terça-feira, dezembro 23, 2008

2008 em frases IV

Janeiro
- "Estou limpo. Esse processo já é coisa do passado. Vou trabalhar com gastronomia, que é o que eu gosto." (Silvinho Pereira, ex-secretário-geral do PT, depois de fechar acordo judicial para sair do banco de réus do mensalão em troca de serviços comunitários).
- "Rezem para mim. O negócio está feio. Estou saindo satisfeito porque sou assim mesmo, mas que a coisa é preta, é." (Vice- presidente José Alencar, na saída do hospital Sírio-Libanês, depois de sessões de quimioterapia contra o câncer).
Fevereiro
- "Não me despeço de vocês. Desejo combater como soldado das idéias. Continuarei escrevendo sob o título 'Reflexões do companheiro Fidel'. Será uma arma a mais em nosso arsenal". (Fidel Castro, descendo à tumba, imaginando-se ainda detentor de um 'arsenal' de idéias aproveitáveis).
- "Me parece que o uso do cartão corporativo se transformou numa espécie de mensalinho para alguns privilegiados do governo." (José Agripino Maia, líder do DEM).
- "Não tem com que se preocupar. As roupas da Ruth, era eu mesmo quem pagava." (FHC, ao comentar a CPI que investigaria gastos com cartões corporativos).
- "Para nós, quanto menor a transparência, maior é o grau de segurança." (General Jorge Felix, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, sobre a conveniência de manter à sombra as faturas dos cartões do Planalto).
- "Transparência, no governo Lula, é como lingerie de bordel: o que revela é sempre um escândalo." (Roberto Jefferson, presidente do PTB).
- "Um homem negro não ficaria muito tempo na posição de presidente dos Estados Unidos. Provavelmente o matariam." (Doris Lessing, escritora britânica, Nobel de Literatura, referindo-se ao então pré-candidato democrata Barack Obama).
Março
- "Nossa economia é resistente e, a longo prazo, confio que continuará crescendo, porque seus fundamentos são sólidos". (George Bush, risonho, discorrendo sobre o futuro no instante em que a crise engolia o presente. O dos EUA e o do resto do mundo).
- "Sabemos que estamos em forte desaceleração." (Henry Paulson, secretário do Tesouro dos EUA, em locução premonitória).
- "Essa crise é trinta vezes mais forte do que a da Malásia, porque é na maior economia do mundo (...). E até agora não aconteceu nada com nosso querido Brasil." (Lula, numa versão preliminar do presidente-marolinha).
- "Senhor ministro da Defesa, mova dez batalhões até a fronteira com a Colômbia, de imediato, batalhões de tanques. Eles que não pensem em fazer o mesmo aqui, porque seria muito grave, seria motivo de guerra." (Hugo Chávez, em meio à crise provocada pelo ataque do Exército colombiano a guerrilheiros das Farc, em solo equatoriano).
- "Hugo Chávez tem mais peso na língua do que nos fatos." (Alfonso Gómez Méndez, líder do Partido Liberal da Colômbia, de oposição a Uribe).
- "Do ponto de vista prático, a Colômbia poderia ter pedido ao Equador que fizesse a prisão [de Raul Reyes, das Farc, morto na operação]. Mas isso não aconteceu." (Lula).
- "Já se escutam com força as trombetas da guerra." (Fidel Castro, como que desejoso de ver o circo pegar fogo na América Latina).
- "Se eu vier a me candidatar à Presidência da República, minha candidatura não será anti-Lula, mas pós-lula." (Aécio Neves, governador de Minas e presidenciável do PSDB).
- "Há uma patrulha ideológica que tenta implodir pontes para o diálogo entre o PT e o PSDB, mas, nem que fosse uma pinguela, eu iria ajudar a construir." (Aloizio Mercadante, um dos poucos petistas que se animaram a defender a aliança do PT com Aécio, em Minas).
- "Não há uma pessoa humana embrionária. Mas embrião de pessoa humana." (Ministro Carlos Ayres Britto, do STF, ao justificar o voto favorável à liberação das pesquisas com células-tronco).
- "Seria tão bom se o Poder Judiciário metesse o nariz apenas nas coisas deles, o Legislativo apenas nas coisas deles e o Executivo apenas nas coisas deles. Nós iríamos criar a harmonia estabelecida na Constituição." (Lula, irritado com o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que enxergara propósitos eleitoreiros no programa Territórios da Cidadania).
- "O que eu disse, repito: no ano eleitoral não podemos ter incremento, alargamento de programas sociais. O programa pode ser elogiável, mas tem época em que não deve ser implantado. As regras jurídicas não são de fachada. Paga-se um preço por viver em uma democracia." (Marco Aurélio Mello, dando de ombros para a irritação de Lula).
- "Nós estamos em estol. Nessa velocidade, qualquer coisa que sair errada te leva para o chão." (Alan Greenspan, ex-presidente do Fed, valendo-se de uma analogia aeronáutica -"perda total da sustentação"- para fazer soar os tambores da crise americana).
Abril
- "A Dilma é uma espécie de mãe do PAC". (Lula, num pa©mício no Rio, exibindo a munição da candidata à sua sucessão).
- "Vim para mostrar o aumento do PIB e para botar o PIB na mesa." (Guido Mantega, posando de macho em encontro com economistas de agências de avaliação do risco-país, nos EUA).
- "Eu queria desejar e dirigir um especial cumprimento às mulheres aqui da frente que hoje animam, sem dúvida, este comício." (Dilma Rousseff, a dodói de Lula, trocando as bolas em cerimônia oficial do PAC, em Belo Horizonte).
- "Estou com a gripe Dilma Rousseff. Exige um dossiê de remédios." (Rita Lee, durante um show).
- "Se não fiz dossiês em 2005, na época em que precisava fazer enfrentamentos, por que os faria agora? A quem pode interessar isso agora?" (Lula, tirando o corpo fora da nova trapalhada de seus aloprados).
- "O Lula deseja fazer seu sucessor. Mas eu digo que, se você perguntar aos brasileiros, o que os brasileiros desejam é que Lula fique mais tempo no poder." (O vice José Alencar, num ataque de febre continuísta).
Fonte: blog do josias de suza(folha online)

Nenhum comentário: