domingo, fevereiro 15, 2009

Venezuela diz nas urnas se topa um Chavez ‘eterno’


Em novo encontro com as urnas –o 15º em dez anos de Hugo Chávez—os venezuelanos vão tomar uma decisão capital.
Dirão, em referendo, se autorizam ou não o presidente da República a concorrer a tantas reeleições quantas desejar.
O atual mandato de Chávez termina em 2013. O companheiro já disse que, obtendo a reeleição eterna, planeja governar até 2030.
Portanto, o “referendo” deste domingo (15) é crucial tanto para o futuro de Chávez quanto para a oposição.
À oposição faltam nomes e um itinerário nítido. A viagem proposta por Chávez leva ao desfiladeiro do Socialismo do Século 21.
Mas, em essência, o que o atual presidente da Venezuela deseja mesmo é permanecer no volante. Vende a idéia do motorista único.
A democracia bolivariana da Venezuela é constituída de quatro poderes: Chávez, o Legislativo de Chávez, o Judiciário de Chávez e o petróleo.
Com a cotação do óleo ao rés do chão, Chávez dirige um Estado que, submetido à sua vontade imperial, não consegue produzir o essencial: comida.
Nada menos que 70% dos alimentos que vão à mesa dos venezuelanos são importados. Boa parte do Brasil.
A exemplo do que ocorrera em pleitos anteriores, a Venezuela vê-se, às vésperas do referendo, em meio a uma crise de desabastecimento.
Sumiram das gôndolas produtos tão essenciais quanto arroz, feijão, açúcar e até –espanto!, pasmo!!, estupefação!!!— o papel higiênico.
Coisa urdida pelo baronato anti-Chávez, para reforçar na cabeça do eleitor a fragilidade de uma "revolução" que, plena de ideologia, não chegou à geladeira.
PS.: Ilustração via blog do Baptistão.

Fonte: Blog do Josias de Souza ( folha online)

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