Lula caminhava pelos meandros do seu mandato, pisando nos indicadores econômicos distraído, quando uma crise lhe caiu sobre a cabeça.
Era um meteoro que veio dos EUA. Deu-se uma explosão de verdades que estavam adormecidas.
A habilidade de Lula de lidar com a crise depende da capacidade do governo Lula de lidar com as suas próprias verdades.
Por ora, Lula agarra-se a uma verdade própria, peculiar, cor-de-rosa. Nesta segunda (8), o presidente voltou a prever um Natal fantástico.
Talvez o melhor dos seus seis anos de mandato. "Porque a economia está crescendo, tem uma crise que se apresenta pela frente, que nós saberemos cuidar dessa crise..."
"...Para não causar prejuízos, vamos fortalecer o mercado interno e vamos fazer com que a indústria nacional seja fortalecida".
Lula falou para uma platéia de militares. Participava de de confraternização de final de ano. Atribuiu o frêmito que uiva sobre a economia brasileira a um pânico injustificado.
"Tem uma crise verdadeira, mas também um pouco de pânico, aquela crise em que as pessoas, mesmo tendo recursos, não querem comprar, porque ouviram dizer que tem uma crise".
Contra o pânico, Lula recorre à quiromancia. Diz que a crise será "coisa do passado" já em 2010, ano da sucessão presidenmcial.
Vá lá que Lula atue como animador de auditório. É parte da função de um presidente tentar injetar ânimo na alma nacional.
Mas quando a marquetagem é muita, costuma voltar-se contra o mercador de ilusões.
Fonte: Blog do Josias do Josias de Souza ( Folha online)
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