sábado, junho 03, 2006

Causos da Política

Vox populi
O vôo 1714 da Gol de quinta (2), de Brasília, chegou a Salvador uma hora atrasado, irritando passageiros como o deputado afrodescendente Reginaldo Germano (PP-BA), enrolado na máfia sanguessuga que fraudou a compra de ambulâncias. No desembarque, alguém pulou à frente do deputado e gritou: “Morcegão!” Ouviram-se gargalhadas, enquanto o baiano provocador ainda desafiava o deputado a mostrar sua indignação no braço.

Solução política
Magalhães Barata era interventor no governo do Pará, nos anos 40, quando mandou seu secretário de Educação, João Renato Franco, nomear professora a filha de um aliado político. Tempos depois, Franco voltou para recomendar a demissão da moça. Barata recusou prontamente.- Mas ela é analfabeta, governador... – insistiu Franco.- Nada de demissão. Aposente a moça.

Como Falconi
O ex-presidente do Tribunal de Justiça do Rio Marcus Faver acha que o Brasil precisa mostrar que não é o País da corrupção, mas de gente honesta. Inspira-se na conversa que teve certa vez com o juiz italiano Giovanni Falconi, que resolveu livrar seu país da máfia. Ameaçada, a família Falconi vivia em uma bunker. “Vale a pena?”, perguntou-lhe Faver.- Vale – respondeu – Preciso mostrar ao mundo que a Itália não é a máfia.

O nome é parafuso
Em Betim (MG), durante a campanha presidencial de 1994, Enéas Carneiro chegou ao restaurante Magalhães e foi logo mandando desligar o som. Precisava “pensar”. Foi prontamente atendido, mas ainda foi descortês com um garçom. Servida a comida, o dono do restaurante viu que Enéas agitava a cabeça com força, ao ritmo da faca, e se vingou, gritando para o garçom:- Sai um parafuso!

O dono do funil
Miguel Arraes era governador de Pernambuco e certa vez prometeu ajudar os produtores de frango do Estado a importar milho argentino, 25% mais barato. Os avicultores se animaram e fizeram outro pedido: privatizar a empresa pública que importava e armazenava o produto. Arraes descartou: - Eu ajudo vocês, mas sem privatizar a distribuição, porque a boca do funil eu não dou a ninguém...

Dias de esperteza
Um debate na tevê reunia os candidatos a governador do Paraná, em 1994, quando Jaime Lerner exortou: “Chega de dias medíocres, chega de dias sem esperança!” O adversário Álvaro Dias pediu direito de resposta: “Fui citado!” Seguiu-se uma discussão acalorada até que o mediador negou o pedido. Mais adiante, o candidato do Prona, Jaime Kreusch, prometeu: “Dias melhores virão!” Álvaro Dias, é claro, gritou: “Muito obrigado!”

Fonte:www.claudiohumberto.com.br

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