Ao chegar ao Brasil, no final de 2008, a crise global secou o crédito bancário.
Depois, a crise engoliu o cronograma de investimentos das empresas.
Agora, em seu efeito mais doloroso, a crise mastiga a folha de pagamento.
O veneno começa a aparecer no caldeirão estatístico do IBGE.
Pesquisa realizada nas seis maiores regiões metropolitanas do país constatou:
1. Entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, a taxa de desemprego saltou de 6,8% para 8,2%;
2. A diferença de um mês para o outro –1,4 ponto percentual— é a mais alta desde 2002, quando o levantamento do IBGE começou a ser feito.
Janeiros costumam ser amargos. No primeiro mês de cada ano, vão à rua os empregados temporários admitidos no final do ano anterior.
Esse janeiro de 2009, porém, foi “atípico e mais cruel”, disse Cimar Azeredo, coordenador da pesquisa do IBGE.
"É um janeiro diferente, com muitas dispensas na construção, além do que geralmente é observado no comércio...”
“...Não há dúvidas que existe um cenário econômico que alterou o mercado de trabalho".
Reunido com ministros de áreas sociais, Lula acusou o golpe. Queixou-se da má notícia da véspera: a decisão da Embraer de demitir 4 mil trabalhadores.
Um detalhe tonificou a irritação de Lula: a fábrica de aviões é freguesa de caderneta do BNDES. O que faz do governo uma espécie de sócio das demissões.
Josias de Souza
Fonte: blog do Josias de Souza
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