No início de setembro a Suprema Corte de Justiça chinesa encerrou os trabalhos de revisão da Lei do Casamento. A principal emenda decidida pelos juizes é relativa ao patrimônio dos casais e estipula que, em caso de divórcio, os bens imóveis não serão mais divididos entre os cônjuges mas ficarão com aquele que mais contribuiu financeiramente para adquirí-los. Como na China é o noivo que traz o apartamento do futuro casal no enxoval, enquanto que a noiva traz os móveis e dinheiro para os primeiros anos, o objetivo dos legisladores é no fundo evitar que os casamentos sejam motivados pela ambição das moças de enriquecerem à custa do futuro marido.
E, de fato, o número de divórcios e de disputas patrimoniais dos jovens casais aumentou de maneira significativa na China. Em 2010, 3 milhões de casais chineses divorciaram e, na maioria dos casos, o divórcio foi litigioso em razão da partilha dos bens. Em geral, são as mulheres que abandonam o marido no final de poucos meses de vida em comum exigindo a parte maior do patrimônio.
Desde que a China aderiu à sociedade de consumo e se tornou hiper materialista, as solteiras parecem dar mais preferência ao dinheiro que ao amor e exigem do futuro marido carros importados, apartamentos de cobertura e mordomos." Prefiro chorar numa BMW que sorrir numa bicicleta" é o novo lema destas jovens. Uma escola para aprender a " fisgar milionário" foi aberta recentemente em Pequim. Custa 300 US$ por 10 horas de aula.
Amy Bourrieer
Fonte: oglobo.online
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