segunda-feira, dezembro 18, 2006
O futuro mora na Chíndia, paraíso de prosperidade
Para certos guias turísticos, Chiníndia é um lugar na Romênia onde Vlad Tepes (na imagem), monarca sanguinário do Século 13, que inspirou o personagem ficcional Drácula, testemunhava a morte de suas vítimas. No universo financeiro, Chíndia é uma terra imaginária, onde as economias de China e Índia se fundem, produzindo prosperidade em nível jamais visto.
As relações entre China e Índia, as duas economias que mais crescem no mundo, são feitas de mordidas e assopros. De uns tempos para cá, a dupla engatou um namoro promissor. Há quem enxergue na aproximação um caminho sem volta. Mas há também os que destilam dúvidas quanto às chances de êxito da parceria.
Seja como for, convém prestar atenção ao balé dos dois gigantes. Pequim e Delhi elegeram 2006 como o “ano da amizade sino-indiana.” Armam-se programas de cooperação que parecem rumar para a Chíndia. As duas caras metades se completam. China é bamba em manufaturas e infra-estrutura. A Índia, em serviços. A China lidera o mercado de hardware. A Índia, o de software. E por aí vai...
Em 1974, o economista Edmar Bacha, um dos pais do Real, cunhara o neologismo Belíndia. Tornou-se sinônimo do flagelo da distribuição de renda no Brasil, um país coabitado por uma pequena Bélgica rica e uma gigantesca Índia paupérrima. Decorridas três décadas, a combinação de Bacha perdeu o sentido. Os dois brasis não desapareceram, embora tenha havido um tênue encurtamento da distância que separa um do outro. Mas a Índia já não é a melhor referência de pobreza. Hoje, o Brasil miserável assemelha-se mais a países como Gana.
Fonte: blog josias de souza
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