segunda-feira, março 12, 2012

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Exterminamos um câncer do futebol brasileiro, diz Romário-12/03/2012

O deputado federal Romário (PSB-RJ) comemorou a saída de Ricardo Teixeira da CBF e da organização da Copa-2014.

Nas redes sociais Twitter e Facebook, o ex-jogador publicou palavras duras em relação ao ex-presidente da CBF. "Exterminamos um câncer do futebol brasileiro", escreveu.
Ele também criticou o novo presidente da entidade, José Maria Marin, apesar de errar o nome mandatário e chamá-lo de João.

Abaixo, leia a íntegra do comunicado de Romário na tarde desta segunda-feira:

"Boa tarde, Galera!
Hoje podemos comemorar. Exterminamos um câncer do futebol brasileiro. Finalmente, Ricardo Teixeira renunciou a presidência da CBF. Espero que o novo presidente, João Maria Marin, o que furtou a medalha do jogador do Corinthians na Copa São Paulo de Juniores, não faça daquele ato uma constante na Confederação. Senão, teremos que exterminar a AIDS também.
Desejo boa sorte ao novo presidente e espero que a partir de hoje (acho muito difícil e quase impossível) a CBF dê uma nova cara para o nosso futebol.
Tô muito feliz em saber que participei deste momento de vitória e de mudança para o futebol brasileiro. Não só acredito, mas também espero, que uma limpeza geral deve ser feita na CBF. Só então, definitivamente, poderemos ficar tranquilos de que a mudança acontecerá em todos os sentidos.
Valeu, Galera. Abraço!"
PRIMEIRA GAFE

No dia em que anunciou a renúncia de Ricardo Teixeira da CBF, o novo presidente da entidade e, agora, também comandante do COL (Comitê Organizador Local) da Copa-2014, José Maria Marin, 79, também cometeu uma gafe.
"Vou assumir o COL ao lado de um grande ex-jogador, o Romário", disse Marin, que, em seguida, perceubeu a falha e lembrou o nome do outro membro do COL, o empresário Ronaldo.
Romário é um dos principais críticos à organização da Copa-2014. Já o empresário Ronaldo é integrante do Conselho de Administração do COL e um dos principais nomes à frente da organização do Mundial do Brasil.
Fonte: folha online

Sensualidade

Com quase mil contratos, Fifa já não tem como, na prática, tirar Copa do Brasil-11/03/2012

A Fifa e seus parceiros já somam 921 contratos assinados referentes aos direitos comerciais da Copa de 2014. Significam, na prática, que o Mundial será no Brasil mesmo que os conflitos entre a entidade máxima do futebol e governo recrudesçam. É um voo sem volta para a Fifa.
A entidade máxima do futebol tem, de fato, o direito de romper o contrato com o COL (Comitê Organizador Local da Copa) e retirar o evento do Brasil a qualquer momento. Um dos argumentos de quebra de acordo poderia ser a não aprovação da Lei Geral da Copa até junho de 2012.

Mas todos os outros acordos comerciais do evento têm cláusulas e multas por cancelamento ou alterações das condições acertadas. Entre elas, a de que o evento ocorrerá em território brasileiro.
Caso quisesse mudar a sede, a Fifa e seus parceiros teriam de renegociar ou romper cada um dos contratos. Os compromissos assinados referem-se a direitos de televisão, internet e rádio, propriedades de marketing, vendas de pacotes de turismo com ingressos e hotelaria.

Há também os acordos do COL com as 12 cidades-sedes, que poderiam ser rompidos como extensão de uma eventual rescisão com o país. Mas, em todas essas cidades, há contratos assinados por hotéis com a Match Hospitality, empresa que tem acordo comercial com a Fifa.
No total, são 766 acordos dessa empresa por acomodações. Nos documentos, a Match fica com os direitos sobre os quartos na Copa e pode revendê-los dentro de pacotes que incluem ingressos.
"Esses contratos foram assinados quando o Brasil foi escolhido em 2007, então com as 19 cidades candidatas a sede", conta o presidente da Associação Brasileira de Hotéis, Enrico Torquato. "Agora já foram até colocados os preços de cada diária".
É fato que a Match pode devolver os direitos sobre os quartos até um determinado período antes da Copa. Mas teria de refazer toda a operação --que durou cinco anos-- na realidade de outro país.
A Match também tem compromissos com 23 agentes pelo mundo para revenda de pacotes de hospitalidade. Esse tipo de negociação já começou, por exemplo, no Brasil. Mais importante, há contratos de televisão, internet, rádio e telefone móvel assinados.
A Fifa já fechou acordos com 100 veículos de comunicação pelo mundo para a Copa até agora, segundo levantamento feito pela Folha. Esses compromissos atingem 189 países. A maioria dos contratos envolve mais de um direito, ou seja, existem ramificações nos acordos.
A Fifa ainda tem acertados 18 contratos de patrocínios para o Mundial, sendo cinco deles com empresas brasileiras, que, na maioria dos casos, investem pela primeira vez pelo evento ser no país.
A entidade já teve que pagar US$ 90 milhões pelo rompimento de apenas um contrato de marketing, com a Mastercard, em processo judicial na década passada nos EUA. Um dirigente foi peça fundamental na perda da Fifa: o secretário-geral Jérôme Valcke, hoje o maior crítico da Copa no Brasil.
Fonte: folha online

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Trajetória de Teixeira no futebol passa por triunfos, fiascos e suspeita de conduta criminosa- 12/03/2012

A trajetória de Ricardo Teixeira como homem público do futebol começa na década de 1980. O cartola esteve à frente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de 1989 até esta segunda-feira, quando renunciou ao cargo que ocupou por 23 anos.

Durante este tempo, colecionou escândalos, trinfos e derrotas. Se, por um lado, levou a seleção brasileira a conquistar dois títulos mundiais (1994 e 2002), por outro foi acusado de enriquecer ilicitamente graças ao cargo e de cometer crimes como lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação de impostos.
Se, por um lado, é tido como o fiel reflexo do modo antigo de comandar o futebol, com conchavos políticos, contratos publicitários obscuros e campeonatos desorganizados, por outro foi um dos responsáveis de trazer de volta a Copa do Mundo para o Brasil após 64 anos. O custo deste último feito para os cofres públicos já ultrapassa os R$ 30 bilhões, e não para de subir.
RICARDO TEIXEIRA EM SEIS ATOS
O início

Ricardo Teixeira foi eleito presidente da CBF pela primeira vez em 1989, com o apoio João Havelange.
No mesmo ano, criou a Copa do Brasil, torneio que conta a presença de clubes de todos os estados do Brasil. Com isso, começou a criar sua base de apoio político junto a dirigentes das federações estaduais.
O força dos cartolas regionais garantiu sua reeleição como presidente da entidade em 1991.


 
 
 
Fiasco em 1990

Em sua primeira Copa do Mundo comandando a CBF, Ricardo Teixeira entrou em conflito com os jogadores graças a uma questão de patrocínio.
O cartola fechou um contrato milionário com a Pepsi para ostentar a marca da fábrica de bebidas nas camisas de treino da seleção.
Os jogadores reivindicaram participação no negócio, mas Teixeira negou. Em represália, os jogadores passaram a encobrir a propaganda estampada na camisa. A seleção foi eliminada nas oitavas de final da competição.


Os triunfos

Após ser derrotada nas oitavas de final contra a Argentina na Copa de 1990, a seleção brasileira foi campeã mundial após 24 anos, em 1994, nos Estados Unidos.
O cartola teve o mérito de manter o técnico Carlos Alberto Parreira no comando do time mesmo com as críticas da imprensa e com os maus resultados nas eliminatórias.
Ricardo Teixeira ainda veria o Brasil ser pentacampeão em 2002, na Copa do Japão e da Coreia do Sul.




O voo da Muamba

Na volta dos Estados Unidos após a conquista em 1994, Ricardo Teixeira foi acusado de pressionar um funcionário do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, a liberar, sem vistoria, cerca de 13 toneladas de bagagens da seleção brasileira.
A carga fora reforçada com eletrodomésticos trazidos por jogadores, cartolas e convidados. Depois que a administração fiscal determinou a liberação apenas das bagagens de mão, Teixeira teria condicionado o desfile dos jogadores à liberação das mercadorias, o que ocorreu sem qualquer controle da administração.
Em 2009, o cartola foi condenado pela Justiça em primeira instância e teve seus direitos políticos cassados por três anos. O processo ainda corre em segunda instância.
A Nike e as CPIs

Em 1996, o jornal Folha de S.Paulo denunciou que a CBF perdera parte de seu controle sobre a seleção brasileira ao assinar contrato com a Nike.
A multinacional de artigos esportivos impedia a seleção de marcar os jogos e de escolher os adversários. Obrigava o uso da marca Nike até pelos gandulas.
Em 2000 e 2001, Ricardo Teixeira foi o principal alvo da CPI do Futebol, instalada no Senado, e da CPI CBF-Nike, instalada na Câmara dos Deputados para analisar o contrato com a empresa norte-americana. O cartola foi acusado de lavagem de dinheiro, sonegação de impostos, apropriação indébita e evasão de divisas. No final, os parlamentares o absolveram de todas as acusações.
A Copa no Brasil

Após 64 anos, o Brasil voltará a sediar a Copa do Mundo, em 2014. Este talvez seja o maior feito da carreira de Ricardo Teixeira.
O cartola, junto com o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, são tidos como os maiores responsáveis no país pela escolha da Fifa.
Após o anúncio, em outubro de 2007, Teixeira afirmou que esta seria a "Copa da iniciativa privada", com a menor quantidade possível de injeção de recursos públicos na preparação do país.
Sua profecia não se concretizou. Até agora, só em dinheiro federal, mais de R$ 30 bilhões já foram empenhados.



Fonte: uol.com.br

Mesmo com saída de Ricardo Teixeira, Dilma manterá distância da CBF e do COL- 12/02/2012

A saída de Ricardo Teixeira da CBF e do COL (Comitê Organizador Local da Copa de 2014) não irá servir para aproximar a presidente Dilma Rousseff das duas entidades. A presidente já sinalizou para seu estafe que pretende manter a distância.
A intenção seria manter Aldo Rebelo como representante oficial do Planalto para os assuntos de Copa do Mundo, segundo interlocutores da presidente. Mudar de postura agora seria enfraquecer o ministro do Esporte e, ao mesmo tempo, dar um caráter pessoal para a relação até então fria que Dilma mantinha em relação a Teixeira. Apesar disso, ela aprovou a mudança na CBF, como revelou o UOL Esporte.

O fato de nunca ter conseguido se aproximar da presidente ajudou a enfraquecer Teixeira. A Fifa contou com seu bom relacionamento com o governo federal quando decidiu dar ao Brasil a missão de receber a Copa. Desde a saída de Lula, porém, Teixeira não conseguiu mais convencer a Fifa de que poderia fazer a ligação com a presidência da República.
O ex-presidente também perdeu força no Congresso Nacional. Por isso, José Maria Marin, seu substituto, assumiu a CBF preocupado em reconstruir a relação da entidade com o Congresso. Uma das primeiras atitudes do novo presidente foi telefonar para o deputado José Rocha (PR-BA) e pedir um encontro com os membros da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara.
“Fiquei de recebê-lo em Brasília para um café, uma conversa informal. Mas também vou marcar uma audiência na comissão para que os deputados conversem de maneira formal com o novo presidente da CBF”, disse Rocha.
Em outra demonstração de que vai pregar a política da boa vizinhança com figuras ligadas ao futebol, Marin telefonou também para Arnaldo Tirone, presidente do Palmeiras. Ligou para agradecer elogios que recebeu do dirigente pela imprensa. O novo presidente da CBF busca construir uma imagem mais simpática do que a de seu antecessor.
Fonte: uol.com.br

quinta-feira, março 08, 2012

Ex-babá de Obama, transexual se torna celebridade na Indonésia- 08/03/2012

Ex-babá do presidente dos EUA Barack Obama, a transexual Evie, 66, tornou-se uma celebridade instantânea na favela onde vive em Jacarta, Indonésia.

Equipes de TV se espremem dentro e fora de seu barraco minúsculo de concreto. Parentes que a renegavam finalmente querem a conhecer e ela ainda recebeu uma oferta de um trabalho promissor.
Evie nasceu homem, mas sempre se considerou uma mulher. Após suportar anos de abuso e ridicularização, ela decidiu que seria melhor guardar para si sua certeza e parou de fazer "cross-dressing".
Porém, desde que foi retratada em uma reportagem da agência de notícias Associated Press sobre as lutas das pessoas transexuais na Indonésia, país predominantemente muçulmano, Evie ganhou atenção.
O principal motivo é sua ligação com o agora presidente dos Estados Unidos.
"Depois de viver sem esperança por tanto tempo, como se estivesse trancada em um quarto escuro, agora sinto que a porta está aberta", disse Evie. "É como se os ventos do céu estivessem soprando esperança para mim."
"Até os meus parentes que nunca se importaram comigo agora estão vindo me ver."

Apesar de muitos recém-chegados à Indonésia serem surpreendidos pela relativa aceitação e difusão de transgêneros --vistos na TV e trabalhando em salões de beleza no país-- eles são normalmente objeto de escárnio.

"Sei que isso não vai durar muito tempo", disse Evie. "Mas acho que minha história pode ajudar as pessoas a abrir os olhos para nossos direitos."
Um professor americano na escola católica St. Peter, em Jacarta, Philip Myers, ficou tão tocado pela história de Evie que ele lhe ofereceu um emprego como cozinheira e empregada doméstica.
"Realmente não me importo se ela quer usar vestido ou calça. A aparência não é o problema. Seu coração que é importante", disse Myers.
Evie estava animada com a idéia. Mas, por enquanto, ela está muito sobrecarregada para pensar nisso. Durante um intervalo entre as entrevistas de TV em sua casa, ela disse que esperava que ele fosse paciente.
A ex-babá também disse que gostaria de saber de seu patrão anterior, mas não houve ainda nenhum comunicado da Casa Branca.
Evie começou a cuidar de Obama em 1969, quando ele tinha 8 anos e vivia na capital da Indonésia, com sua mãe, Ann Dunham. A família se mudou para o país dois anos antes, após Ann se casar com seu segundo marido, o indonésio Lolo Soetoro.
Evie brincava com Obama e o buscava na escola, trabalhava na casa vestida como um homem e diz que nunca deixou o menino vê-la em roupas femininas, embora os vizinhos se lembrem de vê-la sair de casa à noite como "drag queen".
As equipes de TV têm sido a principal interessada nesse breve período. Evie contou que, após a família Obama deixar a Indonésia, no início de 1970, ela recorreu à prostituição.
Nos anos que se seguiram, ela e seus amigos enfrentaram espancamentos regulares de guardas e soldados. Um dia, quase 20 anos atrás, viu o corpo de um de seus amigos em um canal de esgoto, Evie decidiu dar um basta.
Ela doou todos os seus vestidos, calças coloridas e sutiãs: estava pronta para viver como um homem.
Evie manteve a uma existência tranquila nas margens da capital da Indonésia, lavando roupa para fora, até os vizinhos serem surpreendidos com sua história com Obama.
"Eles vieram com câmeras de TV para entrevistá-la como se ela fosse uma estrela", disse Ayi Hasanah, 50, dona de casa que vive nas proximidades. "Esperamos que isso pode mudar sua vida. Porque sua vida parece ser muito difícil."
Fonte: folha online