar de verbas e cargos.
Ao cheiro de peru assado e ao odor de suor, se junta o doce aroma do tinteiro cheio sobre a mesa do re-presidente. Em períodos assim, é mais fácil encontrar um mico-leão-dourado do que um oposicionista genuíno. Quanto ao governismo, adquire uma forma difusa, volatilizada, atmosférica. É-se governista sem questionar, sem pestanejar, sem raciocinar, apenas respirando os novos ares.
O diabo é que, passada a ceia natalina, os fogos da virada de ano e os dias de samba, virá a Quarta-feira de Cinzas. Ela sempre vem, infalível como o Sol. E costuma fazer-se acompanhar de uma caída em si.
À medida que a folhinha vai entrando em dias, em semanas, em meses, a voz da contradita, momentaneamente abafada, volta a cavar o seu espaço ao pé do ouvido da nação. Governistas e neogovernistas preteridos pela caneta presidencial costumam engrossar o coro. A unanimidade esboroa-se.
Lula, a borboleta dos dias que correm, farfalha suas asas em direção a um 2007 de sonhos. Um ano de pujança econômica, geladeira cheia e bolso fornido. Munido de um pé-de-cabra metafórico, o presidente anuncia que, antes mesmo do Natal, vai “destravar” o Brasil.
Imprudente, Lula acomoda no futuro uma armadilha para si mesmo: “Vamos crescer 5%.” É lorota maior do que o aceno dos "10 milhões de empregos", feito antes do Natal de 2002. Mas quem se importa? Logo Papai Noel cai chegar. Depois, os fogos de Copacabana. Em seguida, as Escolas na Sapucaí. Se você reparar direitinho, verá que não há mesmo razão para pessimismo.
A política anda destrambelhada. Oportunidade única para que os políticos a reformem. A Previdência é um queijo suíço. Está no ponto para que se lhe tapem os buracos. O orçamento público foge ao controle. Chance para que a tesoura companheira mostre do que é capaz. A infra-estrutura desestruturou-se. Possibilidade ideal para que se promovam novos investimentos. Como se vê, o Brasil da Quarta de Cinzas é um país pronto para o renascimento.
Fonte: blog do josias de souza
sexta-feira, novembro 24, 2006
Kennedy Alencar
30/10/2006
Os riscos do 2º mandato
KENNEDY ALENCARColunista da Folha Online
A votação ainda transcorria, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não estava reeleito, mas dois ministros importantes e que terão força no segundo mandato já prometiam mudanças na política econômica. Mau começo.Tarso Genro (Relações Institucionais) falou em fim da "era Palocci". Dilma Rousseff (Casa Civil) disse que a economia passará para o "segundo momento" porque foi concluído um "conjunto de ajustes".A credibilidade econômica do governo Lula foi conquistada a duras penas. Quando o presidente diz que recebeu o país quebrado em 2002, não reconhece que havia, sim, um temor do mercado em relação às idéias econômicas que implementaria no governo. Era a época do risco-país recorde, da falta de linhas de crédito para exportação etc.No poder, Lula aplicou uma dura ortodoxia fiscal e monetária. Um dos fatores que ajudaram Lula a superar a crise política foi não ter havido uma crise econômica simultaneamente. Mesmo nos piores momentos dos escândalos do mensalão, a economia não foi afetada.Diretores do Banco Central que Lula queria demitir no começo de 2005 (chegou a dar ordem a Palocci nesse sentido) sobreviveram porque os petistas "desenvolvimentistas" tinham de se preocupar com Roberto Jefferson e os desdobramentos de suas entrevistas à Folha.Com o perdão da má poesia, quando José Dirceu falava de economia, o mundo caía. Tarso e Dilma abordam a economia muito mais do que tratam de suas respectivas áreas, articulação política e gerenciamento do governo. Estão fazendo o que o ex-ministro da Casa Civil fazia, a contragosto do presidente: tentar influenciar áreas que não estão diretamente sob comando.Guido Mantega, ministro da Fazenda, virou um espécie de auxiliar da Casa Civil. Tenta se manter no cargo com apoio de Dilma e Tarso, além da fidelidade extrema ao presidente. É curioso e irônico que, no dia da reeleição de Lula, não tenha sido ele a dar a notícia de mudanças na economia.Ora, achar que foi "concluído um período de ajustes" é de uma cegueira econômica tremenda. Houve ampliação dos gastos públicos no ano da reeleição de Lula. A questão fiscal é fundamental.Lula foi ambíguo na sua primeira entrevista após reeleito. Disse que manteria uma forte política fiscal, mas soltou uma frase preocupante: "Conseguimos resolver o problema da macroeconomia". Não é verdade.Lula corre dois riscos. O primeiro é não fazer nada na área fiscal. Fernando Henrique Cardoso cometeu o mesmo erro quando resolveu surfar nas ondas do populismo cambial. Adiou uma desvalorização que aconteceu à sua revelia em 1999, quando o país quebrou. Poderá contratar uma crise futura, ainda em sua gestão.O segundo risco é o mercado começar a acreditar que Dilma e Tarso vão dar as cartas na economia. Se essa versão cola, Lula poderá jogar fora todo o sacrifício que fez nos últimos quatro anos.
BastidoresQuando viu na TV a divulgação do resultado da Justiça Eleitoral que tornava irreversível a sua reeleição, Lula disse: "O povo me fez justiça". Num clima de emoção, um auxiliar muito próximo afirmou: "Essa vitória vai lavar as nossas dores".
Sinal preocupanteNo pronunciamento e na entrevista, Lula foi pouco cordato com a oposição em geral e com Geraldo Alckmin em particular. Sinalizou que deseja um acordo, declarando que pretende conversar com todas as forças políticas até 15 de dezembro. Mas o tom do discurso o traiu.
Fonte: folha online
Os riscos do 2º mandato
KENNEDY ALENCARColunista da Folha Online
A votação ainda transcorria, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não estava reeleito, mas dois ministros importantes e que terão força no segundo mandato já prometiam mudanças na política econômica. Mau começo.Tarso Genro (Relações Institucionais) falou em fim da "era Palocci". Dilma Rousseff (Casa Civil) disse que a economia passará para o "segundo momento" porque foi concluído um "conjunto de ajustes".A credibilidade econômica do governo Lula foi conquistada a duras penas. Quando o presidente diz que recebeu o país quebrado em 2002, não reconhece que havia, sim, um temor do mercado em relação às idéias econômicas que implementaria no governo. Era a época do risco-país recorde, da falta de linhas de crédito para exportação etc.No poder, Lula aplicou uma dura ortodoxia fiscal e monetária. Um dos fatores que ajudaram Lula a superar a crise política foi não ter havido uma crise econômica simultaneamente. Mesmo nos piores momentos dos escândalos do mensalão, a economia não foi afetada.Diretores do Banco Central que Lula queria demitir no começo de 2005 (chegou a dar ordem a Palocci nesse sentido) sobreviveram porque os petistas "desenvolvimentistas" tinham de se preocupar com Roberto Jefferson e os desdobramentos de suas entrevistas à Folha.Com o perdão da má poesia, quando José Dirceu falava de economia, o mundo caía. Tarso e Dilma abordam a economia muito mais do que tratam de suas respectivas áreas, articulação política e gerenciamento do governo. Estão fazendo o que o ex-ministro da Casa Civil fazia, a contragosto do presidente: tentar influenciar áreas que não estão diretamente sob comando.Guido Mantega, ministro da Fazenda, virou um espécie de auxiliar da Casa Civil. Tenta se manter no cargo com apoio de Dilma e Tarso, além da fidelidade extrema ao presidente. É curioso e irônico que, no dia da reeleição de Lula, não tenha sido ele a dar a notícia de mudanças na economia.Ora, achar que foi "concluído um período de ajustes" é de uma cegueira econômica tremenda. Houve ampliação dos gastos públicos no ano da reeleição de Lula. A questão fiscal é fundamental.Lula foi ambíguo na sua primeira entrevista após reeleito. Disse que manteria uma forte política fiscal, mas soltou uma frase preocupante: "Conseguimos resolver o problema da macroeconomia". Não é verdade.Lula corre dois riscos. O primeiro é não fazer nada na área fiscal. Fernando Henrique Cardoso cometeu o mesmo erro quando resolveu surfar nas ondas do populismo cambial. Adiou uma desvalorização que aconteceu à sua revelia em 1999, quando o país quebrou. Poderá contratar uma crise futura, ainda em sua gestão.O segundo risco é o mercado começar a acreditar que Dilma e Tarso vão dar as cartas na economia. Se essa versão cola, Lula poderá jogar fora todo o sacrifício que fez nos últimos quatro anos.
BastidoresQuando viu na TV a divulgação do resultado da Justiça Eleitoral que tornava irreversível a sua reeleição, Lula disse: "O povo me fez justiça". Num clima de emoção, um auxiliar muito próximo afirmou: "Essa vitória vai lavar as nossas dores".
Sinal preocupanteNo pronunciamento e na entrevista, Lula foi pouco cordato com a oposição em geral e com Geraldo Alckmin em particular. Sinalizou que deseja um acordo, declarando que pretende conversar com todas as forças políticas até 15 de dezembro. Mas o tom do discurso o traiu.
Fonte: folha online
Kennedy Alencar
12/11/2006
PSDB vive crise de identidade
KENNEDY ALENCARColunista da Folha Online
A disputa entre José Serra e Geraldo Alckmin pela candidatura presidencial do PSDB em 2006 será vista como fichinha perto da contenda que se anuncia para daqui a quatro anos. O duelo entre Serra e o governador eleito de Minas, Aécio Neves, pela candidatura tucana ao Palácio do Planalto em 2010 promete ser mais duro.Serra e Aécio deverão ter posição moderada em relação a Lula nos próximos dois anos, pois dependem de boa convivência administrativa com a União a fim de resolver problemas graves em seus Estados. Serra terá a imensa tarefa de melhorar a segurança pública num Estado atemorizado pelo PCC. E Aécio enfrentará o desafio de virar um nome nacional.Em determinado momento, lá por meados de 2008, Serra deverá incorporar um forte discurso anti-Lula. E Aécio tenderá a apostar numa via de conciliação, um "oposicionista light" que o petista não combateria com unhas e dentes se não tiver um nome competitivo do PT ou do campo aliado para concorrer à sua sucessão.É no contexto dessa disputa que Serra cogita criar uma legenda de centro-esquerda. Difícil? Certamente. Possível "refundar o PSDB"? Talvez. Aproveitar uma estrutura partidária que já existe, inchá-la e dar-lhe outro nome? Pode ser por aí.Apesar de ter dado passos históricos para a modernização capitalista do país, os dois governos presidenciais do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-1998 e 1999-2002) são vistos como pragas indefensáveis em eleições pelos candidatos tucanos.Em 2002, Serra foi derrotado por Lula recusando-se a defender o governo que integrava. Alckmin fugiu de FHC como o diabo da cruz, e acabou encurralado pela armadilha das privatizações.O "selo" PSDB estaria fadado ao fracasso? Se não ousar defender a obra de FHC, tucanos candidatos a presidente terão chance de vitória em disputas futuras? Parece que não. E argumentos existem.Num certo sentido, o atual PSDB precisa ser implodido, nem que seja para renascer como uma legenda sem medo do passado.
Estilo ACMSerra negou que esteja pensando em criar um novo partido. Chegou a dizer que foi informado dessas articulações pela Folha Online. O futuro governador de São Paulo tem um método autoritário de se relacionar com a imprensa. Só gosta de ver publicadas versões autorizadas. Terá um tortuoso caminho até a Presidência a continuar com o estilo Antonio Carlos Magalhães de relacionamento com a mídia.
O entrave ambientalLula está contrariado com regras ambientais que dificultariam um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 5% ao ano. Deseja que a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) seja mais flexível.Deve ter cuidado com suas cobranças por alguma frouxidão na seara ambiental. Após muitos anos de sucateamento, o Ibama teve sua estrutura reforçada no governo Lula. Marina está aplicando a lei. E, ironia do destino, o baixo crescimento do PIB parece estar salvando parte de nossa flora e fauna.
Fonte: folha online
PSDB vive crise de identidade
KENNEDY ALENCARColunista da Folha Online
A disputa entre José Serra e Geraldo Alckmin pela candidatura presidencial do PSDB em 2006 será vista como fichinha perto da contenda que se anuncia para daqui a quatro anos. O duelo entre Serra e o governador eleito de Minas, Aécio Neves, pela candidatura tucana ao Palácio do Planalto em 2010 promete ser mais duro.Serra e Aécio deverão ter posição moderada em relação a Lula nos próximos dois anos, pois dependem de boa convivência administrativa com a União a fim de resolver problemas graves em seus Estados. Serra terá a imensa tarefa de melhorar a segurança pública num Estado atemorizado pelo PCC. E Aécio enfrentará o desafio de virar um nome nacional.Em determinado momento, lá por meados de 2008, Serra deverá incorporar um forte discurso anti-Lula. E Aécio tenderá a apostar numa via de conciliação, um "oposicionista light" que o petista não combateria com unhas e dentes se não tiver um nome competitivo do PT ou do campo aliado para concorrer à sua sucessão.É no contexto dessa disputa que Serra cogita criar uma legenda de centro-esquerda. Difícil? Certamente. Possível "refundar o PSDB"? Talvez. Aproveitar uma estrutura partidária que já existe, inchá-la e dar-lhe outro nome? Pode ser por aí.Apesar de ter dado passos históricos para a modernização capitalista do país, os dois governos presidenciais do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-1998 e 1999-2002) são vistos como pragas indefensáveis em eleições pelos candidatos tucanos.Em 2002, Serra foi derrotado por Lula recusando-se a defender o governo que integrava. Alckmin fugiu de FHC como o diabo da cruz, e acabou encurralado pela armadilha das privatizações.O "selo" PSDB estaria fadado ao fracasso? Se não ousar defender a obra de FHC, tucanos candidatos a presidente terão chance de vitória em disputas futuras? Parece que não. E argumentos existem.Num certo sentido, o atual PSDB precisa ser implodido, nem que seja para renascer como uma legenda sem medo do passado.
Estilo ACMSerra negou que esteja pensando em criar um novo partido. Chegou a dizer que foi informado dessas articulações pela Folha Online. O futuro governador de São Paulo tem um método autoritário de se relacionar com a imprensa. Só gosta de ver publicadas versões autorizadas. Terá um tortuoso caminho até a Presidência a continuar com o estilo Antonio Carlos Magalhães de relacionamento com a mídia.
O entrave ambientalLula está contrariado com regras ambientais que dificultariam um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 5% ao ano. Deseja que a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) seja mais flexível.Deve ter cuidado com suas cobranças por alguma frouxidão na seara ambiental. Após muitos anos de sucateamento, o Ibama teve sua estrutura reforçada no governo Lula. Marina está aplicando a lei. E, ironia do destino, o baixo crescimento do PIB parece estar salvando parte de nossa flora e fauna.
Fonte: folha online
Josias de souza
Recém-bafejado por 58 milhões de votos, Lula vai fazendo barba, cabelo e bigode no Congresso. Pelas contas do ministro Tarso Genro (Relações Institucionais), sete partidos devem compor a “coalizão” governista. De duas uma: ou o ministro errou nas contas ou já pôs o pé na porta.
Pela soma do signatário do blog, Lula II terá do seu lado nove partidos. Vejamos: o PT (1) é de Lula; PSB (2) e PC do B (3) são aliados de primeira hora. PMDB (4), agora cindido entre os governistas de Renan e Sarney e os neogovernistas de Temer, vai se acertando. PTB (5) aderiu nesta quinta. De resto, fazem fila na porta do Planalto PDT (6), PV (7), PP (8) e PL (9).
Como se fosse pouco, Brasília assistiu nesta quinta a um beija-mão que juntou em torno de Lula 18 dos 27 Estados. Lá estavam 16 governadores e dois vice-governadores. Reuniram-se previamente para elaborar uma pauta de pedidos. Mas não chegaram a um consenso. Ou seja, Lula ganhou a foto que ansiava sem o incômodo de um documento reivindicatório.
Na véspera, Marcelo Deda, o governador petista de Sergipe, dissera que seria entregue a Lula um documento com “propostas ousadas.” Resignado, afirmou que a discussão ficou para depois. O peemedebista Paulo Hartung, do Espírito Santo, ecoou o colega: "Vamos buscar a união dos 27 governadores, estabelecer uma interlocução com o presidente e depois disso construir uma agenda de interesse dos 27 Estados."
Animado, Lula aconselhou aos desafetos do seu governo que adiem para 2010 os planos de fazer oposição. "A próxima reunião será com a presença de todos os governadores”, disse o presidente. “Se alguém quiser fazer oposição que faça em 2010, quando não terei mais mandato. Até lá, a nossa função é governar este país da melhor forma."
Os governadores Blairo Maggi (MT) e Ivo Cassol (RO), filiados ao oposicionista PPS, agora rebatizado de MD, parecem convencidos de que não é mesmo hora de fazer birra. Ambos engrossaram o beija-mão presidencial. Cassol foi de um pragmatismo atroz. Disse que não seria "burro" de se contrapor a Lula II nesse instante. É mais um que Roberto Freire (MD-PE) terá de expulsar.
Lula falou como se mesmo os tucanos José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas) já estivessem no seu embornal. Disse que mantém com ambos uma "relação de amizade" de arrastados "30 anos". Ao discorrer sobre a montagem de sua equipe, o presidente declarou que “aprendeu uma lição" nos últimos quatro anos: um presidente não deve cercar-se de amigos. "Montar um governo significa 50% de sucesso do governo. Convidar alguém é muito fácil, agora tirar alguém é muito difícil. Nesta hora, não tem relação de amigo, tem que ter relação de chefe de Estado. Tem que indicar as pessoas mais qualificadas ao invés de procurar amigos."
Não se sabe se Lula desistiu dos amigos porque os que tinha encontram-se enrolados em escândalos ou se, de fato, aprendeu a lição. Só depois de anunciado o novo ministério o país saberá se o presidente está mesmo escolado como diz. Recomenda-se aos expectadores que prestem muita atenção à algaravia que se formou nos arredores do Palácio do Planalto. Os freqüentadores da barbearia declaram-se interessados apenas em “servir ao país”. É o mesmo trololó que se ouve a cada alvorecer de um “novo” governo. Desnecessário lembrar que, no final, é você quem paga a conta da lavanda.
* A foto acima foi extraída de estudo sobre os negros livres e escravos do Brasil da segunda metade do século 19. Era uma época em que os cativos buscavam a distinção proporcionada por ofícios como o de barbeiro. Esses mesmos profissionais executavam o ofício de cirurgiões dentistas e prestavam primeiros-socorros. Aplicavam, por exemplo, sangrias e sanguessugas. Torce-se para que os escravos do Legislativo se dediquem a outros afazeres.
Pela soma do signatário do blog, Lula II terá do seu lado nove partidos. Vejamos: o PT (1) é de Lula; PSB (2) e PC do B (3) são aliados de primeira hora. PMDB (4), agora cindido entre os governistas de Renan e Sarney e os neogovernistas de Temer, vai se acertando. PTB (5) aderiu nesta quinta. De resto, fazem fila na porta do Planalto PDT (6), PV (7), PP (8) e PL (9).
Como se fosse pouco, Brasília assistiu nesta quinta a um beija-mão que juntou em torno de Lula 18 dos 27 Estados. Lá estavam 16 governadores e dois vice-governadores. Reuniram-se previamente para elaborar uma pauta de pedidos. Mas não chegaram a um consenso. Ou seja, Lula ganhou a foto que ansiava sem o incômodo de um documento reivindicatório.
Na véspera, Marcelo Deda, o governador petista de Sergipe, dissera que seria entregue a Lula um documento com “propostas ousadas.” Resignado, afirmou que a discussão ficou para depois. O peemedebista Paulo Hartung, do Espírito Santo, ecoou o colega: "Vamos buscar a união dos 27 governadores, estabelecer uma interlocução com o presidente e depois disso construir uma agenda de interesse dos 27 Estados."
Animado, Lula aconselhou aos desafetos do seu governo que adiem para 2010 os planos de fazer oposição. "A próxima reunião será com a presença de todos os governadores”, disse o presidente. “Se alguém quiser fazer oposição que faça em 2010, quando não terei mais mandato. Até lá, a nossa função é governar este país da melhor forma."
Os governadores Blairo Maggi (MT) e Ivo Cassol (RO), filiados ao oposicionista PPS, agora rebatizado de MD, parecem convencidos de que não é mesmo hora de fazer birra. Ambos engrossaram o beija-mão presidencial. Cassol foi de um pragmatismo atroz. Disse que não seria "burro" de se contrapor a Lula II nesse instante. É mais um que Roberto Freire (MD-PE) terá de expulsar.
Lula falou como se mesmo os tucanos José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas) já estivessem no seu embornal. Disse que mantém com ambos uma "relação de amizade" de arrastados "30 anos". Ao discorrer sobre a montagem de sua equipe, o presidente declarou que “aprendeu uma lição" nos últimos quatro anos: um presidente não deve cercar-se de amigos. "Montar um governo significa 50% de sucesso do governo. Convidar alguém é muito fácil, agora tirar alguém é muito difícil. Nesta hora, não tem relação de amigo, tem que ter relação de chefe de Estado. Tem que indicar as pessoas mais qualificadas ao invés de procurar amigos."
Não se sabe se Lula desistiu dos amigos porque os que tinha encontram-se enrolados em escândalos ou se, de fato, aprendeu a lição. Só depois de anunciado o novo ministério o país saberá se o presidente está mesmo escolado como diz. Recomenda-se aos expectadores que prestem muita atenção à algaravia que se formou nos arredores do Palácio do Planalto. Os freqüentadores da barbearia declaram-se interessados apenas em “servir ao país”. É o mesmo trololó que se ouve a cada alvorecer de um “novo” governo. Desnecessário lembrar que, no final, é você quem paga a conta da lavanda.
* A foto acima foi extraída de estudo sobre os negros livres e escravos do Brasil da segunda metade do século 19. Era uma época em que os cativos buscavam a distinção proporcionada por ofícios como o de barbeiro. Esses mesmos profissionais executavam o ofício de cirurgiões dentistas e prestavam primeiros-socorros. Aplicavam, por exemplo, sangrias e sanguessugas. Torce-se para que os escravos do Legislativo se dediquem a outros afazeres.
Fonte: blog josias de souza
Josias de Souza
Antes, Lula achava que era Deus; agora, tem certeza
Lonardo Boff disse certa vez que tem o desejo de “ver Deus”. E, citando Freud, arrematou: “Se eu morrer e chegar à presença de Deus, terei muito mais coisas a perguntar para Ele do que Ele para mim.”
Embora ainda não tenha se dado conta, o companheiro Boff já viu Deus. Na verdade, priva da intimidade do Senhor. Lula II está se sentindo o próprio Todo-Poderoso. Foi o que deu a entender em sua mais nova seqüência de trololós.
A palavra da moda é “destravar”. Sua Excelência o Magnânimo vem repetindo o vocábulo a mais não poder. "Neste primeiro mandato, eu já estou há dez dias fazendo reuniões setoriais para destravar esse país”, disse nesta sexta. “Quero começar o segundo mandato agindo de forma muito mais forte e ousada. Eu quero anunciar esse processo de desobstrução do Estado brasileiro ainda neste primeiro mandato."
O caminho de um governante, disse Lula, é pontilhado de provações: "Quando a gente é oposição, está tudo na ponta da língua. Mas quando a gente é governo, tem que fazer as coisas. E ao tentar fazer as coisas, encontra uma série de obstáculos."
Que obstáculos são esses? O presidente esclareceu: "As leis, as questões ambientais, a burocracia, a oposição, o Congresso, o Ministério Público e o TCU." Ora, ora, ora. Nunca na história desse país um governante foi assim, digamos, tão explícito. Chama de obstáculos o que, em verdade, é salvaguarda da coletividade contra eventuais abusos de seus governantes.
Desejaria o presidente governar acima das leis, devastando florestas à revelia, livre de incômodos opositores, sem a intermediação congressual e imune a fiscalizações? Por sorte, a democracia brasileira já ultrapassou a fase do pé-de-cabra destravador.
Lula voltou a prometer um Éden que combina crescimento econômico com desenvolvimento social. Disse que "o Brasil já fez todos os sacrifícios que tinha que fazer”. Precisa colher agora “um pouco de benefício.” Avalia que "o povo brasileiro já pagou todos os pecados que cometeu." Será?
Roga-se a Leonardo Boff que, no próximo encontro que tiver com Deus, antes de perguntar qualquer coisa, faça uma recomendação a Ele: que tome uma xícara de chá de camomila antes de cada pronunciamento público.
Lonardo Boff disse certa vez que tem o desejo de “ver Deus”. E, citando Freud, arrematou: “Se eu morrer e chegar à presença de Deus, terei muito mais coisas a perguntar para Ele do que Ele para mim.”
Embora ainda não tenha se dado conta, o companheiro Boff já viu Deus. Na verdade, priva da intimidade do Senhor. Lula II está se sentindo o próprio Todo-Poderoso. Foi o que deu a entender em sua mais nova seqüência de trololós.
A palavra da moda é “destravar”. Sua Excelência o Magnânimo vem repetindo o vocábulo a mais não poder. "Neste primeiro mandato, eu já estou há dez dias fazendo reuniões setoriais para destravar esse país”, disse nesta sexta. “Quero começar o segundo mandato agindo de forma muito mais forte e ousada. Eu quero anunciar esse processo de desobstrução do Estado brasileiro ainda neste primeiro mandato."
O caminho de um governante, disse Lula, é pontilhado de provações: "Quando a gente é oposição, está tudo na ponta da língua. Mas quando a gente é governo, tem que fazer as coisas. E ao tentar fazer as coisas, encontra uma série de obstáculos."
Que obstáculos são esses? O presidente esclareceu: "As leis, as questões ambientais, a burocracia, a oposição, o Congresso, o Ministério Público e o TCU." Ora, ora, ora. Nunca na história desse país um governante foi assim, digamos, tão explícito. Chama de obstáculos o que, em verdade, é salvaguarda da coletividade contra eventuais abusos de seus governantes.
Desejaria o presidente governar acima das leis, devastando florestas à revelia, livre de incômodos opositores, sem a intermediação congressual e imune a fiscalizações? Por sorte, a democracia brasileira já ultrapassou a fase do pé-de-cabra destravador.
Lula voltou a prometer um Éden que combina crescimento econômico com desenvolvimento social. Disse que "o Brasil já fez todos os sacrifícios que tinha que fazer”. Precisa colher agora “um pouco de benefício.” Avalia que "o povo brasileiro já pagou todos os pecados que cometeu." Será?
Roga-se a Leonardo Boff que, no próximo encontro que tiver com Deus, antes de perguntar qualquer coisa, faça uma recomendação a Ele: que tome uma xícara de chá de camomila antes de cada pronunciamento público.
Josias de Souza
24/11/2006
Antes, Lula achava que era Deus; agora, tem certeza
Lonardo Boff disse certa vez que tem o desejo de “ver Deus”. E, citando Freud, arrematou: “Se eu morrer e chegar à presença de Deus, terei muito mais coisas a perguntar para Ele do que Ele para mim.”
Embora ainda não tenha se dado conta, o companheiro Boff já viu Deus. Na verdade, priva da intimidade do Senhor. Lula II está se sentindo o próprio Todo-Poderoso. Foi o que deu a entender em sua mais nova seqüência de trololós.
A palavra da moda é “destravar”. Sua Excelência o Magnânimo vem repetindo o vocábulo a mais não poder. "Neste primeiro mandato, eu já estou há dez dias fazendo reuniões setoriais para destravar esse país”, disse nesta sexta. “Quero começar o segundo mandato agindo de forma muito mais forte e ousada. Eu quero anunciar esse processo de desobstrução do Estado brasileiro ainda neste primeiro mandato."
O caminho de um governante, disse Lula, é pontilhado de provações: "Quando a gente é oposição, está tudo na ponta da língua. Mas quando a gente é governo, tem que fazer as coisas. E ao tentar fazer as coisas, encontra uma série de obstáculos."
Que obstáculos são esses? O presidente esclareceu: "As leis, as questões ambientais, a burocracia, a oposição, o Congresso, o Ministério Público e o TCU." Ora, ora, ora. Nunca na história desse país um governante foi assim, digamos, tão explícito. Chama de obstáculos o que, em verdade, é salvaguarda da coletividade contra eventuais abusos de seus governantes.
Desejaria o presidente governar acima das leis, devastando florestas à revelia, livre de incômodos opositores, sem a intermediação congressual e imune a fiscalizações? Por sorte, a democracia brasileira já ultrapassou a fase do pé-de-cabra destravador.
Lula voltou a prometer um Éden que combina crescimento econômico com desenvolvimento social. Disse que "o Brasil já fez todos os sacrifícios que tinha que fazer”. Precisa colher agora “um pouco de benefício.” Avalia que "o povo brasileiro já pagou todos os pecados que cometeu." Será?
Roga-se a Leonardo Boff que, no próximo encontro que tiver com Deus, antes de perguntar qualquer coisa, faça uma recomendação a Ele: que tome uma xícara de chá de camomila antes de cada pronunciamento público.
Antes, Lula achava que era Deus; agora, tem certeza
Lonardo Boff disse certa vez que tem o desejo de “ver Deus”. E, citando Freud, arrematou: “Se eu morrer e chegar à presença de Deus, terei muito mais coisas a perguntar para Ele do que Ele para mim.”
Embora ainda não tenha se dado conta, o companheiro Boff já viu Deus. Na verdade, priva da intimidade do Senhor. Lula II está se sentindo o próprio Todo-Poderoso. Foi o que deu a entender em sua mais nova seqüência de trololós.
A palavra da moda é “destravar”. Sua Excelência o Magnânimo vem repetindo o vocábulo a mais não poder. "Neste primeiro mandato, eu já estou há dez dias fazendo reuniões setoriais para destravar esse país”, disse nesta sexta. “Quero começar o segundo mandato agindo de forma muito mais forte e ousada. Eu quero anunciar esse processo de desobstrução do Estado brasileiro ainda neste primeiro mandato."
O caminho de um governante, disse Lula, é pontilhado de provações: "Quando a gente é oposição, está tudo na ponta da língua. Mas quando a gente é governo, tem que fazer as coisas. E ao tentar fazer as coisas, encontra uma série de obstáculos."
Que obstáculos são esses? O presidente esclareceu: "As leis, as questões ambientais, a burocracia, a oposição, o Congresso, o Ministério Público e o TCU." Ora, ora, ora. Nunca na história desse país um governante foi assim, digamos, tão explícito. Chama de obstáculos o que, em verdade, é salvaguarda da coletividade contra eventuais abusos de seus governantes.
Desejaria o presidente governar acima das leis, devastando florestas à revelia, livre de incômodos opositores, sem a intermediação congressual e imune a fiscalizações? Por sorte, a democracia brasileira já ultrapassou a fase do pé-de-cabra destravador.
Lula voltou a prometer um Éden que combina crescimento econômico com desenvolvimento social. Disse que "o Brasil já fez todos os sacrifícios que tinha que fazer”. Precisa colher agora “um pouco de benefício.” Avalia que "o povo brasileiro já pagou todos os pecados que cometeu." Será?
Roga-se a Leonardo Boff que, no próximo encontro que tiver com Deus, antes de perguntar qualquer coisa, faça uma recomendação a Ele: que tome uma xícara de chá de camomila antes de cada pronunciamento público.
quinta-feira, novembro 23, 2006
PT - Partido dos Trambiqueiros
23/11/2006 -
Deputado eleito do PT é preso na "Operação Castelhana" da PF
da Folha Online
Juvenil Alves (PT-MG), eleito deputado federal em outubro, foi preso nesta quinta-feira durante a "Operação Castelhana" da Polícia Federal, que combate crimes financeiros e cumpre no total 20 mandados de prisão. Ele foi detido em Belo Horizonte e já foi levado para a superintendência local da PF.Segundo a PF, ele é sócio do escritório de advocacia Juvenil Alves e Associados, especializado em direito tributário e que teria ajudado uma organização criminosa que teria causado um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.Como Alves não foi diplomado pela Justiça Eleitoral e ainda não tem foro privilegiado, ele pôde ser preso pela PF. Segundo a Constituição Federal, com a diplomação, ele não poderia ser preso, exceto em casos de crimes inafiançáveis. A diplomação dos eleitos em Minas Gerais está prevista para ocorrer no dia 18 de dezembro.A "Operação Castelhana" acontece em cinco Estados (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Alagoas) e no Distrito Federal. Cerca de 250 policiais federais e 120 auditores da Receita Federal cumprem aproximadamente 20 mandados de prisão e 50 de busca e apreensão expedidos pelo Juízo Federal de Belo Horizonte da Vara Especializada em lavagem de dinheiro.Entre os presos, estão empresários, contadores e advogados envolvidos na fraude. As prisões temporárias são válidas exclusivamente por cinco dias e têm por finalidade garantir que testemunhas não sejam intimidadas e que provas não sejam ocultadas.O esquema de fraudes da organização criminosa, que seria chefiada em Belo Horizonte, faria uso de sociedades anônimas offshore estabelecidas no Uruguai e na Espanha --daí o nome "Operação Castelhana"-- em nome de "laranjas" para ocultar valores e bens de empresários brasileiros. Dessa forma, esses bens permaneciam fora do alcance de possíveis cobranças fiscais e execuções judiciais.Essas empresas offshore constituíam então sociedades no Brasil, que adquiriam o patrimônio dos empresários e transferiam para si a propriedade dos bens.Entretanto, as investigações apontaram para indícios de que tanto as empresas estrangeiras quanto as sociedades nacionais encontravam-se em nome de "laranjas" com o objetivo de ocultar crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal, informação falsa em contrato, estelionato contra a fazenda pública, formação de quadrilha e falsidade ideológica --as penas somadas previstas para esses crimes superam 35 anos de reclusão.Os esquemas de proteção de bens buscam, em geral, transferir ativos de pessoas físicas ou empresas interessadas em blindá-los para outras empresas recém-constituídas --muitas vezes empresas de administração e participações que declaravam atividade de "holding" e que não possuíam sede fisicamente estabelecida (estabelecimento virtual).Os bens, valores e controle das empresas permaneciam sob a tutela dos reais proprietários graças às ações ao portador que ficavam sob a guarda dos empresários brasileiros. As ações eram emitidas pelas offshore e garantiam ao portador a titularidade de fato das offshore e, portanto, das firmas brasileiras.Foram identificadas 48 offshore, cujos sócios se repetem várias vezes e os procuradores responsáveis perante o Ministério da Fazenda são advogados do grupo investigado.Esses escritórios de advocacia eram responsáveis por todos os trâmites burocráticos no Exterior e no Brasil para a constituição das empresas e responsabilizavam-se por arregimentar "laranjas" para manter as empresas ativas e regulares.Para acompanhar as diligências nos escritórios de advocacia, foi solicitada a presença de representantes da OAB (Ordem do Advogados do Brasil) em quatro Estados.Muitas das técnicas utilizadas pela organização criminosa já são conhecidas pela PF e pela Receita desde a operação Monte Éden, que em junho de 2005 prendeu 28 pessoas.Para dificultar a ação dos investigadores na identificação dos criminosos, a quadrilha aperfeiçoou os modelos de fraude e usou offshore espanholas, país que permite de maneira simples a alteração do quadro societário, exige baixo capital integralizado e tem um regime de tributação diferenciado.
Comentário do Blog: E o chefe da quadrilha continua dizendo que alguns companheiros "erraram". O que ele chama de erro a lei, a justiça e a polícia cham de crime.
Deputado eleito do PT é preso na "Operação Castelhana" da PF
da Folha Online
Juvenil Alves (PT-MG), eleito deputado federal em outubro, foi preso nesta quinta-feira durante a "Operação Castelhana" da Polícia Federal, que combate crimes financeiros e cumpre no total 20 mandados de prisão. Ele foi detido em Belo Horizonte e já foi levado para a superintendência local da PF.Segundo a PF, ele é sócio do escritório de advocacia Juvenil Alves e Associados, especializado em direito tributário e que teria ajudado uma organização criminosa que teria causado um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.Como Alves não foi diplomado pela Justiça Eleitoral e ainda não tem foro privilegiado, ele pôde ser preso pela PF. Segundo a Constituição Federal, com a diplomação, ele não poderia ser preso, exceto em casos de crimes inafiançáveis. A diplomação dos eleitos em Minas Gerais está prevista para ocorrer no dia 18 de dezembro.A "Operação Castelhana" acontece em cinco Estados (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Alagoas) e no Distrito Federal. Cerca de 250 policiais federais e 120 auditores da Receita Federal cumprem aproximadamente 20 mandados de prisão e 50 de busca e apreensão expedidos pelo Juízo Federal de Belo Horizonte da Vara Especializada em lavagem de dinheiro.Entre os presos, estão empresários, contadores e advogados envolvidos na fraude. As prisões temporárias são válidas exclusivamente por cinco dias e têm por finalidade garantir que testemunhas não sejam intimidadas e que provas não sejam ocultadas.O esquema de fraudes da organização criminosa, que seria chefiada em Belo Horizonte, faria uso de sociedades anônimas offshore estabelecidas no Uruguai e na Espanha --daí o nome "Operação Castelhana"-- em nome de "laranjas" para ocultar valores e bens de empresários brasileiros. Dessa forma, esses bens permaneciam fora do alcance de possíveis cobranças fiscais e execuções judiciais.Essas empresas offshore constituíam então sociedades no Brasil, que adquiriam o patrimônio dos empresários e transferiam para si a propriedade dos bens.Entretanto, as investigações apontaram para indícios de que tanto as empresas estrangeiras quanto as sociedades nacionais encontravam-se em nome de "laranjas" com o objetivo de ocultar crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal, informação falsa em contrato, estelionato contra a fazenda pública, formação de quadrilha e falsidade ideológica --as penas somadas previstas para esses crimes superam 35 anos de reclusão.Os esquemas de proteção de bens buscam, em geral, transferir ativos de pessoas físicas ou empresas interessadas em blindá-los para outras empresas recém-constituídas --muitas vezes empresas de administração e participações que declaravam atividade de "holding" e que não possuíam sede fisicamente estabelecida (estabelecimento virtual).Os bens, valores e controle das empresas permaneciam sob a tutela dos reais proprietários graças às ações ao portador que ficavam sob a guarda dos empresários brasileiros. As ações eram emitidas pelas offshore e garantiam ao portador a titularidade de fato das offshore e, portanto, das firmas brasileiras.Foram identificadas 48 offshore, cujos sócios se repetem várias vezes e os procuradores responsáveis perante o Ministério da Fazenda são advogados do grupo investigado.Esses escritórios de advocacia eram responsáveis por todos os trâmites burocráticos no Exterior e no Brasil para a constituição das empresas e responsabilizavam-se por arregimentar "laranjas" para manter as empresas ativas e regulares.Para acompanhar as diligências nos escritórios de advocacia, foi solicitada a presença de representantes da OAB (Ordem do Advogados do Brasil) em quatro Estados.Muitas das técnicas utilizadas pela organização criminosa já são conhecidas pela PF e pela Receita desde a operação Monte Éden, que em junho de 2005 prendeu 28 pessoas.Para dificultar a ação dos investigadores na identificação dos criminosos, a quadrilha aperfeiçoou os modelos de fraude e usou offshore espanholas, país que permite de maneira simples a alteração do quadro societário, exige baixo capital integralizado e tem um regime de tributação diferenciado.
Comentário do Blog: E o chefe da quadrilha continua dizendo que alguns companheiros "erraram". O que ele chama de erro a lei, a justiça e a polícia cham de crime.
quarta-feira, novembro 22, 2006
Curtas
Espionagem à brasileira
Megasindicância na Agência Brasileira de Inteligência apura uma denúncia divulgada pela Associação Brasileira de Imprensa: uma guerra interna, de bastidores, para enfraquecer o comando da Abin. A denúncia acusa o diretor-adjunto José Milton Campana, o diretor de Inteligência Thélio Brun D’Azevedo e os diretores Carlos Calvano e Ronaldo Belham de “operação ilegal e clandestina de espionagem no Brasil e América Latina”.
Araponga alemão
A operação envolveria o agente duplo Bernhard Jankowsky, da Inteligência alemã (BND), mantido ilegalmente no Brasil pela cúpula da Abin.
Contas no BB
O agente Jankowsky teria movimentado as contas 301740-0 e 301669-2 do Banco do Brasil, e seu principal contato seria o diretor-adjunto Campana.
Nas Arábias
A “guerra” para enfraquecer a Agência Brasileira de Inteligência é reflexo da sua pretendida subordinação à Polícia Federal, no segundo governo Lula.
Na moita
O senador José Sarney recebeu ontem em seu gabinete, pelas 16h, o deputado eleito Paulo Maluf (PP-SP). Reunião marcada na maior moita.
Celso Daniel: um crime para Agatha Christie
Para a polícia paulista não há provas de crime político contra o prefeito de Santo André, Celso Daniel. Talvez Agatha Christie, a dama do crime inglês, elucidasse por que morreram sete testemunhas e quem alugou o helicóptero da fuga do presídio do suposto mandante, sem que os guardas atirassem. E por que a família do prefeito saiu do País com medo de morrer.
Link cubano
Experientes arapongas ligam agentes cubanos que estavam em São Paulo à morte – por “envenenamento” – de Carlos Printes, legista de Celso Daniel.
Escaparam
Grupo de agentes cubanos foi detido quando deixava o País, à época, como esta coluna revelou, por uso de passaportes falsos, mas acabou liberado.
PCdoB infielDez dos onze deputados do PCdoB votaram contra o governo Lula, na decisão sobre o aumento de 16% para aposentados. O 11º era o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que não votou.
Nem te ligoO ex-ministro José Dirceu, de mangas de camisa, almoçou ontem no mesmo restaurante em que se encontrava o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça), o “Francisco” do Metropolitan Flat. Mal se cumprimentaram.
Não vai colarO Ministério Público Militar desconfia que os controladores de vôo difundem histórias dramáticas de “stress” para criar um clima favorável, em eventual processo sobre o acidente da Gol. “Não vai colar”, avisa um procurador.
Em trânsitoCom sua triste perfomance na crise dos aeroportos, o ministro Waldir Pires (Defesa), tem tudo para vir a ocupar novamente o cargo do qual nunca deveria ter saído: chefe da Controladoria-Geral da União (CGU).
PaulistariadoO governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, reuniu-se com sua bancada federal e, após a conversa de ontem com Lula, vai a São Paulo fechar contatos para escolher seu secretariado, que pretende de nível nacional.
Falta benzerO ex-deputado Paulo Marinho (PL-MA), dono de quilométrica folha corrida, finalmente devolveu o apartamento funcional da Câmara, na 302 Norte, em Brasília. Cassado há quinze meses, ele se recusava a devolver o imóvel.
Pensando bem......dá a maior mão-de-obra ao nosso bolso manter essas ONGs do PT.
Casos
Roendo corda
O ministro Sepúlveda Pertence, do Supremo Tribunal Federal, gosta de Lula, mas poderá não aceitar o Ministério da Justiça. Ele sabe que o amigo rói a corda em momentos decisivos. Em 1998, certo de que FHC ia ganhar, Lula convidou Pertence a disputar a Presidência da República pelo PT. O ministro ponderou que o PT resistiria, mas Lula garantiu: “Deixa comigo!” Pertence soube apenas pelos jornais que Lula decidira ser o candidato.
Fonte: www.claudiohumberto.com.br
Megasindicância na Agência Brasileira de Inteligência apura uma denúncia divulgada pela Associação Brasileira de Imprensa: uma guerra interna, de bastidores, para enfraquecer o comando da Abin. A denúncia acusa o diretor-adjunto José Milton Campana, o diretor de Inteligência Thélio Brun D’Azevedo e os diretores Carlos Calvano e Ronaldo Belham de “operação ilegal e clandestina de espionagem no Brasil e América Latina”.
Araponga alemão
A operação envolveria o agente duplo Bernhard Jankowsky, da Inteligência alemã (BND), mantido ilegalmente no Brasil pela cúpula da Abin.
Contas no BB
O agente Jankowsky teria movimentado as contas 301740-0 e 301669-2 do Banco do Brasil, e seu principal contato seria o diretor-adjunto Campana.
Nas Arábias
A “guerra” para enfraquecer a Agência Brasileira de Inteligência é reflexo da sua pretendida subordinação à Polícia Federal, no segundo governo Lula.
Na moita
O senador José Sarney recebeu ontem em seu gabinete, pelas 16h, o deputado eleito Paulo Maluf (PP-SP). Reunião marcada na maior moita.
Celso Daniel: um crime para Agatha Christie
Para a polícia paulista não há provas de crime político contra o prefeito de Santo André, Celso Daniel. Talvez Agatha Christie, a dama do crime inglês, elucidasse por que morreram sete testemunhas e quem alugou o helicóptero da fuga do presídio do suposto mandante, sem que os guardas atirassem. E por que a família do prefeito saiu do País com medo de morrer.
Link cubano
Experientes arapongas ligam agentes cubanos que estavam em São Paulo à morte – por “envenenamento” – de Carlos Printes, legista de Celso Daniel.
Escaparam
Grupo de agentes cubanos foi detido quando deixava o País, à época, como esta coluna revelou, por uso de passaportes falsos, mas acabou liberado.
PCdoB infielDez dos onze deputados do PCdoB votaram contra o governo Lula, na decisão sobre o aumento de 16% para aposentados. O 11º era o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que não votou.
Nem te ligoO ex-ministro José Dirceu, de mangas de camisa, almoçou ontem no mesmo restaurante em que se encontrava o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça), o “Francisco” do Metropolitan Flat. Mal se cumprimentaram.
Não vai colarO Ministério Público Militar desconfia que os controladores de vôo difundem histórias dramáticas de “stress” para criar um clima favorável, em eventual processo sobre o acidente da Gol. “Não vai colar”, avisa um procurador.
Em trânsitoCom sua triste perfomance na crise dos aeroportos, o ministro Waldir Pires (Defesa), tem tudo para vir a ocupar novamente o cargo do qual nunca deveria ter saído: chefe da Controladoria-Geral da União (CGU).
PaulistariadoO governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, reuniu-se com sua bancada federal e, após a conversa de ontem com Lula, vai a São Paulo fechar contatos para escolher seu secretariado, que pretende de nível nacional.
Falta benzerO ex-deputado Paulo Marinho (PL-MA), dono de quilométrica folha corrida, finalmente devolveu o apartamento funcional da Câmara, na 302 Norte, em Brasília. Cassado há quinze meses, ele se recusava a devolver o imóvel.
Pensando bem......dá a maior mão-de-obra ao nosso bolso manter essas ONGs do PT.
Casos
Roendo corda
O ministro Sepúlveda Pertence, do Supremo Tribunal Federal, gosta de Lula, mas poderá não aceitar o Ministério da Justiça. Ele sabe que o amigo rói a corda em momentos decisivos. Em 1998, certo de que FHC ia ganhar, Lula convidou Pertence a disputar a Presidência da República pelo PT. O ministro ponderou que o PT resistiria, mas Lula garantiu: “Deixa comigo!” Pertence soube apenas pelos jornais que Lula decidira ser o candidato.
Fonte: www.claudiohumberto.com.br
Emprego Doméstico
Quem é Empregado Doméstico?
"Empregado doméstico é aquele que presta serviço de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família..."
Locais de Trabalho: "Residência, Casa de Praia, Sítio de Lazer (sem atividade econômica)"
Funções: "Empregadas Domésticas, Babás, Governantas, Motoristas, Caseiros, Jardineiros, Chacareiros, Vigias, Enfermeiros, Faxineiras"
(Fundamento Legal: item I, Art 3o , lei nº 5.859/72):
Fernando Canzian
20/11/2006
"Crescei e multiplicai-vos"
A foto ao lado mostra Maria José dos Santos com seus nove filhos em Poço Redondo, sertão de Sergipe. Ela é uma das beneficiárias do Bolsa Família, que atenderá 11,1 milhões de domicílios em 2006.Em visita a regiões miseráveis de Estados nordestinos neste ano, raro era encontrar mães atendidas pelo programa com menos de seis filhos. Ao contrário, o padrão era outro. Como a baiana Maria Lucia, 11 filhos, ou a pernambucana Sueli Dumont, mãe de 8. Algumas dessas mães também já eram avós, com netos gerados por filhas adolescentes menores de 18 anos.No estudo 'Fecundidade em declínio', publicado na revista 'Novos Estudos' (Cebrap), as pesquisadoras Elza Berquó e Suzana Cavenaghi constatam que, em 2004, apenas 4,1% das mulheres em idade fértil no Brasil tinham níveis de fecundidade acima de cinco filhos. Em termos absolutos, são cerca de 2 milhões de mulheres.Norte e Nordeste concentram as maiores taxas de fecundidade no país, assim como os domicílios onde o rendimento médio mensal domiciliar per capita é inferior a um quarto de um salário mínimo (R$ 87,50). Entre essas mulheres miseráveis, a taxa de fecundidade é de 4,6 filhos.Como comparação, a fecundidade média do Brasil estava em 2,1 filhos por mãe em 2004. Já foi de 4,4 filhos no início dos anos 80 e de 6,3 filhos nas décadas de 50 e 60. Como outros países democráticos, o Brasil não faz controle da natalidade, mas adota políticas de planejamento familiar. Segundo o Ministério da Saúde, o objetivo é ampliar o acesso à esterilização cirúrgica voluntária no SUS (foram 40.865 laqueaduras e 14.339 vasectomias em 2005) e atingir a universalização dos mecanismos anticoncepcionais, como pílulas, preservativos, DIUs e diafragmas.Nas andanças pelo Nordeste, mais de uma assistente social contou que não é incomum mulheres miseráveis no sertão engravidarem com mais frequência para ter direito ao auxílio-maternidade. Universalizado desde 1998, o benefício equivale a quatro salários mínimos (R$ 1.400), pagos durante um quadrimestre.Considerando que as diárias pagas a trabalhadores rurais no Nordeste muitas vezes não passam de R$ 10 (isso quando há trabalho), o benefício poderia ser um estímulo à gravidez.Outra informação: entre 1998 e 2004 houve um aumento de 40% na sindicalização no meio rural. Dos novos sindicalizados, 65% são mulheres. É pela via do sindicato que geralmente se requer o auxílio-maternidade.É impossível determinar se é significativo o número de mulheres miseráveis que, iludidas ou desesperadas por um benefício imediato, estariam tendo filhos para receber o auxílio-maternidade. Ou se o fazem apenas por desconhecimento das dificuldades futuras ou simplesmente por opção de ter uma família numerosa.Uma coisa parece certa. A prioridade em termos de planejamento familiar deveria ser colocar uma lupa nas regiões onde vivem a maioria dessas 2 milhões de mulheres que ainda têm mais de cinco filhos.São elas as principais futuras clientes do Bolsa Família. E o mais provável é que nem saibam o que fazer para se livrar desse destino.
Fonte: folha online
"Crescei e multiplicai-vos"
A foto ao lado mostra Maria José dos Santos com seus nove filhos em Poço Redondo, sertão de Sergipe. Ela é uma das beneficiárias do Bolsa Família, que atenderá 11,1 milhões de domicílios em 2006.Em visita a regiões miseráveis de Estados nordestinos neste ano, raro era encontrar mães atendidas pelo programa com menos de seis filhos. Ao contrário, o padrão era outro. Como a baiana Maria Lucia, 11 filhos, ou a pernambucana Sueli Dumont, mãe de 8. Algumas dessas mães também já eram avós, com netos gerados por filhas adolescentes menores de 18 anos.No estudo 'Fecundidade em declínio', publicado na revista 'Novos Estudos' (Cebrap), as pesquisadoras Elza Berquó e Suzana Cavenaghi constatam que, em 2004, apenas 4,1% das mulheres em idade fértil no Brasil tinham níveis de fecundidade acima de cinco filhos. Em termos absolutos, são cerca de 2 milhões de mulheres.Norte e Nordeste concentram as maiores taxas de fecundidade no país, assim como os domicílios onde o rendimento médio mensal domiciliar per capita é inferior a um quarto de um salário mínimo (R$ 87,50). Entre essas mulheres miseráveis, a taxa de fecundidade é de 4,6 filhos.Como comparação, a fecundidade média do Brasil estava em 2,1 filhos por mãe em 2004. Já foi de 4,4 filhos no início dos anos 80 e de 6,3 filhos nas décadas de 50 e 60. Como outros países democráticos, o Brasil não faz controle da natalidade, mas adota políticas de planejamento familiar. Segundo o Ministério da Saúde, o objetivo é ampliar o acesso à esterilização cirúrgica voluntária no SUS (foram 40.865 laqueaduras e 14.339 vasectomias em 2005) e atingir a universalização dos mecanismos anticoncepcionais, como pílulas, preservativos, DIUs e diafragmas.Nas andanças pelo Nordeste, mais de uma assistente social contou que não é incomum mulheres miseráveis no sertão engravidarem com mais frequência para ter direito ao auxílio-maternidade. Universalizado desde 1998, o benefício equivale a quatro salários mínimos (R$ 1.400), pagos durante um quadrimestre.Considerando que as diárias pagas a trabalhadores rurais no Nordeste muitas vezes não passam de R$ 10 (isso quando há trabalho), o benefício poderia ser um estímulo à gravidez.Outra informação: entre 1998 e 2004 houve um aumento de 40% na sindicalização no meio rural. Dos novos sindicalizados, 65% são mulheres. É pela via do sindicato que geralmente se requer o auxílio-maternidade.É impossível determinar se é significativo o número de mulheres miseráveis que, iludidas ou desesperadas por um benefício imediato, estariam tendo filhos para receber o auxílio-maternidade. Ou se o fazem apenas por desconhecimento das dificuldades futuras ou simplesmente por opção de ter uma família numerosa.Uma coisa parece certa. A prioridade em termos de planejamento familiar deveria ser colocar uma lupa nas regiões onde vivem a maioria dessas 2 milhões de mulheres que ainda têm mais de cinco filhos.São elas as principais futuras clientes do Bolsa Família. E o mais provável é que nem saibam o que fazer para se livrar desse destino.
Fonte: folha online
Valdo Cruz
21/11/2006
O inimigo mora em casa
De terceiro turno a propostas de governo de coalizão. O clima mudou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes das eleições, tucanos e pefelistas não se cansavam de repetir: Lula pode até ser reeleito, mas não toma posse no segundo mandato. Se tomar, renuncia. Se não renunciar, sofre impeachment.Passada a eleição, ninguém mais fala em impeachment. Dirigentes da OAB dizem que isso é coisa do passado, que agora é mirar à frente. Já tem até tucano pegando carona no Aerolula, aquele que Geraldo Alckmin prometeu vender se fosse eleito presidente da República.O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) aceitou o convite do presidente e embarcou no avião presidencial de Mato Grosso do Sul para Brasília, depois de participar do velório do senador Ramez Tebet (PMDB-MS). O tucano diz que achou o presidente mais maduro.E o que parecia impossível começa a ganhar contornos de realidade: um PMDB praticamente unido apoiar Lula em seu segundo mandato.Se tudo parece que vai dar certo, alguém tem de atrapalhar. Quem? O PT, claro, que ensaia disputar a presidência da Câmara e resiste a entregar fatias de seu espaço no governo aos aliados.Não só isso. Não quer ouvir falar em medidas que possam representar cortes de despesas _nada de redução de ministérios, nada de reforma da Previdência. Quando chegar o momento de redefinir o espaço no segundo escalão, então, a gritaria vai ser geral.Em outras palavras, o principal inimigo do petista Luiz Inácio Lula da Silva pode continuar sendo o PT, tal como ocorreu no primeiro mandato.Membros do partido protagonizaram os principais escândalos, como o famoso mensalão. A diferença, confidenciam amigos do presidente, é que agora ele não estaria mais disposto a ficar refém do partido. A conferir.
O impossível
Lula sonha com o impossível ao pregar o crescimento de 5% da economia no próximo ano. Na melhor das hipóteses chega a 4%. A não ser que baixe um santo populista no petista e ele solte as rédeas da economia.Não é o cenário mais provável. Até aqui, ele demonstrou ser um conservador em termos de economia. Não quer perder o controle sobre a inflação, um de seus cabos eleitorais na campanha da reeleição.Apesar do sonho impossível, Lula trilha um caminho correto ao exigir de sua equipe econômica medidas efetivas para fazer o país crescer. Algo que deveria ter feito há muito tempo. Acordou agora. Antes tarde do que nunca. Pena que isso custou alguns pontos no crescimento do país.O problema é que muito se ouviu de que Lula quer medidas para incentivar as empresas a investir, como o corte de impostos de novos investimentos produtivos. Seria bom ouvir de sua boca firmeza idêntica no combate ao crescente gasto público.
2010
Aécio Neves quer iniciar seu segundo mandato sem continuísmo. Diz que vai implantar uma segunda geração do seu choque de gestão. Quer fugir da regra geral de que o segundo mandato sempre é pior do que o primeiro. Sabe que isso é fundamental para seu futuro.Ele evita comentar o tema agora, mas a partir de 2008, pós-eleição municipal, seu nome estará definitivamente no tabuleiro presidencial.Um de seus cartões de visita será sua administração à frente do governo de Minas. Seu estilo de governar, por sinal, já está servindo para atrair futuros aliados, como o governador eleito do Rio, Sergio Cabral (PMDB-RJ).Aécio quer estabelecer uma parceria com Cabral, desenvolvendo projetos conjuntos, como na área de segurança, além de ajudá-lo com sua experiência na área de gestão.Conquistar o apoio do Rio é fundamental para o mineiro sonhar com a Presidência. Aécio ficaria forte no segundo e terceiro colégios eleitorais do país _Minas e Rio.
Gerdau
Jorge Gerdau, no mínimo, será um conselheiro informal do presidente Lula. Foi o que prometeu na última conversa que tiveram, em Brasília, na semana passada. Nesse caso, poderia fazer reuniões semanais com o presidente para falar do que mais lhe atrai no momento: técnicas de gestão para modernizar o Estado.
Na moita
Na semana passada, uma entidade procurou um ministro. Informou que estava solicitando audiência com o presidente Lula para reivindicar sua permanência no segundo mandato. O ministro nem pensou duas vezes. Disse nem pensar. Passaria a imagem de que o organizador do pedido era ele mesmo, o que contaria pontos contra. A entidade desistiu na hora. Em tempo: o ministro faz parte do grupo que deve ficar no governo.
Fonte: folha online
O inimigo mora em casa
De terceiro turno a propostas de governo de coalizão. O clima mudou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes das eleições, tucanos e pefelistas não se cansavam de repetir: Lula pode até ser reeleito, mas não toma posse no segundo mandato. Se tomar, renuncia. Se não renunciar, sofre impeachment.Passada a eleição, ninguém mais fala em impeachment. Dirigentes da OAB dizem que isso é coisa do passado, que agora é mirar à frente. Já tem até tucano pegando carona no Aerolula, aquele que Geraldo Alckmin prometeu vender se fosse eleito presidente da República.O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) aceitou o convite do presidente e embarcou no avião presidencial de Mato Grosso do Sul para Brasília, depois de participar do velório do senador Ramez Tebet (PMDB-MS). O tucano diz que achou o presidente mais maduro.E o que parecia impossível começa a ganhar contornos de realidade: um PMDB praticamente unido apoiar Lula em seu segundo mandato.Se tudo parece que vai dar certo, alguém tem de atrapalhar. Quem? O PT, claro, que ensaia disputar a presidência da Câmara e resiste a entregar fatias de seu espaço no governo aos aliados.Não só isso. Não quer ouvir falar em medidas que possam representar cortes de despesas _nada de redução de ministérios, nada de reforma da Previdência. Quando chegar o momento de redefinir o espaço no segundo escalão, então, a gritaria vai ser geral.Em outras palavras, o principal inimigo do petista Luiz Inácio Lula da Silva pode continuar sendo o PT, tal como ocorreu no primeiro mandato.Membros do partido protagonizaram os principais escândalos, como o famoso mensalão. A diferença, confidenciam amigos do presidente, é que agora ele não estaria mais disposto a ficar refém do partido. A conferir.
O impossível
Lula sonha com o impossível ao pregar o crescimento de 5% da economia no próximo ano. Na melhor das hipóteses chega a 4%. A não ser que baixe um santo populista no petista e ele solte as rédeas da economia.Não é o cenário mais provável. Até aqui, ele demonstrou ser um conservador em termos de economia. Não quer perder o controle sobre a inflação, um de seus cabos eleitorais na campanha da reeleição.Apesar do sonho impossível, Lula trilha um caminho correto ao exigir de sua equipe econômica medidas efetivas para fazer o país crescer. Algo que deveria ter feito há muito tempo. Acordou agora. Antes tarde do que nunca. Pena que isso custou alguns pontos no crescimento do país.O problema é que muito se ouviu de que Lula quer medidas para incentivar as empresas a investir, como o corte de impostos de novos investimentos produtivos. Seria bom ouvir de sua boca firmeza idêntica no combate ao crescente gasto público.
2010
Aécio Neves quer iniciar seu segundo mandato sem continuísmo. Diz que vai implantar uma segunda geração do seu choque de gestão. Quer fugir da regra geral de que o segundo mandato sempre é pior do que o primeiro. Sabe que isso é fundamental para seu futuro.Ele evita comentar o tema agora, mas a partir de 2008, pós-eleição municipal, seu nome estará definitivamente no tabuleiro presidencial.Um de seus cartões de visita será sua administração à frente do governo de Minas. Seu estilo de governar, por sinal, já está servindo para atrair futuros aliados, como o governador eleito do Rio, Sergio Cabral (PMDB-RJ).Aécio quer estabelecer uma parceria com Cabral, desenvolvendo projetos conjuntos, como na área de segurança, além de ajudá-lo com sua experiência na área de gestão.Conquistar o apoio do Rio é fundamental para o mineiro sonhar com a Presidência. Aécio ficaria forte no segundo e terceiro colégios eleitorais do país _Minas e Rio.
Gerdau
Jorge Gerdau, no mínimo, será um conselheiro informal do presidente Lula. Foi o que prometeu na última conversa que tiveram, em Brasília, na semana passada. Nesse caso, poderia fazer reuniões semanais com o presidente para falar do que mais lhe atrai no momento: técnicas de gestão para modernizar o Estado.
Na moita
Na semana passada, uma entidade procurou um ministro. Informou que estava solicitando audiência com o presidente Lula para reivindicar sua permanência no segundo mandato. O ministro nem pensou duas vezes. Disse nem pensar. Passaria a imagem de que o organizador do pedido era ele mesmo, o que contaria pontos contra. A entidade desistiu na hora. Em tempo: o ministro faz parte do grupo que deve ficar no governo.
Fonte: folha online
domingo, novembro 19, 2006
Eliane Cantanhêde
15/11/2006
Entre (e pós) atos
Quem fez o documentário Entreatos vai ter que refazer tudo. E quem viu vai ter que ver tudo de novo. Porque Lula mudou e todos os homens de Lula mudaram. Ou se mudaram.João Moreira Salles filmou Lula na campanha de 2002 com José Dirceu, Antonio Palocci, Luiz Gushiken, Duda Mendonça, o jornalista boa praça Ricardo Kotscho e com um personagem que me chamou muita atenção no filme: Gilberto Carvalho.Enquanto Dirceu parecia arredio, independente, e Palocci excessivamente prestativo, forçadamente íntimo, Gilberto Carvalho passou a sensação de ser, esse sim, muito próximo de Lula, leal e com aquela troca de olhares dos que convivem com uma real intimidade.Pois esses homens do presidente foram todos caindo, um a um, como castelo de cartas. Gushiken parecia o último deles, com sua boa entrevista à Folha no domingo e sua "carta-testamento" de segunda-feira. Pois não foi.Agora, também Gilberto Carvalho entra na fila dos que saem, ou, pelo menos, saem do Palácio do Planalto para um outro cargo qualquer no governo. Ele já pediu. Resta saber se Lula vai aceitar. Mas, cá pra nós, nunca vi alguém tão próximo anunciar pela imprensa que está saindo e depois acabar ficando. Bem, é só aguardar.É assim que o primeiro mandato vai se encerrando, com Lula deixando um rastro enorme de velhos companheiros pela estrada e entrando no segundo mandato com uma equipe novinha em folha. Há, portanto, a perspectiva de um "Entreatos" também novinho em folha.Para se imaginar quem vem por aí no novo documentário, seja como ministro, seja como candidato a ter influência, um bom caminho é ficar de olho na agenda de Lula, por onde vêm desfilando Delfim Neto, Luciano Coutinho, Jorge Viana, Jorge Gerdau, Blairo Maggi.Outra dica: não desprezar aqueles que ajudam Lula a compor bem o tabuleiro político-partidário no Congresso Nacional. Sarney, por exemplo, foi lulista todo o tempo, puxou o PMDB para a campanha da reeleição e não quer ser ministro, mas tem um forte candidato. Aliás, uma candidata -- a filha Roseana, que já foi cotada para uma coordenação política congressual lá pelo segundo ano do governo.E há aqueles nomes que aparecem sempre nessas horas, em qualquer governo. Como o de Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e ex-ministro da Justiça do governo FHC. Voltar à Justiça ele diz que não quer. Mas, depois da implosão implacável do "Entreatos", vaga importante é o que não falta.Desde que não seja a de Dilma Rousseff, porque essa está forte. E também não estava no "Entreatos".
Fonte: folha online
Entre (e pós) atos
Quem fez o documentário Entreatos vai ter que refazer tudo. E quem viu vai ter que ver tudo de novo. Porque Lula mudou e todos os homens de Lula mudaram. Ou se mudaram.João Moreira Salles filmou Lula na campanha de 2002 com José Dirceu, Antonio Palocci, Luiz Gushiken, Duda Mendonça, o jornalista boa praça Ricardo Kotscho e com um personagem que me chamou muita atenção no filme: Gilberto Carvalho.Enquanto Dirceu parecia arredio, independente, e Palocci excessivamente prestativo, forçadamente íntimo, Gilberto Carvalho passou a sensação de ser, esse sim, muito próximo de Lula, leal e com aquela troca de olhares dos que convivem com uma real intimidade.Pois esses homens do presidente foram todos caindo, um a um, como castelo de cartas. Gushiken parecia o último deles, com sua boa entrevista à Folha no domingo e sua "carta-testamento" de segunda-feira. Pois não foi.Agora, também Gilberto Carvalho entra na fila dos que saem, ou, pelo menos, saem do Palácio do Planalto para um outro cargo qualquer no governo. Ele já pediu. Resta saber se Lula vai aceitar. Mas, cá pra nós, nunca vi alguém tão próximo anunciar pela imprensa que está saindo e depois acabar ficando. Bem, é só aguardar.É assim que o primeiro mandato vai se encerrando, com Lula deixando um rastro enorme de velhos companheiros pela estrada e entrando no segundo mandato com uma equipe novinha em folha. Há, portanto, a perspectiva de um "Entreatos" também novinho em folha.Para se imaginar quem vem por aí no novo documentário, seja como ministro, seja como candidato a ter influência, um bom caminho é ficar de olho na agenda de Lula, por onde vêm desfilando Delfim Neto, Luciano Coutinho, Jorge Viana, Jorge Gerdau, Blairo Maggi.Outra dica: não desprezar aqueles que ajudam Lula a compor bem o tabuleiro político-partidário no Congresso Nacional. Sarney, por exemplo, foi lulista todo o tempo, puxou o PMDB para a campanha da reeleição e não quer ser ministro, mas tem um forte candidato. Aliás, uma candidata -- a filha Roseana, que já foi cotada para uma coordenação política congressual lá pelo segundo ano do governo.E há aqueles nomes que aparecem sempre nessas horas, em qualquer governo. Como o de Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e ex-ministro da Justiça do governo FHC. Voltar à Justiça ele diz que não quer. Mas, depois da implosão implacável do "Entreatos", vaga importante é o que não falta.Desde que não seja a de Dilma Rousseff, porque essa está forte. E também não estava no "Entreatos".
Fonte: folha online
sábado, novembro 18, 2006
Sei que tudo será como dantes, no quartel de abrantes.
“Peddismo”
Fonte: blog doO “luddismo”, como se sabe, é um movimento que surgiu na Inglaterra do fim do século 18. Deriva do nome do operário Ned Ludd. Seus seguidores, os “luddites”, se insurgiam contra as alterações injetadas no mercado de trabalho pela Revolução Industrial. Invadiam fábricas e quebravam as máquinas que tornavam desnecessários os trabalhadores.
Ned Ludd foi visionário e romântico. Visionário porque anteviu um fenômeno que invadiria o futuro: a queda-de-braço entre máquina e homem. Romântico porque lutou contra o inelutável. O maquinário continuou a modernizar-se. E o homem, única peça inadaptável do processo industrial, torna-se dia-a-dia mais obsoleto.
A guerra continua. Numa ação que muitos chamam de “neo-luddismo”, sindicatos e movimentos sociais fazem o que podem para preservar empregos. Até lavouras de soja transgênica o MST já destruiu. Mas a luta é inglória. O inimigo mecaniza o campo, robotiza fábricas, informatiza tudo o que vê pela frente.
Ninguém escreveu ainda, talvez por compaixão. Mas o Partido dos Trabalhadores enfrenta nos dias que correm um drama análogo à tragédia que fomentou a revolta de Ned Ludd e dos “luddites”. Assim como os operários ingleses do século 18, o PT assiste, atônito, à “modernização” do estilo político de Lula.
Reeleito, o presidente decidiu aprofundar um movimento que iniciara no primeiro mandato. Contraditoriamente, Lula evolui rumo ao arcaísmo. Trama a instalação nos plenários da Câmara e do Senado de imensas máquinas de votos. O manuseio das engenhocas exige a troca de velhas convicções pelo “amadurecimento político”.
As máquinas de votos urdidas por Lula não requerem mão-de-obra convencional. Funcionam sob a supervisão de políticos-robôs. São os únicos capazes de deslizar sobre o chão sujo da fábrica de fisiologia sem precisar tapar o nariz ou fazer cara de nojo. O presidente encontrou no PMDB o melhor provedor de robôs. E o PT vê-se às voltas com o desemprego. Perderá ministérios e cargos de segundo escalão.
No primeiro mandato, numa tentativa de retardar a própria obsolescência, o PT saiu-se com uma técnica nova: o mensalão. Deu no que deu. Agora, Lula optou por fazer diferente. Adota como prática uma diferença que o iguala às administrações que precederam a sua –de Sarney a Fernando Henrique Cardoso. O cheiro desagradável é o mesmo. Mas o processo industrial, embora custe caro ao contribuinte, oferece menos riscos ao governo.
O pior é que o petismo não pode nem mesmo lançar de um “peddismo” salvador. Além de faltar-lhe um Ned Ludd com coragem para tanto, não há na Brasília da política fábricas a invadir. A máquina da fisiologia, por invisível, não está sujeita a depredações. Opera as engrenagens do Estado há anos, a salvo de investidas oportunistas.
josias de souza
Fonte: blog doO “luddismo”, como se sabe, é um movimento que surgiu na Inglaterra do fim do século 18. Deriva do nome do operário Ned Ludd. Seus seguidores, os “luddites”, se insurgiam contra as alterações injetadas no mercado de trabalho pela Revolução Industrial. Invadiam fábricas e quebravam as máquinas que tornavam desnecessários os trabalhadores.
Ned Ludd foi visionário e romântico. Visionário porque anteviu um fenômeno que invadiria o futuro: a queda-de-braço entre máquina e homem. Romântico porque lutou contra o inelutável. O maquinário continuou a modernizar-se. E o homem, única peça inadaptável do processo industrial, torna-se dia-a-dia mais obsoleto.
A guerra continua. Numa ação que muitos chamam de “neo-luddismo”, sindicatos e movimentos sociais fazem o que podem para preservar empregos. Até lavouras de soja transgênica o MST já destruiu. Mas a luta é inglória. O inimigo mecaniza o campo, robotiza fábricas, informatiza tudo o que vê pela frente.
Ninguém escreveu ainda, talvez por compaixão. Mas o Partido dos Trabalhadores enfrenta nos dias que correm um drama análogo à tragédia que fomentou a revolta de Ned Ludd e dos “luddites”. Assim como os operários ingleses do século 18, o PT assiste, atônito, à “modernização” do estilo político de Lula.
Reeleito, o presidente decidiu aprofundar um movimento que iniciara no primeiro mandato. Contraditoriamente, Lula evolui rumo ao arcaísmo. Trama a instalação nos plenários da Câmara e do Senado de imensas máquinas de votos. O manuseio das engenhocas exige a troca de velhas convicções pelo “amadurecimento político”.
As máquinas de votos urdidas por Lula não requerem mão-de-obra convencional. Funcionam sob a supervisão de políticos-robôs. São os únicos capazes de deslizar sobre o chão sujo da fábrica de fisiologia sem precisar tapar o nariz ou fazer cara de nojo. O presidente encontrou no PMDB o melhor provedor de robôs. E o PT vê-se às voltas com o desemprego. Perderá ministérios e cargos de segundo escalão.
No primeiro mandato, numa tentativa de retardar a própria obsolescência, o PT saiu-se com uma técnica nova: o mensalão. Deu no que deu. Agora, Lula optou por fazer diferente. Adota como prática uma diferença que o iguala às administrações que precederam a sua –de Sarney a Fernando Henrique Cardoso. O cheiro desagradável é o mesmo. Mas o processo industrial, embora custe caro ao contribuinte, oferece menos riscos ao governo.
O pior é que o petismo não pode nem mesmo lançar de um “peddismo” salvador. Além de faltar-lhe um Ned Ludd com coragem para tanto, não há na Brasília da política fábricas a invadir. A máquina da fisiologia, por invisível, não está sujeita a depredações. Opera as engrenagens do Estado há anos, a salvo de investidas oportunistas.
josias de souza
Morreu Ramez Tebet. Mais um daqueles políticos que nem fediam nem cheiravam. Agora vai ser diferente.
18/11/2006
Morre aos 70 anos o senador peemedebista Ramez Tebet
O senador Ramez Tebet (PMDB-MS) morreu na noite desta sexta-feira, por volta das 23h30, em Campo Grande (MS). Tebet estava em sua casa, com os quatro filhos e a esposa.O senador sofria de câncer no fígado e havia sido internado no final de outubro no hospital Albert Einstein, em São Paulo, por causa de uma infecção causada por reações alérgicas após trocar a medicação utilizada na quimioterapia.
Lula Marques/Folha Imagem
O senador Ramez Tebet, morto nesta sexta-feira, aos 70 anosA situação estava sob controle e, há uma semana, ele foi liberado do hospital para continuar o tratamento em sua casa, em Campo Grande. Na ocasião, Tebet acreditava que poderia voltar a trabalhar no Senado na próxima semana.Na sexta-feira, porém, o quadro se agravou. Ele voltou a sentir problemas respiratórios. Alguns anos atrás, Tebet havia lutado e superado um tumor no pulmão. Ele também já havia sofrido com um câncer na bexiga.Durante a sexta-feira, Tebet permaneceu sem falar e respondendo apenas a alguns estímulos. Embora conseguisse respirar sozinho, ele era auxiliado por um aparelho para eliminar a secreção pulmonar. Segundo sua assessoria de imprensa, tratava-se de uma medida para dar mais conforto ao paciente.Tebet completou 70 anos no último dia 7 de novembro. Ele cumpria seu segundo mandato como senador pelo PMDB e ficaria na Casa até o fim de 2011. Ele será substituído por seu primeiro suplente, Valter Pereira de Oliveira (PMDB). O corpo do senador deverá ser enterrado hoje em sua cidade natal.O velório deve acontecer na manhã deste sábado na Assembléia Legislativa de Campo Grande. À tarde, o corpo seguirá para Três Lagoas (300 km da capital), cidade natal do senador, onde será velado e enterrado.BiografiaNascido em Três Lagoas (MS), em 1936, Tebet era advogado, formado pela Faculdade de Direito da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), em 1959. Na vida pública, Tebet também atuou no Executivo. Nos anos 70, ele foi prefeito de sua cidade natal.Atuou também como secretário de Justiça, vice-governador e governador de Mato Grosso do Sul. Já nos anos 90, foi ministro da Integração Nacional na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).Entre 20 de setembro de 2001 a 31 de janeiro de 2003, Tebet foi o presidente do Senado Federal.Tebet deixa a esposa Fairte Nassar Tebet e quatro filhos: Simone Nassar Tebet (advogada e atual prefeita de Três Lagoas), Eduarda Nassar Tebet (médica), Rodrigo Nassar Tebet (professor) e Rames Nassar Tebet (advogado).
Saiba mais sobre o senador Ramez Tebet
Em uma carreira política de 30 anos, o senador Ramez Tebet, 70, passou por somente dois partidos: a extinto Arena e o PMDB. Começou na vida pública em 1975, quando foi nomeado prefeito de Três Lagoas (300 km de Campo Grande).Após curtas passagens pelo governo de Mato Grosso do Sul, como secretário e governador interino, Tebet foi eleito para seu primeiro mandato para o Senado em 1994. Em 1995, Tebet foi designado relator do caso Sivam e em 1996, relatou a Lei Eleitoral e, em 1999, a CPI do Judiciário. Foi nesta Casa, e no cargo de presidente do Conselho de Ética, que ganhou projeção nacional.Em 2000, presidiu o Conselho quando o então senador Luiz Estevão (PMDB-DF), enfrentou um processo por quebra de decoro, após acusações de envolvimento no desvio de verbas públicas na construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. O processo resultou na cassação do parlamentar e em um mais escândalo para o Senado: a violação do painel da Casa, em 2000, durante a votação da cassação do senador do DF, e que resultou na renúncia dos parlamentares Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (PFL-DF), ameaçados de enfrentarem processos no Conselho de Ética, no ano seguinte. O ano de 2001 não terminaria sem que um terceiro parlamentar renunciasse, também ameaçado pela abertura de processo no Conselho de Ética. Foi o então presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), após repetidas notícias sobre escândalos em sua terra natal com o seu suposto envolvimento.Nesse mesmo ano, Tebet foi convidado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso para chefiar o Ministério da Integração Regional, cargo que exerceu por apenas três meses (entre junho e setembro).Ainda em 2001, foi eleito presidente do Senado, cargo que exerceu até 2003, num pleito que foi considerada uma vitória do então presidente FHC, por ter marcado posição contra o PFL.Ele também acumulou passagens pelo Executivo no governo Sarney, quando foi titular da hoje extinta Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste) entre julho de 1987 a março de 1990.O senador é formado em Direito, pela Universidade de Direito do Rio de Janeiro, e deixa viúva e quatro filhos. Além dos cargos políticos, também foi promotor público e professor universitário.
Lula diz que Ramez Tebet era "político com 'P' maiúsculo"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que o senador Ramez Tebet (PMDB-MS), que morreu na noite de ontem, foi "um político do 'P' maiúsculo"."Um homem que contribuiu com o país, um homem que pensava o futuro da nossa Nação, um democrata e um homem que deixa um legado de contribuição a esse país", disse.Durante entrevista no velório de Tebet, em Três Lagoas (MS), Lula relembrou que o senador era presidente do Senado quando ele tomou posse em 1º de janeiro de 2003 e afirmou que no segundo dia de mandato Tebet o procurou para se colocar a sua disposição."Eu acho que toda a vez que morre um político importante, daqueles que contribuíram com o Brasil, o Brasil fica um pouco órfão", disse Lula. O presidente relembrou um projeto de Tebet para a construção de uma fábrica de papel e celulose em Três Lagos e afirmou que em dezembro poderá voltar à cidade para o lançamento da pedra fundamental da planta em companhia da prefeita, a filha de Tebet, Simone Nassar Tebet.O presidente também afirmou que planejava visitar o senador na segunda-feira em companhia de dois de seus colegas de partido, o senador José Sarney (PMDB-AP) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Fonte: folha on line
Morre aos 70 anos o senador peemedebista Ramez Tebet
O senador Ramez Tebet (PMDB-MS) morreu na noite desta sexta-feira, por volta das 23h30, em Campo Grande (MS). Tebet estava em sua casa, com os quatro filhos e a esposa.O senador sofria de câncer no fígado e havia sido internado no final de outubro no hospital Albert Einstein, em São Paulo, por causa de uma infecção causada por reações alérgicas após trocar a medicação utilizada na quimioterapia.
Lula Marques/Folha Imagem
O senador Ramez Tebet, morto nesta sexta-feira, aos 70 anosA situação estava sob controle e, há uma semana, ele foi liberado do hospital para continuar o tratamento em sua casa, em Campo Grande. Na ocasião, Tebet acreditava que poderia voltar a trabalhar no Senado na próxima semana.Na sexta-feira, porém, o quadro se agravou. Ele voltou a sentir problemas respiratórios. Alguns anos atrás, Tebet havia lutado e superado um tumor no pulmão. Ele também já havia sofrido com um câncer na bexiga.Durante a sexta-feira, Tebet permaneceu sem falar e respondendo apenas a alguns estímulos. Embora conseguisse respirar sozinho, ele era auxiliado por um aparelho para eliminar a secreção pulmonar. Segundo sua assessoria de imprensa, tratava-se de uma medida para dar mais conforto ao paciente.Tebet completou 70 anos no último dia 7 de novembro. Ele cumpria seu segundo mandato como senador pelo PMDB e ficaria na Casa até o fim de 2011. Ele será substituído por seu primeiro suplente, Valter Pereira de Oliveira (PMDB). O corpo do senador deverá ser enterrado hoje em sua cidade natal.O velório deve acontecer na manhã deste sábado na Assembléia Legislativa de Campo Grande. À tarde, o corpo seguirá para Três Lagoas (300 km da capital), cidade natal do senador, onde será velado e enterrado.BiografiaNascido em Três Lagoas (MS), em 1936, Tebet era advogado, formado pela Faculdade de Direito da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), em 1959. Na vida pública, Tebet também atuou no Executivo. Nos anos 70, ele foi prefeito de sua cidade natal.Atuou também como secretário de Justiça, vice-governador e governador de Mato Grosso do Sul. Já nos anos 90, foi ministro da Integração Nacional na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).Entre 20 de setembro de 2001 a 31 de janeiro de 2003, Tebet foi o presidente do Senado Federal.Tebet deixa a esposa Fairte Nassar Tebet e quatro filhos: Simone Nassar Tebet (advogada e atual prefeita de Três Lagoas), Eduarda Nassar Tebet (médica), Rodrigo Nassar Tebet (professor) e Rames Nassar Tebet (advogado).
Saiba mais sobre o senador Ramez Tebet
Em uma carreira política de 30 anos, o senador Ramez Tebet, 70, passou por somente dois partidos: a extinto Arena e o PMDB. Começou na vida pública em 1975, quando foi nomeado prefeito de Três Lagoas (300 km de Campo Grande).Após curtas passagens pelo governo de Mato Grosso do Sul, como secretário e governador interino, Tebet foi eleito para seu primeiro mandato para o Senado em 1994. Em 1995, Tebet foi designado relator do caso Sivam e em 1996, relatou a Lei Eleitoral e, em 1999, a CPI do Judiciário. Foi nesta Casa, e no cargo de presidente do Conselho de Ética, que ganhou projeção nacional.Em 2000, presidiu o Conselho quando o então senador Luiz Estevão (PMDB-DF), enfrentou um processo por quebra de decoro, após acusações de envolvimento no desvio de verbas públicas na construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. O processo resultou na cassação do parlamentar e em um mais escândalo para o Senado: a violação do painel da Casa, em 2000, durante a votação da cassação do senador do DF, e que resultou na renúncia dos parlamentares Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (PFL-DF), ameaçados de enfrentarem processos no Conselho de Ética, no ano seguinte. O ano de 2001 não terminaria sem que um terceiro parlamentar renunciasse, também ameaçado pela abertura de processo no Conselho de Ética. Foi o então presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), após repetidas notícias sobre escândalos em sua terra natal com o seu suposto envolvimento.Nesse mesmo ano, Tebet foi convidado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso para chefiar o Ministério da Integração Regional, cargo que exerceu por apenas três meses (entre junho e setembro).Ainda em 2001, foi eleito presidente do Senado, cargo que exerceu até 2003, num pleito que foi considerada uma vitória do então presidente FHC, por ter marcado posição contra o PFL.Ele também acumulou passagens pelo Executivo no governo Sarney, quando foi titular da hoje extinta Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste) entre julho de 1987 a março de 1990.O senador é formado em Direito, pela Universidade de Direito do Rio de Janeiro, e deixa viúva e quatro filhos. Além dos cargos políticos, também foi promotor público e professor universitário.
Lula diz que Ramez Tebet era "político com 'P' maiúsculo"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que o senador Ramez Tebet (PMDB-MS), que morreu na noite de ontem, foi "um político do 'P' maiúsculo"."Um homem que contribuiu com o país, um homem que pensava o futuro da nossa Nação, um democrata e um homem que deixa um legado de contribuição a esse país", disse.Durante entrevista no velório de Tebet, em Três Lagoas (MS), Lula relembrou que o senador era presidente do Senado quando ele tomou posse em 1º de janeiro de 2003 e afirmou que no segundo dia de mandato Tebet o procurou para se colocar a sua disposição."Eu acho que toda a vez que morre um político importante, daqueles que contribuíram com o Brasil, o Brasil fica um pouco órfão", disse Lula. O presidente relembrou um projeto de Tebet para a construção de uma fábrica de papel e celulose em Três Lagos e afirmou que em dezembro poderá voltar à cidade para o lançamento da pedra fundamental da planta em companhia da prefeita, a filha de Tebet, Simone Nassar Tebet.O presidente também afirmou que planejava visitar o senador na segunda-feira em companhia de dois de seus colegas de partido, o senador José Sarney (PMDB-AP) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Fonte: folha on line
sexta-feira, novembro 10, 2006
Curiosidades
08/11/2006
Bebês se parecem mais com a mãe do que com o pai, segundo estudo
da Efe, em Paris
Os bebês com menos de um ano se parecem, fisicamente, mais com a mãe do que com o pai, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira.Quando a mãe diz que a criança se parece mais com o pai, trata-se de uma "manipulação social", destinada a reforçar no companheiro a crença de que ele é o pai da criança, concluem os autores do estudo.Uma equipe de cientistas do Instituto de Ciências da Evolução de Montpellier (sul da França) analisou a semelhança das crianças por considerarem que alguns dos conflitos no lar são gerados pela falta de certeza do homem sobre a verdadeira paternidade de seus filhos.De acordo com a edição de hoje do jornal francês "Le Monde", cada vez mais homens franceses recorrem à análise genética para tirar a dúvida sobre a verdadeira paternidade de seus filhos. Os testes genéticos só são permitidos na França com uma autorização judicial. No entanto, o número de pedidos recebidos pela DNA Solutions --empresa que realiza mais de 50 mil testes do tipo, anualmente, em todo o mundo-- aumentou 65% nos seis últimos anos, acrescenta o jornal.MetodologiaOs pesquisadores de Montpellier pediram que algumas pessoas (que não conheciam as famílias) determinassem a semelhança entre pais e filhos por meio de fotografias do rosto do bebê, segundo comunicado do Centro Nacional de Pesquisas Científicas (CNRS).Os resultados mostram que meninos e meninas se parecem mais com sua mãe no primeiro ano de vida, mas que, a partir dessa idade, as crianças começam a se assemelhar mais com seu pai. As meninas, no entanto, mantêm mais semelhanças com a mãe até completar seis anos, idade máxima das crianças analisadas no estudo.A equipe pretende ampliar, no futuro, o estudo para crianças maiores de seis anos e em outros contextos culturais.
Fonte: folha online
Bebês se parecem mais com a mãe do que com o pai, segundo estudo
da Efe, em Paris
Os bebês com menos de um ano se parecem, fisicamente, mais com a mãe do que com o pai, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira.Quando a mãe diz que a criança se parece mais com o pai, trata-se de uma "manipulação social", destinada a reforçar no companheiro a crença de que ele é o pai da criança, concluem os autores do estudo.Uma equipe de cientistas do Instituto de Ciências da Evolução de Montpellier (sul da França) analisou a semelhança das crianças por considerarem que alguns dos conflitos no lar são gerados pela falta de certeza do homem sobre a verdadeira paternidade de seus filhos.De acordo com a edição de hoje do jornal francês "Le Monde", cada vez mais homens franceses recorrem à análise genética para tirar a dúvida sobre a verdadeira paternidade de seus filhos. Os testes genéticos só são permitidos na França com uma autorização judicial. No entanto, o número de pedidos recebidos pela DNA Solutions --empresa que realiza mais de 50 mil testes do tipo, anualmente, em todo o mundo-- aumentou 65% nos seis últimos anos, acrescenta o jornal.MetodologiaOs pesquisadores de Montpellier pediram que algumas pessoas (que não conheciam as famílias) determinassem a semelhança entre pais e filhos por meio de fotografias do rosto do bebê, segundo comunicado do Centro Nacional de Pesquisas Científicas (CNRS).Os resultados mostram que meninos e meninas se parecem mais com sua mãe no primeiro ano de vida, mas que, a partir dessa idade, as crianças começam a se assemelhar mais com seu pai. As meninas, no entanto, mantêm mais semelhanças com a mãe até completar seis anos, idade máxima das crianças analisadas no estudo.A equipe pretende ampliar, no futuro, o estudo para crianças maiores de seis anos e em outros contextos culturais.
Fonte: folha online
Curiosidades
08/11/2006
Camisinha colocada em 1 segundo é lançada na África do Sul
da BBC Brasil
Camisinhas que, segundo os fabricantes, podem ser colocadas em apenas um segundo começaram a ser vendidas nesta semana na África do Sul.As camisinhas Pronto podem ser colocadas sem que o usuário precise retirá-las da embalagem. Ao invés, embalagem é aberta no meio e serve como aba para que a camisinha seja desenrolada diretamente no pênis. Só então a embalagem é descartada."Usar uma camisinha normal é muito chato", disse o criador da Pronto, Willem van Rensburg. "Quando a camisinha finalmente está no lugar, o clima já foi para o espaço."
Fonte: folha online
Camisinha colocada em 1 segundo é lançada na África do Sul
da BBC Brasil
Camisinhas que, segundo os fabricantes, podem ser colocadas em apenas um segundo começaram a ser vendidas nesta semana na África do Sul.As camisinhas Pronto podem ser colocadas sem que o usuário precise retirá-las da embalagem. Ao invés, embalagem é aberta no meio e serve como aba para que a camisinha seja desenrolada diretamente no pênis. Só então a embalagem é descartada."Usar uma camisinha normal é muito chato", disse o criador da Pronto, Willem van Rensburg. "Quando a camisinha finalmente está no lugar, o clima já foi para o espaço."
Fonte: folha online
Curiosidades
09/11/2006
Fumo reduz chances de fixação de óvulo no útero,
diz estudo da BBC Brasl
lFumar com freqüência pode reduzir as chances de um embrião se fixar com sucesso na parede do útero, segundo uma pesquisa publicada na revista científica on-line "Human Reproduction".Pesquisadores da Espanha e de Portugal analisaram os índices de gravidez em mulheres que fizeram tratamento para engravidar usando óvulos doados.Eles descobriram que 52,2% das mulheres que fumavam pouco ficaram grávidas na primeira tentativa, comparado com 34,1% das mulheres que fumavam muito.Eles acreditam que isso sugere que o tabaco deixa o útero menos receptivo à concepção."O fato de vermos este resultado numa situação na qual os óvulos foram doados por outras mulheres demonstra que o fumo afeta negativamente a receptividade do útero, independentemente de seu efeito sobre a função do ovário", disse o pesquisador-chefe, Sérgio Soares.Gravidez múltiplaPara o estudo, foram consideradas mulheres que fumam pouco aquelas com consumo inferior a dez cigarros por dia.Apesar de a taxa de gravidez ter sido muito menor para as mulheres que fumam muito, para aquelas que conseguiram engravidar a taxa de gravidez múltipla foi muito maior --60% das mulheres com alto consumo de cigarros esperavam gêmeos, contra 31% das que fumavam menos.Soares disse que não ficou claro se esse resultado foi apenas um desvio do estudo.Mas ele disse que é possível que compostos presentes no tabaco afetem o útero de maneiras diferentes em mulheres diferentes, prejudicando a fixação dos óvulos em algumas mulheres, mas tendo efeito oposto em outras."Pode ser que o alto consumo de cigarros prejudique a estabilidade das células no revestimento do útero diferentemente de mulher para mulher ou gere uma resposta do próprio embrião, resultando numa reduzida taxa geral de gravidez, mas uma chance maior de gravidezes múltiplas naquelas que acabam ficando grávidas", explica.Soares disse que as mulheres com alto consumo de cigarro deveriam ser avisadas de que mesmo se os tratamentos para fertilização forem realizados, elas terão menos chance de conseguir uma gravidez com sucesso."Além disso, deveríamos também adverti-las dos riscos de gravidezes múltiplas, que são menos seguras para as mães e para os bebês", afirma.
Fonte: folha online
Fumo reduz chances de fixação de óvulo no útero,
diz estudo da BBC Brasl
lFumar com freqüência pode reduzir as chances de um embrião se fixar com sucesso na parede do útero, segundo uma pesquisa publicada na revista científica on-line "Human Reproduction".Pesquisadores da Espanha e de Portugal analisaram os índices de gravidez em mulheres que fizeram tratamento para engravidar usando óvulos doados.Eles descobriram que 52,2% das mulheres que fumavam pouco ficaram grávidas na primeira tentativa, comparado com 34,1% das mulheres que fumavam muito.Eles acreditam que isso sugere que o tabaco deixa o útero menos receptivo à concepção."O fato de vermos este resultado numa situação na qual os óvulos foram doados por outras mulheres demonstra que o fumo afeta negativamente a receptividade do útero, independentemente de seu efeito sobre a função do ovário", disse o pesquisador-chefe, Sérgio Soares.Gravidez múltiplaPara o estudo, foram consideradas mulheres que fumam pouco aquelas com consumo inferior a dez cigarros por dia.Apesar de a taxa de gravidez ter sido muito menor para as mulheres que fumam muito, para aquelas que conseguiram engravidar a taxa de gravidez múltipla foi muito maior --60% das mulheres com alto consumo de cigarros esperavam gêmeos, contra 31% das que fumavam menos.Soares disse que não ficou claro se esse resultado foi apenas um desvio do estudo.Mas ele disse que é possível que compostos presentes no tabaco afetem o útero de maneiras diferentes em mulheres diferentes, prejudicando a fixação dos óvulos em algumas mulheres, mas tendo efeito oposto em outras."Pode ser que o alto consumo de cigarros prejudique a estabilidade das células no revestimento do útero diferentemente de mulher para mulher ou gere uma resposta do próprio embrião, resultando numa reduzida taxa geral de gravidez, mas uma chance maior de gravidezes múltiplas naquelas que acabam ficando grávidas", explica.Soares disse que as mulheres com alto consumo de cigarro deveriam ser avisadas de que mesmo se os tratamentos para fertilização forem realizados, elas terão menos chance de conseguir uma gravidez com sucesso."Além disso, deveríamos também adverti-las dos riscos de gravidezes múltiplas, que são menos seguras para as mães e para os bebês", afirma.
Fonte: folha online
Curiosidades
09/11/2006
Aranhas e pimentas causam dor da mesma forma
da Folha de S.Paulo
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, descobriram que as caranguejeiras e as pimentas usam um mecanismo bastante parecido para causar dor em seus diferentes tipos de predadores.Segundo o estudo, tanto o veneno da aranha quanto a capsaicina, substância produzida pela pimenta malagueta, se ligam aos mesmos receptores ("fechaduras" químicas) nas células nervosas. Isso gera uma sensação muito semelhante naquele que é picado pelo animal ou que morde a planta. A pesquisa, publicada hoje na revista científica britânica "Nature" (www.nature.com), pretende identificar os mecanismos da dor acionados pelas aranhas.
Aranhas e pimentas causam dor da mesma forma
da Folha de S.Paulo
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, descobriram que as caranguejeiras e as pimentas usam um mecanismo bastante parecido para causar dor em seus diferentes tipos de predadores.Segundo o estudo, tanto o veneno da aranha quanto a capsaicina, substância produzida pela pimenta malagueta, se ligam aos mesmos receptores ("fechaduras" químicas) nas células nervosas. Isso gera uma sensação muito semelhante naquele que é picado pelo animal ou que morde a planta. A pesquisa, publicada hoje na revista científica britânica "Nature" (www.nature.com), pretende identificar os mecanismos da dor acionados pelas aranhas.
Antropologia
10/11/2006
Primo "bruto" da humanidade também tinha dieta variada
RAFAEL GARCIAda Folha de S.Paulo
Um estudo publicado hoje questiona a teoria de que uma dieta variada foi o que garantiu o sucesso dos ancestrais do Homo sapiens em seus primeiros milhões de anos. A descoberta é do grupo do antropólogo Matt Sponheimer, da Universidade do Colorado, que estudou dentes fósseis de Paranthropus robustus. Ele mostrou que esses hominídeos primitivos, que não são ancestrais diretos da humanidade, também diversificavam o cardápio.Segundo a teoria mais aceita hoje, o Paranthropus, que surgiu há 2 milhões de anos, se extinguiu 800 mil anos depois durante grandes secas, quando raízes e arbustos que comia escassearam. Já o Homo erectus, da linhagem humana, pôde variar sua alimentação devido à sua maior inteligência, que lhe permitia usar ferramentas.Mas Sponheimer mostra hoje em estudo na revista "Science" (www.sciencemag.org) que a história não foi bem assim. Ao analisar isótopos (variações do mesmo átomo) de carbono na composição de dentes de Paranthropus, ele viu que esse pequeno hominídeo cabeçudo e de mandíbula forte era capaz de comer sementes duras e talvez até carne.O estudo foi possível porque plantas distintas mostram preferência por absorver isótopos de carbono diferentes. Como o carbono que nos compõe vem de nosso alimento, nossos ossos registram o que comemos. E, pelo visto, o paladar do Paranthropus era tão sofisticado quanto o de nossos ancestrais."O Paranthropus pode ter tido acesso a frutos secos duros apenas com seus dentes, enquanto os Homo precisavam de ferramentas", disse Sponheimer à Folha. Será preciso agora outra explicação para o sucesso dos humanos frente a outros hominídeos. "Pode ser que os Homo tenham achado um meio de aumentar sua taxa de reprodução ou, se vivessem em grupos sociais grandes, podem ter criado problema para os Paranthropus em conflitos."Para Sponheimer, seu estudo sugere que a adaptabilidade alimentar em si pode não ter sido o grande diferencial humano. "A disparidade de inteligência pode ter sido mais importante do que se imaginava."
Fonte:folha online
Primo "bruto" da humanidade também tinha dieta variada
RAFAEL GARCIAda Folha de S.Paulo
Um estudo publicado hoje questiona a teoria de que uma dieta variada foi o que garantiu o sucesso dos ancestrais do Homo sapiens em seus primeiros milhões de anos. A descoberta é do grupo do antropólogo Matt Sponheimer, da Universidade do Colorado, que estudou dentes fósseis de Paranthropus robustus. Ele mostrou que esses hominídeos primitivos, que não são ancestrais diretos da humanidade, também diversificavam o cardápio.Segundo a teoria mais aceita hoje, o Paranthropus, que surgiu há 2 milhões de anos, se extinguiu 800 mil anos depois durante grandes secas, quando raízes e arbustos que comia escassearam. Já o Homo erectus, da linhagem humana, pôde variar sua alimentação devido à sua maior inteligência, que lhe permitia usar ferramentas.Mas Sponheimer mostra hoje em estudo na revista "Science" (www.sciencemag.org) que a história não foi bem assim. Ao analisar isótopos (variações do mesmo átomo) de carbono na composição de dentes de Paranthropus, ele viu que esse pequeno hominídeo cabeçudo e de mandíbula forte era capaz de comer sementes duras e talvez até carne.O estudo foi possível porque plantas distintas mostram preferência por absorver isótopos de carbono diferentes. Como o carbono que nos compõe vem de nosso alimento, nossos ossos registram o que comemos. E, pelo visto, o paladar do Paranthropus era tão sofisticado quanto o de nossos ancestrais."O Paranthropus pode ter tido acesso a frutos secos duros apenas com seus dentes, enquanto os Homo precisavam de ferramentas", disse Sponheimer à Folha. Será preciso agora outra explicação para o sucesso dos humanos frente a outros hominídeos. "Pode ser que os Homo tenham achado um meio de aumentar sua taxa de reprodução ou, se vivessem em grupos sociais grandes, podem ter criado problema para os Paranthropus em conflitos."Para Sponheimer, seu estudo sugere que a adaptabilidade alimentar em si pode não ter sido o grande diferencial humano. "A disparidade de inteligência pode ter sido mais importante do que se imaginava."
Fonte:folha online
Genética
Reconstituição de neandertal
10/11/2006
Cérebro humano herdou gene neandertal, diz estudo
MARCELO LEITEColunista da Folha de S.Paulo
Bruce Lahn continua subversivo. O geneticista da Universidade de Chicago, que deixou a China por razões políticas em 1989, subverte agora a noção de que os seres humanos modernos, Homo sapiens, se distanciam de hominídeos arcaicos pelo desenvolvimento cerebral. Ao menos no caso de um gene, isso pode ser exatamente o que os aproxima, relíquia de um provável episódio de miscigenação com neandertais.O trabalho foi publicado on-line nesta semana pelo periódico "PNAS" (www.pnas.org).
lSeu foco recai sobre o gene microcephalin (ou MCPH1). Em 2005, ele havia indicado uma origem muito recente, 37 mil anos, para a variante mais comum dessa seqüência de DNA (apelidada de "haplogrupo D"). Quando ocorrem mutações sérias no MCPH1, o cérebro cresce só até alcançar um quarto de seu tamanho normal.Esse tipo de gene faz sucesso em qualquer população, pois a maioria dos indivíduos com versões deficientes dele acaba morrendo antes de se reproduzir. Como mutações neles raramente compensam, a maioria das pessoas tem seqüências muito similares. O haplogrupo D está presente em cerca de 70% dos humanos, hoje.Nos outros 30% está presente o haplogrupo que Lahn chama de "não-D", muito diferente do primeiro. A análise estatística de sua estrutura indica uma origem bem mais antiga: 1,1 milhão de anos. Como a espécie humana tem cerca de 200 mil anos, uma versão do gene é muito mais recente e outra, muito mais antiga do que ela. Isso sugere que duas populações ficaram sem cruzar por mais de 1 milhão de anos.Neandertais conviveram com humanos modernos até uns 35 mil anos atrás --data próxima do haplogrupo D. Lahn convenceu-se de que a estirpe atual recebeu pronta dos primos neandertais a versão vantajosa do gene MCPH1. "Nós não fomos capazes de chegar a outros modelos que pudessem explicar de modo razoável nossos dados", afirma.As coisas teriam corrido assim: a linhagem que deu origem ao H. sapiens manteve por centenas de milhares de anos a variante não-D, enquanto D surgia no H. neanderthalensis; após a migração do H. sapiens da África para Europa e Ásia e seu encontro com H. neanderthalensis, um raro acasalamento teria introduzido D no genoma de homens modernos, onde fez enorme sucesso.Para Sergio Danilo Pena, geneticista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o trabalho é "demasiadamente especulativo". "Como [Lahn] não pode explicar a discrepância das coalescentes [variantes], ele usa isso para argumentar que ocorreu a introgressão de um gene neandertal em humanos", afirma Pena, que alerta não ter analisado em detalhe o trabalho.Lahn ressalva que outro ancestral hominídeo pode também ter sido pai e mãe do gene humano MCPH1 encorpado: "Embora favoreçamos neandertais como a fonte potencial do alelo [variante] D, deixamos aberta a possibilidade de outra população Homo arcaica menos conhecida."Svante Pääbo, renomado pesquisador da área na Alemanha, disse à newsletter "ScienceNow" que Lahn apresentou a evidência mais convincente até agora dessa mistura. E avisou que vai procurar a variante D no DNA que já obteve de neandertais. Lahn torce por isso à maneira oriental: "Tenho mais do que uma esperança tênue de que o alelo D apareça no DNA neandertal, mas meu sentimento sobre essa perspectiva está longe da certeza".
Fonte: folha online
10/11/2006
Cérebro humano herdou gene neandertal, diz estudo
MARCELO LEITEColunista da Folha de S.Paulo
Bruce Lahn continua subversivo. O geneticista da Universidade de Chicago, que deixou a China por razões políticas em 1989, subverte agora a noção de que os seres humanos modernos, Homo sapiens, se distanciam de hominídeos arcaicos pelo desenvolvimento cerebral. Ao menos no caso de um gene, isso pode ser exatamente o que os aproxima, relíquia de um provável episódio de miscigenação com neandertais.O trabalho foi publicado on-line nesta semana pelo periódico "PNAS" (www.pnas.org).
lSeu foco recai sobre o gene microcephalin (ou MCPH1). Em 2005, ele havia indicado uma origem muito recente, 37 mil anos, para a variante mais comum dessa seqüência de DNA (apelidada de "haplogrupo D"). Quando ocorrem mutações sérias no MCPH1, o cérebro cresce só até alcançar um quarto de seu tamanho normal.Esse tipo de gene faz sucesso em qualquer população, pois a maioria dos indivíduos com versões deficientes dele acaba morrendo antes de se reproduzir. Como mutações neles raramente compensam, a maioria das pessoas tem seqüências muito similares. O haplogrupo D está presente em cerca de 70% dos humanos, hoje.Nos outros 30% está presente o haplogrupo que Lahn chama de "não-D", muito diferente do primeiro. A análise estatística de sua estrutura indica uma origem bem mais antiga: 1,1 milhão de anos. Como a espécie humana tem cerca de 200 mil anos, uma versão do gene é muito mais recente e outra, muito mais antiga do que ela. Isso sugere que duas populações ficaram sem cruzar por mais de 1 milhão de anos.Neandertais conviveram com humanos modernos até uns 35 mil anos atrás --data próxima do haplogrupo D. Lahn convenceu-se de que a estirpe atual recebeu pronta dos primos neandertais a versão vantajosa do gene MCPH1. "Nós não fomos capazes de chegar a outros modelos que pudessem explicar de modo razoável nossos dados", afirma.As coisas teriam corrido assim: a linhagem que deu origem ao H. sapiens manteve por centenas de milhares de anos a variante não-D, enquanto D surgia no H. neanderthalensis; após a migração do H. sapiens da África para Europa e Ásia e seu encontro com H. neanderthalensis, um raro acasalamento teria introduzido D no genoma de homens modernos, onde fez enorme sucesso.Para Sergio Danilo Pena, geneticista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o trabalho é "demasiadamente especulativo". "Como [Lahn] não pode explicar a discrepância das coalescentes [variantes], ele usa isso para argumentar que ocorreu a introgressão de um gene neandertal em humanos", afirma Pena, que alerta não ter analisado em detalhe o trabalho.Lahn ressalva que outro ancestral hominídeo pode também ter sido pai e mãe do gene humano MCPH1 encorpado: "Embora favoreçamos neandertais como a fonte potencial do alelo [variante] D, deixamos aberta a possibilidade de outra população Homo arcaica menos conhecida."Svante Pääbo, renomado pesquisador da área na Alemanha, disse à newsletter "ScienceNow" que Lahn apresentou a evidência mais convincente até agora dessa mistura. E avisou que vai procurar a variante D no DNA que já obteve de neandertais. Lahn torce por isso à maneira oriental: "Tenho mais do que uma esperança tênue de que o alelo D apareça no DNA neandertal, mas meu sentimento sobre essa perspectiva está longe da certeza".
Fonte: folha online
OAB e sua lista
09/11/2006
OAB divulga na internet lista de inimigos
GILMAR PENTEADOda Folha de S.PauloREGIANE SOAREScolaboração para a Folha de S.Paulo
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo decidiu divulgar em seu site uma lista com os nomes de 173 pessoas consideradas inimigas da categoria, como juízes, policiais, promotores e jornalistas. A divulgação provocou protestos de entidades de classe e de pessoas citadas, que consideram a medida abusiva.A lista inclui nomes de profissionais que, segundo deliberação interna de comissão da OAB-SP, violaram as prerrogativas dos advogados. Essas pessoas teriam impedido o trabalho ou ofendido advogados durante o exercício da profissão. O caso foi revelado pelo site "Consultor Jurídico".As moções de repúdio foram concedidas desde 2002. Além da exposição, ter o nome na lista pode gerar represália: a OAB pode negar a carteira da entidade para aquele profissional que queira atuar como advogado.Mário de Oliveira Filho, presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP, afirma que a medida é baseada em lei federal de 1994. Segundo essa lei, seccionais da OAB podem abrir procedimentos contra profissionais que prejudicam as funções do advogado.Ele disse que isso sempre foi feito, mas a divulgação era mais restrita. Primeiro a Comissão de Direitos e Prerrogativas, após pedir uma defesa escrita por parte do denunciado, votava a moção de repúdio ou desagravo. Esse ato era lido em uma sessão da comissão e depois publicado no "Diário Oficial".A novidade é que esse cadastro está mais acessível. Pode ser consultado, desde o mês passado, pelo site da OAB/SP. "Por que as pessoas estão pulando como se estivessem descalças em chapa quente?", questionou Oliveira Filho.Por enquanto, a divulgação da lista pela internet é um ato isolado da OAB/SP. A assessoria da seccional do Rio confirmou que está elaborando seu cadastro, mas não há previsão de divulgação pelo seu site. O presidente da OAB nacional, Roberto Busato, afirmou que a divulgação pela OAB/SP não foi comunicada ao Conselho Federal da entidade.NomesDa lista de inimigos, há 53 juízes, 30 policiais civis, 23 vereadores, 17 promotores, três procuradores da República e dois jornalistas, um deles Elio Gaspari, colunista da Folha.Segundo representantes de juízes, promotores e procuradores, a medida é abusiva. O presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), Walter Nunes Júnior, afirma que a OAB não poderia criar um foro para julgar outro profissional por ser uma entidade de classe. "É uma ingerência julgar todo e qualquer profissional sob o argumento de que estaria usurpando a prerrogativa da advocacia."Em nota, o procurador-geral de Justiça, Rodrigo Pinho, disse que a medida "destoa dos mais elementares princípios legais e constitucionais", pois a OAB não tem poder para julgar outro profissional. O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Nicolao Dino de Castro, disse, em nota, que isso implica "indevido cerceio a uma atividade profissional".Para o colunista Elio Gaspari, a publicação o fez perder "o respeito pela OAB". "Tem um grupo de pessoas que acha que você fez uma coisa errada, eles se reúnem e te condenam."Gaspari disse que, no processo interno da OAB, não teve o direito de se defender pessoalmente. Ele foi incluído na lista por conta de processo movido por uma procuradora contra ele e a Folha após publicação de texto em que contestava parecer em que ela apontava a necessidade de uma vítima de tortura provar que foi mantida em cativeiro. Ela teve decisão favorável em primeira instância. Gaspari recorreu. O caso tramita no Tribunal de Justiça.O jornalista e advogado Ricardo Piccolomini de Azevedo, diretor do jornal "A Comarca" de Mogi Mirim, classificou a lista com seu nome como uma "atitude corporativista". Ele publicou reportagens que questionavam os honorários que os advogados da Prefeitura de Mogi Mirim recebiam quando defendiam o município.Para o procurador da República Sérgio Suiama, seu nome foi incluído por ter chamado advogados da Igreja Universal de "representantes do ódio e da intolerância racial". Ele havia acatado representação de entidades afro-brasileiras que se sentiram ofendidas com declarações de pastores da igreja contra praticantes de religiões como o candomblé. "Eu disse e repito, pois aqueles advogados estavam defendendo esse tipo de postura [preconceituosa]."O vereador Gilberto Barreto (PSDB) disse que teve seu nome incluído na lista quando tentou impedir que um advogado interferisse nas declarações de uma testemunha em depoimento à CPI que apurou supostas irregularidades no Tribunal de Contas do Município, em 2003. "Sou advogado, inscrito na OAB/SP há quase 30 anos, e nunca fui comunicado dessa decisão. A OAB não pode tomar uma decisão com base em um entendimento que é só da entidade", disse Barreto, presidente da CPI na época.
Fonte: folha on line
OAB divulga na internet lista de inimigos
GILMAR PENTEADOda Folha de S.PauloREGIANE SOAREScolaboração para a Folha de S.Paulo
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo decidiu divulgar em seu site uma lista com os nomes de 173 pessoas consideradas inimigas da categoria, como juízes, policiais, promotores e jornalistas. A divulgação provocou protestos de entidades de classe e de pessoas citadas, que consideram a medida abusiva.A lista inclui nomes de profissionais que, segundo deliberação interna de comissão da OAB-SP, violaram as prerrogativas dos advogados. Essas pessoas teriam impedido o trabalho ou ofendido advogados durante o exercício da profissão. O caso foi revelado pelo site "Consultor Jurídico".As moções de repúdio foram concedidas desde 2002. Além da exposição, ter o nome na lista pode gerar represália: a OAB pode negar a carteira da entidade para aquele profissional que queira atuar como advogado.Mário de Oliveira Filho, presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP, afirma que a medida é baseada em lei federal de 1994. Segundo essa lei, seccionais da OAB podem abrir procedimentos contra profissionais que prejudicam as funções do advogado.Ele disse que isso sempre foi feito, mas a divulgação era mais restrita. Primeiro a Comissão de Direitos e Prerrogativas, após pedir uma defesa escrita por parte do denunciado, votava a moção de repúdio ou desagravo. Esse ato era lido em uma sessão da comissão e depois publicado no "Diário Oficial".A novidade é que esse cadastro está mais acessível. Pode ser consultado, desde o mês passado, pelo site da OAB/SP. "Por que as pessoas estão pulando como se estivessem descalças em chapa quente?", questionou Oliveira Filho.Por enquanto, a divulgação da lista pela internet é um ato isolado da OAB/SP. A assessoria da seccional do Rio confirmou que está elaborando seu cadastro, mas não há previsão de divulgação pelo seu site. O presidente da OAB nacional, Roberto Busato, afirmou que a divulgação pela OAB/SP não foi comunicada ao Conselho Federal da entidade.NomesDa lista de inimigos, há 53 juízes, 30 policiais civis, 23 vereadores, 17 promotores, três procuradores da República e dois jornalistas, um deles Elio Gaspari, colunista da Folha.Segundo representantes de juízes, promotores e procuradores, a medida é abusiva. O presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), Walter Nunes Júnior, afirma que a OAB não poderia criar um foro para julgar outro profissional por ser uma entidade de classe. "É uma ingerência julgar todo e qualquer profissional sob o argumento de que estaria usurpando a prerrogativa da advocacia."Em nota, o procurador-geral de Justiça, Rodrigo Pinho, disse que a medida "destoa dos mais elementares princípios legais e constitucionais", pois a OAB não tem poder para julgar outro profissional. O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Nicolao Dino de Castro, disse, em nota, que isso implica "indevido cerceio a uma atividade profissional".Para o colunista Elio Gaspari, a publicação o fez perder "o respeito pela OAB". "Tem um grupo de pessoas que acha que você fez uma coisa errada, eles se reúnem e te condenam."Gaspari disse que, no processo interno da OAB, não teve o direito de se defender pessoalmente. Ele foi incluído na lista por conta de processo movido por uma procuradora contra ele e a Folha após publicação de texto em que contestava parecer em que ela apontava a necessidade de uma vítima de tortura provar que foi mantida em cativeiro. Ela teve decisão favorável em primeira instância. Gaspari recorreu. O caso tramita no Tribunal de Justiça.O jornalista e advogado Ricardo Piccolomini de Azevedo, diretor do jornal "A Comarca" de Mogi Mirim, classificou a lista com seu nome como uma "atitude corporativista". Ele publicou reportagens que questionavam os honorários que os advogados da Prefeitura de Mogi Mirim recebiam quando defendiam o município.Para o procurador da República Sérgio Suiama, seu nome foi incluído por ter chamado advogados da Igreja Universal de "representantes do ódio e da intolerância racial". Ele havia acatado representação de entidades afro-brasileiras que se sentiram ofendidas com declarações de pastores da igreja contra praticantes de religiões como o candomblé. "Eu disse e repito, pois aqueles advogados estavam defendendo esse tipo de postura [preconceituosa]."O vereador Gilberto Barreto (PSDB) disse que teve seu nome incluído na lista quando tentou impedir que um advogado interferisse nas declarações de uma testemunha em depoimento à CPI que apurou supostas irregularidades no Tribunal de Contas do Município, em 2003. "Sou advogado, inscrito na OAB/SP há quase 30 anos, e nunca fui comunicado dessa decisão. A OAB não pode tomar uma decisão com base em um entendimento que é só da entidade", disse Barreto, presidente da CPI na época.
Fonte: folha on line
Debates
03/11/2006
Sociedades do Oriente Médio foram moldadas para o confronto, diz analista
PAULO CABRALda BBC Brasil, no Cairo
O conflito entre árabes e israelenses é um dos principais elementos para definir o Oriente Médio contemporâneo e, em muitos aspectos, as sociedades nos dois lados são estruturadas para viver em confronto.Conseguir uma paz permanente na região exigiria profundas mudanças, que o diretor do programa de Estudos do Oriente Médio da Universidade Americana do Cairo (AUC, na sigla em inglês), Joel Beinin, diz que são difíceis e mesmo traumáticas para todos os lados envolvidos.“Tanto israelenses como árabes têm suas sociedades construídas sobre uma situação de conflito. Atingir a paz com o inimigo externo pode acabar provocando conflitos internos em muitas delas”, diz Beinin, que há dois meses trocou a Universidade de Stanford, nos Estados Unidos (onde foi professor de história do Oriente Médio por dez anos), pela AUC, uma das universidades mais respeitadas do Egito e mesmo do mundo árabe.Nos EUA, críticos mais ferrenhos do pesquisador o acusam de ser um “judeu que odeia judeus”. Atualmente Beinin está processando o escritor e ativista de direita americano David Horowitz por tê-lo colocado na capa de um panfleto intitulado “Apoio ao terrorismo nos campi (de universidades americanas)”.Beinin diz que os ataques incomodam, mas afirma que nem nos EUA nem no Oriente Médio suas posições ou sua origem judaica chegam a prejudicar seriamente seu trabalho acadêmico ou seus contatos com outros pesquisadores.Israel“Os egípcios, mais do que em outras áreas do Oriente Médio, entendem que há uma diferença entre judeus e Israel, entre cultura judaica e sionismo político. Embora, infelizmente, cada vez mais esta diferenciação esteja se apagando também aqui”, diz.Beinin diz que tanto nos países árabes como em Israel, as estruturas sociais estão montadas para viver em uma situação de conflito e este é um dos motivos para que as lideranças dos dois lados tenham medo de uma negociação séria de paz.“Se Israel fizer a paz de fato com os árabes não vai fazer mais nenhum sentido o enorme poder que os militares têm na sociedade israelense ou os gastos realizados todos os anos com defesa”, diz.“A sociedade vai querer mais atenção e mais recursos para outras áreas e cada vez mais gente vai começar a se perguntar o que aconteceu com o Estado de bem-estar social montado por Israel nos anos 50 e 60, hoje praticamente falido”, diz o professor.ÁrabesEntre os árabes, Beinin diz que o conflito com Israel justifica muitos dos abusos e práticas não democráticas dos governos da região.“Se houvesse paz com Israel as pressões por mudanças dentro destas sociedades com certeza iriam crescer muito”, avalia o pesquisador.Beinin diz que, aos poucos, alguns países da região estão sentindo a necessidade de se adaptar e se preparar para a paz.“Bashar al Assad (presidente da Síria), por exemplo, parece dar sinais de perceber que tem que se adaptar se quiser sobreviver. Al Assad já está promovendo uma abertura econômica e começa a aceitar a necessidade de negociar com Israel”, diz.O pesquisador observa que também no Egito o presidente Hosni Mubarak indicou o filho Gamal Mubarak para fazer contatos mais próximos com grandes empresários locais e estrangeiros e pensar em possíveis modernizações para o país.“Sabemos que há figuras no governo Mubarak que são favoráveis a uma paz verdadeira dos países árabes com Israel porque acreditam que isso pode levar a uma modernização do próprio Egito. Mas também há claramente muitos que resistem”, diz Beinin.DemocraciaPara o professor, resolver o conflito entre israelenses e palestinos pode ser um importante passo para o desenvolvimento da democracia na região.Beinin diz acreditar que, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o governo americano tem um “desejo” por democracia no Oriente Médio.“No discurso dos presidentes americanos este desejo está sempre presente, mas na prática as ações dos Estados Unidos não contribuem em nada para que isto aconteça”, disse.“A diferença em relação ao presidente Bush é que a promoção da democracia é a justificativa usada de maneira direta para as ações militares. Mas isso não significa que estejamos mais perto de sociedades democráticas no Iraque ou no Afeganistão”, diz.
Fonte: folha online
Sociedades do Oriente Médio foram moldadas para o confronto, diz analista
PAULO CABRALda BBC Brasil, no Cairo
O conflito entre árabes e israelenses é um dos principais elementos para definir o Oriente Médio contemporâneo e, em muitos aspectos, as sociedades nos dois lados são estruturadas para viver em confronto.Conseguir uma paz permanente na região exigiria profundas mudanças, que o diretor do programa de Estudos do Oriente Médio da Universidade Americana do Cairo (AUC, na sigla em inglês), Joel Beinin, diz que são difíceis e mesmo traumáticas para todos os lados envolvidos.“Tanto israelenses como árabes têm suas sociedades construídas sobre uma situação de conflito. Atingir a paz com o inimigo externo pode acabar provocando conflitos internos em muitas delas”, diz Beinin, que há dois meses trocou a Universidade de Stanford, nos Estados Unidos (onde foi professor de história do Oriente Médio por dez anos), pela AUC, uma das universidades mais respeitadas do Egito e mesmo do mundo árabe.Nos EUA, críticos mais ferrenhos do pesquisador o acusam de ser um “judeu que odeia judeus”. Atualmente Beinin está processando o escritor e ativista de direita americano David Horowitz por tê-lo colocado na capa de um panfleto intitulado “Apoio ao terrorismo nos campi (de universidades americanas)”.Beinin diz que os ataques incomodam, mas afirma que nem nos EUA nem no Oriente Médio suas posições ou sua origem judaica chegam a prejudicar seriamente seu trabalho acadêmico ou seus contatos com outros pesquisadores.Israel“Os egípcios, mais do que em outras áreas do Oriente Médio, entendem que há uma diferença entre judeus e Israel, entre cultura judaica e sionismo político. Embora, infelizmente, cada vez mais esta diferenciação esteja se apagando também aqui”, diz.Beinin diz que tanto nos países árabes como em Israel, as estruturas sociais estão montadas para viver em uma situação de conflito e este é um dos motivos para que as lideranças dos dois lados tenham medo de uma negociação séria de paz.“Se Israel fizer a paz de fato com os árabes não vai fazer mais nenhum sentido o enorme poder que os militares têm na sociedade israelense ou os gastos realizados todos os anos com defesa”, diz.“A sociedade vai querer mais atenção e mais recursos para outras áreas e cada vez mais gente vai começar a se perguntar o que aconteceu com o Estado de bem-estar social montado por Israel nos anos 50 e 60, hoje praticamente falido”, diz o professor.ÁrabesEntre os árabes, Beinin diz que o conflito com Israel justifica muitos dos abusos e práticas não democráticas dos governos da região.“Se houvesse paz com Israel as pressões por mudanças dentro destas sociedades com certeza iriam crescer muito”, avalia o pesquisador.Beinin diz que, aos poucos, alguns países da região estão sentindo a necessidade de se adaptar e se preparar para a paz.“Bashar al Assad (presidente da Síria), por exemplo, parece dar sinais de perceber que tem que se adaptar se quiser sobreviver. Al Assad já está promovendo uma abertura econômica e começa a aceitar a necessidade de negociar com Israel”, diz.O pesquisador observa que também no Egito o presidente Hosni Mubarak indicou o filho Gamal Mubarak para fazer contatos mais próximos com grandes empresários locais e estrangeiros e pensar em possíveis modernizações para o país.“Sabemos que há figuras no governo Mubarak que são favoráveis a uma paz verdadeira dos países árabes com Israel porque acreditam que isso pode levar a uma modernização do próprio Egito. Mas também há claramente muitos que resistem”, diz Beinin.DemocraciaPara o professor, resolver o conflito entre israelenses e palestinos pode ser um importante passo para o desenvolvimento da democracia na região.Beinin diz acreditar que, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o governo americano tem um “desejo” por democracia no Oriente Médio.“No discurso dos presidentes americanos este desejo está sempre presente, mas na prática as ações dos Estados Unidos não contribuem em nada para que isto aconteça”, disse.“A diferença em relação ao presidente Bush é que a promoção da democracia é a justificativa usada de maneira direta para as ações militares. Mas isso não significa que estejamos mais perto de sociedades democráticas no Iraque ou no Afeganistão”, diz.
Fonte: folha online
Politicamente correto, ou seria obscurantismo ?
06/11/2006
Alemanha publica versão "politicamente correta" da Bíblia
AURELIA END da France Presse, em Berlim
Jesus diz apenas o Pai, mas "Mãe nossa e pai nosso que estão no céu" e agora Ele "regressa" e não "ressuscita", segundo a nova versão "politicamente correta" da Bíblia que acaba de ser lançada na Alemanha e que concede à mulher um papel de mais destaque no texto sagrado. A "Bíblia em uma linguagem mais justa" (Bibel in gerechter Sprache, original em alemão), a mais recente e polêmica versão do texto sagrado publicado na Alemanha, busca valorizar a mulher, a cultura judia e melhorar as relações com as forças sociais. Nessa versão elaborada a partir do hebreu e do grego por 52 especialistas da Bíblia (apenas dez deles homens), em sua maioria protestantes, Jesus se dirige a seus "irmãos e irmãos" e interpela os "fariseus e fariséias". Ele já não é mais "o filho", mas o "menino de Deus". O nome de "Senhor", termo muito viril, é substituído por "Eterno" e, inclusive, "Eterna". No entanto, esta tradução menciona "o diabo", mas não faz referência a uma "diaba", conforme assinalou, em tom de ironia, o teólogo Jens Schroeter à revista "Der Spiegel". "Uma das grandes idéias da Bíblia é a justiça. Nossa tradução faz justiça às mulheres, aos judeus, aos desfavorecidos", afirmou Hanne Koehler, pastora e coordenadora do projeto que consumiu cinco anos de trabalho. O custo da nova versão, que chegou a 400 mil euros, foi financiado com doações. "Não se trata de afirmar que esta versão é melhor que a de Lutero", explicou Koehler, referindo-se aos protestantes alemães. Os opositores do projeto a reprovam por ter privilegiado a "correção política" ao invés da verdade histórica, e de tornar o texto inutilmente mais pesado. Os primeiros 20 mil exemplares desta obra de 2.400 páginas, apresentada em outubro na Feira do Livro de Frankfurt, se esgotaram em duas semanas. Uma nova tiragem está na gráfica, indicou a editora Guetersloh. O debate em torno do lançamento desta Bíblia feminista não é nada em comparação com a polêmica causada pela "Volxsbibel" (a Bíblia do Povo), do excêntrico "pastor independente" Martin Dreyer, publicada em dezembro de 2005. "Os jovem fazem muitas perguntas sobre Deus, e devem encontrar respostas na Bíblia. Mas para eles a Bíblia não passa de um livro velho e empoeirado, jogado na casa da avó", explicou o ex-estudante de teologia e educador, que trabalha num centro juvenil em Colônia (oeste). "Eu me perguntei que imagens Jesus utilizaria hoje em dia", acrescentou. O resultado? Jesus "regressa" ao invés de ressuscitar e multiplica os hambúrgueres no lugar dos pães. Na parábola do "filho pródigo", o herói da história dissipa sua herança em discotecas e depois acaba limpando banheiros do McDonald's. "Recebi centenas de e-mails de protestos. Uma verdadeira avalanche. Fui chamado de colaborador de Satanás... Mas também recebi cartas de incentivo", relatou Dreyer, 41, fundador do movimento cristão alternativo "Jesus' freaks" (Os loucos por Jesus). O livro, com uma tiragem de 5 mil exemplares, também se esgotou em poucos dias e sua segunda edição está atualmente em preparação. Também foi criado um foro na internet para permitir com quem deseja contribuir para o projeto. Nesse site, se encontram baixar mensagens litúrgicas que podem ser baixadas para os celulares. A "Volxbibel" é a tradução do Novo Testamento apenas, mas Dreyer se prepara agora para realizar a mesma tarefa com o Antigo Testamento. "Encontrei um grupo de hip hop e vamos transcrever os Salmos para que sejam interpretados em estilo rap", concluiu.
Fonte: folha online
Alemanha publica versão "politicamente correta" da Bíblia
AURELIA END da France Presse, em Berlim
Jesus diz apenas o Pai, mas "Mãe nossa e pai nosso que estão no céu" e agora Ele "regressa" e não "ressuscita", segundo a nova versão "politicamente correta" da Bíblia que acaba de ser lançada na Alemanha e que concede à mulher um papel de mais destaque no texto sagrado. A "Bíblia em uma linguagem mais justa" (Bibel in gerechter Sprache, original em alemão), a mais recente e polêmica versão do texto sagrado publicado na Alemanha, busca valorizar a mulher, a cultura judia e melhorar as relações com as forças sociais. Nessa versão elaborada a partir do hebreu e do grego por 52 especialistas da Bíblia (apenas dez deles homens), em sua maioria protestantes, Jesus se dirige a seus "irmãos e irmãos" e interpela os "fariseus e fariséias". Ele já não é mais "o filho", mas o "menino de Deus". O nome de "Senhor", termo muito viril, é substituído por "Eterno" e, inclusive, "Eterna". No entanto, esta tradução menciona "o diabo", mas não faz referência a uma "diaba", conforme assinalou, em tom de ironia, o teólogo Jens Schroeter à revista "Der Spiegel". "Uma das grandes idéias da Bíblia é a justiça. Nossa tradução faz justiça às mulheres, aos judeus, aos desfavorecidos", afirmou Hanne Koehler, pastora e coordenadora do projeto que consumiu cinco anos de trabalho. O custo da nova versão, que chegou a 400 mil euros, foi financiado com doações. "Não se trata de afirmar que esta versão é melhor que a de Lutero", explicou Koehler, referindo-se aos protestantes alemães. Os opositores do projeto a reprovam por ter privilegiado a "correção política" ao invés da verdade histórica, e de tornar o texto inutilmente mais pesado. Os primeiros 20 mil exemplares desta obra de 2.400 páginas, apresentada em outubro na Feira do Livro de Frankfurt, se esgotaram em duas semanas. Uma nova tiragem está na gráfica, indicou a editora Guetersloh. O debate em torno do lançamento desta Bíblia feminista não é nada em comparação com a polêmica causada pela "Volxsbibel" (a Bíblia do Povo), do excêntrico "pastor independente" Martin Dreyer, publicada em dezembro de 2005. "Os jovem fazem muitas perguntas sobre Deus, e devem encontrar respostas na Bíblia. Mas para eles a Bíblia não passa de um livro velho e empoeirado, jogado na casa da avó", explicou o ex-estudante de teologia e educador, que trabalha num centro juvenil em Colônia (oeste). "Eu me perguntei que imagens Jesus utilizaria hoje em dia", acrescentou. O resultado? Jesus "regressa" ao invés de ressuscitar e multiplica os hambúrgueres no lugar dos pães. Na parábola do "filho pródigo", o herói da história dissipa sua herança em discotecas e depois acaba limpando banheiros do McDonald's. "Recebi centenas de e-mails de protestos. Uma verdadeira avalanche. Fui chamado de colaborador de Satanás... Mas também recebi cartas de incentivo", relatou Dreyer, 41, fundador do movimento cristão alternativo "Jesus' freaks" (Os loucos por Jesus). O livro, com uma tiragem de 5 mil exemplares, também se esgotou em poucos dias e sua segunda edição está atualmente em preparação. Também foi criado um foro na internet para permitir com quem deseja contribuir para o projeto. Nesse site, se encontram baixar mensagens litúrgicas que podem ser baixadas para os celulares. A "Volxbibel" é a tradução do Novo Testamento apenas, mas Dreyer se prepara agora para realizar a mesma tarefa com o Antigo Testamento. "Encontrei um grupo de hip hop e vamos transcrever os Salmos para que sejam interpretados em estilo rap", concluiu.
Fonte: folha online
Curiosidades
07/11/2006
Privada que toca o hino nacional causa polêmica na Itália
CHRISTIAN FRASERda BBC Brasil, em Roma
Uma privada com uma descarga que funciona ao ritmo do hino nacional italiano foi confiscada pela polícia no norte da Itália, gerando um grande debate nacional sobre patriotismo.O vaso sanitário em questão era a criação de dois artistas locais e estava em exposição no Museu de Arte Moderna de Bolzano.Os promotores dizem que o hino Fratelli d’Italia é um símbolo nacional que deveria estar protegido e que nunca deveria ser alvo de ridicularização.Um julgamento sobre o caso deve ocorrer ainda nesta semana.Quem é dono do hino nacional? É anti-patriótico tocá-lo em um contexto no qual ele poderia ser ridicularizado? Estas são as questões em debate no tribunal de Bolzano.Valor patrióticoOs advogados de defesa do museu argumentam que, apesar de o hino ter um valor patriótico e sentimental, ele não é um símbolo nacional.A acusação, por outro lado, argumenta que o simbolismo de tocar o hino nacional ao ativar a descarga de uma privada é uma transgressão à nação.Eles apontam um decreto assinado neste ano pelo ex-premiê Silvio Berlusconi, que definiu o hino nacional como um símbolo e propriedade do Estado.Uma decisão sobre o caso poderá ser tomada nesta semana. Os italianos saberão então se esse é um precedente para o futuro ou se o caso desaparecerá tão rápido quanto uma descarga.
Fonte: folha online
Privada que toca o hino nacional causa polêmica na Itália
CHRISTIAN FRASERda BBC Brasil, em Roma
Uma privada com uma descarga que funciona ao ritmo do hino nacional italiano foi confiscada pela polícia no norte da Itália, gerando um grande debate nacional sobre patriotismo.O vaso sanitário em questão era a criação de dois artistas locais e estava em exposição no Museu de Arte Moderna de Bolzano.Os promotores dizem que o hino Fratelli d’Italia é um símbolo nacional que deveria estar protegido e que nunca deveria ser alvo de ridicularização.Um julgamento sobre o caso deve ocorrer ainda nesta semana.Quem é dono do hino nacional? É anti-patriótico tocá-lo em um contexto no qual ele poderia ser ridicularizado? Estas são as questões em debate no tribunal de Bolzano.Valor patrióticoOs advogados de defesa do museu argumentam que, apesar de o hino ter um valor patriótico e sentimental, ele não é um símbolo nacional.A acusação, por outro lado, argumenta que o simbolismo de tocar o hino nacional ao ativar a descarga de uma privada é uma transgressão à nação.Eles apontam um decreto assinado neste ano pelo ex-premiê Silvio Berlusconi, que definiu o hino nacional como um símbolo e propriedade do Estado.Uma decisão sobre o caso poderá ser tomada nesta semana. Os italianos saberão então se esse é um precedente para o futuro ou se o caso desaparecerá tão rápido quanto uma descarga.
Fonte: folha online
Curiosidades
10/11/2006
Britânico passa três meses escondido em casa de adolescente
Efe, em LondresUm homem que seduziu uma menina de 12 anos passou três meses escondido embaixo da cama da garota sem que seus pais, que viviam na mesma casa, percebessem, informou nesta sexta-feira o jornal britânico "The Times".Scott Jennings, 22 --que foi condenado a dois anos e três meses de prisão após se declarar culpado de três crimes de violação e um de abuso sexual-- conheceu a menina em um ônibus em novembro do ano passado.Jennings, que não tinha residência fixa, convenceu a adolecesnte a levá-lo para casa, onde a menina o fez entrar às escondidas. O homem transformou a parte de baixo da cama da garotaem um esconderijo, onde se escondia a cada vez que ouvia a mãe da menina se aproximava.A meina levava comida da casa para Jennings, a quem considerava seu "namorado secreto".Embora a menina tenha contado uma vez a história para a irmã de 10 anos, a presença de Jennings só foi descoberta com o desaparecimento da garota, em janeiro passado.Após ler uma nota deixada pela filha, que dizia que estava bem e pedia que os pais não se preocupassem, a mãe --que não sabia da existência do intruso-- chamou a polícia.Após a descoberta, a irmã caçula da menina confessou à polícia que sabia sobre Jennings. A polícia encontrou o homem e a menina em um local próximo a Manchester, no norte da Inglaterra).
Fonte:folha online
Britânico passa três meses escondido em casa de adolescente
Efe, em LondresUm homem que seduziu uma menina de 12 anos passou três meses escondido embaixo da cama da garota sem que seus pais, que viviam na mesma casa, percebessem, informou nesta sexta-feira o jornal britânico "The Times".Scott Jennings, 22 --que foi condenado a dois anos e três meses de prisão após se declarar culpado de três crimes de violação e um de abuso sexual-- conheceu a menina em um ônibus em novembro do ano passado.Jennings, que não tinha residência fixa, convenceu a adolecesnte a levá-lo para casa, onde a menina o fez entrar às escondidas. O homem transformou a parte de baixo da cama da garotaem um esconderijo, onde se escondia a cada vez que ouvia a mãe da menina se aproximava.A meina levava comida da casa para Jennings, a quem considerava seu "namorado secreto".Embora a menina tenha contado uma vez a história para a irmã de 10 anos, a presença de Jennings só foi descoberta com o desaparecimento da garota, em janeiro passado.Após ler uma nota deixada pela filha, que dizia que estava bem e pedia que os pais não se preocupassem, a mãe --que não sabia da existência do intruso-- chamou a polícia.Após a descoberta, a irmã caçula da menina confessou à polícia que sabia sobre Jennings. A polícia encontrou o homem e a menina em um local próximo a Manchester, no norte da Inglaterra).
Fonte:folha online
Curiosidades
10/11/2006
Livro revela patrimônio clandestino do tesouro francês
Ansa, em ParisExistiria um rombo de cerca 25 milhões de euros no assim chamado tesouro de guerra da DGSE (contra-espionagem francesa). O "patrimônio clandestino" teria o objetivo de garantir a continuidade de um Estado francês em exílio no caso de uma invasão da França ou de sua destruição por uma bomba atômica. É uma das revelações contidas no livro "Maquinações", com lançamento previsto para segunda-feira na França, do qual fala hoje o jornal "Le Parisien".O fundo, explica uma fonte, foi constituído "a partir das indenizações por danos à França pagos pela Alemanha após a Primeira Guerra Mundial". "Desde 1947 a existência deste patrimônio não foi ocultada dos dirigentes políticos franceses que se sucederam. Este tesouro clandestino não tem qualquer vínculo com o dinheiro depositado à parte, anualmente, proveniente do balanço do Estado".Ainda de acordo com o periódico francês, o tesouro não devia servir para financiar operações. Era uma espécie de reserva escondida para ser eventualmente dividida por um Estado clandestino após uma crise.O tesouro, segundo o "Le Parisien", era administrado por um punhado de agentes especiais "escolhidos a dedo" e que trocavam os números das contas bancárias clandestinas de boca-em-boca. É impossível saber oficialmente no que consiste este patrimônio, mas é provável que sejam créditos bancários espalhados discretamente por bancos do mundo inteiro, escreve o jornal francês.O suposto rombo de teria sido descoberto em 2002. "De fato foram feitos alguns investimentos sem as devidas precauções entre 1995 e 2000, o que levou aos extravios", confirma a DGSE ao jornal.Depois da descoberta do rombo, foram tomadas as medidas necessárias e se instituiu uma comissão específica, com um membro da Corte das Contas, afirmam fontes daquele jornal.
Fonte:folha online
Livro revela patrimônio clandestino do tesouro francês
Ansa, em ParisExistiria um rombo de cerca 25 milhões de euros no assim chamado tesouro de guerra da DGSE (contra-espionagem francesa). O "patrimônio clandestino" teria o objetivo de garantir a continuidade de um Estado francês em exílio no caso de uma invasão da França ou de sua destruição por uma bomba atômica. É uma das revelações contidas no livro "Maquinações", com lançamento previsto para segunda-feira na França, do qual fala hoje o jornal "Le Parisien".O fundo, explica uma fonte, foi constituído "a partir das indenizações por danos à França pagos pela Alemanha após a Primeira Guerra Mundial". "Desde 1947 a existência deste patrimônio não foi ocultada dos dirigentes políticos franceses que se sucederam. Este tesouro clandestino não tem qualquer vínculo com o dinheiro depositado à parte, anualmente, proveniente do balanço do Estado".Ainda de acordo com o periódico francês, o tesouro não devia servir para financiar operações. Era uma espécie de reserva escondida para ser eventualmente dividida por um Estado clandestino após uma crise.O tesouro, segundo o "Le Parisien", era administrado por um punhado de agentes especiais "escolhidos a dedo" e que trocavam os números das contas bancárias clandestinas de boca-em-boca. É impossível saber oficialmente no que consiste este patrimônio, mas é provável que sejam créditos bancários espalhados discretamente por bancos do mundo inteiro, escreve o jornal francês.O suposto rombo de teria sido descoberto em 2002. "De fato foram feitos alguns investimentos sem as devidas precauções entre 1995 e 2000, o que levou aos extravios", confirma a DGSE ao jornal.Depois da descoberta do rombo, foram tomadas as medidas necessárias e se instituiu uma comissão específica, com um membro da Corte das Contas, afirmam fontes daquele jornal.
Fonte:folha online
Agora pagamos até a claque lulista, Como se vê, rouba-se em tudo
Oposição cobra explicações do governo sobre uso do cartão corporativo
10/11/2006
GABRIELA GUERREIROda Folha Online, em Brasília
10/11/2006
GABRIELA GUERREIROda Folha Online, em Brasília
A oposição cobrou nesta sexta-feira explicações do governo federal sobre o uso de um cartão corporativo da Presidência da República para a compra de 280 "kits de lanches" --que teriam sido distribuídos a militantes petistas durante um comício do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Jacareí (SP), em setembro deste ano.O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) apresentou requerimento de informações à Mesa do Senado Federal pedindo explicações à ministra Dilma Roussef (Casa Civil) sobre o uso do cartão. A compra dos lanches, no valor de R$ 2.212, está sendo investigada pela Justiça Eleitoral de São Paulo."A quantia é irrisória, mas o problema é que ninguém dentro do governo diz que isso é proibido. Os cartões corporativos exprimem a mistura do público com o privado nesse governo", criticou Virgílio.O líder afirmou, no entanto, que o PSDB não está disposto a questionar a reeleição do presidente Lula se ficar comprovado que houve crime eleitoral na suposta distribuição de lanches para os militantes. "Eu não quero assumir nenhum caráter golpista, não tenho nenhuma intenção de questionar a diplomação do presidente Lula. Mas se a lei o alcançar, não serei cúmplice de ilegalidade", afirmou.CPI dos cartõesO líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que a oposição não descarta apresentar pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o uso dos cartões corporativos pela Presidência. "Se não tivermos as explicações necessárias, precisamos de uma CPI para abrir o cadáver [dos cartões corporativos] e dizer o que está sendo feito dele", enfatizou.Agripino acusa o governo de estar sonegando informações sobre o uso do cartão corporativo desde o início do governo. "Foram inúmeros pedidos de explicações, mas nada convincente. A oposição tem a obrigação de sugerir a CPI, já que esse fato novo comprova a reincidência do dolo", afirmou o líder.Outro ladoA Presidência da República confirma a aquisição dos lanches, mas nega irregularidades na distribuição dos kits. Segundo a Casa Civil, responsável pelos cartões corporativos, os lanches foram distribuídos para o pessoal de segurança e do apoio presidencial, de acordo com o que determina a legislação eleitoral.
Fonte: foha de sao paulo
Fonte: foha de sao paulo
domingo, novembro 05, 2006
Chinês empresario amigo de Lulalau$$$$
"Este país, está cansado de ser terceiro mundo" Lulalau$$$
Curiosidades
Bebê de três meses é acusado de assaltar ônibus
A polícia indiana indiciou um bebê de três meses como primeiro suspeito de ter assaltado um motorista de ônibus e roubado o dinheiro das passagens.
Parveen Kumar foi listado junto com seu pai como suspeitos em uma acusação inicial, informou na sexta-feira a polícia do Estado indiano de Bihar.
O bebê foi acusado de roubo, extorsão e assalto, segundo o superintendente da polícia, Rattan Sajai.
Apesar de o roubo no remoto vilarejo de Muzzafarpur ter ocorrido em 19 de setembro, o fato de o primeiro suspeito ter sido uma criança só veio à tona recentemente, quando a polícia lançou sua investigação sobre o caso.
Em sua defesa, os policiais culparam o motorista do ônibus, que teria dito aos oficiais que o bebê era o mandante do crime. Ele teria culpado a criança por causa de problemas pessoais com o pai do bebê.
Desde que o caso foi descoberto, as acusações contra o menino foram anuladas.
AP
O motorista votou em lula
Carteira é atacada e mordida por esquilo
A carteira Barb Dougherty, 30 anos, afirmou que foi atacada e mordida por um esquilo enquanto entregava cartas na cidade de Oil City, ao norte de Pittsburgh, nos Estados Unidos.
"Foi traumático", disse Barba. "Eu vi o animal na varanda, entreguei a correspondência e me virei para ir embora, quando o esquilo pulou em mim", segundo o jornal The Derrick.
"Eu, eventualmente, consegui puxá-lo pelo rabo e tirá-lo de mim". "Ninguém estava na casa em que eu estava entregando as cartas, mas uma vizinha ouviu meus gritos e veio ajudar".
Uma ambulância levou a carteira ao hospital, onde foi tratada pelos cortes e arranhões. O esquilo foi morto.
"Em 230 anos da história dos serviços postais, eu aposto que não seria a primeira vez, mas eu, pessoalmente, nunca ouvi outra história sobre o ataque de um esquilo", disse Steve Kochersperger, porta-voz da polícia.
Essa Carteira também votou em lula
Homem "viciado" em velório já viu mais de 5 mil
Um homem "viciado" em velórios afirma que já foi a cinco mil cerimônias em cemitérios. Luís Roberto Squarisi, 42 anos, morador de Batatais, no interior de São Paulo, diz que freqüenta velórios há mais de 20 anos.
O trabalhador autônomo conta que começou a se interessar por isso em 1983, ano em que seu pai faleceu, segundo a EPTV.
No Velório São Vicente, único de Batatais, Squarisi é presença certa se alguém morrer. É um freqüentador tão assíduo, que já ficou amigo até de todos os agentes funerários e do dono do bar do velório.
Squarisi tem o ritual diário de, logo cedo, ligar o rádio para saber quem morreu. Está sempre à espera de alguma notícia de falecimento. Caso não consiga a informação pelo rádio, começa a ligar para o Velório e para as funerárias.
O "viciado" em velórios já escolheu aonde quer ser velado: o campo do time Batatais Futebol Clube.
Esse com certeza se aqui votasse, votaria em lula
Encontro dos Jones quer bater recorde de homônimos
Cerca de 1,6 mil pessoas com o sobrenome Jones são esperadas nesta sexta-feira em Cardiff, no País de Gales, num evento que tem como objetivo bater o recorde de homônimos reunidos num só lugar.
Aguardada no evento, a cantora Grace Jones deverá fazer uma apresentação acompanhada de artistas de sobrenome Jones que se apresentam em teatros e óperas de Londres.
O recorde atual foi estabelecido na Suécia dois anos atrás, com a reunião de 583 pessoas com o sobrenome Norberg.
"Nós esperamos relegar os Norbergs à história dos recordes mundiais", disse o organizador do evento, Dylan Hughes.
"Filho de John"Cerca de 13,5% da população do País de Gales têm o sobrenome Jones, o mais comum em Gales. Com origem no termo "o filho de John", Jones também é freqüente nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
"No século 18 muitas pessoas eram chamadas John e qualquer pessoa cujo pai se chamava John virava Jones. A relação entre eles é, portanto, a mesma que existe entre, digamos, o filho de John Major (ex-primeiro-ministro britânico) e o filho de John Travolta", explica Steve Jones, professor de genética da Universidade de Londres.
Em gerações anteriores, Jones era tão ubíquo em pequenas comunidades que as pessoas usavam as profissões para distingui-los. Eram comuns portanto, designações como "Jones, o padeiro" ou "Jones, o açougueiro".
Segundo o organizador Dylan Hughes, "Jones" de vários países, inclusive da Austrália, viajaram ao País de Gales para participar do evento.
Para assegurar que apenas Jones vão participar do evento, os organizadores vão exigir que as pessoas apresentem identificação na entrada e a representantes do Livro Guiness de Recordes.
Não se iluda. Todos os Jones também votam em lula.
Fonte: notiias.terra.com.br
A polícia indiana indiciou um bebê de três meses como primeiro suspeito de ter assaltado um motorista de ônibus e roubado o dinheiro das passagens.
Parveen Kumar foi listado junto com seu pai como suspeitos em uma acusação inicial, informou na sexta-feira a polícia do Estado indiano de Bihar.
O bebê foi acusado de roubo, extorsão e assalto, segundo o superintendente da polícia, Rattan Sajai.
Apesar de o roubo no remoto vilarejo de Muzzafarpur ter ocorrido em 19 de setembro, o fato de o primeiro suspeito ter sido uma criança só veio à tona recentemente, quando a polícia lançou sua investigação sobre o caso.
Em sua defesa, os policiais culparam o motorista do ônibus, que teria dito aos oficiais que o bebê era o mandante do crime. Ele teria culpado a criança por causa de problemas pessoais com o pai do bebê.
Desde que o caso foi descoberto, as acusações contra o menino foram anuladas.
AP
O motorista votou em lula
Carteira é atacada e mordida por esquilo
A carteira Barb Dougherty, 30 anos, afirmou que foi atacada e mordida por um esquilo enquanto entregava cartas na cidade de Oil City, ao norte de Pittsburgh, nos Estados Unidos.
"Foi traumático", disse Barba. "Eu vi o animal na varanda, entreguei a correspondência e me virei para ir embora, quando o esquilo pulou em mim", segundo o jornal The Derrick.
"Eu, eventualmente, consegui puxá-lo pelo rabo e tirá-lo de mim". "Ninguém estava na casa em que eu estava entregando as cartas, mas uma vizinha ouviu meus gritos e veio ajudar".
Uma ambulância levou a carteira ao hospital, onde foi tratada pelos cortes e arranhões. O esquilo foi morto.
"Em 230 anos da história dos serviços postais, eu aposto que não seria a primeira vez, mas eu, pessoalmente, nunca ouvi outra história sobre o ataque de um esquilo", disse Steve Kochersperger, porta-voz da polícia.
Essa Carteira também votou em lula
Homem "viciado" em velório já viu mais de 5 mil
Um homem "viciado" em velórios afirma que já foi a cinco mil cerimônias em cemitérios. Luís Roberto Squarisi, 42 anos, morador de Batatais, no interior de São Paulo, diz que freqüenta velórios há mais de 20 anos.
O trabalhador autônomo conta que começou a se interessar por isso em 1983, ano em que seu pai faleceu, segundo a EPTV.
No Velório São Vicente, único de Batatais, Squarisi é presença certa se alguém morrer. É um freqüentador tão assíduo, que já ficou amigo até de todos os agentes funerários e do dono do bar do velório.
Squarisi tem o ritual diário de, logo cedo, ligar o rádio para saber quem morreu. Está sempre à espera de alguma notícia de falecimento. Caso não consiga a informação pelo rádio, começa a ligar para o Velório e para as funerárias.
O "viciado" em velórios já escolheu aonde quer ser velado: o campo do time Batatais Futebol Clube.
Esse com certeza se aqui votasse, votaria em lula
Encontro dos Jones quer bater recorde de homônimos
Cerca de 1,6 mil pessoas com o sobrenome Jones são esperadas nesta sexta-feira em Cardiff, no País de Gales, num evento que tem como objetivo bater o recorde de homônimos reunidos num só lugar.
Aguardada no evento, a cantora Grace Jones deverá fazer uma apresentação acompanhada de artistas de sobrenome Jones que se apresentam em teatros e óperas de Londres.
O recorde atual foi estabelecido na Suécia dois anos atrás, com a reunião de 583 pessoas com o sobrenome Norberg.
"Nós esperamos relegar os Norbergs à história dos recordes mundiais", disse o organizador do evento, Dylan Hughes.
"Filho de John"Cerca de 13,5% da população do País de Gales têm o sobrenome Jones, o mais comum em Gales. Com origem no termo "o filho de John", Jones também é freqüente nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
"No século 18 muitas pessoas eram chamadas John e qualquer pessoa cujo pai se chamava John virava Jones. A relação entre eles é, portanto, a mesma que existe entre, digamos, o filho de John Major (ex-primeiro-ministro britânico) e o filho de John Travolta", explica Steve Jones, professor de genética da Universidade de Londres.
Em gerações anteriores, Jones era tão ubíquo em pequenas comunidades que as pessoas usavam as profissões para distingui-los. Eram comuns portanto, designações como "Jones, o padeiro" ou "Jones, o açougueiro".
Segundo o organizador Dylan Hughes, "Jones" de vários países, inclusive da Austrália, viajaram ao País de Gales para participar do evento.
Para assegurar que apenas Jones vão participar do evento, os organizadores vão exigir que as pessoas apresentem identificação na entrada e a representantes do Livro Guiness de Recordes.
Não se iluda. Todos os Jones também votam em lula.
Fonte: notiias.terra.com.br
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