quinta-feira, janeiro 29, 2009

Voçê Sabe de Cuba ?

Você sabia que em Cuba o talão de racionamento está calculado para 1.800 calorias por pessoa e que muitos produtos mencionados no talão só existem em fantasia, enquanto outros aparecem e desaparecem conforme as colheitas?

Você sabia que quatro anos atrás o talão de racionamento era de 1.600 calorias, que houve uma epidemia de doenças mentais e de crianças nascidas defeituosas, que Fidel lançou a culpa disso sobre uma suposta guerra biológica empreendida pela CIA, que a Organização Mundial da Saúde descobriu que era um problema de avitaminose causada pelo racionamento de vitaminas e proteínas, que a OMS então enviou pastilhas multivitamínicas para socorrer a população cubana e obrigou o governo a subir a ração para 1.800 calorias?

Você sabia que em Cuba não se consegue obter, porque não constam do talão de racionamento, nem papel higiênico, nem sabonete, nem toalhas sanitárias, nem leite para adultos, entre outras coisas?

Você sabia que em Cuba está proibido o acesso dos cidadãos à internet, que dá cadeia ler coisas proibidas pelo regime, ouvir rádios e ver estações de TV estrangeiras, que é delito opinar contra o regime, que os Comitês de Defesa da Revolução, que funcionam em cada quarteirão, mantêm um registro das atividades de todos os moradores e que quem conste como suspeito de não apoiar o regime está encrencado?

Você sabia que em Cuba os encanamentos estão obsoletos e estragados e mais de 50 por cento das casas não recebem água diretamente? Que a água, onde chega, é somente por algumas horas, e que, onde não chega, os caminhões-pipa só vêm uma vez por semana?

Você sabia que em Cuba a eletricidade só funciona algumas horas por dia, que os apagões são diários, estragando os poucos equipamentos elétricos que restam na ilha?

Você sabia que Fidel justifica sua revolução por seus supostos êxitos na saúde e na educação, mas que em matéria de saúde Cuba está no quinto lugar na escala latino americana segundo as estatísticas mais recentes da OMS (abaixo, por exemplo, do Chile, da Argentina e do Uruguai)? Você sabia que em educação Cuba está abaixo do Chile, da Argentina, do Uruguai e da Costa Rica, segundo a Unesco?

Você sabia que no convênio Cuba-EUA, firmado por causa da multiplicação de balseiros fugitivos, os EUA recebem anualmente 22 mil cubanos, só em imigração legal, enquanto na lista da Seção de Interessados, em Havana, constam mais de 700 mil aspirantes a ir embora para Miami, embora todos os fichados como emigrantes virtuais sofram as piores represálias, sejam condenados a trabalhos forçados e seus filhos sejam obrigados a freqüentar escolas especiais de “reeducação revolucionária”? Você sabia que, apesar de todos os riscos, quem tenha acesso a uma embarcação e a uma bússola se lança ao “mar da felicidade”, fugindo daquele inferno?

Você sabia que Fidel usa como desculpa de seu tremendo fracasso o suposto bloqueio do imperialismo internacional, ao mesmo tempo que seu chanceler Perez Roque se gaba de que Cuba tem relações comerciais com 115 países e de que recebe créditos preferenciais do Banco da União Européia?

Você sabia que o que realmente se passa é que Cuba não tem nada para vender, nem com que pagar o que compra, que suas indústrias são muito atrasadas em tecnologia, improdutivas e sem competivividade, com uma burocracia excessiva e um enorme desemprego, dirigidas por líderes políticos e personagens fiéis à revolução e não por uma gerência profissional?

Fonte: Blog Fora Apedeuta

O Pior dos Piores


Começa o outono de Lula
"No fim de seu segundo mandato, seremos ‘brancos’ ou ‘negros’ antes de sermos brasileiros. Eis aí a verdadeiramudança promovida pela era Lula: uma bomba social de efeito retardado que sua passagem pela Presidênciadeixa aos filhos e netos da atual geração"

Lula chegou ao Palácio do Planalto como a personificação de esperanças exageradas, quase ilimitadas: "Foi para isso que o povo brasileiro me elegeu presidente da República: para mudar". Na hora em que começa o outono de seu segundo mandato, contudo, é tempo de investigar a sua herança: desses oito anos, o que ficará incrustado no edifício político brasileiro?

"Eu sou filho de uma mulher que nasceu analfabeta." Antes de tudo, provou-se que diplomas acadêmicos não são adereços indispensáveis para governar. Os acertos e os erros de Lula decorrem de suas opções políticas, não das supostas virtudes ou das óbvias carências associadas a um nível baixo de instrução formal. O presidente não precisou de uma universidade para preencher a diretoria do Banco Central com um time de economistas que ostenta medalhas acadêmicas incontáveis – e concepções opostas às doutrinas econômicas petistas. Bastou-lhe o faro político privilegiado do conservador que, no fundo, nunca deixou de ser. Inversamente, o elogio da ignorância, um traço ubíquo dos pronunciamentos presidenciais, não reflete uma suposta convicção de que a escola é desnecessária, mas o egocentrismo exacerbado de um líder salvacionista.

"Nunca antes neste país." O salvacionismo abomina a história, apresentando-se como o início de tudo: a virtude que exclui o vício e escreve uma nova história num mármore intocado. A democracia enxerga a si mesma como um processo de mudanças incrementais. O líder salvacionista não enxerga nada de positivo antes de seu próprio advento. Lula é uma versão pragmática, cuidadosa e mesquinha de salvacionismo. De dia, ele denuncia "a elite que nos governa há 500 anos". À noite, cerca-se de grandes empresários, a quem atende e de quem espera retribuição. O sucesso do estilo político salvacionista deriva das fraquezas de nossa democracia – e as perpetua

"Não se enganem, mesmo sendo presidente de todos, eu continuarei fazendo o que faz uma mãe: cuidarei primeiro daqueles mais necessitados, daqueles mais fragilizados." Lula não inventou o paralelo entre a nação e a família, que faz parte da longa linhagem do pensamento conservador de raiz autoritária. Mas, com a expansão do Bolsa Família, ele encontrou uma fórmula de modernização do assistencialismo tradicional. A distribuição direta de dinheiro, no lugar das proverbiais dentaduras, não é a fonte do aumento do consumo dos pobres, que reflete o crescimento da economia em geral e do salário mínimo em particular. Pouco importa: em virtude de sua eficácia eleitoral, o Bolsa Família será adotado pelos próximos governantes, sejam quem forem. Eis um legado duradouro da "mãe do povo".

"Não tem Congresso Nacional, não tem Poder Judiciário. Só Deus será capaz de impedir que a gente faça este país ocupar o lugar de destaque que ele nunca deveria ter deixado de ocupar." O lulismo aprofundou a subserviência do Parlamento ao Executivo, que se manifesta sob a forma de um intercâmbio: o Congresso se anula politicamente enquanto os congressistas da base do governo chantageiam o presidente para conseguir cargos e favores. A troca descamba sem dificuldades para a corrupção aberta. O "mensalão" foi isto: um projeto de estabilização da base governista pela compra direta dos parlamentares. Ele acabou exposto, mas apenas em virtude de uma fortuita ruptura interna à ordem da corrupção. Lula não caiu, apesar de tudo, e a oposição nem sequer apresentou um processo de impeachment. A elite política aprendeu do episódio que um presidente popular não será punido nem mesmo se distribuir dinheiro a parlamentares.

"Se tem uma coisa que está dando certo no governo é a política econômica. O PT não pode se esconder, procurando motivos para as derrotas, com críticas a ela." O PT morreu como partido da mudança antes da vitória eleitoral de Lula, com a Carta ao Povo Brasileiro, que o converteu em partido da ordem. Nos partidos social-democratas europeus, transições similares verificaram-se antes e de modo diferente. Eles renunciaram publicamente a seus velhos programas revolucionários, adotando programas fundados nos cânones da democracia e da economia de mercado. O PT, não: embora, na prática, sustente a ortodoxia econômica do governo Lula, suas resoluções clamam pela ruptura socialista, denunciam a liberdade de imprensa e fazem o elogio da ditadura de partido único cubana. A cisão entre o gesto e a palavra não apenas corrompe politicamente o partido como também alimenta um tipo mais virulento de corrupção.

"Se eu falhar, será o fracasso da classe trabalhadora." Uma máquina clandestina petista, instalada dentro do Planalto, conduziu as operações do "mensalão". Militantes partidários em altos cargos públicos realizaram a quebra de sigilo do caseiro Francenildo, um crime de estado que passará impune. Se acreditamos que temos a chave do futuro e uma missão histórica redentora, não hesitamos em usar de qualquer expediente para realizar as finalidades partidárias. O PT não consegue estabelecer distinções entre as instituições públicas e o partido. No fundo, interpreta a democracia como instrumento transitório para a sua perpetuação no poder. Depois de Lula, o maior partido brasileiro continuará a figurar como elemento de distúrbio no sistema político.

"Quem chega a Windhoek não parece que está em um país africano. Poucas cidades no mundo são tão limpas." Os estereótipos raciais clássicos, afundados na lagoa do senso comum, são um componente óbvio da rasa visão de mundo de Lula. Entretanto, o programa de racialização da sociedade brasileira conduzido por seu governo decorre de um frio cálculo político. O presidente quer conservar na sua ampla coalizão as ONGs racialistas, financiadas pela poderosa Fundação Ford. Em nome dessa meta, patrocina uma enxurrada de leis raciais com repercussões na educação, no mercado de trabalho e no funcionalismo público. No fim de seu segundo mandato, todos os direitos dos cidadãos estarão mediados e condicionados por rótulos oficiais de raça. Seremos "brancos" ou "negros" antes de sermos brasileiros. Eis aí a verdadeira mudança promovida pela era Lula: uma bomba social de efeito retardado que sua passagem pela Presidência deixa aos filhos e netos da atual geração.
Fonte: blog Fora Apedeuta em 03 de janeiro de 2009

Oooops!


"Playboy" retoca foto em computador, comete gafe e deixa modelo sem umbigo Ahhhhh... quinta-feira...

Retocar, sim...
Todo mundo sabe que as revistas masculinas usam e abusam do software Photoshop, programa de computador que realça as qualidades e apaga as imperfeições das modelos. São célebres alguns casos em que as modelos foram tão "pintadas" que acabaram quase se transformando em outras pessoas. A "Sexy" e a "Playboy", por exemplo, são publicações que usam bastante o Photoshop®. Mas, na edição de novembro, a "Playboy" cometeu um erro que divertiu seus leitores mais atentos
...eliminar, jamais
A revista trouxe um ensaio de oito páginas com uma contorcionista, denominada Andreza. Qual não foi a surpresa de muitos leitores quando perceberam que, em uma das fotos, Andreza perdeu o umbigo. Isso mesmo. Vejam com seus próprios olhos. A foto da página 129 da edição foi tão retocada, mas tãããão retocada que simplesmente apagaram o umbigo da modelo sem perceber...
A propósito......
um belo umbigo, enfeitado por um piercing, como mostra a própria revista duas páginas antes da, digamos, falha (foto acima, à esquerda).

Fonte: coluna Ooops! folha online

Charge


Curtas


1. Luz: Ao assumir, Obama encontrou a matéria-prima básica para criar um país inteiramente novo. Verificou que caos não lhe falta.
Oito dias depois da posse, Obama arrancou da Câmara dos EUA a aprovação do primeiro pacotaço econômico da nova gestão: US$ 819 bilhões. A coisa foi ao Senado.

2. Túnel: Enquanto Obama providencia a luz, o FED (Banco Central dos EUA) tenta escorar o que restou do túnel. Manteve a taxa de juros na faxia de zero e 0,25%.
Tenta-se reanimar a economia. O diabo é que, com o desemprego a roçar-lhe a nuca, o americano foge das lojas.


3. Clientela: Lula empurrou para dentro do cadastro do Bolsa Família 1,3 milhão de novas famílias.
Supondo-se que cada uma disponha de quatro membros com mais de 16 anos, o presidente afagou, de uma tacada, 5,2 milhões de eleitores.


4. Irrelevantes: Em nova edição, o Fórum Econômico Mundial levou a Davos, na Suíça, 2,5 mil convidados, entre empresários, economistas e chefes de Estado. Gente pessimista.
O tema de 2009 é: “Moldando o mundo pós-crise”. Tenta-se tatear o futuro sem saber o que será feito do presente.
Pesquisa feita entre os empresários presentes indica que a crise será longeva: três anos, no mínimo. Evidência de que Davos tornou-se o irrelevante levado longe demais.


5. Desnecessários: Concebido como contraponto de Davos, o Fórum Social Mundial ocorre em Belém, capital paraense.
Neste ano, cinco presidentes darão as caras: Além de Lula, os companheiros Chávez (Venezuela), Evo (Bolívia), Lugo (Paraguai), e Correa (Equador). Uma turma do barulho!
Cândido Grzybowski, diretor do Ibase e fundador do fórum social, diz que “Davos se tornou irrelevante”.
Verdade. Mas Grzybowski ainda não se deu conta de que a maioria de sua tribo, ao buscar em Marx a resposta para os desacertos do capital, responde ao irrelevante com o desnecessário.


Fonte: blog do Josias de Suza folha online

Opinião

Serra, Dilma, Aécio e Ciro

A sucessão presidencial de outubro de 2010 está distante, mas lances recentes apontaram tendências. O governador de São Paulo, José Serra, e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, consolidam-se a cada dia como prováveis candidatos à Presidência do PSDB e do PT, respectivamente.
Mais fraco no jogo tucano, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, não tem colecionado boas notícias políticas desde as eleições municipais de outubro do ano passado. Aécio recuou algumas casas no jogo de poder presidencial. E parece estar perdendo o bonde de eventual saída do PSDB para uma filiação ao PMDB.
O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) passa por situação semelhante à de Aécio. Parece que já esteve mais próximo de viabilizar uma candidatura ao Palácio do Planalto com chance real de êxito.
As coisas mudam na política. Atestado de óbito de carreiras ou projetos políticos não são prudentes. No entanto, os passos dados por Serra e Dilma têm sido mais consistentes.
No PT, por exemplo, a única alternativa a Dilma é uma eventual cristianização de Dilma. Ou seja, lançá-la, mas abandoná-la se o projeto não emplacar. Não é esse o sinal dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele vai colocar a faca no dente para tentar elegê-la. Busca costurar alianças amplas para apoiá-la. E, obviamente, a gerência da crise econômica terá peso decisivo.
No PSDB, a maioria prefere Serra. Isso já foi dito a Aécio. Serra, aliás, tem feito belos lances de articulação política. Aécio, um craque em articulação, está em má fase desde o ano passado. O governador paulista se aproximou de Lula, tirando do colega mineiro o privilégio de oposicionista mais bem relacionado com o presidente.
Serra tenta amarrar setores do PMDB à sua candidatura. Como não há mais verticalização, no pior cenário para o tucano, o PMDB faria aliança nacional com Dilma, mas poderia se aliar a tucanos em disputas estaduais.
As eleições para as presidências da Câmara e do Senado estão mais ligadas aos interesses de Dilma e Serra do que de Aécio e Ciro.
Lula abandonou a candidatura de Tião Viana (PT-AC) ao comando do Senado. Está disposto a bancar acertos políticos que garantam os peemedebistas Michel Temer na presidência da Câmara e José Sarney no comando do Senado. Tudo para tentar atrair o PMDB para a eventual candidatura de Dilma.
Ironicamente, Temer é um peemedebista muito amigo de Serra. E Sarney poderá dever ao PSDB a consolidação de sua vantagem sobre Tião Viana. Serra, portanto, dará uma mão ao ex-presidente, que responsabiliza politicamente o tucano paulista pela operação da Polícia Federal que implodiu a candidatura presidencial de sua filha, Roseana, em 2002. Seria um gesto de aproximação que pode ser útil no futuro, apesar de Sarney ser o maior dilmista do PMDB.
O candidato de Ciro na Câmara é um azarão: Aldo Rebelo (PC do B-SP). A aliança congressual entre PSB, PDT e PC do B, o chamado bloquinho, vem se enfraquecendo.
Aécio já foi convidado por Temer a se filiar ao PMDB em duas ocasiões. Não deu o salto do trapézio sem rede. Barack Obama arriscou e beliscou. Política também é assim: tem de acreditar. Uma filiação de Aécio ao PMDB para tentar concorrer ao Planalto em 2010 fica mais complicada a cada dia.
Uma saída seria criar um novo partido com Ciro, mas é uma opção que pode soar como aventura. Não parece que Aécio vá deixar o PSDB, partido no qual caminha para ser derrotado por Serra. Entrar no pequeno PSB teria uma bela fragilidade: pouco tempo de TV. Grandes alianças políticas não andam disponíveis na praça para contentar quatro potenciais candidatos ao Palácio do Planalto.

Fonte: blog do Kennedy Alencar, folha online

terça-feira, janeiro 27, 2009

Nova Modalidade de furto de Veículos

Curiosidades


Quatro curiosidades científicas sobre sexo

120 milhões de relações sexuais acontecem diariamente no mundo.
11.250 pessoas morrem durante o ato sexual só nos EUA. Mesmo número de mortes por câncer no cérebro e hepatite c.
A maioria dos pênis se inclina para a esquerda, em 2°, para baixo, em 3°, para a direita e em último para cima.
1 kg é a força que o pênis precisa exercer para penetrar a vagina.

Fonte: revista superinteressante on line

Perfumes eternos
Serviam para homenagear os deuses. Depois, seu uso tornou-se arraigado costume, expressão de beleza e sensualidade. Fazê-los é uma arte.

O ato de perfumar-se é um dos mais duradouros costumes do ser humano. Seja para disfarçar os odores naturais do corpo, seja como complemento de elegância e sensualidade, ou ainda para ter e transmitir a sensação de higiene, as pessoas consomem cheirosas essências, loções, desodorantes, talcos, colônias. Em tempos remotos, o uso de perfumes esteve inicialmente associado a ritos religiosos. Há mais ou menos 500 mil anos, quando o homem descobriu o fogo, tratou logo de prestar homenagem aos deuses oferecendo-lhes a fumaça que emanava das resinas e madeiras que queimavam.
Os vapores aromáticos que subiam dos altares dariam prazer aos deuses através da fumaça - ou como diriam muito tempo depois os romanos, per fumum. Os primeiros perfumistas a entrar para a História foram os sacerdotes do Egito antigo. Em breve, os egípcios descobriram que o que era bom para os deuses devia ser bom também para eles, pobres mortais nem sempre bem cheirosos. Assim, o perfume conquistou a vida profana para nunca mais deixá-la.
Nos banquetes nos palácios dos faraós, por exemplo, era costume derreter uma espécie de gordura perfumada sobre a cabeça dos convidados em sinal de estima. Os hebreus untavam os cabelos de seus reis com óleos aromáticos, como narra a Bíblia. As mulheres gregas e romanas mandavam buscar nos jardins do Oriente ervas e flores raras. Com elas fabricavam-se ungüentos, pomadas e essências para fins cosméticos, Por essa época, perfumar-se já fazia parte dos ritos de beleza. Com o advento do cristianismo, os aromas caíram em desgraça, por estarem ligados aos costumes pagãos. A arte da perfumaria só não desapareceu graças aos árabes, cuja religião não os impedia de cultivar os prazeres sensuais.
No século X, os alquimistas descobriram o alambique-engrenagem através da qual os líquidos se transformam em gasosos e novamente em líquidos, num processo chamado destilação. Graças a isso e contando com a propriedade solvente do álcool, os árabes puderam pela primeira vez destilar água de rosas.
Mas foram os mercadores que voltavam das Índias carregados de especiarias que acabaram propiciando o ressurgimento da perfumaria no Ocidente. Já no final do século XIII, a cidade de Paris transformara-se na capital mundial do perfume.
A água-de-colônia, porém, nasceu na Alemanha em 1792 na cidade de Köln (Colônia), às margens do Reno. O fabricante era um certo Wilhelm Mülhens. Ao casar, ele recebeu de presente a fórmula secreta de uma aqua mirabilis. Mülhens resolveu fabricar essa água milagrosa e montou um laboratório em casa. Nascia assim a água-de-colônia. Dois anos mais tarde, as tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte invadiram a cidade. Como os soldados não conseguissem pronunciar os nomes das ruas, Napoleão ordenou que os nomes fossem abolidos e as casas, numeradas. A de Mülhens recebeu o número 4711-e é por isso que a autêntica água-de-colônia veio a ser chamada de 4711, como é conhecida hoje no mundo inteiro.
Napoleão Bonaparte, um dos primeiros fãs do perfume de herr Mülhens, parecia acreditar que além de fazer bem ao olfato, fazia bem à saúde. Conta-se que antes de cada batalha ele tomava vários goles da água-de-colônia. Os ingleses, que derrotariam Napoleão na célebre batalha de Waterloo, na Bélgica, também acreditavam nas propaladas qualidades terapêuticas do perfume e tentaram, inutilmente, combater com lavanda a peste que assolou Londres no final do século XVII.
Arte sutil de combinar odores, a perfumaria trabalha com cerca de dez mil essências básicas, das quais apenas mil são encontradas na natureza. Geralmente os aromas vêm das flores, mas outras fragrâncias estranhas às vezes ajudam a compô-los. Entre elas, produtos animais, indispensáveis na fabricação, embora não exatamente atraentes no estado original.
É o caso do almíscar, uma secreção das glândulas sexuais das cabras do Tibete, na Ásia. A palavra almíscar, por sinal, vem do persa mushk, que quer dizer "testículo". Igualmente desagradável é o ambar cinzento produzido pelos cachalotes (cetáceos como as baleias), que flutua no mar como uma grande massa compacta. Almiscar e âmbar possuem propriedades fixadoras importantes na alquimia dos perfumes.
Extrair substâncias aromáticas dos vegetais não é complicado. O problema é que elas estão se tornando tão raras como as essências de animais. Por isso, desde o princípio do século, produz-se cada vez mais em laboratórios compostos sintéticos, seja para reconstituir aromas naturais ou para criar novos.
Obter essência natural de jasmim é trabalhoso e caro. Para cada quilo são necessários 600 quilos de flores, colhidas ao amanhecer. A partir de solventes voláteis, extrai-se das flores o concreto, um produto cremoso de textura semelhante à cera. Depois, mistura-se com o álcool e filtra-se. Quando o álcool evapora, fica o absoluto, a essência pura. Os perfumes são classificados em grandes famílias de essências.
As mais importantes são as florais (que podem agregar fragrâncias de uma só flor, de várias flores e componentes químicos), o verde (fragrâncias de plantas e arbustos), o chipre (combinação do musgo do tronco de carvalho. com a bergamota e o âmbar) e a amadeirada (fragrâncias compostas de raízes ou misturas de troncos de árvores como o cedro e o sândalo).
E na combinação dessas famílias que o perfumista vai desenvolver um trabalho longo e paciente até que se possa lançar um novo perfume. Como um diretor de orquestra, ele tem de alcançar a perfeita harmonia das três notas - denominação que se dá à combinação das famílias de essências que compõem essa sinfonia de aromas. As primeiras são as notas de cabeça, dadas pelos elementos mais voláteis, obtidas de frutas cítricas. Duram alguns minutos e correspondem ao cheiro que se sente ao abrir o frasco. Depois, desenvolvem-se as notas de coração, que duram mais tempo e são dadas pelas essências de rosas e gerânios. Finalmente as notas de fundo determinadas pelos elementos mais fortes, chamados fixadores, que duram horas e são proporcionados por essências de jasmim, sândalo, musgo de carvalho, almíscar, âmbar etc.
Apesar dos modernos procedimentos químicos não é fácil imitar um perfume. Com o conhecimento que se tem e mais uma boa dose de intuição, só é possível detectar de 30 a 60 por cento dos diversos componentes de um deles. Como os elementos naturais são difíceis de identificar, se o perfumista, com seu aparado olfato, descobrir que um perfume contém bergamota, terá depois de determinar sua procedência, já que pode ter vindo da África, do Brasil ou do sul da Itália
Por isso, a perfumaria, dos tempos, sempre guardou zelosamente suas fórmulas. Um bom exemplo é o Chanel nº 5, o perfume francês mais conhecido do mundo. Quando certa vez perguntaram a Marlilyn Monroe o que ela usava para dormir, a resposta foi: "Duas gotas de Chanel nº 5". Lançado pela faladíssima estilista de moda Coco Chanel em 1921, sua criação teve até lances de espionagem, envolvendo o sumiço de um perfumista de uma firma concorrente. Tratava se de encontrar uma nova essência que durasse mais que qualquer outra. Antes de surgir o n.° 5, quem quisesse chegar ao fim do dia perfumado deveria literalmente banhar-se em perfume, de manhã, já que as misturas se volatilizavam com rapidez.
As fragrâncias que faziam sucesso no princípio do século sucumbiram ante o entusiasmo despertado pelos perfumes chipre dos anos vinte. A partir de então, a tendência se acelerou. A cada década renovam-se os perfumes: os aromas verdes e refrescantes que faziam furor no fim da Segunda Guerra Mundial foram substituídos por fragrâncias de musgos e flores; na década de 70 ressurgiram os florais, que no inicio dos anos 80 foram abandonados em favor dos aromas orientais. Hoje em dia, a moda em perfume muda tão depressa que as pessoas mal têm tempo de consumir um frasco inteiro de um mesmo tipo ainda que os melhores perfumes, como se diz, estejam nos menores frascos.

Fonte do Texto: Revista superinteressante online

Curiosidades


Que cheiro é esse?
A revista National Geographic realizou uma pesquisa para medir a sensibilidade das pessoas em relação ao cheiro.
Dez milhões e meio de pessoas foram convidadas a arranhar e cheirar seis cartelas e depois preencher um questionário. São os assinantes da conceituada revista norte-americana National Geographic, que realizou a maior pesquisa de que se tem notícia. Tema: o olfato. As cartelas - encartadas numa edição da revista - continham gotas de essência, cercadas por uma substância química cujas moléculas estouram ao serem arranhadas, liberando o odor. Eram cheiros bem diferentes: suor, banana, almíscar, alho, rosa e gás. A revista recebeu 1,5 milhão de respostas e começou a publicar os resultados.
As mulheres, qualquer que fosse o cheiro, sempre se mostraram mais sensíveis que os homens. Mas as grávidas, que se gabaram de ter um excelente olfato, tiveram mais dificuldade que as outras mulheres em identificar os odores. Ficou claro que existem cheiros fáceis e difíceis: apenas uns 20% dos leitores souberam reconhecer o cheiro tão humano do suor - deve ser por causa do hábito de usar desodorante; e não mais de 30% identificaram o pungente odor de almíscar. E quase todo mundo (99%) acertou no cheiro de banana. Idade mexe com o olfato: aos 20 anos, os narizes percebem praticamente tudo; aos 80, raras pessoas ainda sentem um cheiro qualquer - e, regra geral, quando sentem, não conseguem reconhecê-lo.

Fonte: Revista superinteressante online

Formas


Curiosidades


Como surgiu a expressão "Lua-de-mel"?
Origem da expressão.
A expressão vem do inglês honeymoon. Na Irlanda, na Idade Média, os jovens recém- casados tinham o costume de tomar uma bebida fermentada chamada mead, composta de água, mel, malte, levedo, entre outros ingredientes. A poção deveria ser consumida durante um mês (ou uma lua). Por isso esse período passou a ser chamado de lua-de-mel.

Fonte: Revista superinteressante on line

Curiosidades


Como se pode saber quando cai o carnaval de cada ano?
Como se estabelece a data do carnaval a cada ano.
O primeiro passo é descobrir quando cai o domingo de Páscoa: é sempre o primeiro domingo após a primeira lua cheia do outono no hemisfério sul ou da primavera no européia. Determinada esta data, retrocede-se 46 dias no calendário – quarenta dias da Quaresma e mais 6 da Semana Santa – e chega-se a Quarta-feira de Cinzas. Os três dias anteriores correspondem ao período do Carnaval. A palavra vem do latim carmen levare ou carnelevarium, que quer dizer "livrar-se da carne" e tem a ver com o fato de que na Quaresma os primeiros cristãos se abstinham de comer carne

Fonte: Revista superinteressante online

História- GUERRA DE TRÓIA

A GUERRA SEM FIM

A guerra de Tróia talvez nem tenha acontecido. Se aconteceu, a causa pode não ter sido o rapto de Helena. Como pode não ter existido o famoso cavalo de madeira que iludiu os troianos: quem sabe os gregos atacaram pelo mar.
"Quando a lenda fica mais interessante do que a realidade, publique-se a lenda". (John Ford, cineasta americano, pela boca do jornalista personagem do seu clássico O Homem que Matou o Facínora). Melhor exemplo dessa verdade não existe do que a Guerra de Tróia. Com seu cavalo fantástico, o rapto de Helena pelo apaixonado Páris, o herói Aquiles e seu calcanhar vulnerável, os deuses e as deusas do Olimpo assanhadíssimos, divididos entre gregos e troianos e fazendo, periodicamente, com que a sorte favorecesse um ou outro lado graças aos seus poderes divinos. Tudo isso está contado na Ilíada, poema épico de Homero, escrito aí pelo século IX a.C. Mais recente e quase tão fantasiosa quanto a lenda que pretende conferir, é a batalha travada há bem uns cem anos por historiadores e arqueólogos em torno do que haveria de verdade nos episódios narrados por Homero. A lenda conta que a guerra foi provocada pelo rapto de Helena, a filha de Tíndaro, o rei de Esparta. Helena era tão bonita, tinha tantos pretendentes, que seu pai já previa alguma coisa desse tipo, tanto que promoveu uma grande reunião de todos os interessados e obteve deles um compromisso: qualquer que fosse o escolhido por Helena, os demais se comprometiam a defender o casal contra as ofensas que pudesse sofrer.
Helena escolheu Menelau, que graças a essa preferência tornou-se, além de seu marido, rei de Esparta. E a vida correu feliz e serena até o dia em que Páris, filho do rei de Tróia, Príamo, conheceu Helena e por ela se apaixonou. Páris não tinha sido um dos pretendentes preferidos, não estava amarrado ao compromisso por Tíndaro, e fez o que era muito comum na época: raptou Helena e levou-a para Tróia. O gregos até que tentaram negociar e esquecer o episódio, mas os troianos não aceitaram. Assim, Agamenon, irmão do ofendido Menelau, convocou todos os antigos pretendentes à mão de Helena, lembrou-lhes o pacto de fidelidade e organizou a primeira expedição contra Tróia. Foram dez longos anos de luta em que a sorte ora pendeu para um lado, ora para outro. E acabou sendo Ulisses, um guerreiro grego sem nenhum poder extraordinário, a não ser uma cabeça fértil para inventar truques e expedientes, quem pensou no estratagema que os levaria à vitória: construir um grande cavalo de madeira, capaz de abrigar, em seu interior, alguns guerreiros.
Os troianos, que consideravam o cavalo um animal sagrado, recolheram o presente deixado diante do portão de suas muralhas, acreditando ser um reconhecimento da derrota por parte dos gregos, e passaram a noite comemorando a vitória. Os soldados escondidos dentro do cavalo aproveitaram a festa para sair, abriram os portões e Tróia foi invadida e destruída. Nasceu aí a expressão presente de grego. Essa é a lenda, em linhas bem gerais. Em 1870 o negociante alemão Heinrich Schliemann, autodidata e arqueólogo amador, após estudar detidamente os textos de Homero, lançou-se à localização de Tróia, fazendo escavações por conta própria. Detevesse na colina de Hissarlik, na entrada do estreito de Dardanelos, atual Turquia. Em companhia da mulher, Sofia, e de outros colaboradores, descobriu vasos de ouro, jarras de prata, braceletes e colares cuidadosamente fabricados. Deduziu, então, que teriam pertencido a um rico e poderoso senhor: seria o tesouro de Príamo, rei de Tróia e pai de Páris. Mas a declaração de Schliemann, de que havia encontrado Tróia e seu famoso tesouro, não resistiu aos ataques dos historiadores especializados.
Hoje, a maioria dos arqueólogos afirma que o tesouro apresentado por Schliemann não passava de um conjunto de peças isoladas recolhidas durante as escavações. O grande mérito do pesquisador alemão foi descobrir que na colina de Hissarlik existiram várias Tróias, cada uma construída sobre as ruínas da outra, e que a região estava habitada desde a Idade do Bronze, por volta de 3.000 a.C, até o ano 400 da nossa era. Ao todo existiram nove Tróias. As primeiras de Tróia I a V, correspondem à Idade do Bronze egeu; Tróia VI, ao Bronze médio e final; Tróia VII teria sido habitada por um povo diferente que deixou o local cerca de 700 a.C, época que corresponde ao início de Tróia VIII; e, por fim, Tróia IX, que era a cidade romana de Ilium Novum.
Como foi possível fazer de uma montanha a base de várias cidades? Especialistas explicam que Tróia I estava sobre a base e ali se levantaram casas feitas de pedra, terra, adobe, madeira e palha; pouco resistentes, eram sujeitas a incêndios que rapidamente as destruíam por estarem, além do mais, muito próximas umas das outras. Na época do cobre e do bronze, as cidades apenas começavam a se desenvolver. Se ocorria um terremoto ou um incêndio, tirava-se o que era aproveitável das ruínas, aplainava-se o que restara e construíam-se novas casas em cima. Assim, uma cidade se edificava sobre a outra. Era costume naquela época jogar no chão desde restos de comida até utensílios quebrados. Mas, a partir de determinado momento, ficava insuportável conviver com a sujeira e então cobria-se o chão com uma espécie de capa de barro e tudo ficava novo e limpo.
O pouco recomendável costume dos troianos teve pelo menos uma serventia: ajudou os arqueólogos a descobrir se as casas das quais, na maioria das vezes, só ficavam os muros, foram habitadas por muito ou pouco tempo. Para Schliemann, a Tróia de Príamo era a Tróia II. Depois de sua morte, em 1890, outro pesquisador, o arqueólogo Wilhelm Dörpfeld, também alemão, prosseguiu as escavações em 1892 e 1893 e estabeleceu que Tróia VI tinha sido o cenário da guerra. No entanto, pesquisadores da universidade norte-americana de Cincinatti, que ali realizaram escavações de 1932 a 1938, concluíram que Tróia VII era a Tróia de Príamo. A chave para se saber qual era a Tróia da guerra era provar a existência do inimigo, isto é, dos gregos do final da Idade do Bronze, a época de Tróia VII.
Tudo estaria esclarecido não fosse por uma questão: embora Homero diga que Tróia foi destruída por um incêndio, as últimas escavações provam que o que houve ali foi um terremoto e que depois os assentamentos continuaram. Diante disso, o historiador inglês Moses Finley, falecido em 1986, abriu fogo: "Não há uma só prova consistente de que a colina de Hissarlik coincida com a Tróia da Idade do Bronze que Homero descreve, nem de que a guerra entre troianos e gregos tenha alguma vez existido. Propomos tirar definitivamente a guerra de Tróia dos livros de História". Entretanto, uma descoberta do lingüista Calvert Watkins, professor da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, desmontou um dos principais argumentos dos críticos de Homero.
Ao examinar primitivos documentos escritos em uma extinta língua da antiga Anatólia, na região orienta do que hoje é a Turquia, Watkins encontrou o seguinte fragmento de texto: "... quando vinham os alcantilado de Wilusa...". Para ele, o fragmento seria parte de uma primitiva Ilíada escrita em hitita, a língua dos troianos. Os alcantilados de Wilusa (que significam rochas escarpadas de Wilusa) são, segundo Watkins, os que aparecem na Ilíada como "os 'alcantilado' de Ilíon". Tróia era também chamada de Ilíon. Tal descoberta derrubava a teoria de que uma cidade grande e poderosa como Tróia, que apoiava o império hitita, não constava dos testemunhos escritos sobre aquele povo. Os críticos de Homero também duvidavam da descrição dos funerais de Pátroclo, grande amigo do guerreiro Aquiles, mencionados no final da Ilíada. O poema diz que ele foi cremado. Os céticos afirmavam que naquela época não era costume cremar os mortos.
Recentemente, porém, arqueólogos alemães, que há três anos realizam escavações no porto de Tróia, na baía de Besica, sob o comando do professor Manfred Körfmann, da Universidade de Tübigen, descobriram vestígios de piras onde os mortos eram cremados. Mas se Tróia existiu, será que isso quer dizer necessariamente que houve também a guerra de Tróia? Como e por que ela se deu? Ao que parece, os motivos foram mais banais do que o resgate da honra de Menelau e, sua mulher, Helena. Como a corrente marítima na parte mais estreita dos Dardanelos é muito mais forte, um barco mercante da Idade do Bronze só poderia chegar ao Mar Negro se contasse com bons ventos a seu favor. Mas, à excessão de uns poucos dias do ano, o vento sopra na direção oposta, de Leste a Oeste. Por isso, os gregos preferiam desembarcar suas mercadorias no porto de Tróia para que fossem transportadas até o Mar de Mármara, a meio caminho entre o estreito e o Mar Negro, através da planície troiana.
Mesmo que resolvessem esperar pelos ventos favoráveis os gregos dependiam dos troianos. E estes certamente cobravam pelos serviços prestados, tais como estadia na baía, abastecimento de água e alimentos, transporte de mercadorias por terra, etc. É possível até que os troianos cobrassem pedágio ou saqueassem um barco de vez em quando. Do ponto de vista arqueológico não há nada que prove que Tróia fosse um covil de ladrões, mas é cabível que uma cidade situada no eixo do comércio entre o Mar Egeu e o Mar Negro representasse um problema para os gregos. Logo, qualquer pretexto servia para liquidar aqueles que tanto atrapalhavam seus negócios.
O historiador Francisco Murari Pires, professor de História Antiga da Universidade de São Paulo, acha provável que um evento como a guerra de Tróia tenha existido, embora o conjunto de documentos descobertos não permita uma afirmação exata, precisa. O que a lenda quer preservar, diz ele é que o fim da Idade do Bronze e o inicio da Idade do Ferro correspondem a um período de desestruturação do império hitita. Havia uma situação de conflito permanente entre hititas e gregos. Ambos disputavam o controle sobre os reinos que apoiavam tradicionalmente o império hitita e que, em conseqüência da atuação do gregos, começaram a se desestabilizar.
Com base nos conhecimentos históricos e arqueológicos disponíveis, arqueólogo alemão Franz Stephan reconstituiu o que em sua opinião pode ter sido a guerra de Tróia: os troianos, enfraquecidos por causa de um terremoto, não estavam preparados para enfrentar uma guerra. Os gregos, sabendo disso, atracaram no porto inimigo um veleiro com aparência de barco mercante; só que, em vez de mercadorias, transportava uma tropa de elite. Durante a noite o comando grego tomou a cidade. Nessa versão, não há lugar para o Cavalo de Tróia. O professor Murari Pires diz que é impossível resolver essa questão. Mas, verdade histórica ou não, a lenda é importante por fixar o principio de que uma guerra não se decide só pela força. "Tanto o valor da astúcia, da manobra enganosa", observa Murari, "quanto o valor do guerreiro propriamente dito estão em pé de igualdade." Por mais que historiadores e arqueólogos tentem demonstrar a veracidade do episódio, o que parece prevalecer na memória do homem comum é a imagem poética da lenda, que tem contornos muito mais fortes do que a realidade. Por mais pesquisas que se façam, é pouco provável que um dia essa situação seja invertida.
Fonte: Revita superinteressante online

Curiosidades


Usos Extraodinários para objetos ordinários

Sal

Lavar vegetais
Remover sujeira de verdudas como o espinafre e couve. Basta coloca-los numa tigela com água salgada.

Manter janelas livres da geada
Esfregue uma esponja mergulhada em água salgada no interior das janelas, e a geada não vai atacar.

Limpar uma frigideira gordurosa
Balançar um pouco de sal sobre a frigideira antes de lavar absorve a maior parte da gordura

Limpar a superfície de um ferro
Para remover aquela sujeira que fica debaixo do ferro, basta borrifar um pouco de sal em um pedaço de papel pardo e passe o ferro quente sobre ele. Repetir, se necessário

Fonte: O buteco da net

Charge

Curiosidades

Usos Extraordinários para objetos Ordinários

Pasta de dente

Remover marca de lápis de cor
Aplique uma pequena quantidade de pasta de dente na parede onde está marcada e esfregue levemente com um pano macio e, em seguida, enxágue com água morna.

Desinfetar as mãos
Não consegue tirar o cheiro de alho e cebola das mãos? Lave-as com uma quantidade ínfima de pasta de dente.

Tirar arranhões de DVD
Livre-se dos arranhões leves ao aplicar um pouco de pasta de dente juntamente com uma bola de algodão. Esfregue sobre o DVD, fazendo movimentos do centro para a borda. Lavar com água e secar com um pano não abrasivo

Limpar óculos de natação
Para limpar os óculos, aplique um pouco de pasta de dente, em seguida, limpe-o para deixa-lo cristalino.

Fonte: O buteco da net

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Em cerimônia histórica, Obama toma posse e se torna o 44º presidente dos EUA





O democrata Barack Hussein Obama, 47, tornou-se nesta terça-feira o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, o 44º do país, após fazer o juramento oficial da posse diante de John Roberts, presidente da Suprema Corte americana, e de cerca de 2 milhões de pessoas, que esperaram horas para vê-lo sob um frio de 4 ºC negativos.

"Juro solenemente que desempenharei fielmente o cargo de presidente dos Estados Unidos, e que irei, com toda minha capacidade, preservar, proteger e defender a Constituição dos Estados Unidos da América", disse Obama, repetindo o texto definido no segundo artigo da Constituição dos EUA, diante da maior concentração de pessoas já reunidas em um posse presidencial nos EUA.
O novo presidente dos EUA nasceu em Honolulu, no Havaí, em 4 de agosto de 1961, filho de de Barack Hussein Obama, um homem negro do Quênia educado em Harvard, e de Ann Dunham, uma mulher branca de Wichita, no Estado do Kansas. O novo presidente dos EUA se formou em direito na tradicional Universidade Harvard e trabalhou como professor e defensor dos direitos civis em Chicago antes de ser eleito senador por Illinois, em 2004. É casado com Michelle desde 1992 e tem duas filhas: Malia, 10, e Sasha, 7.
Com o juramento, Obama substitui o republicano George W. Bush, 62, cujo governo foi marcado por guerras, altos índices de impopularidade e terminou com uma das maiores crises econômicas que já assolaram os EUA. Na Casa Branca, Obama trabalhará ao lado de seu vice-presidente, Joe Biden, escolhido por sua experiência em temas de política externa, e uma equipe de governo formada por políticos renomados e veteranos.
Para marcar sua consagração após uma disputada eleição presidencial, Obama fez o juramento com a mão sobre a mesma Bíblia usada por Abraham Lincoln há 148 anos.
O gesto faz parte de uma estratégia de Obama ao escolher Lincoln (1861-65), que libertou os escravos, como símbolo de sua posse. No sábado (17), Obama seguiu o mesmo trajeto de trem que Lincoln fez, da Filadélfia a Washington, para dar início às comemorações de sua posse.
Ex-senador por Illinois, Obama era um nome desconhecido no cenário político nacional americano até sua vitória nas prévias do Partido Democrata contra a ex-primeira-dama Hillary Clinton, que assume como sua secretária de Estado de seu governo.
Com a promessa de uma mudança nas "políticas falidas" do presidente George W. Bush e na "velha Washington", Obama fez uma campanha marcada pelo recorde de arrecadação --mais de US$ 700 milhões-- e o uso da internet como ferramenta para angariar eleitores jovens e doações.
O democrata morou na Indonésia quando criança, após sua mãe se casar com um indonésio, e depois viveu no Havaí, com seus avós brancos. As idas e vindas deram, na sua opinião, as ferramentas necessárias para que pudesse se tornar um político hábil na hora de fazer coligações e traçar alianças.
Depois do juramento, Obama fará seu primeiro discurso como presidente dos EUA. Segundo a rede de televisão CNN, o discurso deve durar entre 15 e 20 minutos.
Nele, Obama deve pedir aos americanos uma nova era de responsabilidade. O pedido é uma resposta à ansiedade dos americanos, que culpam a irresponsabilidade do governo Bush pela extensão do colapso do sistema financeiro e a crise econômica que afetou o país.
Trajetória
Obama formou-se em direito na tradicional Universidade Harvard e trabalhou como professor e defensor dos direitos civis em Chicago antes de ser eleito senador por Illinois, em 2004.
Foi em Harvard que Obama conheceu sua mulher, Michelle. Em uma campanha que prega o novo, Michelle é um dos trunfos de Obama. Negra e com formação universitária, Michelle é um cabo eleitoral importante de Obama entre mulheres.
Com carisma e retórica refinada, Obama ganhou popularidade ao longo da campanha e foi o candidato que melhor soube utilizar as ferramentas da internet.
Religião
Por sua família muçulmana, Obama enfrentou boatos de que seria também um muçulmano, religião que muitos americanos associam negativamente ao extremismo e terrorismo. Os boatos foram reforçados com a divulgação de uma foto na qual Obama aparece com trajes típicos em visita ao Quênia, onde sua família paterna mora.
Obama converteu-se, já adulto, ao cristianismo e é membro da Igreja Batista da Trindade Unida em Cristo, em Chicago. Sua equipe acusou a campanha de Hillary, sua rival à época, pela divulgação da foto.
A avó materna, Madelyn Dunham, 86, a quem Obama dedicava muito de seu tempo, morreu no ano passado na véspera da eleição presidencial americana.
Sua outra avó, Sarah Obama, 86, terceira mulher do avô paterno de Obama, Hussein Onyango Obama, tornou-se uma celebridade no Quênia após a conquista da nomeação. Ela recebe diariamente dezenas de jornalistas para quem declara o orgulho que sente do neto.

Fonte: folha online

Capas de revistas 18.01.2009





Fonte: blog toda midia (folha online)

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Formas


Curiosidades

10 fatos sobre pênis que a grande maioria desconhece

As mulheres gostam de ciência, mas têm medo de pênis grande!
Conhecer mais sobre seu pênis (ou do seu parceiro - seja o pênis grande ou não) é importante para intensificar as relações, o prazer, além de combater disfunções e outros males que tanto atrapalham na vida sexual de um casal. Pois vamos a alguns desses fatos…

1-Fumar pode encurtar em até 1 cm o pênis. As ereções dependem do fluxo sangüíneo, e os fumantes calcificam os vasos, dificultando a circulação;

2-Estudos revelam que 79% dos homens têm pênis que expandem significativamente quando eretos, e 21% têm pênis grandes em repouso que não expandem muito quando eretos;

3-O cérebro não é necessário para a ejeculação. A ordem vem da medula espinhal;

4-O caso mais comum de ruptura peniana: masturbação vigorosa;

5-Apenas 1 entre 400 homens são flexíveis o suficiente para fazer sexo oral no próprio corpo;

6-Os homens de melhor aparência podem ter espermas mais “fortes”. Pesquisadores espanhóis mostraram a mulheres fotos de homens que tiveram classificação boa, média, e ruim de espermatozóides - e lhes disseram para escolher os seus preferidos, pela aparência. A grande maioria escolheu os melhores produtores;

7-Os médicos estão usando a pele do prepúcio de crianças ciruncidadas em vítimas de queimadura. Um prepúcio pode produzir 23,000 metros quadrados, que seriam bastante para cobrir um campo de beisebol;

8-O pênis responsável por desvirginar o maior número de moças foi do Rei Fatefehi, de Tonga, que supostamente desvirginou 37.800 mulheres entre os anos 1770 e 1784 - ou cerca de 7 virgens por dia;

9-Uma glândula de próstata alargada pode causar tanto disfunção erétil como ejaculação precoce;

10-O orgasmo masculino dura em média 6 segundos. O feminino, 23 segundos. Se fosse ver por quantidade, seria necessário o homem chegar “lá” 4 vezes à cada 1 da mulher.

Fonte:www.iftk.com.br

domingo, janeiro 04, 2009

Diogo Mainardi

O país do Zé Pretinho

"O lulismo se especializou em surrupiar as glórias nacionais. Agora está tentando surrupiar a principal delas: o nosso longo histórico de alegre e sincera subalternidade. É bom lembrar: nós já éramos obstinadamente servis antes de Lula, e permaneceremos assim depois dele"

Lula - ?

É isso que consta na lista de pagamentos do empreiteiro Zuleido Veras, dono da Gautama, preso no ano passado. O nome de Roseana Sarney, que também faz parte da lista, é seguido por um número: 200 000. O nome do tio de Roseana, o "Gaguinho", é seguido por outro número, bem mais modesto: 30 000. E Lula? Lula, no momento em que a lista foi feita, no começo da última campanha eleitoral, ainda era um ponto a ser respondido. Um ponto particularmente importante, sublinhado. Ninguém sabe se Lula acabou recebendo algum número da Gautama. Pior: ninguém se interessou em saber. Duas semanas atrás, VEJA reproduziu a lista de pagamentos do empreiteiro, que está em poder da PF, contendo o nome de Lula. O resto da imprensa ignorou o assunto. O Congresso Nacional ignorou o assunto. Os leitores ignoraram o assunto.
A idéia de que é perfeitamente inútil continuar a denunciar Lula se alastrou por aí. Leio uns dez blogueiros amargurados por dia dizendo que ele é imune a tudo. Que o Brasil está rendido. Que está entorpecido. Que está em coma. Na falta de outros argumentos, esse acabou se transformando também no maior fator de orgulho para os lulistas. Eles sempre se gabam do fato de Lula conseguir manter-se imensamente popular a despeito de todas as ilegalidades de que é acusado. Mas esse é um grande embuste. E eu me recuso a aceitá-lo. O lulismo se especializou em surrupiar as glórias nacionais. Agora está tentando surrupiar a principal delas: o nosso longo histórico de alegre e sincera subalternidade. É bom lembrar: nós já éramos obstinadamente servis antes de Lula, e permaneceremos assim depois dele. Quem Lula pensa que é? Em 1937, Getúlio Vargas deu seu golpe de estado. Poucos meses depois, os sambistas se acotovelavam para determinar quem conseguia lamber as botas do ditador de maneira mais degradante:

Surgiu Getúlio Vargas,
O presidente brasileiro,
Que entre seus filhos
Como um herói foi o primeiro.

Essa marchinha foi composta por Zé Pretinho. Encontrei-a na página da internet do ministro da Propaganda de Lula, Franklin Martins, um dos maiores estudiosos do nosso cancioneiro político. É muito apropriado que, nestes últimos anos, Franklin Martins tenha se tornado um símbolo do adesismo da imprensa lulista, um Zé Pretinho do jornalismo. Recomendo uma atenta consulta à sua página. Há desde a ode à Petrobras ("Brasil, meu Brasil / Vais crescer ainda mais / Com a Petrobras") até a embolada em defesa da prática do nepotismo ("O meu irmão / Pru sê um moço de talento / Punha no Saninhamento"), que deve ser especialmente estimada por Franklin Martins.
Quando algum lulista vier importuná-lo ostentando a popularidade de Lula, pegue o bandolim e entoe o sambinha getulista:

Brasil, meu Brasil de verde mar,
Gigante que desperta de um sono secular.
Brasil, orgulho do brasileiro,
Tens no leme do teu barco
Um herói por timoneiro.

Fonte: veja online

Diogo Mainardi

Lula é PMDB

Lula é PMDB. É o que tenho a dizer sobre o resultado eleitoral do último domingo. Se o PMDB é um aglomerado de caciques, Lula é o cacique dos caciques, tendo repartido o território brasiliense em tribos, cada qual com seus costumes, com sua estrutura, com seu sistema de valores. Sobretudo isso: com seu sistema de valores. Se o PMDB é um emblema de fisiologia, Lula é seu maior representante, saltando alegremente de um lado para o outro, de acordo com as suas necessidades mais imediatas. Se o PMDB representa o poder local, Lula administra o governo da República como se fosse a prefeitura de Campina Grande. O PT perdeu no domingo, o PT foi ridicularizado no domingo, mas quem disse que Lula é do PT?
Uma idéia foi repetida continuamente nos últimos dias. A idéia de que é cedo para se pensar em 2010. Na realidade, o que políticos, banqueiros, empreiteiros e jornalistas pretendem fazer, a partir de agora, é apenas isso: pensar em 2010. Pode ser cedo para o eleitor comum, mas está mais do que na hora de firmar acordos, comprar aliados e leiloar apoios para a disputa presidencial. Por isso mesmo, é preciso descobrir qual será o papel de Lula. De um ano para cá, ele sempre deu a entender que bancaria a candidatura de Dilma Rousseff. Eu entendo sua escolha. Ele perdeu todos os outros candidatos. Só sobrou Dilma Rousseff. E se só sobrou Dilma Rousseff, ele tem de se arranjar com ela. Mas o que Lula realmente espera obter com isso? Ele conhece o eleitorado. Por mais que eu me esforce, por mais que eu tente me desfazer de meus preconceitos, sou incapaz de imaginar como os eleitores poderiam votar em Dilma Rousseff. Ela tem aquele ar impaciente de funcionária pública que se recusa a aceitar nosso documento porque a cópia tem de ser autenticada, e que aguarda ansiosamente a saída do trabalho para poder fazer sua aula de rumba. Imagino que Lula saiba que uma candidata dessas nunca será eleita.
É nesse ponto que surge o Lula peemedebista. Como todos os peemedebistas, ele tem um projeto pessoal, muito mais do que um projeto partidário. Para ele, bem mais importante do que eleger um sucessor petista é garantir que seus interesses pessoais sejam atendidos pelo novo governo. Seu maior interesse, hoje, é assegurar uma passagem de poder sem conflitos, sem ressentimentos, para que seu sucessor nem pense em importuná-lo mais adiante, fazendo uma devassa pública de suas contas, ou punindo os membros de seu círculo íntimo, ou afastando seus homens da máquina estatal. Se Lula concluir que a derrota eleitoral em 2010 é certa, sua melhor candidata é Dilma Rousseff. Ele poderá se engajar em sua campanha, mas sem ter de se imolar por ela, indispondo-se com seus opositores. Lula precisa negociar o futuro de sua tribo. Ele é PMDB. Por isso, acabará ganhando, mesmo se perder.

Fonte: veja online

Diogo Mainardi

Protógenes, o carcereiro de Dantas

Protógenes Queiroz se candidatou à vaga de carcereiro de Daniel Dantas. Meus cumprimentos. Ele está certo. A cadeia é um bom lugar para ambos. Tanto faz se dentro ou fora das grades.
Só tenho uma dúvida: quem permanecerá com a chave da cadeia enquanto Protógenes Queiroz estiver viajando pelo mundo, com todas as despesas pagas pela CBF? Porque Protógenes Queiroz, algumas semanas atrás, visitou Rússia, Suiça e Inglaterra, como um parasita no intestino do ponta-direita do ABC de Natal, agregado à comitiva da CBF. A mesma CBF, por sinal, que foi investigada por ele em 2005, no caso da "Máfia do Apito", denunciado por VEJA. Me pergunto singelamente: será que, em 2011, Protógenes Queiroz estará viajando pelo mundo com todas as despesas pagas pelo Opportunity?
Daniel Dantas está acabado. Ele merece. Mas para quem, como eu, acompanhou suas artimanhas desde o estouro do mensalão, o resultado do inquérito a seu respeito, pelo menos até agora, é escandalosamente frustrante. Daniel Dantas não se tornou Daniel Dantas por ter corrompido um policial ou por ter reciclado dinheiro sujo. Isso um monte de gente faz. Daniel Dantas é Daniel Dantas apenas por causa de sua promiscuidade com a política. Primeiro, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Depois, durante o governo de Lula, quando o PT se dividiu ao meio, entre a sua turma e a turma da Telecom Italia, uma em guerra com a outra, uma cobrando mais caro do que a outra.
Onde foi parar a política no inquérito sobre Daniel Dantas? Protógenes Queiroz, apesar de seu primarismo debilitante, apesar de sua palermice gangrenosa, apesar de sua falsidade caluniadora, apesar de sua desonestidade rudimentar, era acumpliciado com uns tipinhos perturbados que tinham interesse em mandar recados oblíquos para o governo. Nesse ponto, seu relatório era melhor do que o dos policiais que foram postos em seu lugar. Se os arapongas engajados por ele tivessem dedicado mais tempo à compra da Brasil Telecom pela Oi, e menos tempo descarregando material pornográfico da internet, como os arquivos "Boqueteira" e "Jussara", conforme o que a PF encontrou nos computadores da Abin, certamente teríamos mais notícias sobre os esquemas bilionários envolvendo Daniel Dantas e o poder público.
Mas duvido que Protógenes Queiroz quisesse encontrar mais notícias sobre o envolvimento de Daniel Dantas com o poder público. O que ele realmente queria era mais simples do que isso: ter a chave da cadeia, para poder decidir quem ficava do lado de dentro e quem ficava do lado de fora, de acordo com suas necessidades mais urgentes. Quanto ao parasita no intestino do ponta-direita do ABC de Natal, recomendo um tratamento à base de Quinacrina.

Font: veja online

Formas


Diogo Mainardi

Capitu traiu

"Até você, cara - o enigma de Capitu? Essa, não: Capitu inocente? Começa que enigma não há: o livro, de 1900, foi publicado em vida do autor - e até sua morte, oito anos depois, um único leitor ou crítico negou o adultério?"
Acabo de citar Dalton Trevisan. "Dom Casmurro" é um tema recorrente em seus livros. Em particular, a obtusidade de quem enxerga um enigma onde "enigma não há". Dalton Trevisan achincalha a professorazinha que emporcalha a obra de Machado de Assis, espalhando por aí que a grandeza de "Dom Casmurro" está justamente na incerteza sobre o adultério cometido por Capitu. Incerteza? Que incerteza? O romance só faz sentido com o adultério. Sem ele, é um mau romance. Ou, citando mais uma vez Dalton Trevisan: "Se a filha do Pádua não traiu, Machadinho se chamou José de Alencar."
Desde 1960, quando a brasilianista Helen Caldwell publicou um estudo sobre "Dom Casmurro", difundiu-se estupidamente a idéia de que Bentinho é um narrador suspeito. Nesse caso, o adultério de Capitu com Escobar teria sido apenas uma fantasia, fruto de sua mente enlouquecida pelo ciúme. O problema dessa idéia é o seguinte: desconfiar de Bentinho significa desconfiar de Machado de Assis. Bentinho - o Bentinho de Machado de Assis - é um narrador perfeitamente ponderado. Os fatos relatados por ele pertencem a um passado remoto. Ele descreve os eventos de sua vida com um distanciamento absoluto. Quando conta sua história, os protagonistas da trama, Capitu, Escobar e Ezequiel, o filho bastardo, já morreram. Seu cíume desapareceu completamente. É só uma lembrança longínqua. O Bentinho do tempo presente, que narra em primeira pessoa, sabe dizer o que é realidade e o que é fantasia. Mais do que isso: ele é capaz de analisar todo aquele seu processo de enlouquecimento provocado pelo adultério. Com o passar dos anos, sua mágoa e seu desespero se transformaram num estranhamento irônico.
Bentinho resolve escrever suas memórias por tédio, para tentar ocupar o tempo. Em nenhum momento ele parece querer acertar as contas com Capitu. Depois de terminar "Dom Casmurro", ele se prepara para escrever outro livro: uma história dos subúrbios. Essa é a chave para compreender o romance. Olhando para trás, Bentinho se dá conta da mesquinharia de sua vida, de sua sociedade, de seu tempo. O que, no passado, tinha um aspecto mítico, como o adultério de Capitu, revela agora toda a sua miudeza. No auge de sua loucura, Bentinho se compara a Otelo. Mas o paralelo com o herói shakespeareano é usado por Machado de Assis apenas como contraponto para ridicularizar seu protagonista. Otelo está para Bentinho assim como os heróis dos romances de cavalaria estão para Dom Quixote. Vinte anos depois de "Dom Casmurro", James Joyce usou o mesmo recurso em "Ulisses". Se a Penélope de Homero é um paradigma de fidelidade, a Penélope de Joyce é a irlandesa adúltera, promíscua.
Capitu traiu Bentinho. E ela traiu porque Machado de Assis, em "Dom Casmurro", tinha um propósito: transmitir o legado de nossa miséria.

Fonte: veja online

Frases 2008- Retrospectiva


“Sexo é amor. Sacanagem mesmo é salário mínimo no Brasil”
Mister Catra, funkeiro do Rio de Janeiro (abril)

“As mulheres de direita são mais bonitas que as mulheres de esquerda”
Silvio Berlusconi, premiê italiano

“Por que não? Sinta meus músculos!”
Hugo Chávez, presidente da Venezuela, respondendo à top model Naomi Campbell que lhe perguntou se ele posaria com o torso nu (janeiro)

“Perder uma criança por causa de uma doença vagabunda, transmitida por um mosquito, é o fim da picada. Coisa diferente é se um velhinho morrer porque não deu para atendê-lo direito; ele já estava fazendo hora extra”
Nelson Bedin, diretor de saúde pública da cidade paulista de Osasco. Foi exonerado (maio)

“Eu sempre fui fascinado pela beleza feminina, desde menino. Esse fato é a prova do quanto sou superficial”
Woody Allen, cineasta (novembro)

“Estou muito cansado. A recuperação foi muito dificil e as pernas ainda estão muito pesadas”
Ronaldo, jogador de futebol, menos de um mês antes de ser contratado pelo Corinthians (novembro)

“Bom, tenho de te dizer o mesmo que o rei Juan Carlos, da Espanha, disse ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez: por que não te calas? Meta-se com o seu país, não com o meu”
Alan García, presidente do Peru, respondendo ao presidente da Bolívia, Evo Morales, quando ele declarou que o governo peruano admitia abrigar em seu território uma base militar dos EUA (julho)

“Já casei duas vezes e tenho medo de que possa ser alérgica a casamento”
Janet Jackson, cantora (fevereiro)

“Onde estava todo esse dinheiro? Estava muito bem guardado. De repente, ele apareceu logo, para salvar o quê? Vidas? Não. Apareceu para salvar os bancos”
José Saramago, escritor, sobre a crise econômica mundial e a ajuda dos governos de diversos países às instituições financeiras (novembro)

“Só deixo a política quando Deus me levar para o céu”
Paulo Maluf, ao se candidatar à Prefeitura de São Paulo (setembro)

"Me pediram para causar o maior número de baixas em Mumbai. A ordem era matar até o último suspiro”
Azam Amir Kasab, paquistanês acusado de ter sido um dos terroristas responsáveis pelos ataques na Índia (dezembro)

“Sou meio machinha. Talvez a diferença entre mim e o homem seja o pênis”
Adriane Galisteu, apresentadora (setembro)

“Neste momento, eu não seria a favor da legalização. Foi uma discussão um pouco inútil. Perdi energia”
Fernando Gabeira, sobre a descriminalização da maconha, durante a sua campanha como candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro (setembro)

“Vamos cobrar do governo que deixe de brincar de Pollyanna”
Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República, sobre as declarações do presidente Lula, no início da crise econômica mundial, de que ela não abalaria o Brasil (outubro)

“Todos os caras com quem saí me usaram para obter sexo, dinheiro e fama”
Paris Hilton, socialite (novembro)

“Será que a proposta é de fato a de contemplação do vazio ou faltou dinheiro mesmo?”
Karim Rashid, designer egípcio, sobre os espaços vazios da 28ª Bienal de São Paulo (novembro)

“É muito estranho ter gente passando fome e morrendo de Aids, e ter gente no espaço procurando um lugar para irmos quando tudo na Terra falhar. Não parece que somos todos da mesma espécie. Fico deprimido”
Matheus Nachtergaele, ator (novembro)

“A moda é um circo cheio de palhaços que se levam muito a sério”
John Casablancas, fundador da agência de modelos Elite, uma das maiores do mundo (novembro)

“Eu viraria lésbica em tempo integral. Angelina Jolie é a mulher mais sexy que existe”
Yasmin Brunet, modelo, declarando à revista americana Sports Ilustrated que tem uma “conexão secreta” com Angelina (fevereiro)

“Sou resistente. Posso ficar uma semana sem tomar banho porque convivo muito bem com isso”
Charlize Theron, atriz (julho)

“Meu cachorro tem um ego maior do que o meu. Ele já fez um avião retornar e pousar no aeroporto de origem porque esquecemos as suas coisas”
Mariah Carey, cantora (abril)

“Faço o que posso: escrevo”
Fidel Castro, ditador de Cuba, lamentando a Lula o fato de não mais poder discursar (janeiro)

“Separei o dinheiro todo para contar, mas desisti. É muita coisa”
Saulo de Sá Silva, traficante de drogas no Rio de Janeiro, numa conversa telefônica com sua mulher, gravada pela polícia (janeiro)

“Obesidade infantil? Culpa dos games”
Steve Easterbrook, presidente do McDonald’s no Reino Unido (janeiro)

Fonte: istoé online

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Frases 2008- Retrospectiva

Lula em 2008

“É a maior geladeira que já vi”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, em visita à Antártica (fevereiro)

"Bush, meu filho, resolve a sua crise”
Sobre a crise econômica nos EUA (março)

“A Marisa é a mulher mais feliz do mundo porque se casou com o garanhão de Garanhuns”
Quando comemorou 34 anos de casamento com dona Marisa Letícia (junho)

“Babacas”
Referindo-se aos estudantes ricos que criticavam a sua política na área da educação (agosto)

“Ah, as mulheres são as mulheres. Por isso é que eu sou cada vez mais mulher”
Acreditando que a seleção brasileira de futebol feminino ganharia medalha de ouro na Olimpíada de Pequim (agosto)

“Por isso que a água é salgada? É por causa do pré-sal? Eu pensei que fosse por causa do xixi que as pessoas fazem nas praias, aos domingos”
Na primeira extração simbólica de petróleo no pré-sal do Espírito Santo (setembro)

“Eu defendo, na verdade, o fumo em qualquer lugar. Só fuma quem é viciado. Na minha sala, sou eu que mando”
Fumando durante uma coletiva na sala da Presidência (setembro)

“Lá, a crise é um tsunami. Aqui, se chegar, vai ser uma marolinha”
Sobre a crise econômica dos EUA (outubro)

“Diante de um paciente terminal, o papel do médico é vender esperança. O médico não pode chegar no paciente e dizer: olha, cara, sifu”
Tentando justificar por que não admitiu que a crise mundial afetaria o Brasil (dezembro)

Fonte: Revista Istoé online- edição 2043

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