terça-feira, fevereiro 03, 2009

Popularidade de Lula cresce junto com a crise: 84%

No Brasil de hoje, ou o sujeito faz oposição a Lula ou é inteligente.
Depois de seis anos no poder, Lula tem um sucesso de refrigerante.
Difícil saber se o humano é uma dimensão que existe em Lula.
Seria tolice incluir o nome de Lula entre “os dez mais populares”.
A multidão aos seus pés gritaria, lambendo-lhe os sapatos: “Injustiça!”
Aos olhos da grossa maioria, Lula é, sozinho, “os dez mais”.
Igualá-lo a outros nove soaria a heresia, iniqüidade hedionda.
Só duas coisas parecem crescer no Brasil: a crise e a popularidade de Lula.
De acordo com o instituto Sensus, Lula é aprovado por 84% dos brasileiros.
Só 12% miram Lula com olhos de desaprovação.
Outros 3,9% não quiseram responder. Decerto não acreditam em Deus.
Nunca na história da série Sensus, inicida em 98, alguém cravara semelhante índice.
O Lula de 2009, com o desgaste de seis anos, já ultrapassou o Lula de 2003.
A popularidade do Lula inaugural, presidente novinho em folha, batera em 83,6%.
Lula é mais bem avaliado do que o governo Lula, cuja aprovação é de notáveis 72,5%.
O desempenho de Lula desafia a moderna sociologia. E deixa perplexa a oposição.
Diz a lógica que, assediado pela crise, o prestígio de Lula tende a declinar.
A essa altura, porém, talvez convenha render homenagens à ilógica.
O estilo de Lula parece pulsar no ritmo do coração da massa.
“Marolinha”, “sifu”... Lula fala na sublíngua do povo.
Ele traz na boca a palavra suada de rua, suda de cotidiano.
Há crise? Culpa dos EUA. Há demissões? Os empresários são medrosos.
O noticiário é ácido? Pouco se me dá. Não leio. Tenho azia.
Nesse ritmo, não resta à oposição senão sentar no meio-fio e chorar lágrimas de esguicho.
Fonte: Blog do Josias de Souza (folha online)

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