quinta-feira, dezembro 11, 2008

A escolha de uma profissão II

Charles Darwin
O Jovem Charles não sabia o que fazer na vida
Por falta de opção, acabou cedendo à pressão do pai, que era médico, e matriculou-se no curso de medicina em Edimburgo. Não funcionou. Largou a faculdade sem obter o diploma e seguiu para a Universidade de Cambridge, onde pretendia preparar-se para uma Carreira no clero da Igreja Anglicana. Seu desempenho acadêmico, porém, foi medíocre. Pior: a meio caminho do curso, perdeu a fé. Formado e sem rumo, Charles decidiu aceitar um posto de naturalista a bordo de um navio que passaria cinco anos navegando pelos mares do Atlântico Sul. O pai, contudo, era ferozmente contra a aventura -- "ocupação inútil", chegou a declarar --, e foi apenas graças ao apoio providencial de um tio que ele conseguiu viajar. O espetaculo da natureza sul-americana deu-lhe o que pensar. Assim Darwin se fez.

Os principais fatos da careira estudantil de Darwin e a viagem à América do sulforam analisados por Robert Wright, à luz da psicologia evolucionária, em Moral Animal, pp.19-32; ver também Richard Keines,"The Darwin and Cambridge". Relembrando a relação do pai médico, Darwin (a essa altura mundialmente consagrado) relatou: 'Você não se importa com nada a não ser com cães, tiros de espingarda e caçar ratos -- Você será uma desgraça para você e sua familia"' ("Recollections", p.10). Sobre o papel do Tio (e futuro sogro), Josiah Wedgood II, que, além de aplacar a oposição paterna, tornou a aventura possível, Darwin refletiu: "A viagem do Beagle foi de longe o acontecimento mais importante da minha vida e marcou toda a minha carreira; não obstante, ela dependeu de algo tão trivial como a circunstância de o meu tio se prontificar a me oferecer transporte até Shrewsbury, distante trinta milhas, o que poucos tios fariam"(Recollections", p.42).
Fonte: Politica- Aime Quotidien

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