domingo, setembro 02, 2012

No palanque, Serra vincula proposta de Haddad ao mensalão- 01/09/2012

O candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, assumiu o discurso de sua propaganda no rádio e, pela primeira vez, vinculou pessoalmente o Bilhete Único mensal proposto por seu rival Fernando Haddad (PT) ao mensalão.

"Agora vão mexer no Bilhete Único para quê? Precisa de transporte mais barato, então vamos tirar o imposto federal que tem no óleo diesel que vai para o governo federal. Se não tomar cuidado, acaba indo para mensalão esse dinheiro, não dá", afirmou em encontro com militantes em São Miguel (zona leste), nesta sexta-feira (31).
Há uma semana a campanha de rádio do tucano havia chamado a proposta de "bilhete mensaleiro". O tucano, entretanto, havia dito que não introduziria nem tiraria o tema da disputa.
À época, Haddad disse ver "descontrole" na propaganda rival.

Ainda no encontro desta sexta, o tucano abordou diretamente as críticas que recebe por ter deixado a prefeitura antes de concluir o mandato, em 2006, para concorrer ao governo do Estado.
Disse que o fez para evitar que o PT vencesse a disputa e pediu que os militantes o defendam.
"Agora ficam espalhando: 'O Serra vai ser candidato a presidente [em 2014]'. Essa é uma mentira para trazer voto e vocês precisam saber responder", afirmou.
O tucano também manteve o tom das críticas ao adversário Celso Russomanno (PRB). "Outro dia eu ouvi um candidato, esse que está muito bem nas pesquisas, falando que criou a Operação Delegada em 2010. Quando foi criada a operação delegada? Setembro de 2009", disse.
"Quanto mais mentiras disserem a nosso respeito, mais verdades vamos dizer sobre eles", afirmou, repetindo a frase que usou para abrir o segundo turno de sua campanha à Presidência em 2010.

No rádio, campanha de Serra chama bilhete de Haddad de 'mensaleiro' - 24/08/2012A campanha do candidato à Prefeitura de São Paulo José Serra (PSDB) criticou, no programa eleitoral de rádio desta sexta-feira (24), o bilhete mensal proposto pelo seu adversário Fernando Haddad (PT).
Durante a propaganda petista, Haddad destacou o Bilhete Único mensal prometido no inicio do mês. A propaganda tucana rebateu a proposta e associou Haddad ao escândalo do mensalão, em julgamento desde o início de agosto e que envolve a ex-cúpula do PT.
"Tem candidato prometendo um bilhete mensaleiro. Mas assim fica mais caro porque estou pagando transporte mesmo quando estou dormindo, já paguei pelo mês inteiro. E no dia que eu estiver em um churrasco em casa? Já vou ter pago e não vou aproveitar?", pergunta um suposto eleitor.
Sem citar nomes, outro responde: "Ele é o mesmo que criou a 'taxa do lixo', agora quer criar a taxa do bilhete mensaleiro. Eu não caio nessa, é só blá blá blá". A fala é mais uma alusão a um governo petista. A chamada "taxa do lixo" foi um tributo implantado na gestão Marta Suplicy que sofreu críticas. Na ocasião, a oposição apelidou a ex-prefeita de "Martaxa".
A rejeição à proposta também foi um dos motivos que contribuíram para derrota de Marta nas últimas eleições. Nota publicada hoje no Painel da Folha afirma que a ideia é carimbar a proposta de que o bilhete mensal proposto pelo Haddad é mais uma taxa.
Já Haddad manteve a estratégia de utilizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como padrinho para alavancar mais votos.

Lula é âncora do programa, fala tanto quanto Haddad durante o tempo do petista. "A voz continua a mesma, mas a minha barba", brinca. O ex-presidente retirou a barba, uma das marcas de sua imagem, durante tratamento contra um câncer na garganta.
A disputa entre PT e PSDB foi novamente citada pelo peemedebista Gabriel Chalita, que afirma que conseguiria implantar parcerias entre o governo do Estado tucano e o federal petista. "Fica essa picuinha entre PT e PSDB. Eu quero trabalhar com os dois governos", diz.
PROPOSTAS
Paulinho da Força (PDT) e Soninha (PPS) também falaram de transporte em suas propagandas. Os dois defendem que o trabalhador precisa viver perto do emprego. Mas para o candidato, as empresas devem ir para periferia. Já para a candidata, são as pessoas que precisam morar no centro.
Apenas Celso Russomanno (PRB), líder nas pesquisas de intenção de votos e tecnicamente empatado com Serra, não apresentou propostas, só agradeceu os eleitores pelos resultados: "O que me deixa feliz é o carinho das pessoas nas ruas." O candidato não foi atacado por nenhum adversário.
Fonte: folha online

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