terça-feira, agosto 30, 2011
Guerrilha do Araguaia
Vitor Amorim de Angelo*
Durante a ditadura militar, vários partidos e organizações de esquerda optaram pelo caminho da luta armada. Tanto nas cidades como no campo, essa "oposição armada" ao regime marcou profundamente a história política recente do Brasil. No caso dos conflitos rurais, o mais importante - e até hoje mais controverso - foi a chamada Guerrilha do Araguaia.
Ocorrida no início da década de 1970, a guerrilha levou este nome por ter sido travada em localidades próximas ao rio Araguaia, na divisa entre os atuais estados do Pará, Maranhão e Tocantins (na época, pertencente ao Estado de Goiás). A guerrilha foi organizada pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B), que, desde meados dos anos 1960, já mantinha militantes na região do conflito.
O objetivo do PC do B era angariar apoio da população local para, a partir do campo, enfrentar a ditadura, derrubá-la, tomar o Estado e fazer a revolução. Antes de definir-se pela luta armada, o partido apostou na estratégia de construção de uma frente ampla democrática contra a ditadura. Essa linha política, entretanto, não eliminou a opção armada.Com a decretação do AI-5, no final de 1968, e o endurecimento do regime militar, o PC do B abandonou definitivamente a luta democrática em favor do enfrentamento armado. O mesmo caminho foi feito por outros partidos e organizações, que, nas cidades, deram início a uma onda de atentados e expropriações. O PC do B, ao contrário, praticamente não se envolveu em ações urbanas. Isso, de certa forma, preservou-lhe da perseguição da ditadura, garantindo melhores condições para estruturar a guerrilha no campo.
A organização da guerrilha
Embora, até então, as ações armadas mais espetaculares tivessem ocorrido nas cidades, parte da esquerda revolucionária acreditava que a guerrilha rural também era um passo decisivo rumo à revolução. No plano internacional, não faltavam as referências vitoriosas na China, em 1949, com Mao Tsé-Tung, e em Cuba, uma década depois, com Fidel Castro e Che Guevara.
Com uma estratégia que mesclava as experiências chinesa e cubana, o PC do B acreditava que a deflagração da guerrilha representaria uma inflexão na oposição à ditadura. Tanto é assim que, no começo de 1972, em meio ao endurecimento do regime e à crescente perseguição nas cidades, o partido enviou para a região do Araguaia boa parte dos membros do seu Comitê Central.
Para a estruturação da guerrilha, foi criado uma Comissão Militar, à qual competia coordenar três agrupamentos menores, formados por 21 militantes - cada um com seu respectivo comandante. Os agrupamentos, por sua vez, subdividiam-se em três destacamentos menores, de 7 militantes cada, incluindo um chefe e um subchefe para cada grupo. Era, portanto, uma estrutura rígida, que visava não apenas organizar os trabalhos no campo como também proteger-se da perseguição militar.
A divisão dos guerrilheiros em uma estrutura de grupos e subgrupos fez com que nem mesmo entre eles um destacamento conhecesse os integrantes dos outros. Essa divisão em "células" e a utilização de nomes frios era uma estratégia para que, em caso de captura, um militante não delatasse os demais, o que faria cair a estrutura inteira.
O confronto com o Exército
A versão mais aceita dá conta de que a guerrilha, ainda não deflagrada, teria sido descoberta pelos militares através de informações passadas por uma militante do PC do B. Foi assim que, em abril de 1972, o Exército chegou à região à procura dos guerrilheiros, que viviam misturados à população local.
Naquele momento, praticamente 70 militantes do partido moravam na região, trabalhando como agricultores, farmacêuticos, professores e comerciantes. Para não chamar a atenção, o grupo não se envolvia com questões políticas. Por isso, dada a sua integração, foi com grande surpresa que a população local recebeu a notícia de que eram acusados de atividade subversiva.
Apesar de serem infinitamente mais fracos que o Exército, os guerrilheiros conseguiram resistir por quase dois anos às perseguições. Os militares precisaram de três campanhas para, finalmente, encerrar o conflito na região do Araguaia, em dezembro de 1973, com a destruição da Comissão Militar. Daí em diante, as perseguições continuaram, mas a estrutura da guerrilha já estava completamente desmantelada.
Àquela altura, as bases do PC do B nas cidades também tinham sido duramente perseguidas, de forma que o partido perdeu quase que por completo o contato com os guerilheiros estabelecidos no Araguaia, literalmente isolados no meio da selva. As investidas militares - inclusive contra os moradores - foram marcadas pela extrema crueldade, tendo se transformado, sobretudo na fase final da guerrilha, numa verdadeira caça aos comunistas.
A busca pelos "desaparecidos"
O conflito do Araguaia terminou com um trágico saldo: foram cerca de 76 mortos, sendo 59 militantes do PC do B e 17 recrutados na região. Também por isso, acabou se transformando no principal confronto direto entre a ditadura militar e a esquerda armada. Ocorrida sob intensa censura, a guerrilha nem mesmo chegou ao conhecimento da população em geral, o que só ajudou a isolar ainda mais os militantes do PC do B.
A confirmação da existência da guerrilha na região por parte do governo só veio tempos depois de encerrado o conflito. A perseguição aos guerrilheiros, segundo testemunhos de militares que participaram da operação, moradores do local e sobreviventes, teve requintes de crueldade, como decapitação e fuzilamento.
Em razão disso, muitos corpos nunca foram - e possivelmente nunca serão - encontrados. Desde os anos 1980, os familiares dos guerrilheiros mortos vêm lutando, inclusive na Justiça, para que o Exército libere documentos que comprovem a morte dos parentes. Os militares, porém, continuam negando a existência de quaisquer documentos, o que já foi amplamente contestado. O desfecho desta batalha judicial certamente trará novos contornos para a historia da ditadura militar no Brasil.
* Vitor Amorim de Angelo é historiador, mestre e doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos. Atualmente, é professor de história da Universidade Federal de Uberlândia.
Fonte: uol educação
Guerrilha do Araguaia
Guerrilha do Araguaia foi um movimento guerrilheiro existente na região amazônica brasileira, ao longo do rio Araguaia, entre fins da década de 1960 e a primeira metade da década de 1970. Criada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), uma dissidência armada do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tinha como o objetivo fomentar uma revolução socialista, a ser iniciada no campo, baseado nas experiências vitoriosas da Revolução Cubana e da Revolução Chinesa.
Combatida pelo exército a partir de 1972, quando vários de seus integrantes já haviam se estabelecido na região há pelo menos seis anos, o palco das operações de combate entre a guerrilha e o Exército se deu onde os estados de Goiás, Pará e Maranhão faziam fronteira. Seu nome vem do fato de se localizar às margens do rio Araguaia, próximo às cidades de São Geraldo do Araguaia e Marabá no Pará e de Xambioá, no norte de Goiás (região onde atualmente é o norte do estado de Tocantins, também denominada como Bico do Papagaio).[1]
Estima-se que o movimento, que pretendia derrubar o governo militar, fomentando um levante da população, primeiro rural e depois urbana, e instalar um governo comunista no Brasil, era composto por cerca de oitenta guerrilheiros sendo que, destes, menos de vinte sobreviveram, entre eles, o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoíno, que foi detido pelo Exército em 1972, ainda na primeira fase das operações militares. A grande maioria dos combatentes, formada principalmente por ex-estudantes universitários e profissionais liberais, foi morta em combate na selva ou executada após sua prisão pelos militares, durante as operações finais, em 1973 e 1974.[1] Mais de cinquenta deles são considerados ainda hoje como desaparecidos políticos.[2]
Desconhecida do restante do país à época em que ocorreu, protegida por uma cortina de silêncio e censura a que o movimento e as operações militares contra ela foram submetidos, os detalhes sobre a guerrilha só começaram a aparecer cerca de vinte anos após sua extinção pelas Forças Armadas, já no período de redemocratização.
Fonte: wilkpedia
Combatida pelo exército a partir de 1972, quando vários de seus integrantes já haviam se estabelecido na região há pelo menos seis anos, o palco das operações de combate entre a guerrilha e o Exército se deu onde os estados de Goiás, Pará e Maranhão faziam fronteira. Seu nome vem do fato de se localizar às margens do rio Araguaia, próximo às cidades de São Geraldo do Araguaia e Marabá no Pará e de Xambioá, no norte de Goiás (região onde atualmente é o norte do estado de Tocantins, também denominada como Bico do Papagaio).[1]
Estima-se que o movimento, que pretendia derrubar o governo militar, fomentando um levante da população, primeiro rural e depois urbana, e instalar um governo comunista no Brasil, era composto por cerca de oitenta guerrilheiros sendo que, destes, menos de vinte sobreviveram, entre eles, o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoíno, que foi detido pelo Exército em 1972, ainda na primeira fase das operações militares. A grande maioria dos combatentes, formada principalmente por ex-estudantes universitários e profissionais liberais, foi morta em combate na selva ou executada após sua prisão pelos militares, durante as operações finais, em 1973 e 1974.[1] Mais de cinquenta deles são considerados ainda hoje como desaparecidos políticos.[2]
Desconhecida do restante do país à época em que ocorreu, protegida por uma cortina de silêncio e censura a que o movimento e as operações militares contra ela foram submetidos, os detalhes sobre a guerrilha só começaram a aparecer cerca de vinte anos após sua extinção pelas Forças Armadas, já no período de redemocratização.
Fonte: wilkpedia
Araguaia
Grupo que busca desaparecidos do Araguaia encontra nova ossada
30/08/2011
O grupo criado pelo governo para procurar desaparecidos da Guerrilha do Araguaia encontrou nesta semana uma nova ossada. Os restos mortais foram recolhidos para análise nas proximidades do cemitério de Xambioá, em Tocantins.
O grupo de trabalho está em sua segunda expedição na região desde domingo (28) e os trabalhos seguirão até 7 de setembro.
Relatos de moradores indicam que integrantes da guerrilha foram enterrados ali após serem mortos pelo regime militar, na década de 1970.
Oficialmente, o governo não se manifestou sobre o assunto. A Folha apurou que o objetivo é só falar sobre o possível achado caso ele seja confirmado por exames de DNA e testes adicionais.
Fonte: folha online
30/08/2011
O grupo criado pelo governo para procurar desaparecidos da Guerrilha do Araguaia encontrou nesta semana uma nova ossada. Os restos mortais foram recolhidos para análise nas proximidades do cemitério de Xambioá, em Tocantins.
O grupo de trabalho está em sua segunda expedição na região desde domingo (28) e os trabalhos seguirão até 7 de setembro.
Relatos de moradores indicam que integrantes da guerrilha foram enterrados ali após serem mortos pelo regime militar, na década de 1970.
Oficialmente, o governo não se manifestou sobre o assunto. A Folha apurou que o objetivo é só falar sobre o possível achado caso ele seja confirmado por exames de DNA e testes adicionais.
Fonte: folha online
sábado, agosto 27, 2011
Frases engraçadas
Amigos
1- "Mulher de amigo meu é igual muro alto: é perigoso mas eu trepo!"
2- "Fazer um amigo é um dom, ter um amigo é uma graça, conservar um amigo é uma virtude, mas, ter eu como amigo, fala sério, é uma honra! "
3- "É melhor um cachorro amigo do que um amigo cachorro."
4- "Que a nossa amizade seja igual a bunda, que nenhuma merda nos separe. "
Amor
1- "Amor é como fumaça: sufoca e passa "
2- "O amor é um baratinho, nove meses de carinho e depois um molequinho."
3- "O Amor é como capim.Você planta, ele cresce... Aí vem uma vaca e acaba com tudo!"
4- "O amor é livre; o sexo é pago. "
5- "Nosso amor virou cinzas porque nosso passado foi fogo."
6- "Quando o nosso amor virar cinzas, lembre-se que eu mandei brasa. "
7- "Amor à primeira vista é possível; mas é sempre bom limpar os óculos e ter um segundo olhar. (autor desconhecido) "
8- "O amor é um sonho, e o casamento um despertador. (Provérbio Italiano)"
9- "Sorte no jogo, e o amor que se foda! "
10- "Se Deus é amor, e amor é cego, então Deus é cego???? "
11- "Como dizia o onanista, amor só de mão. "
12- "O fotógrafo só deve trabalhar por dinheiro. Quem tem amor à fotografia é punheteiro. "
13- "Pra que fazer amor, se você já pode comprar pronto?"
14- "O verdadeiro amor é como os fantasmas. Todos falam nele, mas ainda ninguém o viu." (Fide da Roche)
1- "Mulher de amigo meu é igual muro alto: é perigoso mas eu trepo!"
2- "Fazer um amigo é um dom, ter um amigo é uma graça, conservar um amigo é uma virtude, mas, ter eu como amigo, fala sério, é uma honra! "
3- "É melhor um cachorro amigo do que um amigo cachorro."
4- "
Amor
1- "Amor é como fumaça: sufoca e passa "
2- "O amor é um baratinho, nove meses de carinho e depois um molequinho."
3- "O Amor é como capim.Você planta, ele cresce... Aí vem uma vaca e acaba com tudo!"
4- "O amor é livre; o sexo é pago. "
5- "Nosso amor virou cinzas porque nosso passado foi fogo."
6- "Quando o nosso amor virar cinzas, lembre-se que eu mandei brasa. "
7- "Amor à primeira vista é possível; mas é sempre bom limpar os óculos e ter um segundo olhar. (autor desconhecido) "
8- "O amor é um sonho, e o casamento um despertador. (Provérbio Italiano)"
9- "Sorte no jogo, e o amor que se foda! "
10- "Se Deus é amor, e amor é cego, então Deus é cego???? "
11- "Como dizia o onanista, amor só de mão. "
12- "O fotógrafo só deve trabalhar por dinheiro. Quem tem amor à fotografia é punheteiro. "
13- "Pra que fazer amor, se você já pode comprar pronto?"
14- "O verdadeiro amor é como os fantasmas. Todos falam nele, mas ainda ninguém o viu." (Fide da Roche)
Cumulos
Cúmulos do Anão
1-Subir na escada para amrrar o sapato.
2-Usar Band-aid ao invés de modess.
3-Sentar-se no meio-fio e balançar as pernas.
Cúmulos do Azar
1- Cair de costas e quebrar o nariz.
2-cagar no plaheiro e se espetar com a agulha.
3-Ser atropelado por um carro funerário.
4-Ter uma sogra chamada Esperança, pois a esperança é a última que morre.
5-Ter um Furúnculo num calo.
Cúmulos da Burrice
1- Quando uma mosca pousa na tela do computador e voçê tenta matá-la com a setinha do mouse.
2- Ser careca e brigar por um pente.
3- Passar trote para o 0900 e pagar 4 reais por minuto.
4- Olhar pelo buraco da fechadura numa porta de vidro.
5- O cara vender a televisão para comprar um dvd.
1-Subir na escada para amrrar o sapato.
2-Usar Band-aid ao invés de modess.
3-Sentar-se no meio-fio e balançar as pernas.
Cúmulos do Azar
1- Cair de costas e quebrar o nariz.
2-cagar no plaheiro e se espetar com a agulha.
3-Ser atropelado por um carro funerário.
4-Ter uma sogra chamada Esperança, pois a esperança é a última que morre.
5-Ter um Furúnculo num calo.
Cúmulos da Burrice
1- Quando uma mosca pousa na tela do computador e voçê tenta matá-la com a setinha do mouse.
2- Ser careca e brigar por um pente.
3- Passar trote para o 0900 e pagar 4 reais por minuto.
4- Olhar pelo buraco da fechadura numa porta de vidro.
5- O cara vender a televisão para comprar um dvd.
Tática de ocupação do PMDB chega à direção da UNE - 16/08/2011
A União Nacional dos Estudantes está cada vez mais parecida com o governo. A semelhança foi tonificada com o reingresso do PMDB na Executiva da entidade.
Ausente da UNE havia duas décadas, o PMDB terá agora um assento no colegiado presidido por Daniel Iliescu (PCdoB), recém-eleito mandachuva dos estudantes.
Membro da Juventude do PMDB, Mark Souza representará o partido na direção da UNE. A novidade foi celebrada em cerimônia realizada na sede do partido, em Brasília.
Presidente interino do PMDB, o senador Valdir Raupp (na foto) soltou fogos:
“O PMDB além de ter uma aliança sólida com o PT e com o governo, tem uma aliança profunda com o povo brasileiro e, em especial, com os jovens do nosso país.”
Presente, Daniel Iliescu, o comunista que preside a UNE, disse que o PMDB é uma “referência” para os jovens. Como assim?
No dizer de Iliescu, o PMDB liderou a luta pela redemocratização do país e ajudou nas “conquistas sociais” obtidas mais recentemente.
Absteve-se de dizer que esse PMDB das lutas democráticas começou a morrer ao admitir em seus quadros, em 1985, o ex-Arena José Sarney, dando-lhe biografia seminova.
O velho PMDB sumiu de vez em 1992. Foi sugado pelas águas frias do mar de Angra dos Reis, a bordo do helicóptero que levava Ulysses Guimarães, jamais resgatado.
Tomado pelas palavras, o jovem Iliescu fala do PMDB do passado de olho do ex-PMDB do presente:
“Temos certeza de que esta agremiação partidária irá fortalecer muito a gestão da UNE junto ao Poder Público.” Ah, bom.
Representante da direção do PCdoB na cerimônia de Brasília, André Tokarski também evocou o passado para justificar o presente:
“Nós no sentimos muito à vontade aqui na sede do PMDB”, discursou Tokarski.
“Na década de 1980, no período de exceção, compusemos esses movimentos e consideremos que esse partido é fundamental para a democracia…”
“…É um grande serviço para a UNE que a Juventude do PMDB integre a Executiva da entidade e isso mostra a pluralidade da instituição…”
“As forças progressistas precisam se unir, essa ampla coalização de forças pode dar contribuições fundamentais para a UNE e para o país.” Hummmm!
Fonte: Blog do Josias de Souza
Ausente da UNE havia duas décadas, o PMDB terá agora um assento no colegiado presidido por Daniel Iliescu (PCdoB), recém-eleito mandachuva dos estudantes.
Membro da Juventude do PMDB, Mark Souza representará o partido na direção da UNE. A novidade foi celebrada em cerimônia realizada na sede do partido, em Brasília.
Presidente interino do PMDB, o senador Valdir Raupp (na foto) soltou fogos:
“O PMDB além de ter uma aliança sólida com o PT e com o governo, tem uma aliança profunda com o povo brasileiro e, em especial, com os jovens do nosso país.”
Presente, Daniel Iliescu, o comunista que preside a UNE, disse que o PMDB é uma “referência” para os jovens. Como assim?
No dizer de Iliescu, o PMDB liderou a luta pela redemocratização do país e ajudou nas “conquistas sociais” obtidas mais recentemente.
Absteve-se de dizer que esse PMDB das lutas democráticas começou a morrer ao admitir em seus quadros, em 1985, o ex-Arena José Sarney, dando-lhe biografia seminova.
O velho PMDB sumiu de vez em 1992. Foi sugado pelas águas frias do mar de Angra dos Reis, a bordo do helicóptero que levava Ulysses Guimarães, jamais resgatado.
Tomado pelas palavras, o jovem Iliescu fala do PMDB do passado de olho do ex-PMDB do presente:
“Temos certeza de que esta agremiação partidária irá fortalecer muito a gestão da UNE junto ao Poder Público.” Ah, bom.
Representante da direção do PCdoB na cerimônia de Brasília, André Tokarski também evocou o passado para justificar o presente:
“Nós no sentimos muito à vontade aqui na sede do PMDB”, discursou Tokarski.
“Na década de 1980, no período de exceção, compusemos esses movimentos e consideremos que esse partido é fundamental para a democracia…”
“…É um grande serviço para a UNE que a Juventude do PMDB integre a Executiva da entidade e isso mostra a pluralidade da instituição…”
“As forças progressistas precisam se unir, essa ampla coalização de forças pode dar contribuições fundamentais para a UNE e para o país.” Hummmm!
Fonte: Blog do Josias de Souza
De um ministro do STF: ‘E o Michel Temer vai deixar?’-19/08/2011
Os líderes do PMDB, Henrique Eduardo Alves, e do PT, Paulo Teixeira, criaram uma novidade: comissão parlamentar que já vem com cunhas.
A comissão foi criada para debater e aprovar modificações no Código de Processo Civil. Assunto caro à turma da toga.
Para presidir a comissão, o líder petê indicou o companheiro João Paulo Cunha, réu no processo do mensalão.
Para relator, o líder pemedebê apontou o amigo Eduardo Cunha, alvo de inquérito no STF.
Diz-se que João Paulo é formado em Direito. Desconhece-se qualquer petição que tenha feito. Eduardo nem advogado é.
Nesta sexta (19), um ministro do Supremo tocou o telefone para um senador amigo.
Perguntou: “Ninguém vai fazer nada? O Michel Temer vai permitir?”
Henrique Alves e Eduardo Cunha são, hoje, frequentadores habituais do Palácio do Jaburu, a residência oficial do vice.
Fonte: Blog Josias de Souza
A comissão foi criada para debater e aprovar modificações no Código de Processo Civil. Assunto caro à turma da toga.
Para presidir a comissão, o líder petê indicou o companheiro João Paulo Cunha, réu no processo do mensalão.
Para relator, o líder pemedebê apontou o amigo Eduardo Cunha, alvo de inquérito no STF.
Diz-se que João Paulo é formado em Direito. Desconhece-se qualquer petição que tenha feito. Eduardo nem advogado é.
Nesta sexta (19), um ministro do Supremo tocou o telefone para um senador amigo.
Perguntou: “Ninguém vai fazer nada? O Michel Temer vai permitir?”
Henrique Alves e Eduardo Cunha são, hoje, frequentadores habituais do Palácio do Jaburu, a residência oficial do vice.
Fonte: Blog Josias de Souza
Justiça condena Ciro a indenizar Collor em R$ 100 mil- 26/08/2011
A história ensina que, em política, ninguém paga pelo que foi, fez e, sobretudo, pelo que falou. Ninguém, exceto Ciro Gomes.
Dono de língua dotada de ignição instantânea, Ciro vai se tornando um colecionador de condenações judiciais.
Na penúltima, de 8 de agosto, o juiz Marcos Roberto de Souza Bernicchi, da 5a Vara Cível de São Paulo, sentenciou-o a indenizar Fernando Collor em R$ 100 mil.
Por quê? Numa entrevista de 1999, Ciro dissera que, na sucessão de 1989, Lula deveria ter chamado Collor de "playboy safado" e "cheirador de cocaína".
Collor, que se apresentava na Presidência como um sujeito com “aquilo roxo”, foi aos tribunais. Ao decidir a querela, o juiz Marcos Bernicchi anotou:
"O fato, incontroverso, é apenas um: o autor [Collor] teve exposta sua honra em razão de declaração do réu que lhe imputou a pecha de cheirador de cocaína e safado."
Se adotar a mesma reação de 2007, quando foi condenado em ação movida por José Serra, Ciro deve recorrer.
No caso do “Coiso”, como Ciro gosta de chamar Serra, o processo foi motivado por declaração feita numa entrevista de 2002.
Então filiado ao PPS, Ciro preparava-se para disputar o Planalto. Instado a comentar a perspectiva de defrontar-se com Serra, candidato do PSDB, ele pespegou:
“Meu adversário é o candidato dos grandes negócios e das negociatas, da manipulação despudorada do espaço público, do dinheiro público para fins eleitorais.”
No julgamento de primeira instância, em 2005, Ciro foi absolvido. Serra recorreu. E o Tribunal de Justiça de São Paulo refomou a decisão.
Condenou-se Ciro foi a pagar a Serra 100 salários mínimos. Coisa de R$ 54,4 mil em valores de hoje. O condenado arrostou até o bloqueio da conta bancária.
Tomado pela língua, Ciro é um político enganchado à dúvida. Autoritário ou enérgico? Arrogante ou determinado? Imprudente ou corajoso?
Considerando-se as sentenças, o Judiciário parece tentado a concluir que as primeiras alternativas é que são as verdadeiras.
Fonte: Blog Josias de Souza
Dono de língua dotada de ignição instantânea, Ciro vai se tornando um colecionador de condenações judiciais.
Na penúltima, de 8 de agosto, o juiz Marcos Roberto de Souza Bernicchi, da 5a Vara Cível de São Paulo, sentenciou-o a indenizar Fernando Collor em R$ 100 mil.
Por quê? Numa entrevista de 1999, Ciro dissera que, na sucessão de 1989, Lula deveria ter chamado Collor de "playboy safado" e "cheirador de cocaína".
Collor, que se apresentava na Presidência como um sujeito com “aquilo roxo”, foi aos tribunais. Ao decidir a querela, o juiz Marcos Bernicchi anotou:
"O fato, incontroverso, é apenas um: o autor [Collor] teve exposta sua honra em razão de declaração do réu que lhe imputou a pecha de cheirador de cocaína e safado."
Se adotar a mesma reação de 2007, quando foi condenado em ação movida por José Serra, Ciro deve recorrer.
No caso do “Coiso”, como Ciro gosta de chamar Serra, o processo foi motivado por declaração feita numa entrevista de 2002.
Então filiado ao PPS, Ciro preparava-se para disputar o Planalto. Instado a comentar a perspectiva de defrontar-se com Serra, candidato do PSDB, ele pespegou:
“Meu adversário é o candidato dos grandes negócios e das negociatas, da manipulação despudorada do espaço público, do dinheiro público para fins eleitorais.”
No julgamento de primeira instância, em 2005, Ciro foi absolvido. Serra recorreu. E o Tribunal de Justiça de São Paulo refomou a decisão.
Condenou-se Ciro foi a pagar a Serra 100 salários mínimos. Coisa de R$ 54,4 mil em valores de hoje. O condenado arrostou até o bloqueio da conta bancária.
Tomado pela língua, Ciro é um político enganchado à dúvida. Autoritário ou enérgico? Arrogante ou determinado? Imprudente ou corajoso?
Considerando-se as sentenças, o Judiciário parece tentado a concluir que as primeiras alternativas é que são as verdadeiras.
Fonte: Blog Josias de Souza
Dirceu acusa Veja de tentar ‘invadir’ seu apartamento-26/08/2011
Em nota veiculada no seu blog, o ex-ministro José Dirceu (PT-SP) acusa a revista Veja de tentar “invadir” o apartamento que mantém num hotel de Brasília. Cita Gustavo Nogueira Ribeiro. Identifica-o como “repórter da revista”.
A coisa se passou no hotel Naoum Plaza, um dos mais requintados da Capital. Dirceu ocupa dois apartamentos: 1604 e 1606. Locados em nome de uma empresa, a Tessele Madalena Advocados Associados, ficam à disposição de Dirceu em caráter permanente.
Segundo o ex-ministro, fazendo-se passar por hóspede, o suposto repórter de Veja tentou convencer uma camareira do hotel a abrir a porta de seu apartamento. Teria alegado que perdera as chaves.
A camareira recusou-se a abrir o apartamento. E comunicou o fato à direção do hotel. O caso foi reportado à polícia, que o investiga. Dirceu reproduz em seu blog cópia do boletim de ocorrência.
Datado desta quinta (25), foi registrado na 5a Delegacia de Polícia da Asa Norte de Brasília. Informa que a tentativa de “invasão” ocorreu na véspera. Não faz menção à revista Veja. Anota o seguinte:
“Compareceu a esta delegacia o comunicante Gilmar Lima Souza, chefe de segurança e preposto do Naoum Plaza Hotel, informando que, na data e hora supracitadas [entre 13h36 e 14h18 de quarta-feira]…”
“…Gustavo Nogueira Ribeiro, fazendo-se passar por hóspede do referido hotel, tentou entrar nos apartamentos número 1604 e 1606, os quais são locados para a empresa Tessele Madalena Advocados Associados, que os cede para ocupação residencial do sr. José Dirceu de Oliveira e Silva.
Gilmar disse que Gustavo insistiu com a camareira Jôse Maia Medeiros que era hóspede dos apartamentos em questão. Gustavo chegou a alegar que tinha perdido sua chave de acesso, motivo pelo qual queria que a camareira abrisse os apartamentos para retirada de alguns objetos pessoais.
Contudo, a camareira verificou que ele sequer constava na lista de hóspedes do hotel, além de ter conhecimento de que os referidos apartamentos são ocupados pelo sr. José Dirceu.
Após a constatação, Gustavo retirou-se, retornando minutos depois e hospedando-se no apartamento número 1.607, que localiza-se próximo ao que ele queria violar, permanecendo até o fim da diária na presente data, 25/08/2011.
Gilmar Lima Souza [o chefe de segurança do hotel] ficou de forneccer posteriormente imagens gravadas em mídia digital e a ficha nacional de registro de hóspedes que comprovam tais fatos.”
No seu relato, Dirceu inverte a ordem da narrativa exposta na ocorrência policial, acrescentando acusações que não constam do documento.
Na versão do grão-petê, Gustavo Ribeiro, o suposto repórter de Veja, hospedou-se no hotel antes de abordar a camareira.
Dirceu acrescenta: “Desmascarado, o infrator saiu às pressas do estabelecimento, sem fazer check-out e dando o calote na diária devida…”
Na descrição do boletim policial, o acusado aborda a camareira, ela se recusa a abrir o apartamento de Dirceu e, só então, Gustavo Ribeiro hospeda-se no hotel.
Não há menção a nenhuma fuga “às pressas”. Tampouco faz-se menção a “calote na diária”. O texto de Dirceu prossegue, em timbe acusatório:
“O jornalista voltou à carga. Fez-se passar por assessor da prefeitura de Varginha [MG], insistindo em deixar no meu quarto ‘documentos relevantes’. Disse que se chamava Roberto, mas utilizou o mesmo número de celular que constava da ficha de entrada [no hotel], que preencheu com seu verdadeiro nome…”
“…O golpe não funcionou porque minha assessoria estranhou o contato e não recebeu os tais ‘documentos’.” De resto, Dirceu anota que recebeu de Veja, por e-mail, perguntas sobre suas atividades em Brasília.
Como que precavendo-se de uma reportagem que está por vir, Dirceu escreve: “Está evidente evidente a preparação de uma farsa, incluindo recurso à ilegalidade, para novo ataque da revista contra minha honra e meus direitos…”
“…Deixei o governo, não sou mais parlamentar. Sou cidadão brasileiro, militante político e dirigente partidário. Essas atribuições me concedem o dever e a legitimidade de receber companheiros e amigos, ocupem ou não cargos públicos.”
Fonte: Blog Josias de Souza
A coisa se passou no hotel Naoum Plaza, um dos mais requintados da Capital. Dirceu ocupa dois apartamentos: 1604 e 1606. Locados em nome de uma empresa, a Tessele Madalena Advocados Associados, ficam à disposição de Dirceu em caráter permanente.
Segundo o ex-ministro, fazendo-se passar por hóspede, o suposto repórter de Veja tentou convencer uma camareira do hotel a abrir a porta de seu apartamento. Teria alegado que perdera as chaves.
A camareira recusou-se a abrir o apartamento. E comunicou o fato à direção do hotel. O caso foi reportado à polícia, que o investiga. Dirceu reproduz em seu blog cópia do boletim de ocorrência.
Datado desta quinta (25), foi registrado na 5a Delegacia de Polícia da Asa Norte de Brasília. Informa que a tentativa de “invasão” ocorreu na véspera. Não faz menção à revista Veja. Anota o seguinte:
“Compareceu a esta delegacia o comunicante Gilmar Lima Souza, chefe de segurança e preposto do Naoum Plaza Hotel, informando que, na data e hora supracitadas [entre 13h36 e 14h18 de quarta-feira]…”
“…Gustavo Nogueira Ribeiro, fazendo-se passar por hóspede do referido hotel, tentou entrar nos apartamentos número 1604 e 1606, os quais são locados para a empresa Tessele Madalena Advocados Associados, que os cede para ocupação residencial do sr. José Dirceu de Oliveira e Silva.
Gilmar disse que Gustavo insistiu com a camareira Jôse Maia Medeiros que era hóspede dos apartamentos em questão. Gustavo chegou a alegar que tinha perdido sua chave de acesso, motivo pelo qual queria que a camareira abrisse os apartamentos para retirada de alguns objetos pessoais.
Contudo, a camareira verificou que ele sequer constava na lista de hóspedes do hotel, além de ter conhecimento de que os referidos apartamentos são ocupados pelo sr. José Dirceu.
Após a constatação, Gustavo retirou-se, retornando minutos depois e hospedando-se no apartamento número 1.607, que localiza-se próximo ao que ele queria violar, permanecendo até o fim da diária na presente data, 25/08/2011.
Gilmar Lima Souza [o chefe de segurança do hotel] ficou de forneccer posteriormente imagens gravadas em mídia digital e a ficha nacional de registro de hóspedes que comprovam tais fatos.”
No seu relato, Dirceu inverte a ordem da narrativa exposta na ocorrência policial, acrescentando acusações que não constam do documento.
Na versão do grão-petê, Gustavo Ribeiro, o suposto repórter de Veja, hospedou-se no hotel antes de abordar a camareira.
Dirceu acrescenta: “Desmascarado, o infrator saiu às pressas do estabelecimento, sem fazer check-out e dando o calote na diária devida…”
Na descrição do boletim policial, o acusado aborda a camareira, ela se recusa a abrir o apartamento de Dirceu e, só então, Gustavo Ribeiro hospeda-se no hotel.
Não há menção a nenhuma fuga “às pressas”. Tampouco faz-se menção a “calote na diária”. O texto de Dirceu prossegue, em timbe acusatório:
“O jornalista voltou à carga. Fez-se passar por assessor da prefeitura de Varginha [MG], insistindo em deixar no meu quarto ‘documentos relevantes’. Disse que se chamava Roberto, mas utilizou o mesmo número de celular que constava da ficha de entrada [no hotel], que preencheu com seu verdadeiro nome…”
“…O golpe não funcionou porque minha assessoria estranhou o contato e não recebeu os tais ‘documentos’.” De resto, Dirceu anota que recebeu de Veja, por e-mail, perguntas sobre suas atividades em Brasília.
Como que precavendo-se de uma reportagem que está por vir, Dirceu escreve: “Está evidente evidente a preparação de uma farsa, incluindo recurso à ilegalidade, para novo ataque da revista contra minha honra e meus direitos…”
“…Deixei o governo, não sou mais parlamentar. Sou cidadão brasileiro, militante político e dirigente partidário. Essas atribuições me concedem o dever e a legitimidade de receber companheiros e amigos, ocupem ou não cargos públicos.”
Fonte: Blog Josias de Souza
Emendas de Ideli levaram verbas a ONG de assessor- 26/08/2011
A ministra Ideli Salvatti, hoje gestora das verbas e dos cargos, já esteve do outro lado do balcão.
Ao tempo em que era senadora, Ideli valeu-se de duas emendas –uma de 2008, outra de 2010— para destinar R$ 200 mil da Viúva a uma ONG.
Chama-se Cesap (Centro de Elaborações, Assessoria e Desenvolvimento de Projetos). Tem sede em Florianópolis, base eleitoral de Ideli.
Criada em 2003, ano inaugural do primeiro reinado de Lula, a entidade teve como sócio-fundador Claudionor de Macedo.
No ano seguinte, 2004, Claudionor virou assessor parlamentar de Ideli no Senado. Deixou a direção da ONG. Manteve-se como “membro colaborador.”
Graças às emendas de Ideli, o Cesap firmou em Brasília dois convênios. Juntos, somam R$ 268,8 mil, mais do que o esperado.
Um dos convênios, de R$ 158,5 mil, foi beliscado no Ministério do Desenvolvimento Agrário. Outro, de R$ 110,3 mil, na Secretaria de Políticas para Mulheres.
Desses valores, R$ 148 mil já migraram para as arcas da ONG. Como ministra, Ideli tem a oportunidade de apressar a liberação do resto.
Procurada, Ideli manifestou-se sobre o tema por meio de nota. Defendeu a destinação de verbas públicas para a entidade catarinense:
"Com os recursos destinados através das duas emendas foram criados 12 grupos voltados para ajudar mulheres chefes de família na geração de renda…”
“…O trabalho beneficiou indiretamente centenas de famílias das cidades de Itajaí, Tijucas e Palhoça."
Nao se sabe o que consta da prestação de contas da ONG ao ministério agrário e à secretaria de mulheres.
Ainda assim, o repórter suspeita que, tomando emprestado o helicóptero que José Sarney usou para passear no Maranhão…
…E jogando o dinheiro das emendas de Ideli sobre as comunidades pobres de Santa Catarina, as “centenas de famílias” talvez estivessem mais bem servidas.
Fonte: Blog Josias de Soza
Ao tempo em que era senadora, Ideli valeu-se de duas emendas –uma de 2008, outra de 2010— para destinar R$ 200 mil da Viúva a uma ONG.
Chama-se Cesap (Centro de Elaborações, Assessoria e Desenvolvimento de Projetos). Tem sede em Florianópolis, base eleitoral de Ideli.
Criada em 2003, ano inaugural do primeiro reinado de Lula, a entidade teve como sócio-fundador Claudionor de Macedo.
No ano seguinte, 2004, Claudionor virou assessor parlamentar de Ideli no Senado. Deixou a direção da ONG. Manteve-se como “membro colaborador.”
Graças às emendas de Ideli, o Cesap firmou em Brasília dois convênios. Juntos, somam R$ 268,8 mil, mais do que o esperado.
Um dos convênios, de R$ 158,5 mil, foi beliscado no Ministério do Desenvolvimento Agrário. Outro, de R$ 110,3 mil, na Secretaria de Políticas para Mulheres.
Desses valores, R$ 148 mil já migraram para as arcas da ONG. Como ministra, Ideli tem a oportunidade de apressar a liberação do resto.
Procurada, Ideli manifestou-se sobre o tema por meio de nota. Defendeu a destinação de verbas públicas para a entidade catarinense:
"Com os recursos destinados através das duas emendas foram criados 12 grupos voltados para ajudar mulheres chefes de família na geração de renda…”
“…O trabalho beneficiou indiretamente centenas de famílias das cidades de Itajaí, Tijucas e Palhoça."
Nao se sabe o que consta da prestação de contas da ONG ao ministério agrário e à secretaria de mulheres.
Ainda assim, o repórter suspeita que, tomando emprestado o helicóptero que José Sarney usou para passear no Maranhão…
…E jogando o dinheiro das emendas de Ideli sobre as comunidades pobres de Santa Catarina, as “centenas de famílias” talvez estivessem mais bem servidas.
Fonte: Blog Josias de Soza
Gleisi trata procurador-geral como ‘consultor-pessoal’
Os cofres públicos estariam livres de muitos ataques se os responsáveis pelo manuseio das chaves adotassem uma máxima simples: na dúvida, faça o contrário.
Ex-diretora de Itaipu, Gleisi Hoffmann recebeu tratamento e verbas de demitida ao pedir demissão.
Seguindo a máxima do “faça o contrário”, a estatal não teria liberado a grana e a ministra não a teria embolsado.
Como o bom senso foi negligenciado, Gleisi tornou-se devedora de explicações e Itaipu credora de ressarcimento.
Levada às manchetes de ponta-cabeça, a chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff inovou: trnaformou o procurador-geral em consultor-pessoal.
É o que informa, na Folha, o Painel. Leia:
- De Gleisi para o PGR: Em carta enviada ontem ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, Gleisi Hoffmann pergunta se foi lesiva ao erário a operação que lhe permitiu receber R$ 41 mil de multa ao deixar a diretoria de Itaipu, em 2006, para concorrer pela primeira vez ao Senado pelo Paraná.
O valor, equivalente a 40% do saldo de seu Fundo de Garantia à época, foi liberado embora a petista tenha saído da empresa por iniciativa própria.
Na consulta endereçado ao PGR, a ministra da Casa Civil se declara disposta a devolver o dinheiro, se o Ministério Público entender que houve prejuízo aos cofres públicos. Nesse caso, ela pede ainda que se defina o índice de correção para a restituição.
- Vacina: Com a medida, Gleisi se antecipa à bancada do PSDB na Câmara, que na próxima semana entrará com representação na Procuradoria-Geral acusando a ministra de ter se beneficiado de pagamento indevido.
Para o líder tucano, Duarte Nogueira, a prática configuraria improbidade e peculato.
Fonte: Blog Josias de Souza- 27/08/2011
Ex-diretora de Itaipu, Gleisi Hoffmann recebeu tratamento e verbas de demitida ao pedir demissão.
Seguindo a máxima do “faça o contrário”, a estatal não teria liberado a grana e a ministra não a teria embolsado.
Como o bom senso foi negligenciado, Gleisi tornou-se devedora de explicações e Itaipu credora de ressarcimento.
Levada às manchetes de ponta-cabeça, a chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff inovou: trnaformou o procurador-geral em consultor-pessoal.
É o que informa, na Folha, o Painel. Leia:
- De Gleisi para o PGR: Em carta enviada ontem ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, Gleisi Hoffmann pergunta se foi lesiva ao erário a operação que lhe permitiu receber R$ 41 mil de multa ao deixar a diretoria de Itaipu, em 2006, para concorrer pela primeira vez ao Senado pelo Paraná.
O valor, equivalente a 40% do saldo de seu Fundo de Garantia à época, foi liberado embora a petista tenha saído da empresa por iniciativa própria.
Na consulta endereçado ao PGR, a ministra da Casa Civil se declara disposta a devolver o dinheiro, se o Ministério Público entender que houve prejuízo aos cofres públicos. Nesse caso, ela pede ainda que se defina o índice de correção para a restituição.
- Vacina: Com a medida, Gleisi se antecipa à bancada do PSDB na Câmara, que na próxima semana entrará com representação na Procuradoria-Geral acusando a ministra de ter se beneficiado de pagamento indevido.
Para o líder tucano, Duarte Nogueira, a prática configuraria improbidade e peculato.
Fonte: Blog Josias de Souza- 27/08/2011
Conexión Caracas-Havana-SP
16/07/2011
CARACAS
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, embarcou neste sábado de volta a Cuba para seguir lá, ao menos por enquanto, o tratamento do seu câncer "na região pélvica".
Antes de partir, ele dirigiu amorosas palavras à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defendiam que ele fosse atendido no hospital Sírio-Libanês em São Paulo. Ele não descartou aceitar a oferta, falou de "compatibilizar possibilidades", e confirmou a visita de seu chanceler, Nicolás Maduro, ao hospital.
Não há um detalhado prognóstico de Chávez _quão grave é seu estado, qual o estágio do câncer, etc. Tampouco há uma avaliação desapaixonada sobre as capacidades médicas cubanas a ponto de recomendar uma troca imediata por São Paulo.
Como me dizia um oncologista do Sírio, os médicos cubanos não costumam publicar nas principais revistas científicas do setor nem frequentam simpósios internacionais. É o óbvio: num regime fechado como o cubano pouco se sabe das técnicas, drogas a que eles têm acesso (o embargo americano também envolve veto a patentes de remédios, ainda que com exceções).
O aspecto de regime fechado que levanta dúvidas sobre o tratamento em Havana é, por outro lado, um trunfo importante para Chávez. O presidente não tem nenhum pudor em dizer que "não deve dar detalhes" de sua saúde. Neste sábado, ele foi obrigado a ouvir em rede nacional questionamentos da oposição com esse teor.
Estando em Cuba, o controle de informação a respeito de sua saúde é incomparavelmente maior do que em São Paulo. Na ilha de seu "médico superior" Fidel Castro, ele foi operado num centro médico militar duas vezes. Só 14 dias depois da primeira operação começou a pipocar aqui e ali algo sobre seu estado, citando fontes de inteligência americana.
Um aspecto lateral, mas não desprezível, é o ideológico. Deixar a heróica medicina cubana, desenvolvida em revolução, e recorrer a um dos mais caros e famosos hospitais privados da América do Sul demandaria um ajuste de discurso.
Os opositores não esperaram muito para começar a criticá-lo por isso, citando o caráter "capitalista" claro e também as pontes entre o Sírio e o mais prestigioso centro oncológico do mundo, em Houston. O chefe da oncologia do hospital paulistano, Paulo Hoff, foi uma estrela precoce no Texas até voltar ao Brasil.
Fonte: Blog Pelo Mundo
CARACAS
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, embarcou neste sábado de volta a Cuba para seguir lá, ao menos por enquanto, o tratamento do seu câncer "na região pélvica".
Antes de partir, ele dirigiu amorosas palavras à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defendiam que ele fosse atendido no hospital Sírio-Libanês em São Paulo. Ele não descartou aceitar a oferta, falou de "compatibilizar possibilidades", e confirmou a visita de seu chanceler, Nicolás Maduro, ao hospital.
Não há um detalhado prognóstico de Chávez _quão grave é seu estado, qual o estágio do câncer, etc. Tampouco há uma avaliação desapaixonada sobre as capacidades médicas cubanas a ponto de recomendar uma troca imediata por São Paulo.
Como me dizia um oncologista do Sírio, os médicos cubanos não costumam publicar nas principais revistas científicas do setor nem frequentam simpósios internacionais. É o óbvio: num regime fechado como o cubano pouco se sabe das técnicas, drogas a que eles têm acesso (o embargo americano também envolve veto a patentes de remédios, ainda que com exceções).
O aspecto de regime fechado que levanta dúvidas sobre o tratamento em Havana é, por outro lado, um trunfo importante para Chávez. O presidente não tem nenhum pudor em dizer que "não deve dar detalhes" de sua saúde. Neste sábado, ele foi obrigado a ouvir em rede nacional questionamentos da oposição com esse teor.
Estando em Cuba, o controle de informação a respeito de sua saúde é incomparavelmente maior do que em São Paulo. Na ilha de seu "médico superior" Fidel Castro, ele foi operado num centro médico militar duas vezes. Só 14 dias depois da primeira operação começou a pipocar aqui e ali algo sobre seu estado, citando fontes de inteligência americana.
Um aspecto lateral, mas não desprezível, é o ideológico. Deixar a heróica medicina cubana, desenvolvida em revolução, e recorrer a um dos mais caros e famosos hospitais privados da América do Sul demandaria um ajuste de discurso.
Os opositores não esperaram muito para começar a criticá-lo por isso, citando o caráter "capitalista" claro e também as pontes entre o Sírio e o mais prestigioso centro oncológico do mundo, em Houston. O chefe da oncologia do hospital paulistano, Paulo Hoff, foi uma estrela precoce no Texas até voltar ao Brasil.
Fonte: Blog Pelo Mundo
Cenas de uma ocupação
25/07/2011
BUENOS AIRES
São muitos os casarões e prédios históricos de Buenos Aires, abandonados há anos, que estão ocupados por sem-tetos e imigrantes estrangeiros.
O script é conhecido de outras cidades: chega um, dois, outra família, parentes da mesma família, e a ocupação faz aniversário. As condições quase sempre são precárias.
No turístico e boêmio bairro de San Telmo há muitos casarões ocupados. O mesmo acontece em Once, bairro que virou reduto sobretudo de peruanos. Os moradores reparam o que podem, instalam luz (quase sempre "gato"), TV a cabo e conseguem um mínimo de dignidade.
A prefeitura de Buenos Aires tenta desalojar as famílias, mas a briga, que chegou à Justiça, está longe de terminar.
Fonte: Blog Pelo Mundo
BUENOS AIRES
São muitos os casarões e prédios históricos de Buenos Aires, abandonados há anos, que estão ocupados por sem-tetos e imigrantes estrangeiros.
O script é conhecido de outras cidades: chega um, dois, outra família, parentes da mesma família, e a ocupação faz aniversário. As condições quase sempre são precárias.
No turístico e boêmio bairro de San Telmo há muitos casarões ocupados. O mesmo acontece em Once, bairro que virou reduto sobretudo de peruanos. Os moradores reparam o que podem, instalam luz (quase sempre "gato"), TV a cabo e conseguem um mínimo de dignidade.
A prefeitura de Buenos Aires tenta desalojar as famílias, mas a briga, que chegou à Justiça, está longe de terminar.
Fonte: Blog Pelo Mundo
As meninas e o juiz
02/08/2011
BUENOS AIRES
Há alguns dias entrou em vigor na Argentina um decreto aprovado pela presidente Cristina Kirchner que proíbe a publicação de anúncios com ofertas sexuais, tanto em jornais como na internet.
"A oferta sexual não é só um veículo para o delito de exploração de pessoas, mas uma profunda discriminação à mulher", comentou Cristina sobre a medida.
Na semana passada, a ONG La Alameda, responsável por lutar contra a exploração de pessoas, denunciou o juiz Raúl Eugenio Zaffaroni, um dos ministros da Suprema Corte da Argentina, por alugar imóveis em Buenos Aires que eram utilizados como prostíbulos.
Até agora, com a ajuda de uma investigação do jornal "Perfil", descobriram-se seis apartamento de Zaffaroni que eram usados por garotas de programa. Os serviços de "caramelitos y masajes", como eram anunciados na internet, funcionavam em áreas nobres da capital, em endereços na Recoleta e Palermo, dois dos bairros mais caros de Buenos Aires.
Descobriu-se inclusive que uma das meninas que oferecia o serviço era Ana Touché, nome de guerra da atriz considerada uma das estrelas do pornô argentino.
Zaffaroni, denunciado à Justiça pela ONG, disse que não sabia o que faziam os inquilinos. O curioso é que havia prostituição não em um ou dois imóveis do magistrado, mas em seis. Ele afirmou ainda que as denúncias foram formuladas para "desestabilizá-lo".
O ministro é um dos juízes alinhados à Casa Rosada. Simpático ao kirchnerismo, ele é próximo de Cristina e era muito ligado ao ex-presidente Néstor Kirchner (morto em outubro do ano passado). Zaffaroni, inclusive, foi cotado neste ano como um dos prováveis vices da presidente nestas eleições _seu nome acabou descartado.
A oposição pediu a renúncia do ministro. O governo, apesar do decreto contra a prostituição que entrou em vigor dias atrás, nada falou até o momento sobre as denúncias. Como se trata de um juiz considerado kirchnerista, o caso deverá ser tratado como mais uma tentativa de desestabilizar o governo e seus amigos, principalmente agora, no meio da campanha eleitoral.
Fonte: blog Pelo Mundo
BUENOS AIRES
Há alguns dias entrou em vigor na Argentina um decreto aprovado pela presidente Cristina Kirchner que proíbe a publicação de anúncios com ofertas sexuais, tanto em jornais como na internet.
"A oferta sexual não é só um veículo para o delito de exploração de pessoas, mas uma profunda discriminação à mulher", comentou Cristina sobre a medida.
Na semana passada, a ONG La Alameda, responsável por lutar contra a exploração de pessoas, denunciou o juiz Raúl Eugenio Zaffaroni, um dos ministros da Suprema Corte da Argentina, por alugar imóveis em Buenos Aires que eram utilizados como prostíbulos.
Até agora, com a ajuda de uma investigação do jornal "Perfil", descobriram-se seis apartamento de Zaffaroni que eram usados por garotas de programa. Os serviços de "caramelitos y masajes", como eram anunciados na internet, funcionavam em áreas nobres da capital, em endereços na Recoleta e Palermo, dois dos bairros mais caros de Buenos Aires.
Descobriu-se inclusive que uma das meninas que oferecia o serviço era Ana Touché, nome de guerra da atriz considerada uma das estrelas do pornô argentino.
Zaffaroni, denunciado à Justiça pela ONG, disse que não sabia o que faziam os inquilinos. O curioso é que havia prostituição não em um ou dois imóveis do magistrado, mas em seis. Ele afirmou ainda que as denúncias foram formuladas para "desestabilizá-lo".
O ministro é um dos juízes alinhados à Casa Rosada. Simpático ao kirchnerismo, ele é próximo de Cristina e era muito ligado ao ex-presidente Néstor Kirchner (morto em outubro do ano passado). Zaffaroni, inclusive, foi cotado neste ano como um dos prováveis vices da presidente nestas eleições _seu nome acabou descartado.
A oposição pediu a renúncia do ministro. O governo, apesar do decreto contra a prostituição que entrou em vigor dias atrás, nada falou até o momento sobre as denúncias. Como se trata de um juiz considerado kirchnerista, o caso deverá ser tratado como mais uma tentativa de desestabilizar o governo e seus amigos, principalmente agora, no meio da campanha eleitoral.
Fonte: blog Pelo Mundo
A fome e o infiel
15/08/2011
IGOR GIELOW
ENVIADO A ISLAMABAD
São 17h e o celular paquistanês com chip afegão apita. É uma mensagem da operadora, avisando o horário do Iftar em Cabul, para as 18h52. Iftar é o fim do jejum diário do Ramadã, o mês sagrado do islamismo, quando o fiel não pode comer, beber, fumar e fazer sexo enquanto houver luz do sol. O objetivo é demonstrar sua submissão ao poder de Deus.
Eu trabalho em países muçulmanos desde 1996, e peguei o Ramadã em algumas ocasiões. Durante a guerra no Afeganistão de 2001, caímos eu e todos os enviados especiais no meio do mês (que "anda" para trás uns 11 dias todo ano, porque o calendário islâmico é lunar). Fizemos a festa de um sujeito chamado Khalid, que não se importou em abrir o restaurante homônimo para alimentar os infiéis e encher o bolso.
Neste Ramadã, já passei por Paquistão e Afeganistão. O primeiro país tem uma elite com vários hábitos ocidentais, então não é difícil ser servido ao menos de chá com leite ou água durante entrevistas em locais fechados. Mas esqueça de beber ou comer na rua. Não rola.
Nos hotéis, você pode optar pela refeição pré-nascer do sol, chamada Sahri. O problema é que é antes das 5h, e encarar frango apimentado nessa hora é complicado. Ou então ir para o canto reservado aos infiéis nos salões de café-da-manhã, em que pães amanhecidos e chá estão à disposição nos horários regulares.
O que acaba acontecendo, até porque trabalho com um ajudante local, é que esse arremedo de café vira tudo o que você come até a noite. Ele não é exatamente o muçulmano mais estrito do mundo, então ao menos paramos para tomar água discretamente dentro do carro.
Voltando de uma área tribal um dia desses, o Iftar aconteceu no meio da estrada. Ele parou, e como estávamos com outro paquistanês no carro, ambos correram para abrir o porta-malas e fazer uma espécie de refeição com comida estocada. Sobre o capô do veículo, num acostamento.
No Afeganistão, é mais complicado. A observância dos locais é mais incisiva, e meu assistente local faz questão de começar o trabalho às 6h30, 7h, para "aproveitar que ainda não está zonzo". OK, em nome do multiculturalismo, vamos lá. Ao menos perde-se peso, conhece-se mais um aspecto da realidade local.
Mas por que diabos a operadora de celular tinha que lembrar o infiel aqui do jantar uma hora e tanto antes de ele estar disponível?
Fonte: blog pelo Mundo
IGOR GIELOW
ENVIADO A ISLAMABAD
São 17h e o celular paquistanês com chip afegão apita. É uma mensagem da operadora, avisando o horário do Iftar em Cabul, para as 18h52. Iftar é o fim do jejum diário do Ramadã, o mês sagrado do islamismo, quando o fiel não pode comer, beber, fumar e fazer sexo enquanto houver luz do sol. O objetivo é demonstrar sua submissão ao poder de Deus.
Eu trabalho em países muçulmanos desde 1996, e peguei o Ramadã em algumas ocasiões. Durante a guerra no Afeganistão de 2001, caímos eu e todos os enviados especiais no meio do mês (que "anda" para trás uns 11 dias todo ano, porque o calendário islâmico é lunar). Fizemos a festa de um sujeito chamado Khalid, que não se importou em abrir o restaurante homônimo para alimentar os infiéis e encher o bolso.
Neste Ramadã, já passei por Paquistão e Afeganistão. O primeiro país tem uma elite com vários hábitos ocidentais, então não é difícil ser servido ao menos de chá com leite ou água durante entrevistas em locais fechados. Mas esqueça de beber ou comer na rua. Não rola.
Nos hotéis, você pode optar pela refeição pré-nascer do sol, chamada Sahri. O problema é que é antes das 5h, e encarar frango apimentado nessa hora é complicado. Ou então ir para o canto reservado aos infiéis nos salões de café-da-manhã, em que pães amanhecidos e chá estão à disposição nos horários regulares.
O que acaba acontecendo, até porque trabalho com um ajudante local, é que esse arremedo de café vira tudo o que você come até a noite. Ele não é exatamente o muçulmano mais estrito do mundo, então ao menos paramos para tomar água discretamente dentro do carro.
Voltando de uma área tribal um dia desses, o Iftar aconteceu no meio da estrada. Ele parou, e como estávamos com outro paquistanês no carro, ambos correram para abrir o porta-malas e fazer uma espécie de refeição com comida estocada. Sobre o capô do veículo, num acostamento.
No Afeganistão, é mais complicado. A observância dos locais é mais incisiva, e meu assistente local faz questão de começar o trabalho às 6h30, 7h, para "aproveitar que ainda não está zonzo". OK, em nome do multiculturalismo, vamos lá. Ao menos perde-se peso, conhece-se mais um aspecto da realidade local.
Mas por que diabos a operadora de celular tinha que lembrar o infiel aqui do jantar uma hora e tanto antes de ele estar disponível?
Fonte: blog pelo Mundo
O homem do tapa-olho
CARACAS
Viver em Caracas é... ver o canal 8, a TV estatal, eternamente. Ao menos se você é jornalista.
Como diria um amigo que me visitou, o canal 8 é uma espécie de instalação de museu na minha sala; A TV nunca está desligada, e sempre há um jingle socialista ou algum anúncio do governo Chávez.
Por que acontece? Porque a cobertura jornalística na Venezuela tem suas idiossincrasias: é o governo na televisão. Agora há pouco, já noite avançada desta terça-feira, o presidente Hugo Chávez falou ao vivo na TV pela terceira vez no dia. E essa é a principal fonte de notícia.
Agora, que ele está recebendo tratamento para câncer, as entradas são telefônicas. De todo modo, a regra não muda. Os ministros, mais que dotes de gestão, tem de saber noções de transmissão ao vivo de TV, caminhar ao lado das câmeras e tascar ao final: "Adelante, Presidente". O "adelante" é a versão local de "É com você, Fátima", que um repórter do "Jornal Nacional" diria.
Meu tema neste post, porém, é um dos programas mais emblemáticos do canal 8, o "Dossier".
Na primeira semana na Venezuela, e já com a TV no canal 8 obviamente, uma música vibrante e sombria _algo como a da abertura do "Globo Repórter"_ me chamou atenção. Então, apareceu na tela um homem de tapa-olho. De terno e tapa-olho, contracenando com um "chroma key" que o projetava em escala natural ao lado da imagem de Hillary Clinton ou Vladimir Putin.
O homem do tapa-olho é o veterano jornalista uruguaio Walter Martínez, mais de três décadas de carreira e quase 20 anos de TV estatal (é anterior à era Chávez).
Ele é ex-correspondente de guerra, adora citar detalhes dos armamentos ou apontar devios de protocolo diplomáticos. Apoia o governo, ataca por vezes jornalistas críticos e tem seus assuntos de obsessão e predileção. Em 2005, ele bateu de frente com o a cúpula chavista porque lhe foi negada uma vaga na equipe que cobriria a Assembleia Geral da ONU naquele ano. Ele criticou a corrupção no chavismo e até as condições de trabalho no canal. Foi tirado do ar. Meses depois, tudo foi contornado. Chávez costuma recomendar o programa, cujo outro fã famoso seria Fidel Castro ("Dossiê" também é transmitido pela rede Telesul).
O programa, sem dúvida, tem momentos e vídeos interessantes. Mas é o mistério do tapa-olho _não se menciona sua origem, se um acidente de trabalho em área de risco ou algo sem qualquer relação_ e os enormes bordões do programa fazem dele pop. Pelo menos acho eu, um par de amigos jornalistas e o anômimo que fez o stencil que ilustra esse post, encontrado numa rua do centro de Caracas.
Martínez sempre começa o programa dizendo que a "nossa querida, contaminada e única nave espacial deu outra volta em torno do seu eixo imaginário" e que ele contará, então, "o pleno desenrolar dos acontecimentos" ou a "pequena grande história das últimas 24 horas". "Disponha das câmeras, senhor diretor", encerra ele, e caminha rumo à tela no estúdio semi-iluminado.
Aqui um par de links para que deem uma olhada.
http://www.vtv.gov.ve/index.php?option=com_content&view=article&id=60911:toda-venezuela&catid=63&Itemid=111
http://dossier-1.blogspot.com/search/label/dossier
Viver em Caracas é... ver o canal 8, a TV estatal, eternamente. Ao menos se você é jornalista.
Como diria um amigo que me visitou, o canal 8 é uma espécie de instalação de museu na minha sala; A TV nunca está desligada, e sempre há um jingle socialista ou algum anúncio do governo Chávez.
Por que acontece? Porque a cobertura jornalística na Venezuela tem suas idiossincrasias: é o governo na televisão. Agora há pouco, já noite avançada desta terça-feira, o presidente Hugo Chávez falou ao vivo na TV pela terceira vez no dia. E essa é a principal fonte de notícia.
Agora, que ele está recebendo tratamento para câncer, as entradas são telefônicas. De todo modo, a regra não muda. Os ministros, mais que dotes de gestão, tem de saber noções de transmissão ao vivo de TV, caminhar ao lado das câmeras e tascar ao final: "Adelante, Presidente". O "adelante" é a versão local de "É com você, Fátima", que um repórter do "Jornal Nacional" diria.
Meu tema neste post, porém, é um dos programas mais emblemáticos do canal 8, o "Dossier".
Na primeira semana na Venezuela, e já com a TV no canal 8 obviamente, uma música vibrante e sombria _algo como a da abertura do "Globo Repórter"_ me chamou atenção. Então, apareceu na tela um homem de tapa-olho. De terno e tapa-olho, contracenando com um "chroma key" que o projetava em escala natural ao lado da imagem de Hillary Clinton ou Vladimir Putin.
O homem do tapa-olho é o veterano jornalista uruguaio Walter Martínez, mais de três décadas de carreira e quase 20 anos de TV estatal (é anterior à era Chávez).
Ele é ex-correspondente de guerra, adora citar detalhes dos armamentos ou apontar devios de protocolo diplomáticos. Apoia o governo, ataca por vezes jornalistas críticos e tem seus assuntos de obsessão e predileção. Em 2005, ele bateu de frente com o a cúpula chavista porque lhe foi negada uma vaga na equipe que cobriria a Assembleia Geral da ONU naquele ano. Ele criticou a corrupção no chavismo e até as condições de trabalho no canal. Foi tirado do ar. Meses depois, tudo foi contornado. Chávez costuma recomendar o programa, cujo outro fã famoso seria Fidel Castro ("Dossiê" também é transmitido pela rede Telesul).
O programa, sem dúvida, tem momentos e vídeos interessantes. Mas é o mistério do tapa-olho _não se menciona sua origem, se um acidente de trabalho em área de risco ou algo sem qualquer relação_ e os enormes bordões do programa fazem dele pop. Pelo menos acho eu, um par de amigos jornalistas e o anômimo que fez o stencil que ilustra esse post, encontrado numa rua do centro de Caracas.
Martínez sempre começa o programa dizendo que a "nossa querida, contaminada e única nave espacial deu outra volta em torno do seu eixo imaginário" e que ele contará, então, "o pleno desenrolar dos acontecimentos" ou a "pequena grande história das últimas 24 horas". "Disponha das câmeras, senhor diretor", encerra ele, e caminha rumo à tela no estúdio semi-iluminado.
Aqui um par de links para que deem uma olhada.
http://www.vtv.gov.ve/index.php?option=com_content&view=article&id=60911:toda-venezuela&catid=63&Itemid=111
http://dossier-1.blogspot.com/search/label/dossier
Poder e fortuna
LUCAS FERRAZ
DE BUENOS AIRES
A chegada ao poder _será que acontece só na Argentina?_ teve um efeito multiplicador para os Kirchner: em sete anos, o patrimônio da família deu um salto espetacular de quase 1.000%.
Em 2003, quando Néstor Kirchner foi eleito presidente, o patrimônio declarado dele e da mulher era de $ 6,8 milhões _o equivalente a R$ 2,72 milhões, de acordo com o câmbio desta semana.
No ano passado, segundo declaração apresentada por Cristina à Justiça Eleitoral nesta semana, o patrimônio da família era de $ 70,4 milhões (R$ 28,1 milhões). Sim, um incremento de 928%. Entre 2009 e 2010, o aumento foi de 27%.
A explicação da presidente na declaração de bens: o patrimônio cresceu por causa da valorização de algumas ações em empreendimentos que a família possui. E são vários, principalmente na província de Santa Cruz, no sul argentino, feudo eleitoral dos Kirchner.
Um dos empreendimentos é Los Sauces, um hotel-boutique em El Calafate. O que chamou a atenção da oposição é que Cristina Kirchner, nesse empreendimento, tem 45% das ações, avaliadas em pouco mais de $ 1 milhão. Outros 45% estão em nome de seu falecido marido, mas o valor declarado é outro: $ 2,6 milhões.
Apesar dos reclamos, tudo deve seguir sem investigação. No passado, a Justiça chegou a abrir uma ação para apurar a suspeita de enriquecimento ilícito do matrimônio. Mas o caso logo foi encerrado. O juiz, descobriram depois, era amigo.
O milionário patrimônio dos Kirchner, além das ações em empreendimentos turísticos e não-turísticos, é formado ainda por apartamentos em Río Gallegos (capital de Santa Cruz), Buenos Aires, carros e até lotes na Patagônia.
Fonte:Blog pelo Mundo em 27/08/2011
DE BUENOS AIRES
A chegada ao poder _será que acontece só na Argentina?_ teve um efeito multiplicador para os Kirchner: em sete anos, o patrimônio da família deu um salto espetacular de quase 1.000%.
Em 2003, quando Néstor Kirchner foi eleito presidente, o patrimônio declarado dele e da mulher era de $ 6,8 milhões _o equivalente a R$ 2,72 milhões, de acordo com o câmbio desta semana.
No ano passado, segundo declaração apresentada por Cristina à Justiça Eleitoral nesta semana, o patrimônio da família era de $ 70,4 milhões (R$ 28,1 milhões). Sim, um incremento de 928%. Entre 2009 e 2010, o aumento foi de 27%.
A explicação da presidente na declaração de bens: o patrimônio cresceu por causa da valorização de algumas ações em empreendimentos que a família possui. E são vários, principalmente na província de Santa Cruz, no sul argentino, feudo eleitoral dos Kirchner.
Um dos empreendimentos é Los Sauces, um hotel-boutique em El Calafate. O que chamou a atenção da oposição é que Cristina Kirchner, nesse empreendimento, tem 45% das ações, avaliadas em pouco mais de $ 1 milhão. Outros 45% estão em nome de seu falecido marido, mas o valor declarado é outro: $ 2,6 milhões.
Apesar dos reclamos, tudo deve seguir sem investigação. No passado, a Justiça chegou a abrir uma ação para apurar a suspeita de enriquecimento ilícito do matrimônio. Mas o caso logo foi encerrado. O juiz, descobriram depois, era amigo.
O milionário patrimônio dos Kirchner, além das ações em empreendimentos turísticos e não-turísticos, é formado ainda por apartamentos em Río Gallegos (capital de Santa Cruz), Buenos Aires, carros e até lotes na Patagônia.
Fonte:Blog pelo Mundo em 27/08/2011
Cuba e a resistência psicológica
02/08/2011
CARACAS
Raúl Castro, que completou cinco anos no poder em Cuba neste mês, encerrou na segunda-feira a sessão da Assembleia Nacional do país com um discurso curto, pontuado por autocrítica e uma advertência: “toda resistência burocrática” às reformas econômicas aprovadas “será inútil”.
Raúl insistiu que o maior obstáculo às mudanças é “a barreira psicológica formada pela inércia, pelo imobilismo, pela simulação ou falsa moral, a indiferença e a insensibilidade”.
O texto lido pelo irmão mais velho de Fidel Castro também cobra tolerância religiosa do Partido Comunista (PC), comentando a demissão de uma funcionária por “ir alguns domingos ao culto da igreja”.
Mas voltemos à ênfase de Raúl à “barreira psicológica”.
Antes dela, as reformas, consideradas pontuais, têm entraves práticos. Por exemplo, no caso do incentivo dos pequenos negócios privados: falta de capital para aplicar na nova pequena economia privada que eles querem fazer emergir, alguns controles e obrigações que afetam a demanda desencorajam os empreendedores...
Mas também há mudanças pouco palatáveis, que podem significar para muitos perda de cotas de poder, e talvez esse seja um ponto referido por Raúl ao falar de “resistência burocrática”.
Um exemplo é a demissão massiva de 500 mil funcionários públicos que o governo desejaria já haver feito até abril desse ano. A meta teve de ser revisada e o próprio Raúl disse em abril que o plano será gradual.
Para analistas, a resistência pelas demissões é tanto por perder os cerca de U$ 20 do salário médio quanto o acesso aos bens produzidos nas empresas públicas, que alimentam o mercado negro.
O equilíbrio precário da frágil economia e da sociedade cubanas em boa parte de assenta nesse sistema estruturado em várias camadas de irregularidades, negócios ilegais e vigilância mútua.
Como disse a especialista americana Julia Sweig, do Council on Foreign Relations, em entrevista à Folha em 2008, esse não é um desafio menor.
“Para sobreviver as pessoas têm de roubar dos locais de trabalho, comprar no mercado negro, e com o tempo há um efeito incrivelmente corrosivo. As pessoas são obrigadas a mentir e dissimular e fazer um monte de coisas terrivelmente negativas para a sociedade. Todo mundo reconhece isso. Quando a sociedade cubana será uma sociedade mais reconhecível, na qual há mais transparência e prestação de contas e as pessoas não precisam se engajar em atividades ilegais para sobreviver? Eu não sei, talvez em 20, 50 anos. É uma grande questão sociológica”
Fonte: blog Pelo Mundo-folha online
CARACAS
Raúl Castro, que completou cinco anos no poder em Cuba neste mês, encerrou na segunda-feira a sessão da Assembleia Nacional do país com um discurso curto, pontuado por autocrítica e uma advertência: “toda resistência burocrática” às reformas econômicas aprovadas “será inútil”.
Raúl insistiu que o maior obstáculo às mudanças é “a barreira psicológica formada pela inércia, pelo imobilismo, pela simulação ou falsa moral, a indiferença e a insensibilidade”.
O texto lido pelo irmão mais velho de Fidel Castro também cobra tolerância religiosa do Partido Comunista (PC), comentando a demissão de uma funcionária por “ir alguns domingos ao culto da igreja”.
Mas voltemos à ênfase de Raúl à “barreira psicológica”.
Antes dela, as reformas, consideradas pontuais, têm entraves práticos. Por exemplo, no caso do incentivo dos pequenos negócios privados: falta de capital para aplicar na nova pequena economia privada que eles querem fazer emergir, alguns controles e obrigações que afetam a demanda desencorajam os empreendedores...
Mas também há mudanças pouco palatáveis, que podem significar para muitos perda de cotas de poder, e talvez esse seja um ponto referido por Raúl ao falar de “resistência burocrática”.
Um exemplo é a demissão massiva de 500 mil funcionários públicos que o governo desejaria já haver feito até abril desse ano. A meta teve de ser revisada e o próprio Raúl disse em abril que o plano será gradual.
Para analistas, a resistência pelas demissões é tanto por perder os cerca de U$ 20 do salário médio quanto o acesso aos bens produzidos nas empresas públicas, que alimentam o mercado negro.
O equilíbrio precário da frágil economia e da sociedade cubanas em boa parte de assenta nesse sistema estruturado em várias camadas de irregularidades, negócios ilegais e vigilância mútua.
Como disse a especialista americana Julia Sweig, do Council on Foreign Relations, em entrevista à Folha em 2008, esse não é um desafio menor.
“Para sobreviver as pessoas têm de roubar dos locais de trabalho, comprar no mercado negro, e com o tempo há um efeito incrivelmente corrosivo. As pessoas são obrigadas a mentir e dissimular e fazer um monte de coisas terrivelmente negativas para a sociedade. Todo mundo reconhece isso. Quando a sociedade cubana será uma sociedade mais reconhecível, na qual há mais transparência e prestação de contas e as pessoas não precisam se engajar em atividades ilegais para sobreviver? Eu não sei, talvez em 20, 50 anos. É uma grande questão sociológica”
Fonte: blog Pelo Mundo-folha online
Selvagem e maravilhosa
É assim que muitos vivem na Appalachia: em trailers (foto: Rafael Garcia)
HUNTINGTON (VIRGINIA OCIDENTAL)
POR LUCIANA COELHO
No meio dos EUA, existe um lugar onde as pessoas estudam menos, comem mais, ganham menos dinheiro e morrem mais cedo. Ironicamente, é um lugar lindo em termos naturais, com montanhas superverdes, vales e riachos como não há em nenhum canto lugar do país (ao menos não nessa quantidade).
É a Appalachia, uma faixa de terra que estende ao longo de uma cadeia montanhosa que leva o mesmo nome, e começa lá em cima, no Estado de Nova York, até chegar ao Mississipi. Tem mais ou menos o tamanho da Bahia, mas a população equivale quase à do Chile, do Paraguai e do Uruguai somadas.
Quando você entra na Virginia Ocidental _o único Estado a ficar inteiro dentro dessa região_, a placa de boas-vindas proclama: West Virgina, selvagem e maravilhosa. Ultimamente, porém, anda mais selvagem _no mau sentido_ do que maravilhosa.
Na semana passada, rodei bem a região central desse pedaço de EUA que não é os EUA do nosso imaginário. Porque, me desculpem, mas antes de morar aqui, eu não sabia que pobreza aglomerada também atingia gente branca e na zona rural. A gente lembra de um pouco de pobreza no sul, majoritariamente entre negros e latinos, essencialmente urbana.
Na Appalachia, colonizada por irlandeses há cinco gerações, não tem nem imigração - só Emigração, que chega a 19% em alguns municípios. Aliás, de imigrante só encontrei o mineiro Marco, gerente no Applebees _uma rede local de restaurantes honestos_ em Huntington. Perguntei por que ele estava lá, e ele, já com um pouquinho de sotaque americano depois de 19 anos no país, disse que se mudou porque a ex era da Virginia Ocidental. E não voltou para o Brasil, ou para a Nova York, onde ele viveu, depois da separação? "Ah, não, porque aí acostuma." Vida no campo.
Foquei a reportagem no Kentucky e na Virgínia Ocidental, que são Estados que ainda dependem da extração carvoeira. Steph McSpiritt, uma socióloga ambiental da Universidade do Leste do Kentucky, disse que nada nos EUA é tão América Latina, colonizada e explorada, quanto aquilo ali. "Uma coisa assim meio Galeano, sabe?" Sei.
A economia vai mal desde sempre, pois nunca se diversificou. A forma com que a mineração é feita também estraga o ambiente, contamina os rios a ponto de deixar a água "imbebível". Quem tem condição vai embora. Quem estuda vai embora. E para manter essa mão de obra baratinha e essa gente que topa viver em qualquer buraco, a indústria perpetua o ciclo da ignorância.
Mas foi nos anos 70 que a coisa desandou, quando começaram a fechar as minas subterrâneas e passar a explorar a superfície, porque o carvão supostamente é mais puro na hora de queimar (mas não de produzir). Com a mecanização, os empregos diminuíram. E agora, com a crise no país se aprofundando, e o consumo de carvão caindo, um novo ciclo de miséria ameaça a Appalachia.
Quando digo miséria, é miséria mesmo _nada de relativismo. É 40% da população, em alguns lugares, sem esgoto. É gente morando permanentemente em trailers sem calefação (é, o inverno aqui é rigoroso). É cidades em que só 5% chegaram a universidade. É gente de dentes podres, escuros, esburacados, independentemente da idade. As taxas de mortandade ali são 18% maiores do que no resto do país, segundo estudo liderado por Michael Hendryx, da Universidade da Virginia Ocidental.
Maior que a miséria só a desconfiança e a descrença _nenhuma surpresa que os jovens queiram ir embora, e que a região tenha os índices de depressão mais altos dos EUA.
E esse lugar que ao menos era bonito está perdendo até isso: a mineração de superfície arranca a vegetação e o topo das montanhas. A terra onde essa gente vive há gerações está mudando de cara. Janet Keating, que dirige uma ONG ambientalista, define a sensação como "solostalgia", palavra que emprestou de estudiosos australianos: saudade da terra que se foi, ainda que você esteja morando nela.
Ainda assim, há quem insista que explorar o carvão é bom para a região. Pode já ter sido um dia. Mas hoje, querer uma economia extrativista, de base única e que ainda deixa um rastro tóxico na água é, no mínimo, anacrônico.
Fonte: Blog Pelo mundo-folha online
HUNTINGTON (VIRGINIA OCIDENTAL)
POR LUCIANA COELHO
No meio dos EUA, existe um lugar onde as pessoas estudam menos, comem mais, ganham menos dinheiro e morrem mais cedo. Ironicamente, é um lugar lindo em termos naturais, com montanhas superverdes, vales e riachos como não há em nenhum canto lugar do país (ao menos não nessa quantidade).
É a Appalachia, uma faixa de terra que estende ao longo de uma cadeia montanhosa que leva o mesmo nome, e começa lá em cima, no Estado de Nova York, até chegar ao Mississipi. Tem mais ou menos o tamanho da Bahia, mas a população equivale quase à do Chile, do Paraguai e do Uruguai somadas.
Quando você entra na Virginia Ocidental _o único Estado a ficar inteiro dentro dessa região_, a placa de boas-vindas proclama: West Virgina, selvagem e maravilhosa. Ultimamente, porém, anda mais selvagem _no mau sentido_ do que maravilhosa.
Na semana passada, rodei bem a região central desse pedaço de EUA que não é os EUA do nosso imaginário. Porque, me desculpem, mas antes de morar aqui, eu não sabia que pobreza aglomerada também atingia gente branca e na zona rural. A gente lembra de um pouco de pobreza no sul, majoritariamente entre negros e latinos, essencialmente urbana.
Na Appalachia, colonizada por irlandeses há cinco gerações, não tem nem imigração - só Emigração, que chega a 19% em alguns municípios. Aliás, de imigrante só encontrei o mineiro Marco, gerente no Applebees _uma rede local de restaurantes honestos_ em Huntington. Perguntei por que ele estava lá, e ele, já com um pouquinho de sotaque americano depois de 19 anos no país, disse que se mudou porque a ex era da Virginia Ocidental. E não voltou para o Brasil, ou para a Nova York, onde ele viveu, depois da separação? "Ah, não, porque aí acostuma." Vida no campo.
Foquei a reportagem no Kentucky e na Virgínia Ocidental, que são Estados que ainda dependem da extração carvoeira. Steph McSpiritt, uma socióloga ambiental da Universidade do Leste do Kentucky, disse que nada nos EUA é tão América Latina, colonizada e explorada, quanto aquilo ali. "Uma coisa assim meio Galeano, sabe?" Sei.
A economia vai mal desde sempre, pois nunca se diversificou. A forma com que a mineração é feita também estraga o ambiente, contamina os rios a ponto de deixar a água "imbebível". Quem tem condição vai embora. Quem estuda vai embora. E para manter essa mão de obra baratinha e essa gente que topa viver em qualquer buraco, a indústria perpetua o ciclo da ignorância.
Mas foi nos anos 70 que a coisa desandou, quando começaram a fechar as minas subterrâneas e passar a explorar a superfície, porque o carvão supostamente é mais puro na hora de queimar (mas não de produzir). Com a mecanização, os empregos diminuíram. E agora, com a crise no país se aprofundando, e o consumo de carvão caindo, um novo ciclo de miséria ameaça a Appalachia.
Quando digo miséria, é miséria mesmo _nada de relativismo. É 40% da população, em alguns lugares, sem esgoto. É gente morando permanentemente em trailers sem calefação (é, o inverno aqui é rigoroso). É cidades em que só 5% chegaram a universidade. É gente de dentes podres, escuros, esburacados, independentemente da idade. As taxas de mortandade ali são 18% maiores do que no resto do país, segundo estudo liderado por Michael Hendryx, da Universidade da Virginia Ocidental.
Maior que a miséria só a desconfiança e a descrença _nenhuma surpresa que os jovens queiram ir embora, e que a região tenha os índices de depressão mais altos dos EUA.
E esse lugar que ao menos era bonito está perdendo até isso: a mineração de superfície arranca a vegetação e o topo das montanhas. A terra onde essa gente vive há gerações está mudando de cara. Janet Keating, que dirige uma ONG ambientalista, define a sensação como "solostalgia", palavra que emprestou de estudiosos australianos: saudade da terra que se foi, ainda que você esteja morando nela.
Ainda assim, há quem insista que explorar o carvão é bom para a região. Pode já ter sido um dia. Mas hoje, querer uma economia extrativista, de base única e que ainda deixa um rastro tóxico na água é, no mínimo, anacrônico.
Fonte: Blog Pelo mundo-folha online
O passado da Rússia não é indicativo do futuro do país
JOHN THORNHILL *
DO "FINANCIAL TIMES"
Os russos às vezes dizem que é impossível prever qualquer coisa em seu país --até mesmo o passado. Os heróis de uma era são magicamente apagados da era seguinte. Os avanços ousados de um líder são tachados de esquemas insensatos pelos líderes seguintes. Como escreveu Boris Pasternak certa vez, muitas vezes é difícil distinguir vitórias de derrotas.
Esse caleidoscópio histórico em constante mutação é válido para o putsch fracassado do Partido Comunista de linha dura, em agosto de 1991, que levou rapidamente ao desmoronamento da União Soviética, alguns meses mais tarde. Nos últimos 20 anos, aqueles acontecimentos devastadores --que levaram à desintegração de um império, uma economia, uma ideologia e um regime político-- vêm suscitando controvérsia incessante. Vêm sendo interpretados e reinterpretados interminavelmente na Rússia, sendo vistos como motivo de comemoração, desespero, revolta, desilusão ou vergonha.
Para alguns russos, mais notadamente para Boris Ieltsin, o primeiro líder russo pós-comunista, a implosão da União Soviética foi uma libertação, tanto para os povos da Rússia quanto para os outros 14 países que emergiriam dos escombros do império soviético. O colapso de 74 anos de governo do Partido Comunista abriu o caminho para a emergência de uma sociedade, uma economia e um sistema político mais livres --e também ajudou a entrincheirar Ieltsin no poder.
Mas o sucessor deste, Vladimir Putin, mais moldado por uma visão de mundo típica da KGB, chegou a uma conclusão diferente depois de analisar aqueles acontecimentos e o caos que se seguiu a eles. Para Putin, a implosão do poder soviético foi "a maior catástrofe geoestratégica do século 20", deixando a Rússia como a humilhada e empobrecida parte restante de uma superpotência que, no passado, rivalizara com os Estados Unidos. Não surpreende que sua Presidência tenha sido tão marcada pela preocupação de restabelecer o poder do Kremlin e reafirmar a esfera de influência da Rússia no exterior.
O presidente atual da Rússia, Dmitri Medvedev, 45 anos, parece fazer uma avaliação mais nuançada de 1991. Em entrevista que concedeu ao "Financial Times" em junho, ele rejeitou o parecer de Putin, dizendo que a guerra civil pós-revolucionária de 1917-23 e a Segunda Guerra Mundial, que, juntas, mataram dezenas de milhões de pessoas, foram desastres muito piores para a Rússia.
Medvedev descreveu sua geração como sendo "a mais feliz" da nação, porque conheceu na pele as carências de bens dos tempos soviéticos, mas é suficientemente jovem para ter podido beneficiar-se das oportunidades da era pós-comunista. "Ficou muito feliz por ter vivido nessas duas épocas", disse ele. "Acredito que tudo o que aconteceu representa progresso indiscutível para o país e o povo."
No Ocidente desenvolveu-se uma narrativa muito mais simples sobre o colapso soviético. Para a maioria das pessoas, o desaparecimento do "império do mal" foi visto como uma bênção incondicional, reduzindo o perigo de o mundo acabar em uma conflagração nuclear e oferecendo a atração de um dividendo da paz.
No entanto, a queda do principal rival ideológico dos Estados Unidos provocou abalos posteriores. Incentivou o triunfalismo do tipo "fim da história", segundo o qual os mercados livres e a democracia liberal eram os pontos culminantes da evolução política e econômica do homem. Esse húbris ideológico contribuiu para o fundamentalismo de mercado que levou à derrocada financeira de 2008.
Os historiadores ocidentais também começaram a reinterpretar 1991. Uma das análises mais interessantes vem sendo a de Stephen Kotkin, que, em "Armageddon Averted" (Armageddon evitado), argumentou que o colapso soviético não terminou em 1991, mas prosseguiu ao longo da década, atrapalhando e desacreditando as reformas.
Algumas das instituições do Estado soviético morto continuaram a dar sinais de vida durante anos, frustrando as tentativas ocasionais de Ieltsin de criar algo que se assemelhasse a uma economia de livre mercado ou uma democracia. O imenso complexo industrial militar soviético, construído com indiferença perversa a qualquer espécie de lógica industrial, também revelou-se um ônus enorme à economia.
Kotkin argumenta que, em vista desta escala de desorganização política, econômica e social, é altamente espantoso que o caos da Rússia nos anos 1990 --por mais que o país tenha parecido tumultuado na época-- não tenha sido infinitamente pior. O Armageddon foi evitado de fato. Mas não são apenas as consequências de 1991 que vêm suscitando controvérsia; suas causas também continuam a ser largamente discutidas. Um aspecto do colapso soviético que provoca perplexidade é por que ele não foi mais amplamente previsto de antemão, dado que, visto em retrospectiva, ele parecia tão inevitável.
Como estudante de pós-graduação em política soviética, me recordo de ter assistido a uma conferência em Londres, em 1986, que teve a presença de muitos kremlinólogos destacados. Um participante perguntou se a União Soviética cairia ainda durante nossas vidas. Ainda me recordo das gargalhadas incrédulas: o Partido Comunista era coeso demais, o domínio da KGB era forte demais, os povos soviéticos eram demasiado passivos. Como escreveu em 1995 o veterano diplomata americano George Kennan: "Acho difícil pensar em qualquer acontecimento mais estranho, espantoso e, à primeira vista, mais inexplicável, que a repentina e total desintegração e o desaparecimento do cenário internacional ... da grande potência conhecida sucessivamente como o Império Russo e depois como a União Soviética."
Nosso fracasso constante em prever os fatos na Rússia deveria nos ensinar mais humildade quando se trata de imaginar o futuro do país. É perigosíssimo supor que o futuro da Rússia será meramente uma extrapolação de seu presente.
No início dos anos 1990 era comum ouvir russos lamentarem que seu país precisaria de 40 anos no deserto para conseguir despir-se de sua mentalidade de escravo soviético. Estamos apenas na metade desse caminho. Quem sabe como o país vai evoluir?
Não é apenas o passado que é imprevisível.
*John Thornhill é ex-diretor da sucursal do "Financial Times" em Moscou.
Tradução de Clara Allain
DO "FINANCIAL TIMES"
Os russos às vezes dizem que é impossível prever qualquer coisa em seu país --até mesmo o passado. Os heróis de uma era são magicamente apagados da era seguinte. Os avanços ousados de um líder são tachados de esquemas insensatos pelos líderes seguintes. Como escreveu Boris Pasternak certa vez, muitas vezes é difícil distinguir vitórias de derrotas.
Esse caleidoscópio histórico em constante mutação é válido para o putsch fracassado do Partido Comunista de linha dura, em agosto de 1991, que levou rapidamente ao desmoronamento da União Soviética, alguns meses mais tarde. Nos últimos 20 anos, aqueles acontecimentos devastadores --que levaram à desintegração de um império, uma economia, uma ideologia e um regime político-- vêm suscitando controvérsia incessante. Vêm sendo interpretados e reinterpretados interminavelmente na Rússia, sendo vistos como motivo de comemoração, desespero, revolta, desilusão ou vergonha.
Para alguns russos, mais notadamente para Boris Ieltsin, o primeiro líder russo pós-comunista, a implosão da União Soviética foi uma libertação, tanto para os povos da Rússia quanto para os outros 14 países que emergiriam dos escombros do império soviético. O colapso de 74 anos de governo do Partido Comunista abriu o caminho para a emergência de uma sociedade, uma economia e um sistema político mais livres --e também ajudou a entrincheirar Ieltsin no poder.
Mas o sucessor deste, Vladimir Putin, mais moldado por uma visão de mundo típica da KGB, chegou a uma conclusão diferente depois de analisar aqueles acontecimentos e o caos que se seguiu a eles. Para Putin, a implosão do poder soviético foi "a maior catástrofe geoestratégica do século 20", deixando a Rússia como a humilhada e empobrecida parte restante de uma superpotência que, no passado, rivalizara com os Estados Unidos. Não surpreende que sua Presidência tenha sido tão marcada pela preocupação de restabelecer o poder do Kremlin e reafirmar a esfera de influência da Rússia no exterior.
O presidente atual da Rússia, Dmitri Medvedev, 45 anos, parece fazer uma avaliação mais nuançada de 1991. Em entrevista que concedeu ao "Financial Times" em junho, ele rejeitou o parecer de Putin, dizendo que a guerra civil pós-revolucionária de 1917-23 e a Segunda Guerra Mundial, que, juntas, mataram dezenas de milhões de pessoas, foram desastres muito piores para a Rússia.
Medvedev descreveu sua geração como sendo "a mais feliz" da nação, porque conheceu na pele as carências de bens dos tempos soviéticos, mas é suficientemente jovem para ter podido beneficiar-se das oportunidades da era pós-comunista. "Ficou muito feliz por ter vivido nessas duas épocas", disse ele. "Acredito que tudo o que aconteceu representa progresso indiscutível para o país e o povo."
No Ocidente desenvolveu-se uma narrativa muito mais simples sobre o colapso soviético. Para a maioria das pessoas, o desaparecimento do "império do mal" foi visto como uma bênção incondicional, reduzindo o perigo de o mundo acabar em uma conflagração nuclear e oferecendo a atração de um dividendo da paz.
No entanto, a queda do principal rival ideológico dos Estados Unidos provocou abalos posteriores. Incentivou o triunfalismo do tipo "fim da história", segundo o qual os mercados livres e a democracia liberal eram os pontos culminantes da evolução política e econômica do homem. Esse húbris ideológico contribuiu para o fundamentalismo de mercado que levou à derrocada financeira de 2008.
Os historiadores ocidentais também começaram a reinterpretar 1991. Uma das análises mais interessantes vem sendo a de Stephen Kotkin, que, em "Armageddon Averted" (Armageddon evitado), argumentou que o colapso soviético não terminou em 1991, mas prosseguiu ao longo da década, atrapalhando e desacreditando as reformas.
Algumas das instituições do Estado soviético morto continuaram a dar sinais de vida durante anos, frustrando as tentativas ocasionais de Ieltsin de criar algo que se assemelhasse a uma economia de livre mercado ou uma democracia. O imenso complexo industrial militar soviético, construído com indiferença perversa a qualquer espécie de lógica industrial, também revelou-se um ônus enorme à economia.
Kotkin argumenta que, em vista desta escala de desorganização política, econômica e social, é altamente espantoso que o caos da Rússia nos anos 1990 --por mais que o país tenha parecido tumultuado na época-- não tenha sido infinitamente pior. O Armageddon foi evitado de fato. Mas não são apenas as consequências de 1991 que vêm suscitando controvérsia; suas causas também continuam a ser largamente discutidas. Um aspecto do colapso soviético que provoca perplexidade é por que ele não foi mais amplamente previsto de antemão, dado que, visto em retrospectiva, ele parecia tão inevitável.
Como estudante de pós-graduação em política soviética, me recordo de ter assistido a uma conferência em Londres, em 1986, que teve a presença de muitos kremlinólogos destacados. Um participante perguntou se a União Soviética cairia ainda durante nossas vidas. Ainda me recordo das gargalhadas incrédulas: o Partido Comunista era coeso demais, o domínio da KGB era forte demais, os povos soviéticos eram demasiado passivos. Como escreveu em 1995 o veterano diplomata americano George Kennan: "Acho difícil pensar em qualquer acontecimento mais estranho, espantoso e, à primeira vista, mais inexplicável, que a repentina e total desintegração e o desaparecimento do cenário internacional ... da grande potência conhecida sucessivamente como o Império Russo e depois como a União Soviética."
Nosso fracasso constante em prever os fatos na Rússia deveria nos ensinar mais humildade quando se trata de imaginar o futuro do país. É perigosíssimo supor que o futuro da Rússia será meramente uma extrapolação de seu presente.
No início dos anos 1990 era comum ouvir russos lamentarem que seu país precisaria de 40 anos no deserto para conseguir despir-se de sua mentalidade de escravo soviético. Estamos apenas na metade desse caminho. Quem sabe como o país vai evoluir?
Não é apenas o passado que é imprevisível.
*John Thornhill é ex-diretor da sucursal do "Financial Times" em Moscou.
Tradução de Clara Allain
Texas mantém taxa de entrada obrigatória em clube de strip-tease
A Suprema Corte do Estado do Texas, nos Estados Unidos, determinou que a o valor cobrado para a entrada nos clubes de strip-tease é considerado constitucional, segundo informações do "Huffington Post". Dessa forma, a cobrança é mantida. O chamado “imposto do pecado” custa US$ 5 para o cliente que quiser frequentar o clube.
Representantes dos estabelecimentos classificam a taxa de “inapropriada” e afirmam que a medida traz desvantagem para o negócio, o que pode, inclusive, reduzir o faturamento e movimento nos estabelecimentos. Os proprietários dos clubes já anunciaram que pretendem recorrer da decisão.
O valor é cobrado desde 2007, e parte da renda é destinada a programas de combate à exploração sexual e saúde preventiva. O valor arrecadado também é direcionado para políticas que beneficiam a população de baixa renda.
27/08/2011UOL Notícias - InternacionalfalseUOL Notícias4@UOLNoticias #UOL
Representantes dos estabelecimentos classificam a taxa de “inapropriada” e afirmam que a medida traz desvantagem para o negócio, o que pode, inclusive, reduzir o faturamento e movimento nos estabelecimentos. Os proprietários dos clubes já anunciaram que pretendem recorrer da decisão.
O valor é cobrado desde 2007, e parte da renda é destinada a programas de combate à exploração sexual e saúde preventiva. O valor arrecadado também é direcionado para políticas que beneficiam a população de baixa renda.
27/08/2011UOL Notícias - InternacionalfalseUOL Notícias4@UOLNoticias #UOL
sexta-feira, agosto 26, 2011
Frases
Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando uma visão com conhecimento de causa:
“Quando você perceber que para produzir precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.
“Quando você perceber que para produzir precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.
Teste Ilusão de ótica
Encontre o C, é um bom exercício para os olhos.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOCOOO OOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOOOOOO
Já, encontrou o C. Então, agora, encontre o 6!
999999999999999999999999999999999999999 9999999999999999999999999999
999999999999999999999999999999999999999 9999999999999999999999999999
999999999999999999999999999999999999999 9999999999999999999999999999
999969999999999999999999999999999999999 9999999999999999999999999999
999999999999999999999999999999999999999 9999999999999999999999999999
999999999999999999999999999999999999999 9999999999999999999999999999
Encontrado o 6, encontre agora o N. Este é dificil.
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMNMM MM
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM MM
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM MM
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM MM
MMMMMMMMMMMMMMMMMMM
Se você passou nos testes, cancele a sua visita anual ao neurologista. Você está beleza e bem distante do temido Alzhei
Enigma
A papelaria tem um cartaz à porta que diz:
Tinteiros: 4,5 €
Cadernos: 4€
Lápis: 2,5€
Quanto custam as canetas?
Tinteiros: 4,5 €
Cadernos: 4€
Lápis: 2,5€
Quanto custam as canetas?
Curiosidades
As unhas da mão crescem mais rápido que as dos pés
O mecanismo exato que controla a velocidade do crescimento das unhas das mãos e dos pés é desconhecido, diz Jeffrey S. Dover, professor clínico adjunto de dermatologia da Escola de Medicina de Yale. Ainda assim, já se estabeleceu que as unhas da mão crescem cerca de três vezes mais rápido do...
O mecanismo exato que controla a velocidade do crescimento das unhas das mãos e dos pés é desconhecido, diz Jeffrey S. Dover, professor clínico adjunto de dermatologia da Escola de Medicina de Yale. Ainda assim, já se estabeleceu que as unhas da mão crescem cerca de três vezes mais rápido do...
07 brasilidades
COISAS DE MERDA QUE SÓ SE FAZEM NO BRASIL
A despeito do fato de Deus ser ou não ser brasileiro, há coisas surpreendentes que só acontecem no Brasil. Provas cabais de que a inteligência da brazucada não tem sido brindada pela inspiração divina.
Vamos listar aqui 7 destas coisas…
1) Novo padrão de tomadas elétricas.
Quem foi o cretino que inventou a nova tomada/flecha de 3 pinos incompatível com TODAS as tomadas da galáxia? Nem nas tomadas do Império Klingon essa bosta encaixa! De uma hora para outra, todas as nossas tranqueiras elétricas e gadgets que usam plugues com o padrão americano (este sim, universal), simplesmente ficam imprestáveis. Como somos brasileiros e não desistimos nunca, é chegada a hora de invocar a santa gambiarra! Essa trozoba deve ter sido “inventado” pelo mesmo safado que empurrou o obrigatorio kit primeiros socorros (??) para todos os proprietários de veiculos na década de 90.
2) Proibição do álcool 92º
Um belo dia alguns políticos de Brasília tiveram a brilhante ideia de converter o álcool em água rala de 46 graus. Outro belo dia, minha mulher apareceu (sem saber) com este novo álcool, para botar fogo no fogão a lenha, e ele simplesmente molhava os fósforos. Tivemos que voltar ao supermercado para trocar o famoso “Álcool Namorado” pelo trivial Álcool Pereira de 92º, aquele que limpa e queima. Ainda bem que a indústria alcooleira entrou na justiça e conseguiu liminares liberando o nosso bom e verdadeiro álcool de cada dia, embora, claro, há que se tomar as devidas precauções para não provocar queimaduras graves e incendiar a casa. PS: aos sacros defensores desta proibição idiota, sugiro que propugnem também garfos sem pontas e facas cegas, pois tais utensílios domésticos também podem ser prejudiciais à saúde.
3) Seguro obrigatório veicular
Você, que gasta os tubos com seguro total, já parou para pensar porque tem que continuar pagando o tal do seguro obrigatório? Enquanto isto, as máfias sacam a torto e a direito as merrecas do seguro obrigatório, que os seus legítimos beneficiários não sabem ou não se interessam em sacar.
4) Carros Flex
Caso eu pusesse um adesivo no meu carro flex, teria o seguinte teor: “acreditei no governo e embarquei nesta carroça beberrona”. Justamente quando os motores exclusivamente à gasolina começaram a ficar econômicos, os gestores públicos apareceram com esta bomba que só corrói o motor e o nosso bolso. Sem falar naquele maldito tanquinho extra, que é uma preocupação a mais para manter cheio de gasolina. Quando você vê o preço do litro do álcool hidratado a R$ 2,70 começa a tirar algumas conclusões.
5) Tratamento reservado às crianças geniais
Enquanto na Índia, um país miserável e fedorento, as crianças possuidoras de habilidades geniais são acompanhadas de perto e recebem uma educação especial, no Brasil elas são estigmatizadas na escola, vítimas de bulling e em vez de se tornarem gênios ou cientistas, terminam formando uma banda medíocre de roquezinho, como no caso de Roger (Ultraje a Rigor), detentor de QI 172 (Einstein tinha QI 168). Mas uma coisa fazemos bem, qualquer pivete favelado, craque prematuro de futebol, é prontamente separado para receber todos os cuidados e mimos que merece. Enquanto isto, os nossos nerds e jovens cientistas levam muita porrada na escola. Por isso, enquanto nos resignamos a ser campeões de futebol, a Índia (aquele país miserável e fedorento) consegue (desde a década de 70) construir usinas e armas nucleares, lançar satélites em órbita e mandar sondas espaciais para outros planetas e desenvolver software para outros países (inclusive o Brasil).
***
6) Sistema de TV em cores PAL-M
Algum biltre brazuca teve a ideia genial de fazer um sistema de cores único no mundo: pegou o padrão de luminância americano NTSC, fundiu-o com o sistema cromático europeu e criou o frankenstein chamado PAL-M, onde leia-se “M” de merda, incompatível com qualquer televisor do resto do planeta.
7) Reforma Ortográfica
Um belo dia, um energúmeno brazuca teve uma idéia. Vamos mudar a Língua Portuguesa! NO MUNDO INTEIRO! Pra quê? Só pra transformar em um inferno a vida TODOS vestibulandos e concurseiros luso-parlantes. E de quebra, enriquecer donos de cursinhos. (Vai ver que esse energúmeno é dono de cursinho..)
A despeito do fato de Deus ser ou não ser brasileiro, há coisas surpreendentes que só acontecem no Brasil. Provas cabais de que a inteligência da brazucada não tem sido brindada pela inspiração divina.
Vamos listar aqui 7 destas coisas…
1) Novo padrão de tomadas elétricas.
Quem foi o cretino que inventou a nova tomada/flecha de 3 pinos incompatível com TODAS as tomadas da galáxia? Nem nas tomadas do Império Klingon essa bosta encaixa! De uma hora para outra, todas as nossas tranqueiras elétricas e gadgets que usam plugues com o padrão americano (este sim, universal), simplesmente ficam imprestáveis. Como somos brasileiros e não desistimos nunca, é chegada a hora de invocar a santa gambiarra! Essa trozoba deve ter sido “inventado” pelo mesmo safado que empurrou o obrigatorio kit primeiros socorros (??) para todos os proprietários de veiculos na década de 90.
2) Proibição do álcool 92º
Um belo dia alguns políticos de Brasília tiveram a brilhante ideia de converter o álcool em água rala de 46 graus. Outro belo dia, minha mulher apareceu (sem saber) com este novo álcool, para botar fogo no fogão a lenha, e ele simplesmente molhava os fósforos. Tivemos que voltar ao supermercado para trocar o famoso “Álcool Namorado” pelo trivial Álcool Pereira de 92º, aquele que limpa e queima. Ainda bem que a indústria alcooleira entrou na justiça e conseguiu liminares liberando o nosso bom e verdadeiro álcool de cada dia, embora, claro, há que se tomar as devidas precauções para não provocar queimaduras graves e incendiar a casa. PS: aos sacros defensores desta proibição idiota, sugiro que propugnem também garfos sem pontas e facas cegas, pois tais utensílios domésticos também podem ser prejudiciais à saúde.
3) Seguro obrigatório veicular
Você, que gasta os tubos com seguro total, já parou para pensar porque tem que continuar pagando o tal do seguro obrigatório? Enquanto isto, as máfias sacam a torto e a direito as merrecas do seguro obrigatório, que os seus legítimos beneficiários não sabem ou não se interessam em sacar.
4) Carros Flex
Caso eu pusesse um adesivo no meu carro flex, teria o seguinte teor: “acreditei no governo e embarquei nesta carroça beberrona”. Justamente quando os motores exclusivamente à gasolina começaram a ficar econômicos, os gestores públicos apareceram com esta bomba que só corrói o motor e o nosso bolso. Sem falar naquele maldito tanquinho extra, que é uma preocupação a mais para manter cheio de gasolina. Quando você vê o preço do litro do álcool hidratado a R$ 2,70 começa a tirar algumas conclusões.
5) Tratamento reservado às crianças geniais
Enquanto na Índia, um país miserável e fedorento, as crianças possuidoras de habilidades geniais são acompanhadas de perto e recebem uma educação especial, no Brasil elas são estigmatizadas na escola, vítimas de bulling e em vez de se tornarem gênios ou cientistas, terminam formando uma banda medíocre de roquezinho, como no caso de Roger (Ultraje a Rigor), detentor de QI 172 (Einstein tinha QI 168). Mas uma coisa fazemos bem, qualquer pivete favelado, craque prematuro de futebol, é prontamente separado para receber todos os cuidados e mimos que merece. Enquanto isto, os nossos nerds e jovens cientistas levam muita porrada na escola. Por isso, enquanto nos resignamos a ser campeões de futebol, a Índia (aquele país miserável e fedorento) consegue (desde a década de 70) construir usinas e armas nucleares, lançar satélites em órbita e mandar sondas espaciais para outros planetas e desenvolver software para outros países (inclusive o Brasil).
***
6) Sistema de TV em cores PAL-M
Algum biltre brazuca teve a ideia genial de fazer um sistema de cores único no mundo: pegou o padrão de luminância americano NTSC, fundiu-o com o sistema cromático europeu e criou o frankenstein chamado PAL-M, onde leia-se “M” de merda, incompatível com qualquer televisor do resto do planeta.
7) Reforma Ortográfica
Um belo dia, um energúmeno brazuca teve uma idéia. Vamos mudar a Língua Portuguesa! NO MUNDO INTEIRO! Pra quê? Só pra transformar em um inferno a vida TODOS vestibulandos e concurseiros luso-parlantes. E de quebra, enriquecer donos de cursinhos. (Vai ver que esse energúmeno é dono de cursinho..)
Para DIDI, o trapalhão
CARTA ABERTA DE ELIANE SINHASIQUE (jornalista e publicitária) PARA RENATO ARAGÃO (o Didi da REDE GLOBO DE TELEVISÃO) . . . . . !!!
Querido Didi,
Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu nome para colar nas correspondências) ..........
Achei que as cartas não deveriam ser endereçadas a mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido às suas solicitações.
Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e escrever uma resposta.
Não foi por " algum motivo " que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos).
Você diz, em sua última carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação !
Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Êsse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não.
Eu não sou ministra da educação. Não ordeno e nem priorizo as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula.
A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos de idade, quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da família.
Trabalhei muito e, te garanto, TRABALHO NÃO MATA NINGUEM ! Muito pelo contrário, faz bem !
Estudei na escola da zona rural, fiz Supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro- empresária.
Didi, talvez você não tenha noção do quanto o GOVERNO FEDERAL tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa.
Os impostos são muito altos ! Sem falar dos Impostos embutidos em cada alimento e em cada produto ou serviço que preciso comprar para o sustento e sobrevivência da minha família.
Eu pago pela educação duas vezes : pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, PORQUE SOMENTE A ESCOLA PÚBLICA NÃO ATENDE COM ENSINO DE QUALIDADE QUE, ACREDITO, MEUS DOIS FILHOS MERECEM !!!
Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir, pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais !
O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores dessa dinheirama toda não veêm a educação como prioridade !
PARA ÊLES, A EDUCAÇÃO LHES RETIRA A SUBSERVIÊNCIA E ÊSSE FATO, POR SI SÓ, NÃO INTERESSA AOS POLÍTICOS QUE ESTÃO NO PODER. POR ISSO, O DINHEIRO ESTÁ SAINDO PELO RALO; ESTÃO JOGANDO FORA , OU APLICANDO MUITO MAL !!!
Para você ter uma idéia, na minha cidade cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 8,82 (oito reais e oitenta e dois centavos), enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos) !!! O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda ? Você pode ajudar a mudar isso ! Não acha ?
Você diz em sua carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você !
É por isso que sua carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria ser endereçada à Presidente da República !!!
Ela é "a cara" !!! Ela é quem tem a chave do cofre e a vontade política para aplicar os recursos !
Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ela faça o que for correto e necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas do país, sem nenhum tipo de distinção ou discriminação. MAS, NÃO É O QUE ACONTECE !!!
No último parágrafo da sua carta, você joga, mais uma vez, a responsabilidade para cima de mim, dizendo que as crianças precisam da "minha doação" e que a "minha doação" faz toda a diferença...
Lamento discordar de você, Didi !!! Com o valor da doação mínima de R$ 15,00 (quinze reais) eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês, ou posso comprar pão para o café da manhã para 10 dias..... !!!
Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas, R$ 15,00 (quinze reais) eu não vou doar! Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho !!!
Isso significa que o governo leva mais de um terço de tudo que eu recebo e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família !
Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer NÃO para quase tudo que meus filhos querem ou precisam ? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo ? Acredito que não. Você é um homem de bom-senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.
Outra coisa Didi, MANDE UMA CARTA PARA A PRESIDENTE "DILMA" pedindo para ela selecionar melhor os ministros e também os professores das escolas públicas ! Só escolher quem, de fato, tem vocação para ser ministro e para o ensino.
Melhorar os salários daqueles profissionais também funciona para que êles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação ! Peça para ela, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam, além de ler, escrever e fazer contas, possam desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso está sobrando sim ! Diga para ela priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.
Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando... Eliane Sinhasique - Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari !!!
P.S.: Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal-educada: vou rasgá-la antes de abrir.
PS2* Aos otários que doaram para o criança esperança, fiquem sabendo : AS ORGANIZAÇÕES GLOBO ENTREGAM TODO O DINHEIRO ARRECADADO À UNICEF E RECEBEM UM RECIBO DO VALOR PARA DEDUÇÃO DO SEU IMPOSTO DE RENDA !!!
Para vocês a Rede Globo anuncia: essa doação não poderá ser deduzida do seu imposto de renda !
PORQUÊ É ELA QUEM O FAZ !!!
PS3* E O DINHEIRO DA CPMF QUE PAGAMOS DURANTE 11(ONZE) ANOS?
MELHOROU ALGUMA COISA NA EDUCAÇÃO E NA SAÚDE DURANTE ESSES ANOS?
Querido Didi,
Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu nome para colar nas correspondências) ..........
Achei que as cartas não deveriam ser endereçadas a mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido às suas solicitações.
Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e escrever uma resposta.
Não foi por " algum motivo " que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos).
Você diz, em sua última carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação !
Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Êsse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não.
Eu não sou ministra da educação. Não ordeno e nem priorizo as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula.
A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos de idade, quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da família.
Trabalhei muito e, te garanto, TRABALHO NÃO MATA NINGUEM ! Muito pelo contrário, faz bem !
Estudei na escola da zona rural, fiz Supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro- empresária.
Didi, talvez você não tenha noção do quanto o GOVERNO FEDERAL tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa.
Os impostos são muito altos ! Sem falar dos Impostos embutidos em cada alimento e em cada produto ou serviço que preciso comprar para o sustento e sobrevivência da minha família.
Eu pago pela educação duas vezes : pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, PORQUE SOMENTE A ESCOLA PÚBLICA NÃO ATENDE COM ENSINO DE QUALIDADE QUE, ACREDITO, MEUS DOIS FILHOS MERECEM !!!
Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir, pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais !
O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores dessa dinheirama toda não veêm a educação como prioridade !
PARA ÊLES, A EDUCAÇÃO LHES RETIRA A SUBSERVIÊNCIA E ÊSSE FATO, POR SI SÓ, NÃO INTERESSA AOS POLÍTICOS QUE ESTÃO NO PODER. POR ISSO, O DINHEIRO ESTÁ SAINDO PELO RALO; ESTÃO JOGANDO FORA , OU APLICANDO MUITO MAL !!!
Para você ter uma idéia, na minha cidade cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 8,82 (oito reais e oitenta e dois centavos), enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos) !!! O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda ? Você pode ajudar a mudar isso ! Não acha ?
Você diz em sua carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você !
É por isso que sua carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria ser endereçada à Presidente da República !!!
Ela é "a cara" !!! Ela é quem tem a chave do cofre e a vontade política para aplicar os recursos !
Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ela faça o que for correto e necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas do país, sem nenhum tipo de distinção ou discriminação. MAS, NÃO É O QUE ACONTECE !!!
No último parágrafo da sua carta, você joga, mais uma vez, a responsabilidade para cima de mim, dizendo que as crianças precisam da "minha doação" e que a "minha doação" faz toda a diferença...
Lamento discordar de você, Didi !!! Com o valor da doação mínima de R$ 15,00 (quinze reais) eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês, ou posso comprar pão para o café da manhã para 10 dias..... !!!
Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas, R$ 15,00 (quinze reais) eu não vou doar! Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho !!!
Isso significa que o governo leva mais de um terço de tudo que eu recebo e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família !
Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer NÃO para quase tudo que meus filhos querem ou precisam ? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo ? Acredito que não. Você é um homem de bom-senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.
Outra coisa Didi, MANDE UMA CARTA PARA A PRESIDENTE "DILMA" pedindo para ela selecionar melhor os ministros e também os professores das escolas públicas ! Só escolher quem, de fato, tem vocação para ser ministro e para o ensino.
Melhorar os salários daqueles profissionais também funciona para que êles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação ! Peça para ela, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam, além de ler, escrever e fazer contas, possam desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso está sobrando sim ! Diga para ela priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.
Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando... Eliane Sinhasique - Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari !!!
P.S.: Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal-educada: vou rasgá-la antes de abrir.
PS2* Aos otários que doaram para o criança esperança, fiquem sabendo : AS ORGANIZAÇÕES GLOBO ENTREGAM TODO O DINHEIRO ARRECADADO À UNICEF E RECEBEM UM RECIBO DO VALOR PARA DEDUÇÃO DO SEU IMPOSTO DE RENDA !!!
Para vocês a Rede Globo anuncia: essa doação não poderá ser deduzida do seu imposto de renda !
PORQUÊ É ELA QUEM O FAZ !!!
PS3* E O DINHEIRO DA CPMF QUE PAGAMOS DURANTE 11(ONZE) ANOS?
MELHOROU ALGUMA COISA NA EDUCAÇÃO E NA SAÚDE DURANTE ESSES ANOS?
Nióbio, o metal que só o Brasil fornece ao mundo
05 de agosto de 2011
Uma riqueza que o povo brasileiro desconhece, e tudo fazem para que isso continue assim
Por Júlio Ferreira (*)
A cada vez mais no dia-a-dia, o tema é abordado em reportagens nas mídias escrita e televisiva, chegando a já ser alarmante. Como é possível que metade da produção brasileira de nióbio seja subfaturada “oficialmente” e enviada ao exterior, configurando assim o crime de descaminho, com todas as investigações apontando de longa data, para o gabinete presidencial?
Como é possível o fato do Brasil ser o único fornecedor mundial de nióbio (98% das jazidas desse metal estão aqui), sem o qual não se fabricam turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, centrais elétricas e super aços; e seu preço para a venda, além de muito baixo, seja fixado pela Inglaterra, que não tem nióbio algum?
EUA, Europa e Japão são 100% dependentes do nióbio brasileiro. Como é possível em não havendo outro fornecedor, que nos sejam atribuídos apenas 55% dessa produção, e os 45% restantes saíndo extra-oficialmente, não sendo assim computados.
Estamos perdendo cerca de14 bilhões de dólares anuais, e vendendo o nosso nióbio na mesma proporção como se a Opep vendesse a 1 dólar o barril de petróleo. Mas petróleo existe em outras fontes, e o nióbio só no Brasil; podendo ser uma outra moeda nossa. Não é uma descalabro alarmante?
O publicitário Marcos Valério, na CPI dos Correios, revelou na TV para todo o Brasil, dizendo: “O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio”. E ainda: “O ministro José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia”.
Ninguém teve coragem de investigar… Ou estarão todos ganhando com isso? Soma-se a esse fato o que foi publicado na Folha de S. Paulo em 2002: “Lula ficou hospedado na casa do dono da CMN (produtora de nióbio) em Araxá-MG, cuja ONG financiou o programa Fome Zero”.
As maiores jazidas mundiais de nióbio estão em Roraima e Amazonas (São Gabriel da Cachoeira e Raposa – Serra do Sol), sendo esse o real motivo da demarcação contínua da reserva, sem a presença do povo brasileiro não-índio para a total liberdade das ONGs internacionais e mineradoras estrangeiras.
Há fortes indícios que a própria Funai esteja envolvida no contrabando do nióbio, usando índios para envio do minério à Guiana Inglesa, e dali aos EUA e Europa. A maior reserva de nióbio do mundo, a do Morro dos Seis Lagos, em São Gabriel da Cachoeira (AM), é conhecida desde os anos 80, mas o governo federal nunca a explorou oficialmente, deixando assim o contrabando fluir livremente, num acordo entre a presidência da República e os países consumidores, oficializando assim o roubo de divisas do Brasil.
Todos viram recentemente Lula em foto oficial, assentado em destaque, ao lado da rainha da Inglaterra. Nação que é a mais beneficiada com a demarcação em Roraima, e a maior intermediária na venda do nióbio brasileiro ao mundo todo. Pelo visto, sua alteza real Elizabeth II demonstra total gratidão para com nossos “traíras” a serviço da Coroa Britânica. Mas, no andar dessa carruagem, esse escândalo está por pouco para estourar, afinal, o segredo sobre o nióbio como moeda de troca, não está resistindo às pressões da mídia esclarecida e patriótica.
(*) Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=17578
Uma riqueza que o povo brasileiro desconhece, e tudo fazem para que isso continue assim
Por Júlio Ferreira (*)
A cada vez mais no dia-a-dia, o tema é abordado em reportagens nas mídias escrita e televisiva, chegando a já ser alarmante. Como é possível que metade da produção brasileira de nióbio seja subfaturada “oficialmente” e enviada ao exterior, configurando assim o crime de descaminho, com todas as investigações apontando de longa data, para o gabinete presidencial?
Como é possível o fato do Brasil ser o único fornecedor mundial de nióbio (98% das jazidas desse metal estão aqui), sem o qual não se fabricam turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, centrais elétricas e super aços; e seu preço para a venda, além de muito baixo, seja fixado pela Inglaterra, que não tem nióbio algum?
EUA, Europa e Japão são 100% dependentes do nióbio brasileiro. Como é possível em não havendo outro fornecedor, que nos sejam atribuídos apenas 55% dessa produção, e os 45% restantes saíndo extra-oficialmente, não sendo assim computados.
Estamos perdendo cerca de14 bilhões de dólares anuais, e vendendo o nosso nióbio na mesma proporção como se a Opep vendesse a 1 dólar o barril de petróleo. Mas petróleo existe em outras fontes, e o nióbio só no Brasil; podendo ser uma outra moeda nossa. Não é uma descalabro alarmante?
O publicitário Marcos Valério, na CPI dos Correios, revelou na TV para todo o Brasil, dizendo: “O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio”. E ainda: “O ministro José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia”.
Ninguém teve coragem de investigar… Ou estarão todos ganhando com isso? Soma-se a esse fato o que foi publicado na Folha de S. Paulo em 2002: “Lula ficou hospedado na casa do dono da CMN (produtora de nióbio) em Araxá-MG, cuja ONG financiou o programa Fome Zero”.
As maiores jazidas mundiais de nióbio estão em Roraima e Amazonas (São Gabriel da Cachoeira e Raposa – Serra do Sol), sendo esse o real motivo da demarcação contínua da reserva, sem a presença do povo brasileiro não-índio para a total liberdade das ONGs internacionais e mineradoras estrangeiras.
Há fortes indícios que a própria Funai esteja envolvida no contrabando do nióbio, usando índios para envio do minério à Guiana Inglesa, e dali aos EUA e Europa. A maior reserva de nióbio do mundo, a do Morro dos Seis Lagos, em São Gabriel da Cachoeira (AM), é conhecida desde os anos 80, mas o governo federal nunca a explorou oficialmente, deixando assim o contrabando fluir livremente, num acordo entre a presidência da República e os países consumidores, oficializando assim o roubo de divisas do Brasil.
Todos viram recentemente Lula em foto oficial, assentado em destaque, ao lado da rainha da Inglaterra. Nação que é a mais beneficiada com a demarcação em Roraima, e a maior intermediária na venda do nióbio brasileiro ao mundo todo. Pelo visto, sua alteza real Elizabeth II demonstra total gratidão para com nossos “traíras” a serviço da Coroa Britânica. Mas, no andar dessa carruagem, esse escândalo está por pouco para estourar, afinal, o segredo sobre o nióbio como moeda de troca, não está resistindo às pressões da mídia esclarecida e patriótica.
(*) Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=17578
que país é este?
“Que país é este que junta milhões de pessoas numa marcha gay, outros milhões numa marcha evangélica, muitas centenas numa marcha a favor da maconha, mas que não se mobiliza contra a corrupção”
(07/07/2011 Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País)
(07/07/2011 Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País)
Salário Mínimo
NÃO FICA UM MEU IRMÃO !!!!!!!!
Pois é... lembra-se?.. Olhe os gestos!.. Vê bem?..
O fato foi lembrado na coluna do Merval Pereira, em O Globo.
A foto é de maio de 2000, durante a votação do Salário Mínimo. Naquela época, o aumento dado por Fernando Henrique Cardoso foi de 19,2%. Eles acharam pouco. Fizeram troça...
Dilma ofereceu, este ano, 6,9%. Eles acham muito...
Os personagens dispensam apresentações.
Eles chegaram lá!.. Eles estão lá!..
O povo bobo mordeu a isca do lobo.
A Melhor frase ouvida nos últimos tempos!..
"O PT é, de fato, um partido interessante...
Começou com presos políticos e vai terminar com políticos presos..."
( Joelmir Betting) .
Pois é... lembra-se?.. Olhe os gestos!.. Vê bem?..
O fato foi lembrado na coluna do Merval Pereira, em O Globo.
A foto é de maio de 2000, durante a votação do Salário Mínimo. Naquela época, o aumento dado por Fernando Henrique Cardoso foi de 19,2%. Eles acharam pouco. Fizeram troça...
Dilma ofereceu, este ano, 6,9%. Eles acham muito...
Os personagens dispensam apresentações.
Eles chegaram lá!.. Eles estão lá!..
O povo bobo mordeu a isca do lobo.
A Melhor frase ouvida nos últimos tempos!..
"O PT é, de fato, um partido interessante...
Começou com presos políticos e vai terminar com políticos presos..."
( Joelmir Betting) .
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