domingo, junho 18, 2006

Vassoura de Bruxa

PRAGA AGRÍCOLA FOI SABOTAGEM DO PT, SEGUNDO MILITANTE

OBJETIVO ERA MINAR O PODER POLÍTICO E ECONÔMICO DOS BARÕES DO CACAU
Uma das pragas mais devastadoras que já atingiram o Brasil pode ter tido origem em ato de sabotagem, e não sido conseqüência de fenômeno natural. A revista VEJA aponta em reportagem que a praga avassaladora conhecida como VASSOURA-DE-BRUXA (crinipellis pernicosa) que arrasou as plantações de cacau no sul da Bahia, em 1989, foi resultado de ação de integrantes do Partido dos Trabalhadores, o PT.

O diretor-geral da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - Ceplac, Gustavo Moura, defendeu ontem a idéia de que Luiz Henrique Franco Timóteo, que admitiu ter espalhado a praga em entrevista à revista VEJA, seja investigado pela Polícia Federal e responsabilizado pelas sabotagens às lavouras de Cacau na Bahia.

Franco Timóteo confessou ter organizado ações para espalhar a praga nas lavouras cacaueiras no sul da Bahia com o objetivo de atingir o poder econômico e político dos barões do cacau. Timóteo acusou pessoas do PT de terem ajudado na disseminação do fungo da vassoura-de-bruxa. "Um indivíduo que assume isso está assumindo uma ação criminosa e deve ser responsabilizado", acrescentou o diretor da Ceplac.

Franco Timóteo contou que trouxe os ramos infectados com a vassoura-de-bruxa do Norte do País, onde a praga é endêmica. A primeira fazenda escolhida para a distribuição da praga nas plantações, segundo ele, chamava-se Conjunto Santana, em Uruçuca, de Francisco Lima Filho, então presidente local da União Democrática Ruralista, a UDR, e partidário da candidatura presidencial, Ronaldo Caiado. A operação criminosa, chamada pelo grupo de "Cruzeiro do Sul", estendeu-se entre 1989 e 1992.

Daí para a frente, segundo Franco Timóteo, os focos de praga se propagaram espontânea e rapidamente. O auge da praga ocorreu no fim da década de 90, quando a safra brasileira de cacau, afetada pela vassoura-de-bruxa na Bahia, passou por drástica redução, de 406 mil toneladas ao ano entre 1984 e 1985 para 123 mil toneladas entre 1999 e 2000.

Pelos dados do Ceplac, o Brasil, que era o segundo maior produtor de cacau do mundo, com média de 350 mil toneladas por ano, importa hoje cerca de 70 mil toneladas para completar a produção interna de apenas 130 mil toneladas.
Entre as ações desenvolvidas para o controle da praga na época, em setembro de 2000 o Fundo Baiano de Defesa da Cacauicultura - Fundecal, anunciou investimento de R$1,3 milhão no projeto de pesquisa de mapeamento do DNA da praga. Em 2001, o governo liberou aos cacauicultores recursos de R$200 milhões para a renovação de lavouras de cacau em uma área de 150 mil hectares atingida pela praga. Com a economia rural da região dizimada, em abril de 2001 o projeto genoma brasileiro passou a estudar o fungo da vassoura-de-bruxa cacaueira. Os sinais de resistência à praga foram obtidos após a primeira safra de cacau modificado, em agosto de 2001.

Fonte. minuto politico.blogspot.com

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